Há evidências mínimas sobre a eficácia comparativa das opções de tratamento para o fenômeno de Raynaud (FR), e o manejo varia dependendo da gravidade e dos sintomas da doença.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com
O tratamento para FR primário ou secundário leve geralmente consiste em mudanças de estilo de vida e terapias farmacológicas. O tratamento para FR secundário moderado a grave pode necessitar de terapias farmacológicas adicionais ou cirurgia se os pacientes tiverem evoluído para ulceração digital ou gangrena.
Em todos os pacientes, se o tratamento for ineficaz, se houver suspeita de doença do tecido conjuntivo ou outra condição subjacente (FR secundário) ou se for necessário tratamento para FR secundário grave (por exemplo, ulceração digital ou isquemia crítica), é recomendado o encaminhamento a um reumatologista.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com
Modificação do estilo de vida
Muitos casos de FR não requerem tratamento farmacológico, a menos que os sintomas se tornem graves. As intervenções não farmacológicas devem ser consideradas primeiro no FR primário ou secundário leve e incluem principalmente medidas preventivas e evitação de fatores desencadeantes, por exemplo:[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661
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[31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297.
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Manter-se aquecido e evitar a umidade (por exemplo, usar luvas, aquecedores de mãos)
Hidratar a pele seca
Abandonar o hábito de fumar
Evitar lesões nos dedos e exposição à vibração
Evitar estresse
Retirar medicamentos vasoconstritores quando possível
Evitar medicamentos que agravam o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas).
Se forem relatadas limitações de destreza, os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação de terapia ocupacional para obtenção de auxílios (por exemplo, porta-chaves).
O tratamento farmacológico pode ser considerado em pessoas com doença leve que não respondem à modificação do estilo de vida. A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento farmacológico em pessoas com FR secundário que evoluíram para ulceração digital. Recomendações adicionais incluem hidratar a pele ao redor das úlceras, evitar contato com produtos de limpeza, evitar lesões nos dedos, evitar manipulação de úlceras, usar luvas de proteção e promover a circulação por meio de exercícios.[32]Stöcker JK, Schouffoer AA, Spierings J, et al. Evidence and consensus-based recommendations for non-pharmacological treatment of fatigue, hand function loss, Raynaud's phenomenon and digital ulcers in patients with systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2022 Apr 11;61(4):1476-86.
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Tratamentos farmacológicos
Bloqueadores dos canais de cálcio
Os objetivos do tratamento farmacológico são a redução da frequência, da gravidade e da duração das crises. O tratamento farmacológico de primeira linha recomendado são os bloqueadores dos canais de cálcio, que demonstraram diminuir a frequência/gravidade das crises, geralmente em 30%.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
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[33]Huisstede BM, Hoogvliet P, Paulis WD, et al. Effectiveness of interventions for secondary Raynaud's phenomenon: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2011 Jul;92(7):1166-80.
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[34]Thompson AE, Pope JE. Calcium channel blockers for primary Raynaud's phenomenon: a meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2005 Feb;44(2):145-50.
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[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24.
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[
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How do calcium channel blockers compare with placebo in people with Raynaud's phenomenon?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2065/fullMostre-me a resposta
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In people with primary Raynaud's phenomenon, how do calcium channel blockers affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1242/fullMostre-me a resposta As metanálises demonstraram que os bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos são eficazes no FR primário e secundário. Os agentes recomendados incluem nifedipino, nicardipino e agentes menos estudados para esse fim, incluindo anlodipino ou felodipino.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
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Bloqueadores dos canais de cálcio não di-hidropiridínicos (por exemplo, diltiazem) podem ser oferecidos se os bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos não puderem ser usados ou forem ineficazes.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
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Os bloqueadores dos canais de cálcio podem não ser eficazes em todos os pacientes e podem ter efeitos adversos, como hipotensão, tontura, rubor e edema nos tornozelos. Os bloqueadores dos canais de cálcio de ação rápida podem causar hipotensão ortostática e muitas pessoas com o FR são jovens que têm pressão arterial normal a baixa. Caso o bloqueador dos canais de cálcio de ação rápida seja tolerado, mas não seja eficaz, a dose pode ser aumentada.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
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Vasodilatadores alternativos
Não há evidências para o uso de vasodilatadores além dos bloqueadores dos canais de cálcio no FR.[40]Su KY, Sharma M, Kim HJ, et al. Vasodilators for primary Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2021 May 17;5(5):CD006687.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33998674?tool=bestpractice.com
Entretanto, quando os bloqueadores dos canais de cálcio falham ou não são tolerados, outros vasodilatadores podem ser testados.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
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Dois estudos mostraram uma redução nas crises de FR em pacientes tratados com o antagonista do receptor de angiotensina II losartana, com um estudo mostrando melhora nos sintomas de FR em comparação com nifedipino.[42]Pancera P, Sansone S, Secchi S, et al. The effects of thromboxane A2 inhibition (picotamide) and angiotensin II receptor blockade (losartan) in primary Raynaud's phenomenon. J Intern Med. 1997 Nov;242(5):373-6.
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A associação entre inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e FR é controversa. O tratamento com fluoxetina mostrou uma diminuição na frequência e gravidade das crises em um estudo randomizado.[45]Coleiro B, Marshall SE, Denton CP, et al. Treatment of Raynaud's phenomenon with the selective serotonin reuptake inhibitor fluoxetine. Rheumatology (Oxford). 2001 Sep;40(9):1038-43.
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Entretanto, outros estudos relatam que os ISRS podem exacerbar os sintomas do FR.[7]Khouri C, Blaise S, Carpentier P, et al. Drug-induced Raynaud's phenomenon: beyond β-adrenoceptor blockers. Br J Clin Pharmacol. 2016 Jul;82(1):6-16.
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Foi demonstrado que os nitratos tópicos são eficazes na redução da frequência e da gravidade das crises, na redução do tamanho das úlceras, na redução do Índice de Condição de Raynaud (RCS) e na melhora do fluxo sanguíneo em vários ensaios clínicos randomizados e controlados; no entanto, efeitos adversos, como cefaleias, podem limitar seu uso.[47]Teh LS, Manning J, Moore T, et al. Sustained-release transdermal glyceryl trinitrate patches as a treatment for primary and secondary Raynaud's phenomenon. Br J Rheumatol. 1995 Jul;34(7):636-41.
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O tratamento com o alfabloqueador prazosina demonstrou melhora modesta no FR em três ensaios clínicos randomizados e controlados; no entanto, os efeitos adversos podem ser comuns e nenhum outro ensaio clínico foi conduzido desde 1986.[51]Pope J, Fenlon D, Thompson A, et al. Prazosin for Raynaud's phenomenon in progressive systemic sclerosis. Cochrane Database Syst Rev. 2000;1998(2):CD000956.
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[52]Surwit RS, Gilgor RS, Allen LM, et al. A double-blind study of prazosin in the treatment of Raynaud's phenomenon in scleroderma. Arch Dermatol. 1984 Mar;120(3):329-31.
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Os inibidores da ECA também têm sido usados como alternativas aos bloqueadores dos canais de cálcio, mas apresentaram resultados conflitantes.[44]Wood HM, Ernst ME. Renin-angiotensin system mediators and Raynaud's phenomenon. Ann Pharmacother. 2006 Nov;40(11):1998-2002.
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Uma revisão sistemática de 2021 revelou que captopril e enalapril podem aumentar a frequência das crises no FR primário.[40]Su KY, Sharma M, Kim HJ, et al. Vasodilators for primary Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2021 May 17;5(5):CD006687.
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Um ensaio clínico randomizado e controlado revelou que o tratamento com quinapril não apresentou melhora nas crises secundárias de FR.[54]Gliddon AE, Doré CJ, Black CM, et al. Prevention of vascular damage in scleroderma and autoimmune Raynaud's phenomenon: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial of the angiotensin-converting enzyme inhibitor quinapril. Arthritis Rheum. 2007 Nov;56(11):3837-46.
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Doença grave
Os inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE-5) (por exemplo, sildenafila, tadalafila, vardenafila e udenafila) podem ser usados em pacientes com FR secundário moderado a grave quando os bloqueadores dos canais de cálcio falharam ou não são tolerados.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
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[55]Roustit M, Blaise S, Allanore Y, et al. Phosphodiesterase-5 inhibitors for the treatment of secondary Raynaud's phenomenon: systematic review and meta-analysis of randomised trials. Ann Rheum Dis. 2013 Oct;72(10):1696-9.
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Dois estudos demonstraram resultados positivos com o uso de sildenafila no FR. Um deles foi um estudo multicêntrico, que estudou pacientes não fumantes com esclerose sistêmica cutânea limitada e FR significativo; o outro foi um estudo cruzado de centro único em pacientes com FR.[57]Herrick AL, van den Hoogen F, Gabrielli A, et al. Modified-release sildenafil reduces Raynaud's phenomenon attack frequency in limited cutaneous systemic sclerosis. Arthritis Rheum. 2011 Mar;63(3):775-82.
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A tadalafila também apresentou resultados positivos em um estudo do FR em pacientes com esclerodermia e doença do tecido conjuntivo mista que tinham pelo menos 4 crises por semana. O medicamento mostrou-se eficaz e também pareceu ajudar nas úlceras digitais, o que constituía um endpoint secundário.[59]Shenoy PD, Kumar S, Jha LK, et al. Efficacy of tadalafil in secondary Raynaud's phenomenon resistant to vasodilator therapy: a double-blind randomized cross-over trial. Rheumatology (Oxford). 2010 Dec;49(12):2420-8.
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De forma semelhante, ao examinar os resultados da vardenafila em comparação com placebo, em um estudo randomizado cruzado, houve uma redução no número de crises por semana, na duração cumulativa dessas crises e no RCS em 53 pacientes com FR primário ou secundário.[60]Caglayan E, Axmann S, Hellmich M, et al. Vardenafil for the treatment of raynaud phenomenon: a randomized, double-blind, placebo-controlled crossover study. Arch Intern Med. 2012 Aug 13;172(15):1182-4.
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Um estudo com um inibidor da PDE-5 apresentou resultados negativos para o FR.[61]De LaVega AJ, Derk CT. Phosphodiesterase-5 inhibitors for the treatment of Raynaud's: a novel indication. Expert Opin Investig Drugs. 2009 Jan;18(1):23-9.
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Inibidores da PDE-5 de ação prolongada (por exemplo, tadalafila) podem ser melhor tolerados que os inibidores de PDE-5 de curta duração, causando menos hipotensão e, talvez, melhor adesão. Uma revisão sistemática Cochrane de 2023 relatou que os inibidores da PDE-5 podem reduzir a frequência e a duração das crises de FR; no entanto, a evidência foi de baixa certeza e pouca ou nenhuma diferença na dor foi relatada.[62]Maltez N, Maxwell LJ, Rirash F, et al. Phosphodiesterase 5 inhibitors (PDE5i) for the treatment of Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Nov 6;11(11):CD014089.
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As prostaciclinas (especialmente iloprosta), às vezes em combinação com sildenafila, são usadas no tratamento das complicações do FR secundário grave, como o risco de perda de dedos devido a isquemia e úlceras digitais.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
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A eficácia desses medicamentos pode se manter por vários meses após o tratamento. Ficou demonstrado que o tratamento apenas com prostaciclinas reduz a frequência e a gravidade das crises, além de cicatrizar/evitar as úlceras digitais.[41]Kowal-Bielecka O, Fransen J, Avouac J, et al. Update of EULAR recommendations for the treatment of systemic sclerosis. Ann Rheum Dis. 2017 Aug;76(8):1327-39.
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[63]Ingegnoli F, Schioppo T, Allanore Y, et al. Practical suggestions on intravenous iloprost in Raynaud's phenomenon and digital ulcer secondary to systemic sclerosis: systematic literature review and expert consensus. Semin Arthritis Rheum. 2019 Feb;48(4):686-93.
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Em geral, a iloprosta intravenosa é considerada a prostaciclina de primeira linha; entretanto, a formulação intravenosa pode não estar disponível em alguns países, e não se costuma recomendar a formulação por via inalatória para esta indicação. Portanto, o epoprostenol intravenoso pode ser usado como uma alternativa à iloprosta intravenosa. As prostaciclinas por via inalatória não são comumente usadas para o FR; porém, elas têm uma função no tratamento da hipertensão arterial pulmonar nas doenças do tecido conjuntivo e podem melhorar os sintomas do FR. Geralmente, as prostaciclinas orais não são estáveis e/ou bem absorvidas, e tendem a ser menos eficazes que a iloprosta IV.[64]Wigley FM, Seibold JR, Wise RA, et al. Intravenous iloprost treatment of Raynaud's phenomenon and ischemic ulcers secondary to systemic sclerosis. J Rheumatol. 1992 Sep;19(9):1407-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1279170?tool=bestpractice.com
[65]Wigley FM, Wise RA, Seibold JR, et al. Intravenous iloprost infusion in patients with Raynaud phenomenon secondary to systemic sclerosis. A multicenter, placebo-controlled, double-blind study. Ann Intern Med. 1994 Feb 1;120(3):199-206.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7506013?tool=bestpractice.com
A atorvastatina também demonstrou diminuir a formação de novas úlceras em pacientes com FR secundário e pode ser usada em pacientes com úlceras passadas ou presentes, mas não é indicada para a prevenção de úlceras digitais.[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26116156?tool=bestpractice.com
[66]Abou-Raya A, Abou-Raya S, Helmii M. Statins: potentially useful in therapy of systemic sclerosis-related Raynaud's phenomenon and digital ulcers. J Rheumatol. 2008 Sep;35(9):1801-8.
https://www.jrheum.org/content/35/9/1801.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18709692?tool=bestpractice.com
A bosentana, um antagonista do receptor endotelial, também tem sido usada para a prevenção de úlceras digitais relacionadas à esclerose sistêmica.[67]Korn JH, Mayes M, Matucci Cerinic M, et al. Digital ulcers in systemic sclerosis: prevention by treatment with bosentan, an oral endothelin receptor antagonist. Arthritis Rheum. 2004 Dec;50(12):3985-93.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.20676/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15593188?tool=bestpractice.com
[68]Matucci-Cerinic M, Denton CP, Furst DE, et al. Bosentan treatment of digital ulcers related to systemic sclerosis: results from the RAPIDS-2 randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Ann Rheum Dis. 2011 Jan;70(1):32-8.
https://ard.bmj.com/content/70/1/32.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20805294?tool=bestpractice.com
[69]Hosseinbalam M, Nouri R, Farajzadegan Z, et al. Effectiveness of bosentan in the treatment of systemic sclerosis-related digital ulcers: systematic review and meta-analysis. J Res Med Sci. 2023 Jan 31:28:3.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10039099
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36974107?tool=bestpractice.com
Observou-se que ela reduz a incidência de novas úlceras em 30% a 50%.[68]Matucci-Cerinic M, Denton CP, Furst DE, et al. Bosentan treatment of digital ulcers related to systemic sclerosis: results from the RAPIDS-2 randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Ann Rheum Dis. 2011 Jan;70(1):32-8.
https://ard.bmj.com/content/70/1/32.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20805294?tool=bestpractice.com
No entanto, não é superior aos cuidados habituais na cicatrização das úlceras existentes. Ela não demonstrou efeito sobre o FR não complicado em estudos de úlcera digital na esclerose sistêmica.[67]Korn JH, Mayes M, Matucci Cerinic M, et al. Digital ulcers in systemic sclerosis: prevention by treatment with bosentan, an oral endothelin receptor antagonist. Arthritis Rheum. 2004 Dec;50(12):3985-93.
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[70]Varga J. New hope for systemic sclerosis patients with digital ulcers. Curr Rheumatol Rep. 2005 Apr;7(2):127-8.
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[71]Seibold JR, Matucci-Cerinic M, Denton CP, et al. Bosentan reduces the number of new digital ulcers in patients with systemic sclerosis. Ann Rheum Dis. 2006;65(suppl II):90.
A aspirina pode ajudar a evitar a formação de microtrombos, mas não há estudos com esse medicamento no FR.[72]Goundry B, Bell L, Langtree M, et al. Diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. BMJ. 2012 Feb 7;344:e289.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22315243?tool=bestpractice.com
O tratamento de úlceras digitais também deve ser considerado.[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26116156?tool=bestpractice.com
Se não houver evidência de infecção significativa, podem ser usados antibacterianos tópicos, mas eles poderão atuar mais como barreira e lubrificante que como antibacteriano.
Os antibióticos devem ser administrados quando as úlceras estiverem infectadas. As infecções geralmente são causadas por Staphylococcus aureus ou Pseudomonas aeruginosa, mas também podem ser causadas por Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Streptococcus epidermidis ou Bacillus morganii.[73]Giuggioli D, Magnani L, Spinella A, et al. Infections of scleroderma digital ulcers: a single center cohort retrospective study. Dermatol Reports. 2021 Nov 17;13(3):9075.
https://www.pagepress.org/journals/index.php/dr/article/view/9075
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35003566?tool=bestpractice.com
Se houver purulência evidente, é aconselhável coletar um swab para cultura e teste de sensibilidade antes de iniciar o tratamento com antibióticos e personalizar o tratamento com base na sensibilidade do swab e na gravidade da infecção. Exemplos de opções de antibióticos podem incluir cloxacilina, cefalexina ou eritromicina. No entanto, você deve consultar os protocolos locais para obter orientação. Se a infecção não se resolver após 7 dias de tratamento (por exemplo, purulência contínua com descoloração), trate por mais 3 a 7 dias. Em caso de suspeita de osteomielite, procure a orientação de um infectologista. Consulte Osteomielite.
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos podem ser necessários para tratar a dor de isquemia grave ou prolongada ou complicações como gangrena ou úlceras digitais. Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas, e opioides como a codeína ou oxicodona podem ser indicados. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite.
Cirurgia
Há evidências limitadas que dão suporte ao tratamento cirúrgico do FR. No entanto, a cirurgia pode ser indicada para pacientes com FR secundário que evoluíram para ulceração digital ou gangrena.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com
Para algumas úlceras digitais, pode ser necessário realizar o desbridamento cirúrgico a fim de remover o tecido necrosado e/ou a infecção e promover a cicatrização. Se, mesmo com o tratamento, ocorrer progressão para gangrena, pode ser necessário amputar o dedo.
A simpatectomia cirúrgica pode ser eficaz no tratamento do FR grave que não respondeu ao tratamento farmacológico.[6]Casanegra AI, Shepherd RF. Raynaud phenomenon and other vasospastic disorders. Cardiol Clin. 2021 Nov;39(4):583-99.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34686269?tool=bestpractice.com
[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26116156?tool=bestpractice.com
As técnicas disponíveis incluem bloqueio do gânglio estrelado ou do simpático lombar, simpatectomias proximais cervicais via cirurgia endoscópica, e simpatectomias palmar e/ou digital seletivas.[74]Wasserman A, Brahn E. Systemic sclerosis: bilateral improvement of Raynaud's phenomenon with unilateral digital sympathectomy. Semin Arthritis Rheum. 2010 Oct;40(2):137-46.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19878974?tool=bestpractice.com
Essas técnicas podem não estar disponíveis em todos os centros. Um estudo de 2022 relatou alívio da dor com prevenção de amputação importante em 68 crianças com distúrbios reumatológicos que apresentavam FR após bloqueios simpáticos (incluindo bloqueios do gânglio estrelado).[75]Punj J, Garg H, Gomez G, et al. Sympathetic blocks for Raynaud's phenomena in pediatric rheumatological disorders. Pain Med. 2022 Jul 1;23(7):1211-6.
https://academic.oup.com/painmedicine/article/23/7/1211/6522132?login=false
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35135008?tool=bestpractice.com
Em um estudo retrospectivo de 17 pacientes com esclerose sistêmica, a simpatectomia palmar ou digital localizada melhorou a dor e a cicatrização de úlcera.[76]Momeni A, Sorice SC, Valenzuela A, et al. Surgical treatment of systemic sclerosis--is it justified to offer peripheral sympathectomy earlier in the disease process? Microsurgery. 2015 Sep;35(6):441-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25585522?tool=bestpractice.com
Tratamentos complementares e alternativos
Várias terapias alternativas ou suplementos têm sido apontados como capazes de ajudar a melhorar o FR; no entanto, eles não têm evidências suficientes e dependem de depoimentos de pacientes. Terapias complementares e alternativas que foram investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados incluem óleo de prímula, ácidos graxos ômega-3, Ginkgo biloba, biofeedback, acupuntura e laserterapia de baixa intensidade.[77]DiGiacomo RA, Kremer JM, Shah DM. Fish-oil dietary supplementation in patients with Raynaud's: a double-blind, controlled, prospective study. Am J Med. 1989 Feb;86(2):158-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2536517?tool=bestpractice.com
[78]Muir AH, Robb R, McLaren M, et al. The use of Ginkgo biloba in Raynaud's disease: a double-blind placebo controlled trial. Vasc Med. 2002;7:265-7.
https://journals.sagepub.com/doi/10.1191/1358863x02vm455oa
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12710841?tool=bestpractice.com
[79]Bredie SJ, Jong MC. No significant effect of ginkgo biloba special extract EGb 761 in the treatment of primary Raynaud phenomenon: a randomized controlled trial. J Cardiovasc Pharmacol. 2012 Mar;59(3):215-21.
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[80]Appiah R, Hiller S, Caspary L, et al. Treatment of primary Raynaud's syndrome with traditional Chinese acupuncture. J Intern Med. 1997 Feb;241(2):119-24.
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[81]Al-Awami M, Schillinger M, Maca T, et al. Low-level laser therapy treatment of primary and secondary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2001 Nov;30(4):281-4.
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[82]Belch JJ, Shaw B, O'Dowd A, et al. Evening primrose oil (Efamol) in the treatment of Raynaud's phenomenon: a double blind study. Thromb Haemost. 1985 Aug 30;54(2):490-4.
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Uma revisão e metanálise dos medicamentos complementares e alternativos no tratamento do FR verificou que a maioria dos estudos era negativa, de baixa qualidade e anterior a 1990.[83]Malenfant D, Catton M, Pope JE. The efficacy of complementary and alternative medicine in the treatment of Raynaud's phenomenon: a literature review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2009 Jul;48(7):791-5.
https://academic.oup.com/rheumatology/article/48/7/791/1788881?login=false
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Entretanto, dados os riscos limitados associados a esses tratamentos, usá-los como terapia adjuvante pode ser considerado para pacientes em qualquer estágio de gravidade do FR, mas os pacientes devem ser informados sobre a falta de eficácia demonstrada.
Um estudo envolvendo pacientes com FR que apresentavam deficiência de vitamina D demonstrou melhora na escala visual analógica com o uso de suplementação de vitamina D3 por via oral, comparado à suplementação com placebo.[84]Hélou J, Moutran R, Maatouk I, et al. Raynaud's phenomenon and vitamin D. Rheumatol Int. 2013 Mar;33(3):751-5.
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Os efeitos de luvas com forro de cerâmica ou prata no FR também foram investigados. Um estudo relatou melhora na dor e na destreza em pacientes que usaram luvas com forro de cerâmica por 3 meses em comparação com luvas de algodão, enquanto um estudo de 2022 que investigou luvas com forro de prata não encontrou nenhuma melhora em comparação com luvas normais.[85]Ko GD, Berbrayer D. Effect of ceramic-impregnated "thermoflow" gloves on patients with Raynaud's syndrome: randomized, placebo-controlled study. Altern Med Rev. 2002 Aug;7(4):328-35.
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[86]Liem SIE, Hoekstra EM, Bonte-Mineur F, et al. The effect of silver fibre gloves on Raynaud's phenomenon in patients with systemic sclerosis: a double-blind randomized crossover trial. Rheumatology (Oxford). 2023 Feb 6;62(si):74-81.
https://academic.oup.com/rheumatology/article/62/SI/SI74/6571140?login=false
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441683?tool=bestpractice.com