Etiologia
Os adenomas hipofisários humanos, incluindo prolactinomas, são de origem monoclonal.[3] Isso sugere que os tumores hipofisários surgem da proliferação de células hipofisárias mutantes e únicas, nos quais as mutações das células somáticas estimulam a velocidade do crescimento celular. A maioria dos prolactinomas ocorre esporadicamente. Uma pequena porcentagem de pacientes pode apresentar síndrome da neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM-1) ou adenoma hipofisário familiar isolado (FIPA). Em estudos de pacientes com FIPA, prolactinomas associados a mutações no gene da proteína de interação com o receptor aril-hidrocarboneto (AIP) eram grandes, ocorriam em pessoas com pouca idade (<30 anos), eram invasivos, apresentavam extensão suprasselar e eram resistentes ao tratamento com agonista dopaminérgico.[4][5] Deve-se considerar o rastreamento de pacientes jovens (<40 anos) apresentando prolactinomas grandes para mutações no gene da AIP e NEM-1.[6][7]
Fisiopatologia
Prolactinomas são tumores lactotróficos da adeno-hipófise. A hipersecreção da prolactina provoca hipogonadismo secundário através dos seus efeitos inibitórios sobre o hormônio liberador de gonadotrofina e gonadotrofinas hipofisárias. A dopamina é transportada do hipotálamo até a adeno-hipófise pelos vasos portais hipofisários onde inibe a secreção de prolactina através dos receptores de dopamina expressos pelos lactotrofos. Assim, a interrupção da secreção de dopamina ou do transporte pelos vasos portais pode causar hiperprolactinemia.
Classificação
Classificação de acordo com o tamanho do tumor
Microadenomas:
Tumores intrasselares pequenos, com diâmetro <10 mm
Raramente aumenta de tamanho
O tipo mais comum entre mulheres.
Macroadenomas:
Tumores maiores, com diâmetro >10 mm
Em geral, localmente invasivos para as regiões suprasselar ou parasselar
Às vezes, associados com compressão agressiva de estruturas vitais
Homens e mulheres menopausadas apresentam mais comumente adenomas grandes e invasivos e, ocasionalmente, tumores gigantes (4 cm ou maiores)
Quase invariavelmente benignos (prolactinomas malignos com metástase para fora da sela túrcica são muito raros).[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) com gadolínio mostrando um microprolactinoma hipofisário de 7 mm do lado esquerdoDo acervo de Dr. Ilan Shimon [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) com gadolínio mostrando um macroadenoma hipofisário grande em um homem de 45 anos com hiperprolactinemiaDo acervo de Dr. Ilan Shimon [Citation ends].
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal