Discussões com os pacientes
Discussões antes de um diagnóstico estabelecido
Esteja atento e tente mitigar quaisquer barreiras potenciais ao diagnóstico. De forma anedótica, pessoas com TEA e seus pais relatam desafios e atrasos frequentes no processo de diagnóstico, geralmente descrevendo-o como uma “batalha”. Isso pode ser um problema particular para meninas e mulheres, que podem ter uma apresentação diferente dos homens e que geralmente são adeptas de mascarar os sintomas do autismo.[88] Também pode haver o equívoco, mesmo entre os médicos, de que o TEA é um transtorno do sexo masculino. Evidências sugerem que as mulheres têm menor probabilidade do que os homens de receber um diagnóstico, apesar dos níveis comparáveis de gravidade dos sintomas.[89][90] Evidências também sugerem que crianças negras com TEA têm maior probabilidade do que crianças brancas de receber um diagnóstico tardio ou serem diagnosticadas erroneamente (por exemplo, com um transtorno de conduta ou adaptação).[91]
Discussão do diagnóstico com pais e crianças
Considere as necessidades emocionais e de apoio da pessoa recém-diagnosticada com TEA (e sua família) e esteja preparado para advogar em favor delas, se necessário.[323] Pode haver uma percepção entre as famílias de que, uma vez obtido o diagnóstico, as necessidades de apoio da pessoa com TEA serão rapidamente atendidas. No entanto, de forma anedótica, as pessoas com TEA e suas famílias relatam que isso nem sempre é o caso, e que o empenho das famílias, bem como dos profissionais da saúde, pode ser necessário para garantir que o apoio adequado seja recebido.[323]
Na prática, os pais geralmente preferem explicar aos seus filhos sobre suas dificuldades e possivelmente seu diagnóstico em um momento à sua escolha. Portanto, isso é feito de maneira muito individual pelos pais, que talvez queiram ter orientação de outros pais ou de grupos de pais ou instituições beneficentes que possam dar apoio à decisão dos pais sobre quanta informação fornecer e quando fazer isso. Do ponto de vista clínico, as informações sobre as dificuldades da criança são fornecidas de forma honesta e sensível, e explicadas em um nível adequado às habilidades cognitivas da criança. Alguns pais preferem explicar as diferenças às crianças de maneira qualitativa, em vez de nomear a doença TEA; não exite abordagem certa ou errada, mas os profissionais da saúde, da educação e do serviço social devem estar cientes do diagnóstico da criança e das intervenções e abordagens necessárias. A maioria dos adultos autistas tem seu diagnóstico explicado por um profissional; quando também há deficiência intelectual, os pais ou cuidadores podem preferir explicar o diagnóstico por conta própria.
Os pais devem ser orientados sobre a maior probabilidade de ter outro filho com TEA.[126] Os pais são orientados sobre o risco de epilepsia (aproximadamente 20%-30%).[5][8][9] As crianças consideradas com probabilidade de ter convulsões recebem orientação padrão sobre situações que podem causar dano se uma convulsão ocorrer (por exemplo, banho de banheira, nadar, escalar, pedalar e outros ambientes nos quais a perda da consciência pode causar dano).
Educação
Nos EUA, crianças com deficiências têm garantia de ensino gratuito e adequado (FAPE) no ambiente menos restritivo, previsto na lei Individuals with Disabilities Education Act (IDEA, educação de indivíduos com deficiência). US Department of Education: IDEA Opens in new window
Crianças com mais de 3 anos que têm deficiências recebem serviços educacionais por meio dos sistemas locais de ensino. Cada criança tem um programa de educação individual (IEP), acordado pelos pais e pela escola. O financiamento estadual para programas pré-escolares, como a análise comportamental aplicada (ABA), pode variar; os programas frequentemente são caros.
Políticas locais e regionais relacionadas à educação e ao suporte em outros países devem ser consultadas.
Recursos online
Assim que há forte suspeita ou confirmação do diagnóstico, os pais podem utilizar recursos específicos ao paciente, disponíveis online. Isso inclui informações produzidas pelas seguintes agências:
The National Autistic Society: National Autistic Society Opens in new window
Autism Independent UK: Autism Independent UK Opens in new window
A base de evidências para intervenções é coberta de forma abrangente pela Research Autism: National Autistic Society: research Opens in new window
O site "Learn the signs: Act Early" dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA oferece recursos gratuitos para ajudar as famílias a reconhecerem as preocupações relativas ao desenvolvimento, incluindo o autismo: CDC: Learn the signs. Act early Opens in new window
O site Autism Navigator tem um glossário em vídeo dos sintomas iniciais em crianças pequenas: Autism Navigator Opens in new window
Autism Society of America: Autism Society of America Opens in new window
National Institute of Neurological Disorders and Stroke: National Institute of Neurological Disorders and Stroke: autism fact sheet Opens in new window
Autism Speaks: Autism Speaks Opens in new window
Vacinas
O CDC concluiu que o peso da evidência não dá suporte a uma função causadora no TEA para vacinas contendo timerosal ou a vacina tríplice viral. CDC: studies on vaccines and autism spectrum disorders Opens in new window Uma revisão sistemática para avaliar a evidência da efetividade e dos efeitos não intencionais associados à vacina tríplice viral não encontrou nenhuma ligação entre a exposição à vacina e o desenvolvimento de TEA.[324] No entanto, a preocupação por parte dos pais levou à diminuição das taxas de imunização em algumas áreas e a surtos de sarampo.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal