Monitoramento

As gestantes com infecção por vírus da Zika suspeitada ou confirmada devem fazer ultrassonografias fetais regulares (por exemplo, a cada 3-4 semanas) para avaliar o feto quanto à presença de microcefalia ou de outras anormalidades. Todas as gestantes devem ser incentivadas a frequentar as consultas de pré-natal agendadas. As anormalidades podem ser detectadas de 2 a 29 semanas após o início dos sintomas, e anormalidades cerebrais foram identificadas no segundo e no terceiro trimestres.​[14][175]​ A ressonância nuclear magnética (RNM) fetal não deve ser usada como ferramenta de rastreamento. Ela requer conhecimento especializado e tem disponibilidade limitada em alguns países.[175]

Lactentes com síndrome congênita do vírus Zika devem ser acompanhados até 1, 3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses de idade. O acompanhamento adicional pode ser necessário se houver outras complicações. O acompanhamento além dos 24 meses dependerá das necessidades individuais da criança.[176]

A avaliação deve incluir:[2][176]

  • Medição do perímetro cefálico

  • Avaliação de neurodesenvolvimento

  • Teste de audição

  • Avaliação oftalmológica

  • Alimentação e crescimento

  • Avaliação endócrina

  • Bem-estar psicológico das famílias e dos cuidadores.

Lactentes com evidências laboratoriais de infecção congênita que não apresentam qualquer anormalidade aparente consistente com infecção congênita devem ter rastreamento e monitoramento contínuo do neurodesenvolvimento, incluindo audiometrias, por parte de um médico da unidade básica de saúde.[2]

A Organização Mundial da Saúde oferece orientações específicas para rastreamento, avaliação e manejo de neonatos e bebês com infecção congênita por Zika.

WHO: screening, assessment and management of neonates and infants with complications associated with Zika virus exposure in utero Opens in new window

Pacientes com síndrome de Guillain-Barré devem ser acompanhados quanto a sequelas e terapia de reabilitação multidisciplinar.[143]

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