Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
alta

A toxicidade pélvica é comum durante a quimiorradiação. Tecidos normais críticos que precisam ser considerados no tratamento do câncer do canal anal incluem a medula óssea, o reto, o intestino delgado, a bexiga e a pele. A toxicidade aguda ocorre devido a uma combinação de quimioterapia e radioterapia.

As toxicidades incluem leucopenia, trombocitopenia, proctite, diarreia, cistite e dermatite aguda.

Deve-se enfatizar que, mesmo quando a radiação pélvica for aplicada com doses e técnicas adequadas, quase todos os pacientes que recebem tratamento de modalidade combinada para câncer anal desenvolverão toxicidade aguda de grau 3+ e precisarão de um intervalo no tratamento em algum ponto no curso do tratamento.

A radioterapia de intensidade modulada reduz a toxicidade gastrointestinal aguda, em comparação com a radioterapia convencional. A aplicação ao fim do dia da radioterapia pode reduzir a diarreia aguda relacionada à radioterapia, em comparação com a aplicação pela manhã.[69] Evidências de baixa qualidade sugerem que suplementos proteicos, aconselhamento alimentar ou probióticos podem reduzir a diarreia aguda relacionada à radioterapia.[69]

longo prazo
baixa

A radioterapia de intensidade modulada provavelmente reduz a toxicidade gastrointestinal de longa duração, em comparação com a radioterapia convencional.[69] Mesmo quando técnicas de radiação apropriadas são usadas, uma toxicidade grave de longo prazo pode se desenvolver de 6 a 18 meses após a terapia em aproximadamente 1% dos pacientes. Isso pode afetar qualquer órgão no campo de radiação pélvico. Fraturas na cabeça do fêmur ocorrem em 1% a 3% dos pacientes, sendo mais prováveis nas mulheres menopausadas.

longo prazo
baixa

Embora alguns relatos demonstrem que a radioterapia pode afetar a função do esfíncter e os resultados funcionais no câncer retal, eles não são diretamente aplicáveis ao câncer anal, porque os pacientes não são submetidos à cirurgia pélvica. Há relatos limitados de desfecho funcional na literatura sobre câncer anal. Uma série relata que a função completa foi mantida em 93% dos pacientes e uma segunda série que usou manometria anorretal relatou continência completa em 56%.[70][71] Outra série relatou função boa a excelente em 93% dos pacientes com no mínimo 1 ano de acompanhamento.[72]

Incontinência fecal em adultos

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal