História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem trauma recente, coagulopatia ou uso de anticoagulantes e idade avançada (>65 anos).
evidências de trauma
São procurados sinais físicos de trauma no rosto, na cabeça e no pescoço. É importante notar abrasões, lacerações, avulsões ou equimoses no rosto ou no couro cabeludo.
cefaleia
Pode ser um sinal de aumento da pressão intracraniana, mas também é um sintoma comum na ausência de aumento da pressão intracraniana (por exemplo, devido à irritação meníngea).
náuseas/vômitos
Podem ser um sinal de pressão intracraniana elevada.
resposta ocular diminuída
Faz parte da escala de coma de Glasgow e varia de espontânea a ausente. Anisocoria (tamanho desigual da pupila) pode ser um sinal de formação de hérnia no tronco cerebral.
resposta verbal diminuída
Faz parte da escala de coma de Glasgow e varia de orientada, fluente e coerente a ausente. Mais difícil de avaliar em pacientes ventilados.
resposta motora diminuída
Faz parte da escala de coma de Glasgow e varia desde obedecer a comandos a nenhuma. Se o paciente for capaz de seguir comandos, indicadores mais sutis de função motora prejudicada (por exemplo, a presença de um desvio do pronador) podem ser observados.
confusão
Pode ser um sinal de aumento da pressão intracraniana ou aumento do deslocamento da linha média.
Outros fatores diagnósticos
comuns
perda de consciência/atenção diminuída
Um sinal de mudança na linha média e de formação de hérnia, a qual pode ser causada por hematoma subdural.
convulsão
Um sinal de irritação parenquimatosa, a qual pode ser causada por hematoma subdural.
incontinência intestinal e urinária
Pode ocorrer no cenário de convulsões ou como disfunção cerebral causada por hematoma subdural.
fraqueza localizada
Um sinal de disfunção parenquimatosa, a qual pode ser causada por hematoma subdural.
alterações sensoriais
Um sinal de disfunção parenquimatosa, a qual pode ser causada por hematoma subdural.
alterações na cognição
Pode ser um sinal de disfunção parenquimatosa ou indicar um declínio no nível de alerta, no cenário de formação de hérnia causada por um hematoma subdural.
alterações na fala ou visão
Um sinal de disfunção cortical, a qual pode ser causada por um hematoma subdural.
otorreia
Pode indicar fratura oculta da base do crânio.
rinorreia
Pode indicar fratura oculta da base do crânio.
Fatores de risco
Fortes
trauma recente
Frequentemente óbvio nos casos de hematoma subdural agudo, embora possa ser um trauma trivial (por exemplo, quedas ou pancadas na cabeça) e nem sempre reconhecido ou relatado. O trauma trivial torna-se especialmente importante para os pacientes que tomam anticoagulantes. Os pacientes com hematomas subdurais crônicos podem fornecer uma história de quedas frequentes. Um evento traumático precedente foi identificado em 50% a 77% dos casos de hematoma subdural crônico.[26]
coagulopatia e uso de anticoagulantes
Fator de risco para hematoma subdural espontâneo traumático agudo e crônico.[10][13][14][28][29]
O levantamento da história deve incluir perguntas sobre o uso de antiplaquetários ou anticoagulantes, formação fácil de hematomas ou dificuldade para estancar o sangramento de pequenos cortes ou arranhões. Um estudo do tipo caso-controle constatou que a maior probabilidade de hematoma subdural foi associada ao uso combinado de um antagonista da vitamina K e um medicamento antiplaquetário.[14]
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