Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

em condições de aceitar ou tolerar tratamento oral

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1ª linha – 

antipsicótico de segunda geração oral + apoio psicossocial

Essas pacientes podem apresentar-se à clínica ou ao pronto-socorro. Antipsicóticos orais devem ser oferecidos como tratamento de primeira linha a todos os pacientes, a não ser que eles não tolerem ou não consigam tomar medicamentos orais.

Na apresentação, o diagnóstico é desconhecido, e os sintomas psicóticos são tratados com antipsicóticos. No transtorno psicótico breve (TPB), todos os sintomas remitem e o paciente retorna ao estado normal de funcionamento. Em casos de remissão completa dos sintomas, deve-se considerar uma tentativa de redução e descontinuação do antipsicótico, e o tratamento não costuma ser necessário após 1 mês.

Tratamentos psicossociais (psicoterapia e apoio familiar) devem ser oferecidos a todos os pacientes com TPB.[33]​ O apoio familiar é essencial para garantir estrutura e segurança aos pacientes que podem estar tendo sintomas psicóticos pela primeira vez. Entretanto, para tratamentos não farmacológicos, é importante identificar percepções e necessidades individuais, que podem ser influenciadas por origens culturais e religiosas.[34]

Em 2017, a European Medicines Agency (EMA) recusou-se a aprovar a autorização de introdução no mercado do antipsicótico iloperidona, uma vez que os seus benefícios não foram considerados superiores aos seus riscos. A EMA considera modesta a eficácia do medicamento. Havia preocupações sobre o início tardio da ação (2-3 semanas). Um risco significativo de prolongamento do intervalo QT foi observado, em particular, em pacientes que tomavam outros medicamentos específicos de forma concomitante.[38] A Iloperidona ainda é aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA e está disponível para uso em outros países não pertencentes à União Europeia.

Opções primárias

olanzapina: 2.5 a 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 5 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

ou

risperidona: 0.5 a 3 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas, aumentar em incrementos de 1-2 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 8 mg/dia

ou

quetiapina: 25 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 150 mg/dia no segundo e terceiro dias com uma dose alvo de 300-400 mg/dia no dia 4, aumentar mais de acordo com a resposta a cada 1-2 dias, máximo de 800 mg/dia

ou

ziprasidona: 20 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 160 mg/dia

ou

aripiprazol: 10-15 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 30 mg/dia

ou

paliperidona: 6 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 12 mg/dia

ou

iloperidona: 1 mg por via oral duas vezes ao dia no dia 1, aumentar para 2 mg duas vezes ao dia no dia 2, depois aumentar em incrementos de 2 mg/dia duas vezes ao dia de acordo com a resposta, máximo de 24 mg/dia

ou

asenapina: 5 mg por via sublingual duas vezes ao dia, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

ou

lurasidona: 40 mg por via oral uma vez ao dia, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia

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Considerar – 

lorazepam oral

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O lorazepam pode ser administrado por seus efeitos ansiolíticos quando há necessidade de rápida sedação de indivíduos violentos ou agitados.

Opções primárias

lorazepam: 1-2 mg por via oral a cada 8 horas quando necessário

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2ª linha – 

antipsicótico de primeira geração oral + apoio psicossocial

Essas pacientes podem apresentar-se à clínica ou ao pronto-socorro. Antipsicóticos orais devem ser oferecidos como tratamento de primeira linha a todos os pacientes, a não ser que eles não tolerem ou não consigam tomar medicamentos orais.

Na apresentação, o diagnóstico é desconhecido, e os sintomas psicóticos são tratados com antipsicóticos. No transtorno psicótico breve (TPB), todos os sintomas remitem e o paciente retorna ao estado normal de funcionamento em até 1 mês após o início dos sintomas. Em casos de remissão completa dos sintomas, deve-se considerar uma tentativa de redução e descontinuação do antipsicótico, e o tratamento não costuma ser necessário após 1 mês.

Tratamentos psicossociais (psicoterapia e apoio familiar) devem ser oferecidos a todas as pessoas com TPB.[33]​ O apoio familiar é essencial para garantir estrutura e segurança às pessoas que podem estar tendo sintomas psicóticos pela primeira vez. Entretanto, para tratamentos não farmacológicos, é importante identificar percepções e necessidades individuais, que podem ser influenciadas por origens culturais e religiosas.[34]

Opções primárias

haloperidol: 2-15 mg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas inicialmente, máximo de 20 mg/dia

ou

clorpromazina: 40-100 mg/dia por via oral (liberação imediata) em 2-4 doses fracionadas, aumentar em incrementos de 20-50 mg/dia a cada 3-4 dias de acordo com a resposta, máximo de 800 mg/dia

ou

perfenazina: 16-32 mg/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas inicialmente, aumentar de acordo com a resposta; máximo de 64 mg/dia

ou

flufenazina: 2-10 mg/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas inicialmente, aumentar de acordo com a resposta em intervalos semanais; máximo de 40 mg/dia

ou

trifluoperazina: 4-20 mg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas inicialmente; máximo de 30 mg/dia

ou

loxapina: 20-50 mg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas inicialmente; máximo de 100 mg/dia

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associado a – 

benzatropina oral

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Efeitos adversos extrapiramidais são comuns com antipsicóticos de primeira geração. O tratamento profilático (por exemplo, benzatropina) pode ser dado para reduzir esses efeitos adversos.

A benzatropina geralmente é prescrita para tremores.

Opções primárias

mesilato de benzatropina: 1-2 mg por via oral duas a três vezes ao dia

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Considerar – 

lorazepam oral

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O lorazepam pode ser administrado por seus efeitos ansiolíticos quando há necessidade de rápida sedação de indivíduos violentos ou agitados.

Opções primárias

lorazepam: 1-2 mg por via oral a cada 8 horas quando necessário

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1ª linha – 

antipsicótico + apoio psicossocial

Essas pacientes podem apresentar-se à clínica ou ao pronto-socorro.

Se uma mulher permanecer estável com um medicamento específico durante a gestação, a alteração da farmacoterapia pós-parto não é recomendada, pois a exposição fetal é mais significativa do que a exposição por meio da lactação. Os fatores que devem ser considerados ao iniciar a farmacoterapia durante a lactação incluem a probabilidade de eficácia do medicamento e a dose relativa para o lactente. Embora uma dose relativa para o lactente inferior a 10% geralmente seja considerada segura, dados específicos da medicina devem sempre ser considerados, e os medicamentos para os quais há dados de segurança disponíveis são preferíveis aos medicamentos introduzidos recentemente. Uma história pessoal de eficácia deve embasar a tomada de decisão clínica.[36]

O tratamento de primeira linha é feito com um antipsicótico como olanzapina ou haloperidol, com benzodiazepínicos de curto prazo como lorazepam.[36]​ Evidências sobre a segurança de medicamentos durante a amamentação são uma área em desenvolvimento acelerado, e há dados limitados sobre a segurança desses medicamentos no período pós-parto.[37]​ Para casos individuais em que as opções de medicamentos alternativos devem ser consideradas, consulte um especialista antes de realizar a prescrição.[37]​ Informações adicionais sobre as terapias farmacológicas durante a lactação também estão disponíveis online: Drugs and Lactation Database (LactMed) Opens in new window UK Teratology Information Service Opens in new window

Tratamentos psicossociais (psicoterapia e apoio familiar) devem ser oferecidos a todas as pessoas com TPB.[39]​ O apoio familiar é essencial para garantir estrutura e segurança às pessoas que podem estar tendo sintomas psicóticos pela primeira vez. Entretanto, para tratamentos não farmacológicos, é importante identificar percepções e necessidades individuais, que podem ser influenciadas por origens culturais e religiosas.[34]

recusa ou tem intolerância a tratamento oral

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1ª linha – 

antipsicótico de segunda geração intramuscular + apoio psicossocial

Esses pacientes podem estar agudamente agitados, apresentando-se ao pronto-socorro.

Antipsicóticos de segunda geração são o tratamento de primeira linha. Isso deve-se ao seu risco reduzido de efeitos adversos extrapiramidais, cuja taxa de ocorrência é alta em pessoas não tratadas previamente com antipsicóticos.

Uma vez que o paciente for estabilizado, pode-se substituí-los por medicamento oral. O tratamento antipsicótico intramuscular deve ser substituído por um antipsicótico oral em até 3 dias.

Tratamentos psicossociais (psicoterapia e apoio familiar) devem ser oferecidos a todas as pessoas com transtorno psicótico breve.[33]​ O apoio familiar é essencial para garantir estrutura e segurança às pessoas que podem estar tendo sintomas psicóticos pela primeira vez. Entretanto, para tratamentos não farmacológicos, é importante identificar percepções e necessidades individuais, que podem ser influenciadas por origens culturais e religiosas.[34]

Opções primárias

olanzapina: 5-10 mg por via intramuscular em dose única inicialmente, uma segunda dose pode ser administrada 2 horas depois se necessário, máximo de 30 mg/dia

ou

aripiprazol: 5.25 a 9.75 mg por via intramuscular em dose única inicialmente, uma segunda dose pode ser administrada 2 horas depois se necessário, máximo de 30 mg/dia

ou

ziprasidona: 10-20 mg por via intramuscular em dose única inicialmente, pode repetir 10 mg a cada 2 horas ou 20 mg a cada 4 horas se necessário, máximo de 40 mg/dia

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Considerar – 

lorazepam intramuscular

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O lorazepam pode ser administrado por seus efeitos ansiolíticos quando há necessidade de rápida sedação de indivíduos violentos ou agitados.

Opções primárias

lorazepam: 1-2 mg por via intramuscular em dose única; repetir a cada 8 horas se necessário

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2ª linha – 

antipsicótico de primeira geração intramuscular + apoio psicossocial

Esses pacientes podem estar agudamente agitados, apresentando-se ao pronto-socorro.

O haloperidol é um antipsicótico de primeira geração, mas só deve ser administrado na dose mais baixa possível.

O tratamento antipsicótico intramuscular deve ser substituído por um antipsicótico oral em até 3 dias.

Tratamentos psicossociais (psicoterapia e apoio familiar) devem ser oferecidos a todas as pessoas com transtorno psicótico breve.[33]​ O apoio familiar é essencial para garantir estrutura e segurança às pessoas que podem estar tendo sintomas psicóticos pela primeira vez. Entretanto, para tratamentos não farmacológicos, é importante identificar percepções e necessidades individuais, que podem ser influenciadas por origens culturais e religiosas.[34]

Opções primárias

haloperidol lactato: 0.5 a 5 mg por via intramuscular em dose única, repetir a cada 4-8 horas se necessário, máximo de 100 mg/dia

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associado a – 

benzatropina ou difenidramina

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Efeitos adversos extrapiramidais são comuns com antipsicóticos de primeira geração. O tratamento profilático com benzatropina ou difenidramina pode ser dado para reduzir esses efeitos adversos.

Opções primárias

mesilato de benzatropina: 1-2 mg por via intramuscular duas a três vezes ao dia

ou

difenidramina: 10-50 mg por via intramuscular em dose única

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Considerar – 

lorazepam intramuscular

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O lorazepam pode ser administrado por seus efeitos ansiolíticos quando há necessidade de rápida sedação de indivíduos violentos ou agitados.

Opções primárias

lorazepam: 1-2 mg por via intramuscular em dose única; repetir a cada 8 horas se necessário

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1ª linha – 

antipsicótico + apoio psicossocial

Esses pacientes podem estar agudamente agitados, apresentando-se ao pronto-socorro.

Se uma mulher permanecer estável com um medicamento específico durante a gestação, a alteração da farmacoterapia pós-parto não é recomendada, pois a exposição fetal é mais significativa do que a exposição por meio da lactação. Os fatores que devem ser considerados ao iniciar a farmacoterapia durante a lactação incluem a probabilidade de eficácia do medicamento e a dose relativa para o lactente. Embora uma dose relativa para o lactente inferior a 10% geralmente seja considerada segura, dados específicos da medicina devem sempre ser considerados, e os medicamentos para os quais há dados de segurança disponíveis são preferíveis aos medicamentos introduzidos recentemente. Uma história pessoal de eficácia deve embasar a tomada de decisão clínica.[36]

O tratamento de primeira linha é feito com um antipsicótico como olanzapina ou haloperidol, com benzodiazepínicos de curto prazo como lorazepam. Esses agentes estão disponíveis em formulação intramuscular para pacientes que se recusam ou não conseguem tolerar o medicamento por via oral.[36]​ Evidências sobre a segurança de medicamentos durante a amamentação são uma área em desenvolvimento acelerado, e há dados limitados sobre a segurança desses medicamentos no período pós-parto.[37]​ Para casos individuais em que as opções de medicamentos alternativos devem ser consideradas, consulte um especialista antes de realizar a prescrição.[37]​ Informações adicionais sobre as terapias farmacológicas durante a lactação também estão disponíveis online: Drugs and Lactation Database (LactMed) Opens in new window UK Teratology Information Service Opens in new window

Tratamentos psicossociais (psicoterapia e apoio familiar) devem ser oferecidos a todas as pessoas com transtorno psicótico breve.[33]​ O apoio familiar é essencial para garantir estrutura e segurança às pessoas que podem estar tendo sintomas psicóticos pela primeira vez. Entretanto, para tratamentos não farmacológicos, é importante identificar percepções e necessidades individuais, que podem ser influenciadas por origens culturais e religiosas.[34]

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