Caso clínico

Caso clínico #1

Uma mulher de 27 anos apresenta amenorreia. Ela tomou pílula contraceptiva oral combinada durante 9 anos e parou há 11 meses. Fora isso, ela está saudável, mas ao exame físico apresenta galactorreia bilateral. A investigação laboratorial revela um nível elevado de prolactina, de 3000 mUI/L (150 microgramas/L). Os níveis normais de prolactina são de até 500 mUI/L (25 microgramas/L). Ela também apresentou níveis de gonadotrofina (hormônio luteinizante [LH], hormônio folículo-estimulante [FSH]) abaixo do normal. O exame de ressonância nuclear magnética (RNM) da região da sela túrcica mostra uma massa hipofisária de 6 mm do lado direito, sem extensão suprasselar ou parasselar.

Caso clínico #2

Um homem de 45 anos apresenta perda de libido e alguma disfunção erétil. Com exceção disso, ele é saudável. Ao exame físico, ele apresenta ginecomastia bilateral leve e exames normais. A investigação laboratorial revela um nível altamente elevado de prolactina, de 46,000 mUI/L (2300 microgramas/L). Os níveis normais de prolactina são de até 300 mUI/L (15 microgramas/L). Ele também apresenta níveis baixos de testosterona, LH e FSH. A RNM da sela túrcica mostra um macroadenoma hipofisário grande de 32 mm com extensão suprasselar e compressão do quiasma ótico. A avaliação do campo visual revela hemianopsia bitemporal.

Outras apresentações

Prolactinomas, principalmente quando são tumores grandes, podem estar associados com cefaleia súbita, síncope, vômitos, febre e comprometimento visual. Todos esses sintomas podem ocorrer no contexto de apoplexia hipofisária (uma síndrome clínica que resulta de infarto hemorrágico ou isquêmico agudo de um adenoma hipofisário). Ocasionalmente, os prolactinomas são incidentalmente detectados durante uma avaliação por imagem (tomografia computadorizada [TC] ou ressonância nuclear magnética [RNM]) do cérebro para outros quadros clínicos não relacionados. Não frequentemente, o prolactinoma pode ser um componente da síndrome familiar da síndrome da neoplasia endócrina múltipla tipo 1, junto com hiperparatireoidismo primário e tumores neuroendócrinos, mais comumente no trato gastrointestinal.

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