Abordagem

Na maioria dos casos, é necessário direcionar o tratamento para a causa subjacente, como obesidade, hiperinsulinemia ou malignidade.[2][37]​​​​ A acantose nigricans geralmente regride com o tratamento do distúrbio subjacente. O tratamento direto da acantose nigricans pode ser realizado nos pacientes sem nenhuma associação identificável ou nos indivíduos com causas hereditárias. É considerado eletivo na maioria dos casos, pois as lesões geralmente não são desfigurantes e não há risco de transformação maligna das lesões da acantose nigricans. Muitos pacientes com lesões mínimas não desejarão tratamento.[2]

Não resolvida após tratamento da causa subjacente, hereditária ou idiopática

Os agentes tópicos são o tratamento direto de primeira linha da acantose nigricans, incluindo o lactato de amônio, os análogos da vitamina D e o ácido retinoico.[37]​ Os agentes de segunda linha compreendem os medicamentos por via oral, incluindo a isotretinoína, a metformina, a octreotida e a acitretina.[2][37]​​​[38]​​​ A maioria dos pacientes responderá a um ou mais desses medicamentos.

A metformina deve ser evitada ou usada com cautela nos pacientes com comprometimento renal. Ela é contraindicada quando a TFGe é <30 mL/minuto/1.73 m². Não é recomendado iniciar o tratamento com metformina nos pacientes com TFGe entre 30 a 45 mL/minuto/1.73 m²; no entanto, nos pacientes já em uso de metformina com TFGe que cai para <45 mL/minuto/1.73 m², avalie os riscos e benefícios da continuação do tratamento e descontinue a metformina se seu TFGe cair abaixo de 30 mL/minuto/1.73 m². A metformina também deve ser descontinuada em: pacientes submetidos a exames de imagem com meio de contraste iodado que apresentarem TFGe entre 30 e 60 mL/minuto/1.73 m²; pacientes com história de doença hepática, insuficiência cardíaca ou alcoolismo; ou pacientes que receberão contraste iodado intra-arterial.

A laserterapia é uma abordagem emergente no tratamento da acantose nigricans, mas parece ser efetiva.[39]​ Ela pode ser considerada nos pacientes com lesões extensas, desfigurantes ou esteticamente inaceitáveis sem resposta clínica à terapia por via oral ou tópica. Nas peles mais escuras, há um risco significativo de hipopigmentação pós-tratamento. Os tipos de tratamento a laser relatados incluem: laser Alexandrite de pulso longo (5 ms): 10 sessões em intervalos de 4 a 8 semanas a 16 a 23 J/cm² com tamanho do ponto de 10 ou 12.5 mm e laser de CO₂ de onda contínua: 3 sessões a 15 W em intervalos de 4 a 6 semanas.[40][41]

Para os pacientes com lesões grandes e desfigurantes sem resposta clínica a outros tratamentos pode-se considerar a excisão cirúrgica como último recurso. Lesões na pálpebra com comprometimento funcional também já foram efetivamente removidas por meio de cirurgia.[42]

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