História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores de risco incluem a não adesão a medicamentos anticonvulsivantes, transtorno decorrente do uso de bebidas alcoólicas e AVC.
convulsões tônico-clônicas persistentes ou repetitivas com nível de consciência alterado (estado de mal epiléptico [EME] convulsivo generalizado)
Pode apresentar convulsões tônico-clônicas persistentes com perda completa da consciência ou convulsões tônico-clônicas repetitivas sem recuperar o estado de consciência inicial.[2][34]
Embora o EME convulsivo generalizado seja facilmente reconhecido por suas manifestações motoras (classificado como EME observável), alguns pacientes podem progredir para uma apresentação com atividade motora mínima ou não aparente (classificado como EME sutil). A atividade motora pode se tornar assimétrica, assíncrona e até mesmo descontínua.[20] Tal atividade motora pode ficar limitada a espasmos ou a contrações involuntárias de um músculo ou membro. Nesse caso, o monitoramento contínuo com eletroencefalograma (EEG) é necessário, pois confirma o diagnóstico de EME generalizado sutil persistente.[35]
estado alterado de consciência/confusão (EME não convulsivo)
Um paciente com EME não convulsivo pode exibir uma grande variedade de manifestações clínicas, incluindo coma, percepção ou afetividade alterada, sonolência, delírios, alucinações e paranoia.[2][20][34] O EME não convulsivo é subdividido nos tipos de convulsão generalizado (de ausência) ou focal (focal com consciência comprometida).
O diagnóstico do EME não convulsivo pode ser difícil e depende de eletroencefalograma (EEG).[35] Qualquer paciente com alteração prolongada de personalidade ou psicose de início recente deve ser investigado com um EEG, já que estas características podem representar o EME não convulsivo. O médico deve estar ciente desta situação, pois o tratamento agressivo para este grupo (especialmente pacientes com EME focal com consciência comprometida) é tão importante quanto para o paciente com convulsões óbvias.[38]
Outros fatores diagnósticos
Incomuns
EME focal sem consciência comprometida
Um paciente com EME focal frequentemente apresenta uma atividade motora isolada. Isso pode envolver espasmos ou contrações involuntárias de um ou mais grupos musculares.
De forma menos comum, sintomas sensoriais como parestesia ou dormência, ou sintomas autonômicos como desconforto abdominal ou náusea, podem ser as únicas queixas relatadas pelo paciente. Não há comprometimento da consciência (aura contínua, com sintomas autonômicos, sensoriais, visuais, olfativos, gustativos, emocionais/psíquicos/experimentais ou auditivos).[7]
baixa saturação de oxigênio
Hipoxemia na oximetria de pulso pode ser o resultado ou a causa do EME.
O tratamento imediato desta condição potencialmente letal é crucial para evitar complicações irreversíveis.
Fatores de risco
Fortes
não adesão aos medicamentos anticonvulsivantes
Em um amplo estudo retrospectivo, a baixa adesão ao medicamento anticonvulsivante foi a causa isolada mais comum do estado de mal epiléptico (EME) em pacientes com história de epilepsia.[9]
Um possível mecanismo são as convulsões de rebote provocadas pela abstinência aguda de medicamentos anticonvulsivantes .
transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas
O transtorno decorrente do uso de bebidas alcoólicas é um fator de risco conhecido para o EME, o qual pode ser a primeira manifestação de convulsões relacionadas ao álcool. A abstinência alcoólica também é um fator de risco para o EME.[14]
O EME relacionado a bebidas alcoólicas tem um desfecho mais favorável que o EME decorrente de outras causas, mas a recuperação desses pacientes geralmente é marcada por um estado pós-ictal prolongado.[28]
acidente vascular cerebral (AVC)
O AVC é a principal causa de EME entre os casos sintomáticos agudos, correspondendo a 14% a 22% de EME em adultos.[29]
Fracos
epilepsia refratária
A epilepsia crônica ou refratária é um fator de risco para o desenvolvimento do EME. Isso foi observado em diversos ensaios clínicos envolvendo pacientes com epilepsia farmacorresistente.[30]
causas tóxicas ou metabólicas
Os exemplos incluem distúrbios no metabolismo de água, glicose e eletrólitos.[14]
processos que causam a lesão direta da estrutura cortical
uso de medicamentos
Isso inclui uso indevido de substâncias de certos medicamentos restritos ou drogas recreativas como cocaína e algumas anfetaminas. Além disso, certos medicamentos prescritos (por exemplo, teofilina, bupropiona, tramadol ou isoniazida) podem raramente precipitar o EME.[14]
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