Complicações
Pode ocorrer crise adrenal se a terapia com levotiroxina for iniciada no contexto de insuficiência adrenal não tratada. Os pacientes com crise adrenal apresentam náusea, vômito e tonturas devido à hipotensão, além de possível perda da consciência.
A insuficiência adrenal deve ser tratada com glicocorticoides antes do início da reposição de tiroxina. Se não for viável avaliar a função adrenal antes de iniciar a reposição de tiroxina, o tratamento profilático com esteroides deve ser considerado.[1]
A reposição exagerada e crônica do hormônio tireoidiano pode induzir à osteoporose, especialmente em mulheres menopausadas.[48] Entretanto, ainda se discute a existência dessa associação. Uma revisão da literatura revelou que apenas 9 de 31 estudos demonstraram efeitos adversos consistentes sobre a densidade mineral óssea com uso de terapia com hormônio tireoidiano em nível fisiológico e/ou suprafisiológico.[64]
Os pacientes, particularmente mulheres na perimenopausa, devem seguir os conselhos gerais do prestador de atenção primária com respeito ao rastreamento de osteoporose.
O coma mixedematoso é um estado raro que leva a risco de vida e no qual o hipotireoidismo grave piora sensivelmente.
Em geral, ele ocorre em idosos e é geralmente precipitado por uma afecção clínica subjacente.[62] A taxa de mortalidade associada ao coma mixedematoso é de 25% a 60%.[63]
As características clínicas incluem hipotermia, alteração do estado mental, hipotensão, bradicardia, hipoventilação e edema difuso não depressível.[63]
Pacientes com coma mixedematoso devem ser tratados na unidade de terapia intensiva (UTI) sob a supervisão de um endocrinologista.
A tireotoxicose pode ocorrer em decorrência de uma superdosagem de levotiroxina.
Uma estratégia de manejo adequada inclui a suspensão por vários dias, seguida pela retomada da terapia de reposição com uma dose mais baixa.
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