Epidemiologia

Estima-se que o transtorno psicótico breve (TPB) ocorra em 0.1% a 0.5% da população geral, e é diagnosticado em 2% a 7% dos indivíduos que apresentam o primeiro episódio de psicose.[6][7][8]​​ A maior parte dos estudos relata que o TPB ocorre com maior frequência em mulheres; porém, isso ainda é controverso e pode não ser verdade em países em desenvolvimento.[6][7][8]​​[9]​​​ O TPB é mais comum em países em desenvolvimento e em pessoas com transtorno de personalidade.[9][10][11]

Há 3 tipos de TPB:

  1. Com estressor(es) acentuado(s): esse tipo (formalmente denominado "psicose reativa breve") é diagnosticado quando os sintomas psicóticos ocorrem em resposta a 1 ou mais eventos que seriam considerados acentuadamente estressantes para a maioria das pessoas em situação similar na cultura do indivíduo.[1] Relatou-se que a incidência desse tipo de TPB em recrutas da Força Aérea dos EUA era de 1.4 em cada 100,000 pessoas após o treinamento militar básico; porém, esses dados não foram coletados durante períodos de guerra.[12] A incidência desse tipo de TPB nos EUA pode ter aumentado após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, embora não haja certeza quanto a isso. No entanto, casos de TPB foram relatados em 2 indivíduos no nordeste dos EUA (longe de Nova York), que tiveram ataques causados pela cobertura midiática.[13]

  2. Sem estressor(es) acentuado(s): esse tipo é diagnosticado quando os sintomas psicóticos não parecem se dar em resposta a um evento estressante.[1] A prevalência e a incidência não são conhecidas.

  3. Com início no pós-parto: esse tipo é diagnosticado quando os sintomas psicóticos ocorrem durante a gestação ou em até 4 semanas pós-parto.[1] Estima-se que de 1 a 2 em cada 1000 mulheres apresentem transtorno psicótico breve com início pós-parto.[14][15]​ Hospitalizações psiquiátricas antes do parto estão associadas a uma maior incidência de TPB pós-parto (9.3%), bem como a exposição ao estresse antes do parto.[16][17]

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