Diagnósticos diferenciais
Febre do feno (rinite alérgica)
SINAIS / SINTOMAS
A rinite ocorre em resposta à exposição a alérgenos específicos.
Ciclo crônico flutuante, conforme exposição a alérgenos e de padrão sazonal.
A presença de faringite tornaria um resfriado comum mais provável.
Outras características de atopia sugestivas da doença.
Investigações
O teste de contato cutâneo para a identificação de alérgenos e a determinação da imunoglobulina E (IgE) específica in vitro são testes diagnósticos.
Sinusite crônica
SINAIS / SINTOMAS
Os sintomas duram mais de 6 semanas. Geralmente diagnosticada com o auxílio de estudos radiológicos. As características clínicas comuns da sinusite crônica incluem a hiposmia ou anosmia.
É mais comumente caracterizada por uma inflamação crônica do que por uma infecção bacteriana, especialmente em adultos.
Investigações
As tomografias computadorizadas (TCs) dos seios da face são anormais em pessoas que sofrem de sinusite crônica.
Amigdalite
SINAIS / SINTOMAS
Geralmente em crianças e adolescentes com idade <15 anos. Pode haver história de contato com uma pessoa infectada, principalmente em espaços fechados.
Edema ou exsudatos tonsilares e glândulas cervicais anteriores sensíveis à palpação.
A maioria dos pacientes com amigdalite estreptocócica aguda apresenta temperatura elevada e ausência de tosse.
O uso do escore McIsaacpode ajudar a discriminar a probabilidade de uma faringite aguda ser causada por estreptococos do grupo A (GAS); um escore de 2 ou 3 deve levar à obtenção de um swab da orofaringe [ Critérios de Avaliação e Tratamento da Faringite (McIsaac) Opens in new window ] [27]
Investigações
Uma cultura faríngea positiva confirma o diagnóstico na maioria dos casos.
Testes rápidos de antígeno estreptocócico podem ser usados para testagem imediata no local de atendimento.
Faringite aguda
SINAIS / SINTOMAS
A faringite por GAS ocorre mais comumente em crianças e adolescentes com idade <15 anos. O contato próximo com uma pessoa com apresentação de GAS pode ser observado na história.
Ausência de tosse ou presença de adenopatia cervical ou exsudato faríngeo na faringite por GAS.
O uso do sistema de pontuação de McIsaac [ Critérios de Avaliação e Tratamento da Faringite (McIsaac) Opens in new window ] pode ajudar a discriminar a probabilidade de uma faringite aguda ser causada por estreptococos do grupo A (GAS); um escore de 2 ou 3 deve levar à obtenção de um swab de orofaringe.[27]
Investigações
Uma cultura faríngea positiva confirma o diagnóstico na maioria dos casos.
Testes rápidos de antígeno estreptocócico podem ser usados para testagem imediata no local de atendimento.
Escarlatina
SINAIS / SINTOMAS
História de faringite por GAS.
Contato próximo com uma pessoa com escarlatina ou outra apresentação de GAS.
Crianças com idade de 1 a 10 anos. Incomum em crianças com idade <1 ano e adultos.
Presença de erupção cutânea escarlatiniforme característica. Pode ser observada língua em morango.
Ausência de tosse ou de outros sintomas virais (por exemplo, rinorreia).
Investigações
O diagnóstico é geralmente clínico.
Podem ser usados testes rápidos de detecção de antígeno, se disponíveis, e eles serão positivos para GAS se houver infecção por GAS.
A cultura bacteriana ou a reação em cadeia da polimerase podem ser usadas quando os testes rápidos não são usados ou recomendados rotineiramente, e serão positivas para GAS se houver infecção por GAS.
Sinusite aguda
SINAIS / SINTOMAS
Doença aguda, geralmente de causa infecciosa.
No geral, o diagnóstico é clínico, podendo manifestar-se com uma congestão nasal, tosse, muco nasal de coloração anormal e pressão/dor facial.
A sensibilidade facial é um sinal raro e não confiável; no entanto, uma dor reproduzível à percussão dos seios paranasais (frontais e maxilares) é fortemente indicativa de uma sinusite bacteriana aguda. Dor de dente e uso de descongestionantes tópicos ou orais sem resposta satisfatória aumentam a probabilidade de uma sinusite bacteriana aguda.
Investigações
O diagnóstico é clínico.
Mononucleose infecciosa
SINAIS / SINTOMAS
Muitas vezes subclínica em crianças pequenas.
Síndrome bem descrita com exantema maculopapular, sensação de fadiga, febre, laringite e mal-estar.
A hepatoesplenomegalia é comum.
Investigações
O hemograma completo revela uma linfocitose.
O teste positivo para anticorpos heterófilos geralmente é diagnóstico; pode ser falso-negativo nos estágios iniciais da doença.
Títulos de anticorpos antivírus Epstein-Barr (EBV) podem ajudar a diferenciar as formas agudas das formas crônicas da infecção por EBV.
Influenza sazonal
SINAIS / SINTOMAS
Febre, cefaleia, dores musculares e mal-estar são características predominantes.
Sintomas mais graves que um resfriado comum.
Uma febre acima de 38 °C (>100.4 °F) é sugestiva em adultos.
Pode causar períodos prolongados de absenteísmo/inatividade.
Pode causar complicações graves em idosos e pessoas imunocomprometidas.
Investigações
A cultura viral, a coloração com anticorpo imunofluorescente direto e a reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa são exames reconhecidos.
Doença do coronavírus 2019 (COVID-19)
SINAIS / SINTOMAS
Pode fornecer história de contatos doentes. Considere a situação epidemiológica presente.
Os sinais e sintomas são semelhantes, por isso pode ser difícil diferenciar clinicamente as condições.
A febre é menos comum nas pessoas com resfriado comum em comparação com a COVID-19, e a cefaleia, a rinorreia, a mialgia e a faringite são mais comuns nas pessoas com resfriado comum em comparação com a COVID-19. Um número maior de sintomas gerais pode levar ao diagnóstico de resfriado comum em vez de COVID-19.[31]
Investigações
A reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR) em tempo real é positiva para RNA do SARS-CoV-2. Testes rápidos de antígenos também podem ser usados.
Infecção pelo vírus da influenza aviária A (H5N1)
SINAIS / SINTOMAS
Características clínicas típicas de influenza (por exemplo, febre, tosse, faringite, dores musculares e mal-estar), geralmente em comunidades onde o vírus H5N1 esteja disseminado, ou em alguém que tenha viajado para tais comunidades.
Investigações
Os exames de cultura viral, a coloração de anticorpo imunofluorescente direto e a reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa detectam o vírus da gripe (influenza). A forma mais definitiva de identificar o vírus da gripe (influenza) A, o H5N1, é um teste específico da reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa em tempo real, que pode ser realizado em laboratórios especializados. Ele pode ser feito diretamente em amostras dos pacientes (por exemplo, por swab ou aspirado nasofaríngeo, lavagem e swab nasal ou aspirado traqueal) ou em vírus cultivados a partir de amostras dos pacientes.
Infecção pelo vírus da influenza aviária A (H7N9)
SINAIS / SINTOMAS
Características clínicas típicas de influenza (por exemplo, febre, tosse, faringite, dores musculares e mal-estar), geralmente em comunidades onde o vírus H7N9 esteja disseminado, ou em alguém que tenha viajado para tais comunidades.
Investigações
O teste de primeira escolha para o diagnóstico de infecção por H7N9 é a PCR por transcriptase reversa para RNA do vírus de linhagem asiática A (H7N9). O teste pode ser realizado em laboratórios especializados. Uma amostra do trato respiratório superior (por exemplo, swab nasal, swab da garganta, swab nasofaríngeo ou aspirado) pode ser usada, mas é menos provável que uma amostra do trato respiratório inferior (por exemplo, escarro, aspirado traqueal, lavado broncoalveolar) apresente um resultado falso-negativo.
Coqueluche
SINAIS / SINTOMAS
Depois de várias semanas, os sintomas iniciais do trato respiratório superior podem desencadear uma tosse mais grave; inicialmente há uma tosse paroxística que vai aumentando de frequência progressivamente, mas que depois permanece constante durante várias semanas. Podem ocorrer guinchos inspiratórios e vômitos pós-tosse. É possível ouvir um estridor inspiratório na ausculta.
Investigações
Evidência de Bordetella pertussis em swabs ou aspirados nasofaríngeos.
Infecção por vírus sincicial respiratório
SINAIS / SINTOMAS
História de exposição ao VSR.
Afeta principalmente bebês com idade <6 meses e aqueles com história de prematuridade ou certas comorbidades.
Surtos sazonais durante o inverno (podem variar de acordo com a região).
Maior esforço para respirar, sibilo, apneia ou baixa aceitação alimentar podem ser observados nos lactentes.
Investigações
Reação em cadeia da polimerase positiva para RNA de VSR.
Difteria
SINAIS / SINTOMAS
Pode haver história de exposição ou viagem a áreas endêmicas.
Faringite e febre baixa (geralmente <39 °C [<102 °F]), seguidas de disfagia, disfonia, dispneia e uma tosse rouca, caso haja extensão da pseudomembrana e/ou envolvimento dos nervos faríngeos e laríngeos posteriores.
Uma pseudomembrana marrom-acinzentada pode formar-se sobre as amígdalas e/ou faringe após 2 a 5 dias de faringite. Na ausência de tratamento, ela pode tornar-se espessa e disseminar-se. O edema cervical e a linfadenopatia podem causar uma aparência característica de pescoço de touro.
Investigações
Microscopia e culturas de swabs do nariz e da garganta, obtidas quando possível da parte inferior da pseudomembrana, apresentam resultados positivos para Corynebacterium diphtheriae.
Doença meningocócica
SINAIS / SINTOMAS
Pode apresentar sinais/sintomas respiratórios inespecíficos. Pode apresentar a tríade taquicardia, hipotensão arterial e febre alta.
À medida que a doença evolui, pode haver sede, desconforto respiratório, rash petequial, vasoconstrição periférica, alteração do nível de consciência, fotofobia, hipotonia, rigidez de nuca, convulsões e taquicardia.
Os lactentes podem exibir uma fontanela abaulada e choro em tom agudo característico.
Um sinal positivo de Kernig ou de Brudzinski indica uma inflamação meníngea e sugere uma meningite; presente apenas em uma minoria dos pacientes.
Investigações
O isolamento da Neisseria meningitidis de um local estéril do corpo (sangue, líquido cefalorraquidiano [LCR], articulação, líquido pleural, líquido pericárdico, aspiração ou biópsia de uma lesão purpúrea) é o teste definitivo para o diagnóstico de infecções meningocócicas invasivas.
Infecção primária pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
SINAIS / SINTOMAS
Muitos indivíduos infectados pelo HIV desenvolvem uma doença clínica aguda que geralmente ocorre 2 a 4 semanas após a exposição ao HIV.
Muitas vezes a doença é reconhecida de forma retrospectiva porque as características são inespecíficas.
O início é agudo e dura até 2 semanas.
Os sintomas comuns são uma patologia do tipo febre glandular, com febre, mal-estar, mialgia, faringite, cefaleias, diarreia, neuralgia ou neuropatia, linfadenopatia, exantema maculopapular e ulceração mucocutânea.
Investigações
A imunodeficiência humoral mostra níveis baixos de imunoglobulina. A imunodeficiência celular indica uma disfunção da célula T, e/ou HIV.
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