Diagnósticos diferenciais
EME não epilético
SINAIS / SINTOMAS
Definido como episódios prolongados ou repetidos de crises não epilépticas.
Pode se manifestar como eventos motores violentos mimetizando o EME convulsivo (mais comum) ou eventos não responsivos sutis que mimetizam o EME não convulsivo (menos comum).
Os aspectos principais que podem ajudar a distinguir do EME convulsivo incluem duração longa (>5 minutos) de convulsões individuais, evolução flutuante (aumento e diminuição), movimentos rítmicos assíncronos, impulso pélvico, movimentos de cabeça/corpo de um lado para o outro durante uma convulsão, olhos fechados, choro ictal e lembrança posterior de itens durante a convulsão.[32]
Investigações
O único método para diferenciar o EME epiléptico do não epiléptico é o vídeo-eletroencefalograma (EEG). O registro de vídeo-EEG de um evento não epiléptico não mostrará nenhuma atividade epileptiforme.
Delirium
SINAIS / SINTOMAS
Este estado agudo de declínio cognitivo e perceptivo pode mimetizar o EME não convulsivo. Em sua definição mais ampla, pode incluir todos os estados alterados de consciência ou confusão que são mais comumente referidos como encefalopatia.
A encefalopatia pode ser secundária a causas metabólicas, tóxicas ou infecciosas.
Investigações
A distinção entre o EME não convulsivo e a encefalopatia pode ser uma tarefa desafiadora, mesmo para um especialista em epilepsia bem treinado. Os padrões do eletroencefalograma (EEG) geralmente são confusos, especialmente no caso de encefalopatias metabólicas como a hepática e a renal.
Os achados de exames laboratoriais como nível alto de aminotransferases hepáticas ou de amônia, em conjunção com a avaliação clínica e do EEG, podem ajudar a alcançar um diagnóstico correto.
A realização de EEGs em pacientes com alterações mentais agudas é altamente recomendada.
Coma
SINAIS / SINTOMAS
Definido como um estado de ausência de responsividade cognitiva e motora.
O EME não convulsivo pode ser diagnosticado erroneamente como coma.[13] A distinção é crucial, pois o coma geralmente é irreversível, enquanto o EME não convulsivo em geral é tratável.
Investigações
O eletroencefalograma (EEG) pode ser muito útil na distinção entre o coma e o EME não convulsivo. Entretanto, certos padrões periódicos do EEG podem apresentar dificuldade para serem diferenciados dos padrões ictais. Esses padrões do EEG são comumente observados no coma hepático ou pós-anóxico.
A realização de EEGs em todos os pacientes com um diagnóstico presumido de coma é altamente recomendada.
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