Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
ultrassonografia transvaginal
Exame
Deve ser oferecida a todas as pacientes com suspeita de endometriose.[1][35][48] A ultrassonografia transvaginal é usada para: identificar endometriomas ovarianos e endometriose profunda (inclusive envolvendo intestino, bexiga ou ureter); identificar ou descartar patologias alternativas; orientar o tratamento e possibilitar o encaminhamento a um serviço adequado.[35] Observe que uma ultrassonografia normal não descarta endometriose, e o encaminhamento ainda pode ser adequado.[35]
Confirmatório para endometriomas, mas os critérios são menos bem definidos para a fibrose peritoneal.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ultrassonografia de endometrioma ovarianoDo acervo de Dr. Jonathon Solnik; usado com permissão [Citation ends].
A sensibilidade e a especificidade para a detecção de endometriomas são de 93% e 96%, respectivamente.[38]
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A sensibilidade é de 58% e a especificidade de 96% para a detecção de endometriose vaginal. A sensibilidade é de 53% a 65% e a especificidade de 92% a 93% para a detecção de doença do ligamento uterossacro.[39][42]
Sensibilidade de 49% e especificidade de 98% para a detecção da doença do septo retovaginal.[39]
A sensibilidade é de 89% e a especificidade de 97% para a endometriose profunda retossigmoide.[43]
A sensibilidade é de 55% e a especificidade de 99% para endometriose profunda na bexiga.[40]
A sensibilidade é de 31% e a especificidade de 98% para a endometriose profunda parametrial.[41]
O exame de ultrassonografia é limitado pelo útero retrovertido.
Um “sinal deslizante” uterino negativo prevê endometriose infiltrante profunda no reto.[44]
Caso a ultrassonografia transvaginal não seja adequada ou seja recusada pela paciente, o NICE recomenda que a ultrassonografia transabdominal da pelve seja considerada.[35]
Resultado
pode mostrar endometrioma ovariano (ecos homogêneos, com baixo nível) ou endometriose pélvica profunda, como o envolvimento do ligamento uterossacro (espessamento linear hipoecoico) ou envolvimento do paramétrio, bexiga ou septo retovaginal
Investigações a serem consideradas
ultrassonografia endoscópica retal
Exame
Projetado para avaliar a endometriose uterossacral, retovaginal e intestinal. A ultrassonografia endoscópica retal pode ser considerada em mulheres com suspeita de endometriose pélvica profunda ou envolvimento do cólon/reto, pois pode ajudar a planejar a ressecção cirúrgica.[38]
Há uma parte crescente da literatura que demonstra melhor detecção da doença pélvica profunda com a ultrassonografia endorretal orientada por endoscópio.
A sensibilidade e especificidade são de pelo menos 90% na maioria dos estudos, mas como na ultrassonografia transvaginal, os dados disponíveis são difíceis de interpretar.[51]
Resultado
nódulo ou massa hipoecoico
ultrassonografia 3D
Exame
Menos invasiva que a histerossalpingografia, histeroscopia ou laparoscopia e com melhor custo-efetivo que a ressonância nuclear magnética (RNM) como teste para confirmar anomalias müllerianas.
Há poucos estudos comparativos disponíveis; limitado a centros especializados.
Resultado
imagem tridimensional da cavidade endometrial (varia dependendo do tipo de anomalia)
histerossalpingografia
Exame
Útil para mulheres com suspeita de anomalia mülleriana (como útero unicorno ou útero didelfo [útero duplo]), responsável por uma pequena porcentagem de mulheres com endometriose.
Um auxiliar útil para mulheres com subfertilidade.
Também avalia o diâmetro tubário e a patência tubária.
Resultado
o contraste delineará a cavidade endometrial para as falhas de enchimento adjacentes/internas (varia de acordo com o tipo de anomalia mülleriana)
ressonância nuclear magnética (RNM) da pelve
Exame
Útil para o exame de imagem de todo o abdome e pelve. A doença ovariana pode ser observada com facilidade. A RNM pode detectar implantes extra-pélvicos e retovaginais. A RNM pode ser usada para diagnosticar e avaliar a extensão da endometriose profunda.[17][35][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) - nódulos fibróticos envolvendo os ligamentos uterossacros e a parede retalBazot M, et al. Radiology. 2004 Aug;232(2):379-89; usado com permissão [Citation ends].
A sensibilidade e especificidade para a doença pélvica profunda é de aproximadamente 90%, porém é consistentemente mais baixa para o ligamento uterossacro e mais alta para a doença gastrointestinal.[52]
O NICE recomenda que a RNM pélvica deve ser planejada e interpretada por um profissional com experiência em imagem ginecológica.[35]
Resultado
RNM pélvica espessamento hipointenso irregular ou massa do ligamento uterossacro; substituição do plano do tecido adiposo entre o útero e o reto/sigmoide por massa de tecido
laparoscopia diagnóstica
Exame
A visualização direta dos implantes no momento da cirurgia e histopatologia nem sempre se correlacionam, uma vez que não há um método padronizado utilizado por todos os patologistas e as lesões atípicas podem ser difíceis de avaliar sem biópsia.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem laparoscópica de endometrioma ovarianoDo acervo de Dr. Jonathon Solnik; usado com permissão [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: imagem laparoscópica de nódulo endometrióticoDo acervo de Dr. Jonathon Solnik; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem laparoscópica da janela peritonealDo acervo de Dr. Jonathon Solnik; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem laparoscópica de útero retrovertidoDo acervo de Dr. Jonathon Solnik; usado com permissão [Citation ends].
A experiência cirúrgica pode aumentar a sensibilidade para 97%.[53]
A laparoscopia diagnóstica pode ser considerada para suspeita de endometriose, mesmo se outras investigações (por exemplo, imagem) estiverem normais.[35]
Resultado
visualização direta com glândulas ou estroma endometrial, confirmados por biópsia, encontrados do lado de fora da cavidade uterina. O estágio inicial (mínimo a leve) é marcado por implantes peritoneais superficiais que se parecem com vesículas (claras ou vermelhas). A doença moderada é tipicamente caracterizada por múltiplas lesões superficiais ou profundas, com um grau variável de aderências. A doença avançada é caracterizada por múltiplos implantes (profundos e fibróticos), extensão parametrial ou retroperitoneal, endometrioma ovariano, fundo de saco obliterado e aderências pélvicas.
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