Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
variável
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A síndrome metabólica aumenta o risco de doença cardiovascular (DCV) e de importantes eventos adversos cardiovasculares.[185] Os pacientes com síndrome metabólica têm um risco 2 a 3 vezes maior de mortalidade relacionada a DCV.[186]​ A combinação de síndrome metabólica com diabetes aumenta o risco de DCV em quase 5 vezes.[187]

Uma grande metanálise de 172,573 pacientes com síndrome metabólica mostrou que seu risco relativo (RR) de eventos cardiovasculares e morte era 1.78. Essa associação continuou alta (RR de 1.58) depois do ajuste para fatores de risco cardiovascular tradicionais e foi maior para mulheres que para homens.[188]

Outro estudo mostrou um aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC) (razão de riscos de 1.5) em pacientes com síndrome metabólica depois do ajuste para fatores de risco sociodemográficos.[189]

Mesmo em adolescentes, a síndrome metabólica foi associada ao aumento na espessura da íntima-média da carótida.[190]

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O risco de desenvolvimento de DM do tipo 2 é até 5 vezes maior nas pessoas com síndrome metabólica.[191][192] Além disso, na presença de síndrome metabólica e resistência à insulina, o risco de desenvolver DM do tipo 2 é 6 a 7 vezes maior que nas pessoas sem essas condições.[193]

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A DHGDM (anteriormente conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica) é um espectro de doenças que varia desde o acúmulo de gordura hepática sem inflamação até a esteatose hepática, fibrose, cirrose e doença hepática em estágio terminal. Ela é comum, com uma prevalência global de cerca de 25% e grandes variações entre regiões e etnias.[194]

A DHGDM é uma comorbidade de longo prazo associada à síndrome metabólica. Ela é considerada a manifestação hepática da síndrome metabólica e está fortemente associada aos seus componentes (obesidade, dislipidemia, resistência insulínica).[173]​ As pessoas com síndrome metabólica têm um risco de 4 a 11 vezes maior de evolução para DHGDM futura.[195]

A DHGDM também está fortemente associada à doença cardiovascular, mesmo depois do ajuste para fatores de risco da síndrome metabólica.[196]

Os pacientes com aminotransferases elevadas e síndrome metabólica devem ser encaminhados a um hepatologista.

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A síndrome metabólica e seus componentes (obesidade, hipertensão) estão associados ao desenvolvimento e à progressão da doença renal crônica.[177]​ A lesão renal pode ocorrer diretamente por compressão renal e lipotoxicidade, e indiretamente por hipertensão e resistência insulínica.[177]

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A síndrome cardiovascular-renal-metabólica é um distúrbio definido pela American Heart Association (AHA) para refletir as conexões entre doenças metabólicas (obesidade, diabetes, síndrome metabólica), doença renal e doença cardiovascular (DCV).[204]

Ela inclui tanto indivíduos em risco de DCV (devido à presença de fatores de risco metabólicos, DRC ou ambos) quanto indivíduos com DCV existente, incluindo insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, doença coronariana, AVC e doença arterial periférica.

A AHA recomenda que esses pacientes sejam tratados por uma equipe interdisciplinar com encaminhamento direcionado dos pacientes com síndrome cardiovascular-renal-metabólica de alto risco para os subespecialistas apropriados. Ela também enfatiza que o atendimento clínico deve incluir o tratamento dos determinantes sociais que afetam a saúde na síndrome cardiovascular-renal-metabólica.[204]

variável
Médias

A síndrome metabólica tem sido associada ao hipogonadismo masculino e feminino (independentemente da síndrome do ovário policístico). O hipogonadismo também é um fator de risco para síndrome metabólica e DM do tipo 2. A terapia de reposição hormonal nos dois sexos melhora os elementos da síndrome metabólica.[4]

variável
Médias

A obesidade está fortemente associada à osteoartrite, principalmente dos joelhos, em pacientes com síndrome metabólica.[197]

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Médias

A gota é causada por hiperuricemia, que é comum nos pacientes com síndrome metabólica.[70][74]​ A obesidade está associada à gota nos pacientes com síndrome metabólica.[197]

variável
Médias

Evidências epidemiológicas cumulativas têm vinculado a síndrome metabólica ao desenvolvimento ou progressão do câncer: especificamente, câncer colorretal e de próstata e aumento da recorrência de câncer de mama.[198][199][200]​ O aumento dos carcinomas hepatocelulares também foi associado a uma maior prevalência da síndrome metabólica.[201]

A obesidade está significativamente associada a taxas maiores de desenvolvimento e morte dos tipos de câncer mais comuns, incluindo os cânceres hepático, colorretal, de próstata e de mama.[202]

O DM do tipo 2 também está associado ao aumento do risco de evoluir para câncer em geral e em locais específicos.[203]

variável
Médias

Estudos sugerem que a síndrome metabólica e seus componentes podem levar a um declínio na função cognitiva e a um aumento do risco de demência.[205][206]

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