Incontinência urinária em mulheres

Os profissionais de saúde podem detectar a presença de incontinência em uma revisão dos sintomas durante um encontro com a paciente. Depois de determinar o tipo de incontinência, é importante avaliar os objetivos e expectativas de tratamento de cada mulher para ajudá-la a selecionar a melhor opção de tratamento.[7]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 155: urinary incontinence in women. Nov 2015 [internet publication]. https://journals.lww.com/greenjournal/citation/2015/11000/practice_bulletin_no__155__urinary_incontinence_in.51.aspx [144]Kobashi KC, Vasavada S, Bloschichak A, et al. Updates to surgical treatment of female stress urinary incontinence (SUI): AUA/SUFU guideline (2023). J Urol. 2023 Jun;209(6):1091-98. https://www.auajournals.org/doi/10.1097/JU.0000000000003435 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37096580?tool=bestpractice.com ​​​​​ Se for determinado que a incontinência incomoda a mulher, os profissionais de saúde podem oferecer exercícios para os músculos do assoalho pélvico (também conhecidos como exercícios de Kegel), modificações comportamentais e/ou medicamentos para aliviar os sintomas.

As pacientes devem ser aconselhadas sobre perda de peso (se o IMC for superior a 25), redução da ingestão de cafeína e sobre como evitar a constipação. As fumantes também devem receber apoio para interromper o uso de tabaco.

As pacientes podem se beneficiar da realização regular dos exercícios de Kegel, ou ser encaminhadas para o biofeedback, a fim de atenuar a perda de urina ao rir, tossir ou espirrar. O principal aspecto para bons resultados com os exercícios de Kegel é a prática. As pacientes devem ser instruídas a realizar esses exercícios da seguinte forma:

• Localize o grupo muscular correto, colocando 2 dedos dentro da vagina e fazendo a compressão dos dedos.

• Os músculos do estômago, das pernas e dos glúteos devem permanecer relaxados ao contrair os músculos do assoalho pélvico.

• Contrair os músculos do assoalho pélvico o mais forte possível e contar até 5, depois relaxar contando novamente até 5. Repetir esse procedimento 30 vezes ao dia (3 séries de 10).

• Contrair os músculos do assoalho pélvico o mais forte possível e depois relaxar em uma rápida sequência. Repetir de 25 a 50 vezes ao dia (5 séries de 10).

Uma satisfação razoável é alcançável na maioria dos casos de incontinência; no entanto, se a mulher não melhorar ou não acreditar que os planos de tratamento acima são congruentes com seu estilo de vida e valores, outras terapias como cirurgia, neuromodulação e toxina onabotulínica A podem ser opções.