Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 28 anos apresenta dor na deglutição. Ele não tem sintomas orais, mas clinicamente tem muitas placas cremosas brancas e pouco aderentes por toda a boca. As lesões são especialmente proeminentes na mucosa bucal, palatal e faríngea. A infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi diagnosticada há 2 anos, mas ele ainda não iniciou o tratamento antirretroviral. Sua última contagem de CD4 e medida de carga viral foi há 8 meses.
Caso clínico #2
Um homem de 64 anos se apresenta com queixa de ardência sob a dentadura maxilar. Ele tem hipertensão e osteoartrite. Seus medicamentos incluem um diurético tiazídico, um betabloqueador não seletivo e um analgésico de venda livre. Na parte interna da boca, ele tem a mucosa palatal gravemente eritematosa, com aparência granular distinta. Sua mucosa está seca e seu fluxo salivar é mínimo.
Outras apresentações
Entre outras variantes menos comuns de candidíase oral estão glossite romboide mediana (também conhecida como atrofia papilar central), candidíase hiperplásica (também conhecida como leucoplasia por cândida) e eritema gengival linear (EGL).
A glossite romboide mediana é uma forma de candidíase observada como uma área eritematosa assintomática com contorno romboide na parte central do aspecto dorsal da língua.[1] Essa lesão geralmente é simétrica e a superfície pode ser lisa ou lobulada.[1]
A candidíase hiperplásica é a forma menos comum de candidíase oral e é considerada um tanto controversa.[1] Alguns acreditam que é causada pela sobreposição de Candida em lesões ceratóticas existentes; no entanto, outros acreditam que a Candida seja capaz de induzir uma lesão hiperceratótica isoladamente.[1] Pode aparecer como uma mancha branca que não pode ser removida; neste caso, o termo candidíase hiperplásica crônica é apropriado.[1] Se manifestar-se com áreas vermelhas e brancas mistas (manchadas), pode ter potencial displásico.[1]
Outras associações relatadas incluem distúrbios imunológicos (candidíase mucocutânea) e anormalidades endócrinas envolvendo hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, hipoadrenalismo ou diabetes mellitus.[1] O EGL é uma manifestação periodontal específica relacionada ao HIV que se apresenta na forma de uma faixa de eritema contínua ou irregular envolvendo a borda da gengiva livre.[2][3][4] As lesões de EGL são persistentes, mesmo com a remoção da placa e a melhora com os cuidados orais domésticos. O EGL está relacionado à invasão dos tecidos gengivais pela C albicans e o avanço da decomposição do tecido periodontal, que também se correlaciona com o avanço da doença HIV.[5]
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