Critérios
European LeukemiaNet: estratificação de risco por anormalidade genética ao diagnóstico inicial[24]
Risco favorável
t(8;21)(q22;q22.1)/RUNX1::RUNX1T1*
inv(16)(p13.1q22) ou t(16;16)(p13.1;q22)/CBFB::MYH11*
Mutação de NPM1 sem FLT3-ITD**
Mutação em CEBPA com domínio zíper de leucina básica (bZIP) na estrutura
Médio risco
Mutação de NPM1 com FLT3-ITD**
NPM1 do tipo selvagem com FLT3-ITD (sem lesões genéticas de risco adverso)
t(9;11)(p21.3;q23.3)/MLLT3::KMT2A
Anormalidades citogenéticas e/ou moleculares não classificadas como favoráveis ou adversas
Risco adverso
t(6;9)(p23.3;q34.1)/DEK::NUP214
t(v;11q23.3)/KMT2A rearranjado (exceto duplicação parcial em série de KMT2A)
t(9;22)(q34.1;q11.2)/BCR::ABL1
t(8;16)(p11.2;p13.3)/KAT6A::CREBBP
inv(3)(q21.3q26.2) ou t(3;3)(q21.3;q26.2)/GATA2, MECOM(EVI1)
t(3q26.2;v)/MECOM(EVI1) rearranjado
-5 ou del(5q); -7; -17/abn(17p)
Cariótipo complexo (≥3 anomalias cromossômicas não relacionadas na ausência de outras anormalidades genéticas recorrentes definidoras de classe; descarta cariótipos hiperdiploides com três ou mais trissomias [ou polissomias] sem anormalidades estruturais); cariótipo monossômico (presença de ≥2 monossomias distintas [exceto perda de X ou Y], ou uma única monossomia autossômica em combinação com pelo menos uma anomalia cromossômica estrutural [exceto LMA com fator de ligação ao núcleo])
Mutação de ASXL1, BCOR, EZH2, RUNX1, SF3B1, SRSF2, STAG2, U2AF1 e/ou ZRSR2 (essas mutações não devem ser usadas como marcadores prognósticos adversos se ocorrerem concomitantemente com subtipos de LMA de risco favorável)
Mutação de TP53 (fração de alelo variante ≥10%)
*A mutação de KIT e/ou de FLT3 não altera a categorização de risco
**LMA com mutação de NPM1 e anormalidades citogenéticas de risco adversos são categorizadas como risco adverso.
European LeukemiaNet: critérios de resposta ao tratamento[24]
Remissão completa (RC)
Blastos na medula óssea <5%; ausência de blastos circulantes; ausência de doença extramedular
Contagem absoluta de neutrófilos (ANC) ≥1 × 10⁹/L (≥1000/microlitro)
Contagem plaquetária ≥100 × 10⁹/L (≥100.000/microlitro)
RC com recuperação hematológica parcial (RCh)
Blastos na medula óssea <5%; ausência de blastos circulantes; ausência de doença extramedular
ANC ≥0.5 × 10⁹/L (≥500/microlitro)
Contagem plaquetária ≥50 × 10⁹/L (≥50.000/microlitro)
RC com recuperação hematológica incompleta (RCi)
Todos os critérios de RC, exceto neutropenia residual (ANC <1 × 10⁹/L [<1000/microlitro]) ou trombocitopenia (contagem plaquetária <100 × 10⁹/L [<100.000/microlitro])
Estado morfológico sem evidência de leucemia (EMEL)
Blastos na medula óssea <5%; ausência de blastos circulantes; ausência de doença extramedular; não é necessária recuperação hematológica
Observação: a medula óssea não deve ser meramente "aplásica"; deve haver presença de espículas na medula óssea; ≥200 células devem ser enumeradas no aspirado ou a celularidade deve ser ≥10% na biópsia
Remissão parcial (RP)
Todos os critérios hematológicos de RC
Diminuição da porcentagem de blastos da medula óssea para 5% a 25%
Diminuição da porcentagem de blastos de medula óssea pré-tratamento em ≥50%
Ausência de resposta
Pacientes avaliáveis para resposta, mas que não atendem aos critérios para RC, RCh, RCi, EMEL ou RP são categorizados como sem resposta antes do marco de resposta. Os pacientes que não alcançam resposta com base no marco designado são considerados portadores de doença refratária.
Não avaliável para resposta
Inclui pacientes sem avaliação adequada de resposta da medula óssea (inclusive aqueles com morte precoce, supressão antes da avaliação da resposta ou amostra de medula óssea tecnicamente abaixo do ideal que impede a avaliação).
RC, RCh ou RCi sem doença residual mínima (DRM) mensurável (RCDRM-, RChDRM- ou RCiDRM-)
RC, RCh ou RCi sem DRM abaixo do limiar definido para um marcador genético por reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR) ou citometria de fluxo multiparâmetros.
A resposta sem DRM deve ser confirmada com uma avaliação subsequente com um intervalo de, pelo menos, 4 semanas. A data de resposta sem DRM é a primeira data na qual a DRM esteve abaixo do limiar definido.
A resposta com detecção de DRM em nível baixo (RCDRM-NB) é incluída nesta categoria de RC, RCh ou RCi sem DRM. Atualmente, a RCDRM-NB é definida apenas por NPM1 mutante e LMA com fator de ligação ao núcleo.
Doença refratária
Ausência de RC, RCh ou RCi no marco de resposta.
Doença recidivante (após RC, RCh ou RCi)
Blastos na medula óssea ≥5%; ou reaparecimento de blastos no sangue em pelo menos 2 amostras de sangue periférico com intervalo de, pelo menos, uma semana; ou desenvolvimento de doença extramedular.
Recidiva de DRM (após RC, RCh ou RCi sem DRM)
1) Conversão de negatividade de DRM para positividade de DRM, independente do método; ou 2) aumento do número de cópias de DRM ≥1 log10 entre qualquer uma das duas amostras positivas em pacientes com RCDRM-NB, RChDRM-NB ou RCiDRM-NB por qPCR.
O resultado de 1 ou 2 deve ser confirmado com rapidez em uma segunda amostra consecutiva da mesma fonte de tecido.
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