Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem branco de 28 anos de idade, sem história prévia de doença psiquiátrica, recebe uma promoção inesperada e muito prestigiosa no trabalho. Ele sente que um colega de trabalho a merecia mais. Ele se convence de que esse colega tem inveja de sua promoção e que está, consequentemente, planejando sabotá-lo. Seus medos passam a incluir todos os colegas de trabalho, e o homem começa a evitar o trabalho em função de sua paranoia. Após 2 semanas desse comportamento, ele pede à sua chefe que troque os cadeados em seu escritório, pois ele tem certeza de que seus colegas estão planejando roubar seus arquivos a fim de trazer-lhe problemas. Sua chefe recomenda que ele procure atendimento médico. Ele o faz e é tratado com um medicamento antipsicótico. Seus sintomas remitem em 1 semana e ele volta a trabalhar normalmente, sem sentir-se paranoico.
Caso clínico #2
Uma mulher branca de 27 anos de idade, acompanhada de seu marido, consulta-se com o médico 2 semanas após dar à luz uma menina saudável. Seu marido afirma que ela o acusa de tentar sequestrar sua filha. Ela alega ouvir vozes dizendo-lhe que seu marido está tentando levar o bebê e que ela deveria 'fugir' com a filha e ir morar em outro lugar. Ela passa a receber uma dose baixa de olanzapina, e seus sintomas são monitorados. O bebê é monitorado para efeitos adversos, pois a mãe está amamentando. Após 2 semanas de tratamento e monitoramento, os sintomas remitem. Na consulta de acompanhamento após 1 mês, os sintomas não haviam retornado.
Outras apresentações
O transtorno psicótico breve pode apresentar-se com ou sem um estressor acentuado, bem como durante a gestação ou em até 4 semanas pós-parto. Tipicamente, uma pessoa apresentará alucinações ou comportamento delirante. Porém, fala desorganizada (por exemplo, incoerência ou agitação frequente) ou comportamento catatônico podem ser as características proeminentes da apresentação. Foi observada uma possível relação entre a COVID-19 e o transtorno psicótico breve, e foi observado um aumento no transtorno psicótico breve durante a pandemia de COVID-19.[2][3][4][5]
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