Esferocitose hereditária
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
neonatos (<28 dias de idade)
cuidados de suporte ± transfusões de eritrócitos
Quando a esferocitose hereditária (EH) é diagnosticada precocemente, até 76% dos neonatos afetados necessitam de uma ou mais transfusões durante os primeiros 6 a 12 meses de vida, apesar de frequentemente apresentarem valores de hemoglobina normais logo após o nascimento.[27]Delhommeau F, Cynober T, Schischmanoff PO, et al. Natural history of hereditary spherocytosis during the first year of life. Blood. 2000;95:393-397. http://www.bloodjournal.org/content/95/2/393.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10627440?tool=bestpractice.com
A necessidade de transfusão no início da vida não parece predizer a gravidade da doença ou a necessidade de transfusões regulares contínuas após o primeiro ano de vida.[27]Delhommeau F, Cynober T, Schischmanoff PO, et al. Natural history of hereditary spherocytosis during the first year of life. Blood. 2000;95:393-397. http://www.bloodjournal.org/content/95/2/393.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10627440?tool=bestpractice.com
suplementação com ácido fólico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em associação com outras terapias, os pacientes com hemólise significativa podem beneficiar da suplementação com ácido fólico.[5]Bolton-Maggs PH, Langer JC, Iolascon A, et al; General Haematology Task Force of the British Committee for Standards in Haematology. Guidelines for the diagnosis and management of hereditary spherocytosis - 2011 update. Br J Haematol. 2012;156:37-49. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08921.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055020?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ácido fólico: neonatos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
fototerapia ou exsanguineotransfusão
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A icterícia neonatal ocorre em cerca de 50% dos pacientes com EH. A icterícia tipicamente ocorre nas primeiras 24 horas de vida e os níveis de bilirrubina podem alcançar níveis em que o tratamento com fototerapia e/ou exsanguineotransfusão é indicado. As diretrizes atuais para icterícia neonatal devem ser seguidas para se determinar uma terapia adequada.[28]Kemper AR, Newman TB, Slaughter JL, et al. Clinical practice guideline revision: management of hyperbilirubinemia in the newborn infant 35 or more weeks of gestation. Pediatrics. 2022 Sep 1;150(3):e2022058859. https://publications.aap.org/pediatrics/article/150/3/e2022058859/188726/Clinical-Practice-Guideline-Revision-Management-of http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35927462?tool=bestpractice.com
bebês (>28 dias de idade), crianças e adultos: esferocitose hereditária (EH) grave
cuidados de suporte + transfusões de eritrócitos para anemia sintomática
Esplenectomia geralmente é considerada o tratamento de primeira escolha em pacientes com EH grave.[5]Bolton-Maggs PH, Langer JC, Iolascon A, et al; General Haematology Task Force of the British Committee for Standards in Haematology. Guidelines for the diagnosis and management of hereditary spherocytosis - 2011 update. Br J Haematol. 2012;156:37-49. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08921.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055020?tool=bestpractice.com [29]Schilling RF. Risks and benefits of splenectomy versus no splenectomy for hereditary spherocytosis - a personal view. Br J Haematol. 2009;145:728-732. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19388926?tool=bestpractice.com [30]Iolascon A, Andolfo I, Barcellini W, et al. Recommendations regarding splenectomy in hereditary hemolytic anemias. Haematologica. 2017 Aug;102(8):1304-1313. http://www.haematologica.org/content/102/8/1304 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28550188?tool=bestpractice.com No entanto, os pacientes devem ser tratados com transfusões para a anemia sintomática até que um momento seja considerado adequado para a realização da esplenectomia.
A transfusão pode ser necessária durante uma infecção pelo parvovírus B19 que resulte em crise aplástica ou durante episódios de crises hiper-hemolíticas.
Procura-se evitar a esplenectomia cirúrgica até os 6 anos de idade para reduzir o risco de sepse pós-esplenectomia. No entanto, pacientes com anemia muito grave que necessitam de transfusões regulares podem ser candidatos à esplenectomia com uma idade mais jovem (geralmente não antes dos 2 anos de idade).
Após o período neonatal, a maioria dos pacientes pode tolerar um valor de Hb tão baixo quanto 60 g/L (6 g/dL) sem a necessidade de transfusões regulares.
suplementação com ácido fólico
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com hemólise significativa (por exemplo, uma contagem de reticulócitos >5%) podem beneficiar da suplementação com ácido fólico para prevenir a anemia megaloblástica. Não há estudos que estabeleçam as boas práticas.
Opções primárias
ácido fólico: 2-5 mg por via oral uma vez ao dia
esplenectomia com esquema de vacinação pré-operatório
A esplenectomia é considerada o tratamento de primeira escolha em pacientes com EH grave.[5]Bolton-Maggs PH, Langer JC, Iolascon A, et al; General Haematology Task Force of the British Committee for Standards in Haematology. Guidelines for the diagnosis and management of hereditary spherocytosis - 2011 update. Br J Haematol. 2012;156:37-49. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08921.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055020?tool=bestpractice.com [29]Schilling RF. Risks and benefits of splenectomy versus no splenectomy for hereditary spherocytosis - a personal view. Br J Haematol. 2009;145:728-732. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19388926?tool=bestpractice.com
Procura-se evitar a esplenectomia cirúrgica até os 6 anos de idade para reduzir o risco de sepse pós-esplenectomia. Transfusões em casos de anemia sintomática podem ser necessárias até a esplenectomia, embora os pacientes com anemia muito grave possam submeter-se à esplenectomia com uma idade mais jovem (geralmente não antes dos 2 anos de idade).
A esplenectomia parcial é uma opção em algumas crianças. Isto se dá porque ela preserva algumas funções imunes do baço ao mesmo tempo em que reduz a hemólise.[41]Seims AD, Breckler FD, Hardacker KD, et al. Partial versus total splenectomy in children with hereditary spherocytosis. Surgery. 2013;154:849-853;discussion 853-855. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24074424?tool=bestpractice.com Isso apresenta algumas limitações e, na ausência de estudos comparativos convincentes, continua sendo um procedimento investigativo.[41]Seims AD, Breckler FD, Hardacker KD, et al. Partial versus total splenectomy in children with hereditary spherocytosis. Surgery. 2013;154:849-853;discussion 853-855. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24074424?tool=bestpractice.com
A vacinação pré-esplenectomia e os antibióticos pós-esplenectomia reduzem o risco de sepse pós-esplenectomia, mas não o eliminam.[30]Iolascon A, Andolfo I, Barcellini W, et al. Recommendations regarding splenectomy in hereditary hemolytic anemias. Haematologica. 2017 Aug;102(8):1304-1313. http://www.haematologica.org/content/102/8/1304 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28550188?tool=bestpractice.com [35]Davies JM, Lewis MP, Wimperis J, et al. Review of guidelines for the prevention and treatment of infection in patients with an absent or dysfunctional spleen: prepared on behalf of the British Committee for Standards in Haematology by a working party of the Haemato-Oncology task force. Br J Haematol. 2011;155:308-317. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08843.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988145?tool=bestpractice.com
Os pacientes submetidos à esplenectomia devem receber vacinas contra Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae tipo b e Neisseria meningitidis.[35]Davies JM, Lewis MP, Wimperis J, et al. Review of guidelines for the prevention and treatment of infection in patients with an absent or dysfunctional spleen: prepared on behalf of the British Committee for Standards in Haematology by a working party of the Haemato-Oncology task force. Br J Haematol. 2011;155:308-317. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08843.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988145?tool=bestpractice.com [36]Centers for Disease Control and Prevention. Vaccine recommendations and guidelines of the ACIP: altered immunocompetence. Aug 2023 [internet publication]. https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/acip-recs/general-recs/immunocompetence.html CDC: ACIP vaccine recommendations and guidelines Opens in new window[45]UK Health Security Agency. Immunisation of individuals with underlying medical conditions: the green book, chapter 7. Jan 2020 [internet publication]. https://www.gov.uk/government/publications/immunisation-of-individuals-with-underlying-medical-conditions-the-green-book-chapter-7
São recomendadas três vacinas contra a doença pneumocócica: duas vacinas pneumocócicas conjugadas (PCV15 e PCV20) e uma vacina pneumocócica polissacarídica (PPSV23). A escolha da vacina pneumocócica depende da idade do paciente (idades mínimas: 6 semanas [PCV15], [PCV 20]; 2 anos [PPSV23]) e do estado clínico.[38]Centers for Disease Control and Prevention. Recommendations for ages 18 years or younger, United States, 2024: child immunization schedule notes. Dec 2023 [internet publication]. https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/imz-schedules/child-adolescent-notes.html [39]Centers for Disease Control and Prevention. Recommendations for ages 19 years or older, United States, 2024: adult immunization schedule notes. Dec 2023 [internet publication]. https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/imz-schedules/adult-notes.html Consulte os cronogramas locais para recomendações de vacinação contra pneumococos (e orientações atualizadas) nos pacientes submetidos à esplenectomia.[38]Centers for Disease Control and Prevention. Recommendations for ages 18 years or younger, United States, 2024: child immunization schedule notes. Dec 2023 [internet publication]. https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/imz-schedules/child-adolescent-notes.html [39]Centers for Disease Control and Prevention. Recommendations for ages 19 years or older, United States, 2024: adult immunization schedule notes. Dec 2023 [internet publication]. https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/imz-schedules/adult-notes.html [40]Centers for Disease Control and Prevention. Pneumococcal vaccination: summary of who and when to vaccinate. Sep 2023 [internet publication]. https://www.cdc.gov/vaccines/vpd/pneumo/hcp/who-when-to-vaccinate.html UK HSA: UK immunisation schedule: the green book, chapter 11 Opens in new window
As crianças com asplenia anatômica ou funcional devem ser vacinadas com a vacina meningocócica quadrivalente conjugada; aqueles com idade ≥10 anos também devem receber a vacina meningocócica do sorogrupo B.
Para a esplenectomia eletiva as vacinações devem ser administradas pelo menos 2 semanas antes da cirurgia, se possível.[36]Centers for Disease Control and Prevention. Vaccine recommendations and guidelines of the ACIP: altered immunocompetence. Aug 2023 [internet publication]. https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/acip-recs/general-recs/immunocompetence.html No entanto elas também são efetivas quando administradas após a esplenectomia.
As vacinas devem ser administradas de acordo com os esquemas de vacinação recomendados e no pré-operatório, conforme necessário. CDC: Immunization schedules Opens in new window UK HSA: UK immunisation schedule: the green book, chapter 11 Opens in new window
O ácido fólico não é necessário após a esplenectomia.
colecistectomia ou colecistostomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cálculos biliares são comuns na EH e podem estar presentes na primeira década, aumentando com a idade para até 50% aos 50 anos de idade.[43]Perrotta S, Gallagher PG, Mohandas N. Hereditary spherocytosis. Lancet. 2008;372:1411-26. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18940465?tool=bestpractice.com
Uma ultrassonografia da vesícula biliar deve ser realizada antes da esplenectomia. Se houver cálculos sintomáticos à época da esplenectomia, a vesícula biliar é removida simultaneamente (colecistectomia).
Se forem detectados cálculos biliares assintomáticos, as opções incluem esplenectomia isolada, remoção de cálculos que saem da vesícula biliar (colecistotomia) com esplenectomia ou colecistectomia com esplenectomia.
profilaxia antibiótica pneumocócica pós-esplenectomia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A penicilina profilática deve ser administrada por pelo menos 3 anos após esplenectomia, e alguns médicos defendem a profilaxia vitalícia com penicilina.[35]Davies JM, Lewis MP, Wimperis J, et al. Review of guidelines for the prevention and treatment of infection in patients with an absent or dysfunctional spleen: prepared on behalf of the British Committee for Standards in Haematology by a working party of the Haemato-Oncology task force. Br J Haematol. 2011;155:308-317. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08843.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988145?tool=bestpractice.com As diretrizes variam e não há dados claros para guiar a prática.[16]Bolton-Maggs PH, King MJ. Hereditary spherocytosis, hereditary elliptocytosis and related disorders. In: Young NS, Gershon SL, High KA, eds. Clinical hematology. Philadelphia, PA: Mosby Elsevier; 2006:293-307.
O risco pós-esplenectomia de infecção generalizada varia e àqueles com risco maior (>50 anos de idade, resposta inadequada documentada à vacinação, história de doença pneumocócica invasiva prévia ou neoplasia hematológica subjacente, particularmente se houver imunossupressão contínua) deve ser oferecida profilaxia antibiótica vitalícia. Os pacientes devem carregar uma provisão de antibióticos adequados para uso emergencial.
Se a penicilina não for usada (por exemplo, em regiões com cepas resistentes documentadas), um antibiótico alternativo para proteger contra infecção pneumocócica pode ser adequado. Amoxicilina tem sido recomendada, e pessoas alérgicas à penicilina podem trocá-la por eritromicina.[35]Davies JM, Lewis MP, Wimperis J, et al. Review of guidelines for the prevention and treatment of infection in patients with an absent or dysfunctional spleen: prepared on behalf of the British Committee for Standards in Haematology by a working party of the Haemato-Oncology task force. Br J Haematol. 2011;155:308-317. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08843.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988145?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fenoximetilpenicilina: crianças <5 anos de idade: 125 mg por via oral duas vezes ao dia; crianças ≥5 anos e adultos: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções secundárias
amoxicilina: crianças: 20 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 250 mg/dia; adultos: 250 mg por via oral uma vez ao dia
ou
eritromicina base: crianças: 7.5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 250 mg/dia; adultos: 250 mg por via oral uma vez ao dia
bebês (>28 dias de idade), crianças e adultos: esferocitose hereditária (EH) leve a moderada
cuidados de suporte + transfusões de eritrócitos para anemia sintomática
O tratamento da EH leve a moderada geralmente é de suporte, pelo menos durante a primeira infância. Pode ser necessária a transfusão de eritrócitos. A transfusão pode ser necessária durante uma infecção pelo parvovírus B19 que resulte em crise aplástica ou durante qualquer episódio de crises hiper-hemolíticas.
suplementação com ácido fólico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com hemólise significativa (por exemplo, uma contagem de reticulócitos >5%) podem beneficiar da suplementação com ácido fólico para prevenir a anemia megaloblástica. Não há estudos que estabeleçam as boas práticas.
Ela provavelmente é desnecessária na doença leve já que muitos alimentos são hoje suplementados com ácido fólico, e a deficiência é muito rara em países desenvolvidos.
Opções primárias
ácido fólico: 2-5 mg por via oral uma vez ao dia
esplenectomia com esquema de vacinação pré-operatório
Pacientes com probabilidade de beneficiarem de esplenectomia incluem os com anemia sintomática moderada; aqueles com crises hiper-hemolíticas recorrentes; e pacientes que necessitam de transfusões múltiplas.
Em pacientes com doença mais leve, os riscos e benefícios da esplenectomia devem ser cuidadosamente considerados individualmente.[29]Schilling RF. Risks and benefits of splenectomy versus no splenectomy for hereditary spherocytosis - a personal view. Br J Haematol. 2009;145:728-732. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19388926?tool=bestpractice.com A esplenectomia pode ser justificada na EH leve com problemas relacionados a uma qualidade de vida reduzida, como icterícia incômoda, fadiga, baixo crescimento ou baixo desempenho escolar.
Os protocolos de vacinação pré-esplenectomia são os mesmos que os descritos para pacientes com EH grave.[35]Davies JM, Lewis MP, Wimperis J, et al. Review of guidelines for the prevention and treatment of infection in patients with an absent or dysfunctional spleen: prepared on behalf of the British Committee for Standards in Haematology by a working party of the Haemato-Oncology task force. Br J Haematol. 2011;155:308-317. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08843.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988145?tool=bestpractice.com CDC: ACIP vaccine recommendations and guidelines Opens in new window[45]UK Health Security Agency. Immunisation of individuals with underlying medical conditions: the green book, chapter 7. Jan 2020 [internet publication]. https://www.gov.uk/government/publications/immunisation-of-individuals-with-underlying-medical-conditions-the-green-book-chapter-7
Verifique as recomendações de vacinas locais. As vacinas devem ser administradas de acordo com os esquemas de vacinação recomendados e no pré-operatório, conforme necessário. CDC: Immunization schedules Opens in new window UK HSA: UK immunisation schedule: the green book, chapter 11 Opens in new window
O ácido fólico não é necessário após a esplenectomia.
colecistectomia ou colecistostomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cálculos biliares são comuns na EH e podem estar presentes na primeira década, aumentando com a idade para até 50% aos 50 anos de idade.[43]Perrotta S, Gallagher PG, Mohandas N. Hereditary spherocytosis. Lancet. 2008;372:1411-26. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18940465?tool=bestpractice.com
Uma ultrassonografia da vesícula biliar deve ser realizada antes da esplenectomia. Se houver cálculos sintomáticos à época da esplenectomia, a vesícula biliar é removida simultaneamente (colecistectomia). Se forem detectados cálculos biliares assintomáticos, as opções incluem esplenectomia isolada, remoção de cálculos que saem da vesícula biliar (colecistotomia) com esplenectomia ou colecistectomia com esplenectomia.
Há alguma evidência de que nem sempre é necessário remover o baço ao mesmo tempo em que se realiza cirurgia para cálculos biliares sintomáticos; cada caso deve ser avaliado isoladamente.[44]Ruparel RK, Bogert JN, Moir CR, et al. Synchronous splenectomy during cholecystectomy for hereditary spherocytosis: is it really necessary? J Pediatr Surg. 2014;49:433-435. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24650472?tool=bestpractice.com
profilaxia antibiótica pneumocócica pós-esplenectomia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A penicilina profilática deve ser administrada por pelo menos 3 anos após esplenectomia, e alguns médicos defendem a profilaxia vitalícia com penicilina.[35]Davies JM, Lewis MP, Wimperis J, et al. Review of guidelines for the prevention and treatment of infection in patients with an absent or dysfunctional spleen: prepared on behalf of the British Committee for Standards in Haematology by a working party of the Haemato-Oncology task force. Br J Haematol. 2011;155:308-317. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08843.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988145?tool=bestpractice.com As diretrizes variam e não há dados claros para guiar a prática.[16]Bolton-Maggs PH, King MJ. Hereditary spherocytosis, hereditary elliptocytosis and related disorders. In: Young NS, Gershon SL, High KA, eds. Clinical hematology. Philadelphia, PA: Mosby Elsevier; 2006:293-307.
O risco pós-esplenectomia de infecção generalizada varia e àqueles com risco maior (>50 anos de idade, resposta inadequada documentada à vacinação, história de doença pneumocócica invasiva prévia ou neoplasia hematológica subjacente, particularmente se houver imunossupressão contínua) deve ser oferecida profilaxia antibiótica vitalícia. Os pacientes devem carregar uma provisão de antibióticos adequados para uso emergencial.
Se a penicilina não for usada (por exemplo, em regiões com cepas resistentes documentadas), um antibiótico alternativo para proteger contra infecção pneumocócica pode ser adequado. Amoxicilina tem sido recomendada, e pessoas alérgicas à penicilina podem trocá-la por eritromicina.[35]Davies JM, Lewis MP, Wimperis J, et al. Review of guidelines for the prevention and treatment of infection in patients with an absent or dysfunctional spleen: prepared on behalf of the British Committee for Standards in Haematology by a working party of the Haemato-Oncology task force. Br J Haematol. 2011;155:308-317. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2141.2011.08843.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988145?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fenoximetilpenicilina: crianças <5 anos de idade: 125 mg por via oral duas vezes ao dia; crianças ≥5 anos e adultos: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções secundárias
amoxicilina: crianças: 20 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 250 mg/dia; adultos: 250 mg por via oral uma vez ao dia
ou
eritromicina base: crianças: 7.5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 250 mg/dia; adultos: 250 mg por via oral uma vez ao dia
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