Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

sintomático: não gestante

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terapia de suporte

O tratamento dos sintomas inclui repouso, reposição hídrica e uso de analgésicos e/ou antipiréticos (como paracetamol).

Aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) devem ser evitados até que a infecção pelo vírus da dengue seja descartada, a fim de reduzir o risco de hemorragia.[128]

Pode-se usar loção de calamina topicamente para tratar o prurido associado à erupção cutânea.

Opções primárias

paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia

gestante: com possível exposição por mosquito ou sexual

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terapia de suporte associada a monitoramento

As gestantes que puderem ter sido expostas ao vírus da Zika devem realizar os testes laboratoriais recomendados e ultrassonografias fetais regulares (por exemplo, a cada 3-4 semanas) para avaliar o feto quanto à presença de microcefalia ou de outras anormalidades. Todas as gestantes devem ser incentivadas a frequentar as consultas de pré-natal agendadas.​[14][175]

Se sintomáticas, as terapias de suporte incluem repouso, reposição hídrica e uso de analgésicos e/ou antipiréticos (como paracetamol). Aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) devem ser evitados. Podem ser recomendadas medidas não farmacológicas (como panos úmidos, água morna em banhos de imersão/duchas) para reduzir a febre durante a gestação. No entanto, se essas medidas falharem, o paracetamol poderá ser usado com segurança em gestantes. Pode-se usar loção de calamina para o prurido associado à erupção cutânea.

Recomenda-se o devido suporte psicológico para a mulher e sua família.[193]

Opções primárias

paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia

síndrome congênita do vírus Zika

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avaliação associada a monitoramento

Não há tratamento específico e o manejo depende do indivíduo e da presença de sintomas específicos e problemas do neurodesenvolvimento (como convulsões, deficiência intelectual, paralisia cerebral, problemas de audição/visão). Devem-se iniciar terapias de suporte. A criança deve iniciar a reabilitação o quanto antes. Esse processo de reabilitação deve incluir suporte multidisciplinar de fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças criaram orientações detalhadas para a avaliação inicial e manejo ambulatorial de crianças com possível infecção congênita pelo vírus da Zika durante os primeiros 12 meses de vida. CDC: interim guidance for the diagnosis, evaluation and management of infants with possible congenital Zika virus infection Opens in new window

A Organização Mundial da Saúde também oferece orientações específicas para rastreamento, avaliação e manejo de neonatos e bebês com infecção congênita por Zika. WHO: screening, assessment and management of neonates and infants with complications associated with Zika virus exposure in utero Opens in new window

Recomenda-se uma abordagem coordenada, com apoio psicossocial contínuo para famílias e cuidadores.[2][176]

A amamentação, de acordo com as diretrizes normais de alimentação infantil, ainda é recomendada em mulheres com infecção suspeita, provável ou confirmada, ou aquelas que residem ou viajaram para áreas de transmissão contínua. A transmissão através do leite materno é apenas uma preocupação teórica neste momento e os benefícios da amamentação superam o risco de transmissão. Não está claro se o leite materno de mulheres infectadas tem carga viral ou infectividade suficiente para causar infecção em bebês.[90]​​​[194][195] Uma revisão sistemática não encontrou evidências de transmissão perinatal via amamentação ou ingestão de leite materno com base em evidências de baixa certeza.[91] Entre os bebês de 0 a 12 meses afetados por complicações associadas à infecção pelo vírus da Zika, as práticas de alimentação infantil devem ser modificadas (por exemplo, correção postural, espessamento da alimentação, ajuste do ambiente) para alcançar e manter o crescimento e desenvolvimento infantil ideal. As mães e cuidadores devem receber apoio qualificado dos profissionais da saúde.[194]

síndrome de Guillain-Barré associada ao vírus da Zika

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terapia de suporte associada a imunoterapia

Existem poucos dados relacionados ao tratamento da síndrome de Guillain-Barré (SGB) no contexto de infecção pelo vírus da Zika.

Todos os pacientes devem ser hospitalizados e monitorados rigorosamente durante pelo menos 5 dias ou até estarem clinicamente estáveis. Alguns pacientes podem necessitar de um nível superior de cuidado na unidade de terapia intensiva (por exemplo, pacientes com progressão rápida de fraqueza motora, desconforto respiratório, sintomas bulbares, ou disfunções autonômicas). Os pacientes devem ser monitorados rigorosamente quanto a complicações.[143]

O manejo deve basear-se nos sintomas de acordo com os protocolos de tratamento habituais do SGB e envolve terapia de suporte (por exemplo, manejo da via aérea, manejo cardiovascular, controle da dor, plasmaférese, imunoglobulina intravenosa, reabilitação, profilaxia de trombose venosa profunda, suporte nutricional, cuidados intestinais e vesicais, prevenção de escaras de decúbito, prevenção da ulceração da córnea se houver fraqueza facial), bem como apoio psicossocial e início precoce de um programa de reabilitação.[143][145]

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