Abordagem

Os achados da história clínica e do exame físico distinto geralmente estabelecem o diagnóstico de acantose nigricans prontamente visível.[1]​ Uma biópsia de pele pode ser útil nos casos atípicos ou para descartar outras entidades no diagnóstico diferencial.

Identificação dos fatores de risco

Fatores de risco que estão fortemente associados à acantose nigricans são obesidade, resistência insulínica, presença de história familiar positiva de acantose nigricans, diabetes mellitus ou determinadas síndromes genéticas (particularmente as associadas à resistência insulínica, à obesidade ou a defeitos do fator de crescimento fibroblástico) e malignidade.[2][4][5][6][7]​​​[8][9][18][20]​​

História

O primeiro sinal observado pelos pacientes é a hiperpigmentação, sendo que a pele afetada apresenta uma aparência mais escura ou de sujeira. Isso é seguido pelo espessamento da epiderme e marcas cutâneas intensificadas.[2] Essas alterações geralmente ocorrem primeiro na parte posterior do pescoço. Com frequência surgem acrocórdones nas áreas afetadas.[23]

Acantose nigricans relacionada à obesidade pode seguir-se ao ganho de peso. Acantose nigricans maligna geralmente ocorre de forma abrupta, dissemina-se rapidamente e pode ser acompanhada por perda de peso.[2][8][9] Pode haver uma história familiar positiva nos pacientes com acantose nigricans benigna ou unilateral.[2][4][20] O início raramente pode estar correlacionado ao início de um novo medicamento.[2]

Exame físico

Placas hiperpigmentadas simétricas, cuja coloração varia de amarelo a marrom escuro, são encontradas com mais frequência nas superfícies flexoras. As áreas mais frequentemente afetadas são a parte posterior do pescoço, axilas, vulva, umbigo, parte interna das coxas e virilha.[1]​ Pode haver acrocórdones. O paciente pode ter sobrepeso ou obesidade. O envolvimento de mucosas e hiperceratose das palmas das mãos e das solas dos pés devem alertar o médico para a possibilidade de acantose nigricans maligna.[2][8][9][12]​ O envolvimento generalizado pode ser observado na acantose nigricans benigna (familiar) ou na maligna. A acantose nigricans também pode ter uma distribuição acral nas superfícies extensoras dos membros, sem envolvimento das áreas intertriginosas.[2][24][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Acantose nigricans envolvendo a axila de uma mulher caucasiana obesaDo acervo de Melvin Chiu, MD [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@3c2992c8[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Acantose nigricans envolvendo as costas e os braços de uma mulher negra obesaDo acervo de Miguel Gutierrez, MD [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@c7dd9fd

Rastreamento da malignidade

Se não for possível identificar nenhuma outra causa de imediato e houver um início disseminado rápido, com envolvimento das superfícies mucosas e palmas das mãos, justifica-se o rastreamento de malignidade intra-abdominal (por exemplo, tomografia computadorizada [TC] abdominal seguido por exame clínico completo).[2][24]​ A acantose nigricans maligna pode ser acompanhada pelo aparecimento súbito de várias ceratoses seborreicas ou de prurido generalizado.[8] Os pacientes com acantose nigricans maligna podem estar abaixo do peso e geralmente têm mais de 40 anos.[2][8][9]

Teste para resistência insulínica

Se o paciente for obeso, realizam-se testes de insulina e glicose em jejum (por exemplo, insulina no sangue em jejum) a fim de rastrear para resistência insulínica.[18]

Biópsia de pele com exame histopatológico

A biópsia de pele é desnecessária na maioria dos casos, mas pode ser útil nas apresentações atípicas ou para descartar outros diagnósticos diferenciais.[1]

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