História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem idade reprodutiva, história familiar positiva, mulheres nulíparas e anomalias müllerianas.

dismenorreia

A dismenorreia primária é extremamente comum em jovens e pode ser difícil de distinguir da dismenorreia causada pela endometriose.[1]

Deve-se suspeitar de endometriose se a dismenorreia evoluir e se tornar acíclica.

dor pélvica crônica ou cíclica

A causa da dor crônica é com frequência multifatorial, mas a endometriose deve ser considerada. No entanto, a dor caracterizada como agravamento progressivo e contínuo é mais característico nas mulheres com endometriose.

dispareunia

Aproximadamente 30% das mulheres com endometriose relatam dispareunia.[5] A dor durante a relação sexual, particularmente com penetração profunda, pode ser causada por distorção da anatomia pélvica e envolvimento retovaginal.

subfertilidade

A endometriose está presente em até 40% das mulheres que apresentam infertilidade inexplicável.[32]​ Fora isso, essas mulheres podem ser assintomáticas.

Devido à cicatrização desfigurante ou produção excessiva de prostaglandina que pode interferir com a fertilização ou implantação.

nodularidade do ligamento uterossacro

Palpável no exame retovaginal.

Uma textura como "corda de violão" associada à sensibilidade é típica quando essas estruturas peritoneais estão envolvidas. A sensibilidade é tão alta quanto 85%.[50]

massa pélvica

Endometriomas ovarianos (cistos de chocolate) podem ser sentidos no exame pélvico. Apesar de classificada como endometriose em estágio III ou IV, essas mulheres podem ser assintomáticas.

útero fixo retrovertido

Achado tardio sugestivo de fibrose peritoneal e aderências pélvicas. Pode estar associado à "pelve congelada" (fundo de saco posterior está preenchido com órgãos pélvicos imóveis). Comumente manifesta-se como sensibilidade uterina.

depressão

Presente em 30% a 85% das mulheres com endometriose.[33] As mulheres com endometriose têm maior probabilidade de terem depressão, em comparação com controles saudáveis, mas não em comparação com pessoas com dor pélvica crônica por outras causas.[34] Portanto, as mulheres que apresentam endometriose, especialmente se associada à dor crônica, devem ser avaliadas quanto a sinais e sintomas de depressão.

ansiedade

As mulheres com endometriose têm maior probabilidade de terem ansiedade, em comparação com controles saudáveis, mas não em comparação com pessoas com dor pélvica crônica por outras causas.[34]

incapacidade de ir ao trabalho ou à escola devida a dismenorreia

O absenteísmo do trabalho ou da escola é preditivo de diagnóstico de endometriose.[36]

Outros fatores diagnósticos

Incomuns

disúria, dor no flanco, hematúria

Podem estar presentes se a bexiga ou os ureteres estiverem envolvidos.[17][30]

disquezia, hematoquezia

Movimentos intestinais dolorosos (disquezia), especialmente durante a menstruação, ou a passagem de sangue fresco nas fezes (hematoquezia) podem ser um indicativo de envolvimento colorretal.[17][30]

Fatores de risco

Fortes

faixa etária reprodutiva

A endometriose afeta tipicamente as mulheres em idade reprodutiva, mas existe um amplo espectro de idades no diagnóstico.[4]

história familiar positiva

A predisposição genética para a doença foi bem documentada em estudos de pares de irmãos.​[9][8]​​​ Um parente de primeiro grau com endometriose implica um aumento de 7 a 10 vezes no risco de diagnóstico.[6][7]

nuliparidade

As mulheres nulíparas têm mais probabilidade que mulheres multíparas de serem diagnosticadas com endometriose.[30]

anomalias müllerianas

A diferenciação de epitélio colômico em glândulas endometriais é um mecanismo possível. Acredita-se que a endometriose documentada em jovens na pré-menarca surge a partir de restos müllerianos, células de origem paramesonéfrica já na pelve, que são estimuladas pela produção de estrogênio depois da maturação do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano.[22] A doença peritoneal profunda sem implantes superficiais óbvios é sugestiva desse processo, e ela pode explicar os estágios avançados observados em coortes particularmente jovens.

Fracos

etnia branca

A prevalência também é considerada maior em mulheres brancas.[11][18]

índice de massa corporal (IMC) baixo

A prevalência é considerada maior naquelas com IMC menor.[11]

doença autoimune

Observou-se aumento da prevalência de doenças autoimunes em mulheres com endometriose confirmada cirurgicamente.[27]

primeiro contato sexual tardio

Foi associado fracamente à endometriose.[11]

tabagismo

Foi associado fracamente à endometriose.[11]

parto cesáreo prévio

Foi associado fracamente à endometriose pélvica em geral.[31] Mais estudos são necessários para confirmar a associação.

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