Novos tratamentos

Tiossulfato de sódio

Como a cisplatina ainda é a opção padrão para quimioterapia, pacientes com câncer orofaríngeo correm risco de perda auditiva. No entanto, novos agentes estão sendo investigados para reduzir a ototoxicidade induzida pela cisplatina. O tiossulfato de sódio, segundo relatos, diminui o risco de ototoxicidade em crianças com hepatoblastoma.[109] São necessários estudos prospectivos para comparar agentes com ototoxicidade mínima, como a imunoterapia, com os esquemas baseados em cisplatina.

Panitumomabe

Um anticorpo monoclonal com receptores do fator de crescimento antiepidérmico, panitumomabe, demonstrou melhorar a sobrevida livre de progressão em pacientes com neoplasias metastáticas ou recorrentes de cabeça e pescoço quando incluídos na quimioterapia.[110] A adição de panitumomabe não melhorou a sobrevida em pacientes com câncer orofaríngeo avançado localmente. Em caso de metástase, a combinação de quimioterapia e panitumomabe pode melhorar a sobrevida livre de doença e deve ser investigada em ensaios clínicos prospectivos futuros.

Biomarcadores

A presença da oncoproteína E6 pode conferir uma vantagem de sobrevida para câncer orofaríngeo induzido por papilomavírus humano (HPV)-16 em razão da melhora da taxa de apoptose observada com radiação.[111] A expressão elevada do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) na espécime do tumor pode conferir um prognóstico desfavorável, realçando a importância dos biomarcadores nos ensaios prospectivos futuros.[112] É possível que o algoritmo de tratamento tradicional possa ser alterado no futuro quando se levar em consideração a ausência ou a presença desses biomarcadores. No câncer orofaríngeo associado ao HPV, o DNA do HPV de células livres (ctDNA) surgiu como potencial biomarcador de vigilância. Tem uma sensibilidade e especificidade muito altas na detecção da recorrência precoce e doença residual mínima. Em alguns casos, pode detectar a recorrência até meses antes dos sinais radiográficos de recorrência da PET-CT. Estudos em andamento determinarão seu impacto nas diretrizes de vigilância e intervalos.

IGRT (radioterapia guiada por imagem baseada em tomoterapia)

A IGRT é um tipo especial de radioterapia de intensidade modulada (IMRT) que pode ser uma nova e promissora técnica de radioterapia por diminuir a dose de radioterapia nos tecidos normais.[113] Investigações adicionais são necessárias.

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