Diagnósticos diferenciais
Gastroenterite viral
SINAIS / SINTOMAS
Pode estar associada a sintomas como mialgia e artralgia, embora isso não seja uma regra absoluta.
Geralmente apresenta menor duração (24 a 48 horas).
Investigações
Não há exames específicos de diferenciação.
A coprocultura pode identificar o patógeno, mas tem altos índices de resultados falso-negativos.
O norovírus é comumente incluído nos perfis de patógenos fecais.
Gastroenterite/diarreia do viajante bacteriana de origem alimentar alternativa
SINAIS / SINTOMAS
Sinais, sintomas e riscos de contato idênticos aos da infecção por Escherichia coli de origem alimentar.
Investigações
As coproculturas identificam o patógeno (por exemplo, Salmonella, Shigella), embora a taxa de resultados falso-negativos seja elevada.
Amebíase
SINAIS / SINTOMAS
Início subagudo com diarreia com duração de dias a semanas em associação com dor abdominal e perda de peso.
Investigações
A microscopia das fezes revela Entamoeba.
Exame positivo para anticorpos séricos antiamebianos.
Intoxicação alimentar não infecciosa
SINAIS / SINTOMAS
Exemplos incluem cogumelos ou toxinas.
Geralmente tem uma história aguda e está associada a consumpção, com sintomas que se desenvolvem de 1-12 horas depois.
Os sintomas dependem do tipo exato de cogumelo ou toxina ingerido e pode estar associado a náuseas, vômitos, insuficiência renal ou hepática.
Investigações
Identificação da substância ingerida.
Colite não infecciosa induzida por medicamentos
SINAIS / SINTOMAS
Os agentes farmacêuticos que produzem colite como uma reação adversa ao medicamento incluem anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), ouro e inibidores da ciclo-oxigenase 2. Os agentes citotóxicos incluem vinorelbina, capecitabina, interferona, bevacizumabe, rituximabe, dasatinibe e topotecano.[38]
Investigações
Avaliação colonoscópica com biópsia.
Colite ulcerativa
SINAIS / SINTOMAS
Os sintomas variam de sangramento retal intermitente associado à passagem de muco até fezes moles e sanguinolentas. De natureza crônica.
Investigações
A biópsia da mucosa colônica mostra alterações histológicas características. Marcações vasculares são perdidas em razão do ingurgitamento da mucosa, conferindo-lhe uma aparência eritematosa. Petéquias, exsudatos, friabilidade ao toque, ulcerações e hemorragia evidente podem estar presentes na colonoscopia. Mucosa desnudada e ulcerações profundas em "garra de urso" podem ser observadas na colite ulcerativa grave. O envolvimento do cólon começa no reto distal e é contínuo até a extensão proximal da doença.
Colite microscópica
SINAIS / SINTOMAS
Diarreia aquosa e não hemorrágica crônica. Os outros sintomas comuns incluem urgência fecal, incontinência fecal e evacuação noturna. Mais comum em pacientes com >50 anos e do sexo feminino.
Investigações
Ileocolonoscopia com biópsias dos cólons direito e esquerdo: confirma o diagnóstico.[39] A mucosa do cólon tem uma aparência macroscópica normal ou quase normal. Biópsia: demonstra colite colagenosa (ou seja, faixa colagenosa subepitelial espessada de ≥10 micrômetros (normal <5 micrômetros) ou colite linfocítica (ou seja, aumento do número de linfócitos intraepiteliais ≥20 por 100 células epiteliais da superfície (normal <5 micrômetros). Ambos os tipos apresentam um aumento do infiltrado inflamatório na lâmina própria.[39]
Doença de Crohn
SINAIS / SINTOMAS
Geralmente apresenta uma história mais crônica, com deterioração mais lenta e diarreia prolongada, que muitas vezes é acompanhada de perda de peso.
Investigações
A biópsia mostra ulcerações focais adjacentes às áreas de mucosa com aspecto normal, juntamente com alterações mucosas polipoides que fornecem um aspecto pavimentoso. Pseudopólipos podem estar presentes. Pode envolver qualquer local ao longo de todo o trato gastrointestinal, da boca à região perianal. Ao contrário da colite ulcerativa, os segmentos de envolvimento intestinal são descontínuos.
Outras patologias gastrointestinais não infecciosas
SINAIS / SINTOMAS
Exemplos incluem doença diverticular, neoplasia maligna ou doença celíaca.
Geralmente, estão associadas a uma história mais crônica (>4 semanas) e à ausência de sinais de sepse/bacteremia.
Os sintomas associados podem auxiliar no diagnóstico (por exemplo, perda de peso em neoplasias malignas).
Investigações
Dependem da causa subjacente. A maioria das doenças é diagnosticada por endoscopia ou exames radiológicos (tomografia computadorizada [TC], ressonância nuclear magnética [RNM]).
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