História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os aspectos principais incluem ter história familiar de doença inflamatória intestinal e ser antígeno leucocitário humano (HLA)-B27 positivo.[13][14]

sangramento retal

A intensidade e a frequência do sangramento estão relacionadas à gravidade e a extensão da doença.

Os pacientes cuja doença for leve e estiver confinada ao reto (proctite) ou à área retossigmoide (ou colite distal) frequentemente têm uma apresentação insidiosa com sangramento retal intermitente associado à passagem de muco e desenvolvimento de diarreia leve com <4 evacuações diarreicas pequenas por dia.

diarreia

A diarreia geralmente é sanguinolenta; sendo sua intensidade e frequência relacionadas à gravidade e a extensão da doença.

sangue nas fezes

Os pacientes têm sangue macroscópico ou oculto ao exame de toque retal.

Outros fatores diagnósticos

comuns

dor abdominal

A intensidade da dor e a sua localização dependem da gravidade e da extensão da doença. Pode variar de dor em cólica leve associada a tenesmo até dor intensa com colite grave ou complicada (ou seja, megacólon tóxico, perfuração).[34]

artrite e espondilite

Artrite periférica, espondilite anquilosante e espondiloartropatia indiferenciada podem ser as manifestações de apresentação da colite ulcerativa.[35]

desnutrição

Deficiências nutricionais ou incapacidade de manter o peso corporal ideal são frequentes em adultos com doença inflamatória intestinal.[37]

Em crianças em crescimento, a nutrição inadequada resulta em retardo do crescimento pôndero-estatural e retardo de crescimento. Uma proporção menor (3% a 10%) de crianças tem deficit de crescimento como única queixa.[7]​​

A deficiência de nutrição pode estar presente até mesmo entre pacientes cuja doença é quiescente.

As concentrações séricas de vários nutrientes (betacaroteno, vitaminas A, C, D e E, selênio, magnésio e zinco) podem ser significativamente reduzidas.[37]

Uma combinação de fatores contribui para a patogênese da má nutrição, incluindo ingestão reduzida de nutrientes, má absorção, gasto energético aumentado e perda entérica de proteína.[37]

desconforto abdominal

A intensidade da dor e a sua localização dependem da gravidade e da extensão da doença. Os sinais peritoneais estão ausentes, exceto em casos de complicação da colite.[34]

Incomuns

febre

A febre geralmente não está presente na doença leve limitada, mas pode variar de febre baixa a alta com infecção sobreposta ou megacólon tóxico.[34]

perda de peso

A perda de peso geralmente é observada com doença moderada a grave. A perda pode resultar de diarreia, redução de ingestão alimentar, ou ambos.[34]

constipação

A proctite leve pode estar associada a períodos de constipação.

erupção cutânea

Os pacientes podem ter eritema nodoso e espondiloartropatia indiferenciada.[36]

uveíte e episclerite

A uveíte é menos comum que a episclerite.

palidez

Os pacientes apresentam conjuntiva e membranas pálidas.

Fatores de risco

Fortes

história familiar de doença inflamatória intestinal

Entre os pacientes com colite ulcerativa, 10% a 20% apresentam história familiar de doença inflamatória intestinal.[13][14]

Em um estudo de base populacional, o risco de colite ulcerativa era maior em parentes de primeiro grau (taxa de incidência 4.08), parentes de segundo grau (1.85) e parentes de terceiro grau (1.51) de pacientes com colite ulcerativa.[15]

Estudos já sugeriram que crianças com peso ao nascer abaixo da média, filhas de mães com colite ulcerativa têm um risco mais alto de desenvolver a doença.

antígeno leucocitário humano-B27

Identificado na maioria dos pacientes com colite ulcerativa. Vários estudos de ligação sugerem um locus de suscetibilidade no cromossomo 12, e outros loci nos cromossomos 2, 3, 6 e 7 já foram envolvidos.

infecção

Até 50% das recidivas de colite estão associadas com enterite devido a patógenos reconhecidos.[21]

Fracos

anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)

O uso de AINEs, particularmente os não seletivos, pode causar recrudescimento em alguns pacientes.[8][22]​​

não fumante ou ex-fumante

Não fumar ou ser ex-fumante constitui risco de desenvolver colite ulcerativa.[23]

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