Bronquiectasia
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
apresentação inicial
exercício e melhora na nutrição
Uma dieta saudável e exercícios são recomendados para todos os pacientes, incluindo a suplementação de vitamina D.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [71]Chalmers JD, McHugh BJ, Docherty C, et al. Vitamin-D deficiency is associated with chronic bacterial colonisation and disease severity in bronchiectasis. Thorax. 2013 Jan;68(1):39-47. https://thorax.bmj.com/content/68/1/39.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076388?tool=bestpractice.com Um índice de massa corporal maior demonstrou estar relacionado a um desfecho benéfico em adultos.[72]Onen ZP, Gulbay BE, Sen E, et al. Analysis of the factors related to mortality in patients with bronchiectasis. Respir Med. 2007 Jul;101(7):1390-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17374480?tool=bestpractice.com
O exercício é considerado uma forma de desobstrução das vias aéreas. Uma revisão sistemática Cochrane revelou que pacientes adultos com bronquiectasia estável melhoraram a capacidade de exercício e a qualidade de vida imediatamente após o treinamento físico com duração de 4 semanas, mas encontraram benefícios limitados na qualidade de vida relacionada à tosse e nos sintomas psicológicos.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com Não havia evidências suficientes para mostrar qualquer benefício de longo prazo, embora a frequência das exacerbações em 1 ano tenha sido menor com a prática de exercícios, em um estudo.[74]Lee AL, Hill CJ, McDonald CF, et al. Pulmonary rehabilitation in individuals with non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2017 Apr;98(4):774-82.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27320420?tool=bestpractice.com Os pacientes que praticaram exercícios logo após uma exacerbação não mostraram nenhum benefício.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com O treinamento físico é frequentemente oferecido como parte de um programa de reabilitação pulmonar, combinado com a educação do paciente e treinamento em automanejo, e realizado em regime ambulatorial ou remotamente via telerreabilitação.
Em crianças e adolescentes, faltam evidências de programas formais de exercícios, e recomenda-se que o exercício seja incentivado de forma contínua como parte de um estilo de vida ativo.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
terapia de desobstrução das vias aéreas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia de desobstrução das vias aéreas inclui a manutenção da hidratação oral; estratégias de percussão, respiração ou tosse (por exemplo, ciclo ativo de respiração, tosse direcionada e drenagem autogênica); posicionamento e drenagem postural; dispositivos de pressão expiratória positiva; e dispositivos oscilatórios. Essas técnicas podem ser usadas isoladamente ou em combinação.[66]Lee AL, Burge AT, Holland AE. Airway clearance techniques for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Nov 23;(11):CD008351. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD008351.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26591003?tool=bestpractice.com
Em geral, recomenda-se a terapia por 15 a 30 minutos, 2 ou 3 vezes ao dia. Muitas dessas intervenções exigem a ajuda de um cuidador. A terapia é demorada e, não raro, os pacientes consideram o processo desagradável.[65]Hill AT, Barker AF, Bolser DC, et al. Treating cough due to non-CF and CF bronchiectasis with nonpharmacological airway clearance: CHEST Expert Panel Report. Chest. 2018 Apr;153(4):986-93. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6689075 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29355548?tool=bestpractice.com A preferência do paciente deve ser seriamente considerada na escolha da técnica.
As diretrizes da British Thoracic Society recomendam que adultos com bronquiectasias recebam técnicas de ciclo ativo de respiração ou pressão expiratória positiva oscilante, com posicionamento assistido por gravidade para aumentar sua eficácia.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com No entanto, não há evidências suficientes de que qualquer técnica de desobstrução das vias aéreas que seja melhor que as demais.[65]Hill AT, Barker AF, Bolser DC, et al. Treating cough due to non-CF and CF bronchiectasis with nonpharmacological airway clearance: CHEST Expert Panel Report. Chest. 2018 Apr;153(4):986-93. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6689075 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29355548?tool=bestpractice.com [67]Lee AL, Burge AT, Holland AE. Positive expiratory pressure therapy versus other airway clearance techniques for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Sep 27;9:CD011699. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011699.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28952156?tool=bestpractice.com [68]Morrison L, Milroy S. Oscillating devices for airway clearance in people with cystic fibrosis. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Apr 30;(4):CD006842. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006842.pub5/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32352564?tool=bestpractice.com Foi demonstrado benefício de longo prazo em 1 ano para a técnica ELTGOL (expiração lenta com a glote aberta na lateral), em comparação com placebo, em termos de menos exacerbações, melhor qualidade de vida e redução do impacto da tosse.[69]Muñoz G, de Gracia J, Buxó M, et al. Long-term benefits of airway clearance in bronchiectasis: a randomised placebo-controlled trial. Eur Respir J. 2018 Jan;51(1):1701926. https://erj.ersjournals.com/content/51/1/1701926.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29326318?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes, a desobstrução regular das vias aéreas deve ser individualizada de acordo com a idade e estágio de desenvolvimento do paciente e revisada pelo menos semestralmente por um fisioterapeuta respiratório com experiência em pediatria.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
plano de automanejo
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os planos de automanejo visam aumentar a confiança dos pacientes no manejo da sua própria condição. A British Thoracic Society recomenda que eles sejam considerados em todos os pacientes com bronquiectasia e fornece um modelo de plano de ação que dá aos pacientes informações sobre a terapia de manutenção, monitoramento dos seus sintomas, reconhecimento de exacerbações e quando e como procurar ajuda médica. Pacientes selecionados podem receber antibióticos para manter de reserva em casa para o caso de exacerbações. Quando possível, o escarro deve ser coletado para cultura e teste de sensibilidade antes do início dos antibióticos.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com Embora, atualmente, não haja evidências clínicas suficientes para mostrar se os planos de automanejo beneficiem indivíduos com bronquiectasia, eles mostraram ser eficazes em outras afecções, como doença pulmonar obstrutiva crônica.[76]Kelly C, Grundy S, Lynes D, et al. Self-management for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Feb 7;2(2):CD012528. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012528.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29411860?tool=bestpractice.com
broncodilatador por via inalatória
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os broncodilatadores nebulizados (por exemplo, salbutamol) administrados antes da terapia com agentes mucoativos podem melhorar a tolerabilidade, especialmente nos pacientes com asma ou DPOC concomitantes, embora as evidências para seu uso sejam fracas. O tratamento com broncodilatadores nos pacientes com bronquiectasia e DPOC ou asma coexistentes deve seguir as recomendações das diretrizes para DPOC ou asma.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes, as diretrizes recomendam que os pacientes com respostas do tipo asma possam se beneficiar do uso de um broncodilatador de ação curta antes da terapia de desobstrução das vias aéreas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Opções primárias
salbutamol por via inalatória: crianças de 4 a 11 anos: 2.5 a 5 mg inalados via nebulizador até quatro vezes ao dia, quando necessário; adultos: 100-200 microgramas (1-2 puffs) até quatro vezes ao dia, quando necessário, ou 2.5 a 5 mg inalados via nebulizador até quatro vezes ao dia, quando necessário
agente mucoativo
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O uso de agentes hiperosmolares nebulizados, como solução salina hipertônica, promove a remoção do muco induzindo a tosse. A solução salina hipertônica nebulizada demonstrou reduzir mediadores inflamatórios, melhorar a bacteriologia do escarro e os escores de qualidade de vida.[96]Nicolson CH, Stirling RG, Borg BM, et al. The long term effect of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Respir Med. 2012 May;106(5):661-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22349069?tool=bestpractice.com [97]Reeves EP, Williamson M, O'Neill SJ, et al. Nebulized hypertonic saline decreases IL-8 in sputum of patients with cystic fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jun 1;183(11):1517-23. https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201101-0072OC http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21330456?tool=bestpractice.com Ela pode causar constrição torácica e sibilância em alguns pacientes. A adição de ácido hialurônico pode melhorar a tolerabilidade.[98]Herrero-Cortina B, Alcaraz V, Vilaró J, et al. Impact of hypertonic saline solutions on sputum expectoration and their safety profile in patients with bronchiectasis: a randomized crossover trial. J Aerosol Med Pulm Drug Deliv. 2018 Oct;31(5):281-9. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/145863/1/686152.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878856?tool=bestpractice.com Broncodilatadores devem ser usados antes da nebulização com agentes hiperosmolares.
As diretrizes da British Thoracic Society (BTS) recomendam considerar o uso de umidificação com água estéril ou soro fisiológico para facilitar a desobstrução das vias aéreas em adultos com bronquiectasias.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes com bronquiectasias, o uso rotineiro de agentes mucoativos não é recomendado. Isso inclui desoxirribonuclease humana recombinante (rhDNase), bromexina, manitol e solução salina hipertônica. Em pacientes selecionados com doença mais grave, manitol por via inalatória ou solução salina hipertônica podem ser considerados, com a primeira dose recebida sob supervisão médica. Se tolerado, o uso de manitol ou solução salina hipertônica pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectoração. Um broncodilatador de ação curta deve ser usado antes da inalação com manitol ou solução salina hipertônica.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
As diretrizes da European Respiratory Society sugerem oferecer tratamento mucoativo de longa duração (≥3 meses) para adultos com bronquiectasias que têm dificuldade em expectorar escarro e baixa qualidade de vida, onde os sintomas não são controlados por técnicas padrão de desobstrução das vias aéreas.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Diretrizes da BTS sugerem considerar um ensaio de tratamento mucoativo em adultos com bronquiectasias que têm dificuldade com expectoração de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com As diretrizes da BTS também sugerem a realização de um teste de desafio de reatividade das vias aéreas quando o tratamento mucoativo inalatório é administrado pela primeira vez, e considerar o pré-tratamento com um broncodilatador antes de tratamentos mucoativos inalados ou nebulizados, particularmente onde a broncoconstrição é provável.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Embora a rhDNase, que é um mucolítico, não seja recomendada em pacientes com bronquiectasias, outros agentes mucolíticos podem ser benéficos em um subgrupo de pacientes adultos. Estes incluem acetilcisteína, erdosteína, carbocisteína e bromexina.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [103]Crasafulli E, Colettu O, Costi S, et al. Effectiveness of erdosteine in elderly patients with bronchiectasis and hypersecretion: a 15-day prospective, parallel, open- label, pilot study. Clin Ther. 2007 Sep;29(9):2001-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18035199?tool=bestpractice.com [104]Wilkinson M, Sugumar K, Milan SJ, et al. Mucolytics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 2;(5):CD001289. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001289.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24789119?tool=bestpractice.com [105]Qi Q, Ailiyaer Y, Liu R, et al. Effect of N-acetylcysteine on exacerbations of bronchiectasis (BENE): a randomized controlled trial. Respir Res. 2019 Apr 11;20(1):73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6458826 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30975143?tool=bestpractice.com
exacerbação aguda: doença subjacente leve a moderada
terapia de erradicação de antibióticos
Uma exacerbação aguda geralmente se apresenta com agravamento da tosse, mudança na cor do escarro, aumento do volume de escarro, febre e/ou mal-estar. A gravidade da doença subjacente em adultos pode ser classificada usando o Índice de Gravidade da Bronquiectasia (Bronchiectasis Severity Index [BSI]).[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [109]Chalmers JD, Goeminne P, Aliberti S, et al. The bronchiectasis severity index. An international derivation and validation study. Am J Respir Crit Care Med. 2014 Mar 1;189(5):576-85. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3977711 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24328736?tool=bestpractice.com [110]Ellis HC, Cowman S, Fernandes M, et al. Predicting mortality in bronchiectasis using bronchiectasis severity index and FACED scores: a 19-year cohort study. Eur Respir J. 2016 Feb;47(2):482-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26585428?tool=bestpractice.com [111]McDonnell MJ, Aliberti S, Goeminne PC, et al. Multidimensional severity assessment in bronchiectasis: an analysis of seven European cohorts. Thorax. 2016 Dec;71(12):1110-8. http://thorax.bmj.com/content/71/12/1110.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516225?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes, uma exacerbação aguda pode ser definida como sintomas respiratórios aumentados (predominantemente tosse com ou sem aumento do volume de escarro e/ou purulência) por 3 dias ou mais. Para crianças e adolescentes com imunodeficiência é utilizado um período de tempo mais curto. Crianças com dispneia e/ou hipóxia de qualquer duração devem ser consideradas como tendo uma exacerbação grave e necessitam de tratamento imediato.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A European Respiratory Society (ERS) recomenda que todos os pacientes adultos devem receber antibioticoterapia de erradicação na primeira ou em uma nova detecção de P aeruginosa, embora observe que essa recomendação se baseia em evidências de qualidade muito baixa.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) também recomenda a antibioticoterapia de erradicação em pacientes adultos com bronquiectasia associada à deterioração clínica e a um novo crescimento de P aeruginosa. Caso seja detectado um novo crescimento de P aeruginosa no contexto de bronquiectasia estável, as diretrizes da BTS recomendam discutir os riscos e benefícios do tratamento de erradicação com o paciente, em comparação com a observação clínica isolada.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Há evidências de que a inclusão de um antibiótico nebulizado no tratamento de erradicação para P aeruginosa é mais eficaz que o tratamento intravenoso isolado.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
Para pacientes adultos com um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa, a ERS descreve alguns abordagens de tratamento comumente usadas, mas observa que não há evidências claras para apoiar um esquema em detrimento de outro. A ERS sugere três esquemas de erradicação, com duração total de 3 meses: (1) uma fluoroquinolona oral (como ciprofloxacino) por um período inicial de 2 semanas, seguida por antibióticos intravenosos (por exemplo, um betalactâmico associado a um aminoglicosídeo), seguidos por antibióticos por via inalatória (por exemplo, colistimetato, tobramicina ou gentamicina); (2) antibióticos intravenosos (por exemplo, um betalactâmico associado a um aminoglicosídeo) por um período inicial de 2 semanas, seguidos por antibióticos por via inalatória (por exemplo, colistimetato, tobramicina ou gentamicina); ou (3) uma fase inicial de 2 semanas de fluoroquinolona oral ou antibióticos intravenosos, associados a antibióticos por via inalatória (por exemplo, ciprofloxacino associado a colistimetato por via inalatória), seguidos pela continuação do tratamento com antibióticos por via inalatória isolados.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Após cada fase, as diretrizes da ERS recomendam repetir a amostra de escarro e avançar para a próxima etapa apenas se a cultura for positiva para P aeruginosa.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
A cefepima pode ser usada para os pacientes adultos com P aeruginosa resistente a fluoroquinolonas conhecida. As outras opções intravenosas para pacientes adultos com P aeruginosa incluem a ceftazidima, a piperacilina/tazobactam, o aztreonam e o meropeném. A terapia combinada pode ser necessária em certos pacientes com P aeruginosa conhecida, e deve-se procurar aconselhamento de um especialista em doenças infecciosas com relação à seleção de um regime adequado.
As diretrizes da BTS sobre bronquiectasia em adultos recomendam ciprofloxacino oral por 2 semanas como tratamento de primeira linha. Como tratamento de segunda linha, as diretrizes recomendam um antibiótico betalactâmico antipseudomona intravenoso, com ou sem um aminoglicosídeo intravenoso, por 2 semanas, seguido por 3 meses de colistimetato, gentamicina ou tobramicina nebulizados.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Para crianças e adolescentes com confirmação de um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa, a ERS recomenda uma abordagem de tratamento por etapas, dependendo da presença ou ausência de sintomas na criança. Para crianças sintomáticas, o ciprofloxacino por via oral e/ou antibióticos por via inalatória por 2 semanas são recomendados no início, seguidos por antibióticos por via inalatória por 4-12 semanas (por exemplo, colistimetato, tobramicina). Isso deve ser seguido por uma nova amostra das vias aéreas inferiores da criança, se possível. Caso a P aeruginosa ainda esteja presente, ou se a criança se tornar sintomática, ela deve receber o tratamento oferecido a crianças sintomáticas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Para crianças com sintomas intensos desde o início, antibióticos intravenosos são recomendados por 2 semanas (por exemplo, piperacilina/tazobactam ou ceftazidima associada a tobramicina) seguidos de antibióticos inalatórios por 4-12 semanas (por exemplo, colistimetato, tobramicina).[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com A escolha do antibiótico depende de fatores do paciente, do perfil de suscetibilidade a Pseudomonas e da disponibilidade dos antibióticos.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com Os antibióticos por via inalatória devem ser seguidos por uma nova amostra das vias aéreas inferiores da criança, se possível. Caso a P aeruginosa ainda esteja presente, os médicos devem considerar repetir os antibióticos intravenosos, seguidos por pelo menos um ciclo de antibióticos por via inalatória.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Consulte os protocolos locais para obter orientação sobre os esquemas de terapia de erradicação adequados.
aumento da desobstrução das vias aéreas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A desobstrução das vias aéreas para remover o muco, com ou sem broncodilatadores, é importante e deve ter uma frequência maior em pacientes com qualquer gravidade da doença durante o tratamento de exacerbações.
terapia de manutenção continuada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma dieta saudável e exercícios são recomendados para todos os pacientes, incluindo a suplementação de vitamina D.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [71]Chalmers JD, McHugh BJ, Docherty C, et al. Vitamin-D deficiency is associated with chronic bacterial colonisation and disease severity in bronchiectasis. Thorax. 2013 Jan;68(1):39-47. https://thorax.bmj.com/content/68/1/39.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076388?tool=bestpractice.com Um índice de massa corporal maior demonstrou estar relacionado a um desfecho benéfico em adultos.[72]Onen ZP, Gulbay BE, Sen E, et al. Analysis of the factors related to mortality in patients with bronchiectasis. Respir Med. 2007 Jul;101(7):1390-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17374480?tool=bestpractice.com
O exercício é considerado uma forma de desobstrução das vias aéreas. Uma revisão sistemática Cochrane revelou que pacientes adultos com bronquiectasia estável melhoraram a capacidade de exercício e a qualidade de vida imediatamente após o treinamento físico com duração de, pelo menos, 4 semanas, mas encontraram benefícios limitados na qualidade de vida relacionada à tosse e nos sintomas psicológicos.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com Não havia evidências suficientes para mostrar qualquer benefício de longo prazo, embora a frequência das exacerbações em 1 ano tenha sido menor com a prática de exercícios, em um estudo.[74]Lee AL, Hill CJ, McDonald CF, et al. Pulmonary rehabilitation in individuals with non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2017 Apr;98(4):774-82.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27320420?tool=bestpractice.com Os pacientes que praticaram exercícios logo após uma exacerbação não mostraram nenhum benefício.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com O treinamento físico é frequentemente oferecido como parte de um programa de reabilitação pulmonar, combinado com a educação do paciente e treinamento em automanejo, e realizado em regime ambulatorial ou remotamente via telerreabilitação. Em crianças e adolescentes, faltam evidências de programas formais de exercícios, e recomenda-se que o exercício seja incentivado de forma contínua como parte de um estilo de vida ativo.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) recomenda que planos de automanejo sejam considerados em todos os pacientes com bronquiectasia e fornece um modelo de plano de ação que dá aos pacientes informações sobre a terapia de manutenção, monitoramento dos seus sintomas, reconhecimento de exacerbações e quando e como procurar ajuda médica.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Os broncodilatadores nebulizados administrados antes da terapia com agentes mucoativos podem melhorar a tolerabilidade, especialmente nos pacientes com asma ou DPOC concomitantes, embora as evidências para seu uso sejam fracas. O tratamento com broncodilatadores nos pacientes com bronquiectasia e DPOC ou asma coexistentes deve seguir as recomendações das diretrizes para DPOC ou asma.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com Crianças com respostas do tipo asma podem se beneficiar do uso de um broncodilatador de ação curta antes da terapia de desobstrução das vias aéreas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
O uso de agentes hiperosmolares nebulizados, como solução salina hipertônica, promove a remoção do muco induzindo a tosse. A solução salina hipertônica nebulizada demonstrou reduzir mediadores inflamatórios, melhorar a bacteriologia do escarro e os escores de qualidade de vida.[96]Nicolson CH, Stirling RG, Borg BM, et al. The long term effect of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Respir Med. 2012 May;106(5):661-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22349069?tool=bestpractice.com [97]Reeves EP, Williamson M, O'Neill SJ, et al. Nebulized hypertonic saline decreases IL-8 in sputum of patients with cystic fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jun 1;183(11):1517-23. https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201101-0072OC http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21330456?tool=bestpractice.com Ela pode causar constrição torácica e sibilância em alguns pacientes. A adição de ácido hialurônico pode melhorar a tolerabilidade.[98]Herrero-Cortina B, Alcaraz V, Vilaró J, et al. Impact of hypertonic saline solutions on sputum expectoration and their safety profile in patients with bronchiectasis: a randomized crossover trial. J Aerosol Med Pulm Drug Deliv. 2018 Oct;31(5):281-9. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/145863/1/686152.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878856?tool=bestpractice.com Broncodilatadores devem ser usados antes da nebulização com agentes hiperosmolares.
As diretrizes da BTS recomendam considerar o uso de umidificação com água estéril ou soro fisiológico para facilitar a desobstrução das vias aéreas em adultos com bronquiectasias.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes com bronquiectasias, o uso rotineiro de agentes mucoativos não é recomendado. Isso inclui desoxirribonuclease humana recombinante (rhDNase), bromexina, manitol e solução salina hipertônica. Em pacientes selecionados com doença mais grave, manitol por via inalatória ou solução salina hipertônica podem ser considerados, com a primeira dose recebida sob supervisão médica. Se tolerado, o uso de manitol ou solução salina hipertônica pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectoração. Um broncodilatador de ação curta deve ser usado antes da inalação com manitol ou solução salina hipertônica.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
As diretrizes da European Respiratory Society sugerem oferecer tratamento mucoativo de longa duração (≥3 meses) para adultos com bronquiectasias que têm dificuldade em expectorar escarro e baixa qualidade de vida, onde os sintomas não são controlados por técnicas padrão de desobstrução das vias aéreas.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Diretrizes da BTS sugerem considerar um ensaio de tratamento mucoativo em adultos com bronquiectasias que têm dificuldade com expectoração de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com As diretrizes da BTS também sugerem a realização de um teste de desafio de reatividade das vias aéreas quando o tratamento mucoativo inalatório é administrado pela primeira vez, e considerar o pré-tratamento com um broncodilatador antes de tratamentos mucoativos inalados ou nebulizados, particularmente onde a broncoconstrição é provável.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Embora a rhDNase, que é um mucolítico, não seja recomendada em pacientes com bronquiectasias, outros agentes mucolíticos podem ser benéficos em um subgrupo de pacientes adultos. Estes incluem acetilcisteína, erdosteína, carbocisteína e bromexina.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [103]Crasafulli E, Colettu O, Costi S, et al. Effectiveness of erdosteine in elderly patients with bronchiectasis and hypersecretion: a 15-day prospective, parallel, open- label, pilot study. Clin Ther. 2007 Sep;29(9):2001-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18035199?tool=bestpractice.com [104]Wilkinson M, Sugumar K, Milan SJ, et al. Mucolytics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 2;(5):CD001289. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001289.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24789119?tool=bestpractice.com [105]Qi Q, Ailiyaer Y, Liu R, et al. Effect of N-acetylcysteine on exacerbations of bronchiectasis (BENE): a randomized controlled trial. Respir Res. 2019 Apr 11;20(1):73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6458826 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30975143?tool=bestpractice.com
antibiótico oral de curto prazo
Uma exacerbação aguda geralmente se apresenta com agravamento da tosse, mudança na cor do escarro, aumento do volume de escarro, febre e/ou mal-estar. A gravidade da doença subjacente em adultos pode ser classificada usando o Índice de Gravidade da Bronquiectasia (Bronchiectasis Severity Index [BSI]).[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [109]Chalmers JD, Goeminne P, Aliberti S, et al. The bronchiectasis severity index. An international derivation and validation study. Am J Respir Crit Care Med. 2014 Mar 1;189(5):576-85. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3977711 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24328736?tool=bestpractice.com [110]Ellis HC, Cowman S, Fernandes M, et al. Predicting mortality in bronchiectasis using bronchiectasis severity index and FACED scores: a 19-year cohort study. Eur Respir J. 2016 Feb;47(2):482-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26585428?tool=bestpractice.com [111]McDonnell MJ, Aliberti S, Goeminne PC, et al. Multidimensional severity assessment in bronchiectasis: an analysis of seven European cohorts. Thorax. 2016 Dec;71(12):1110-8. http://thorax.bmj.com/content/71/12/1110.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516225?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes, uma exacerbação aguda pode ser definida como sintomas respiratórios aumentados (predominantemente tosse com ou sem aumento do volume de escarro e/ou purulência) por 3 dias ou mais. Para crianças e adolescentes com imunodeficiência é utilizado um período de tempo mais curto. Crianças com dispneia e/ou hipóxia de qualquer duração devem ser consideradas como tendo uma exacerbação grave e necessitam de tratamento imediato.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Os antibióticos são a base do tratamento e devem ser selecionados por sua ação contra os prováveis patógenos.
Para adultos que nunca tiveram uma exacerbação e nunca apresentaram P aeruginosa nas culturas de escarro, uma escolha inicial apropriada seria um antibiótico com cobertura contra Haemophilus influenzae ou Staphylococcus aureus, dependendo dos resultados da cultura.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Para adultos com menor probabilidade de P aeruginosa, o tratamento com antibiótico oral é adequado. Em pacientes com doença subjacente leve a moderada e uma infecção por P aeruginosa conhecida e sintomas de uma exacerbação da bronquiectasia, os antibióticos devem ser direcionados à sensibilidade das espécies de Pseudomonas. Isso deve ocorrer em um paciente cronicamente infectado com P aeruginosa; um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa justificaria a terapia de erradicação imediata. A sensibilidade a fluoroquinolonas deve ser confirmada ao se utilizar a terapia oral.
Exemplos de esquemas potencialmente adequados para adultos estão listados acima. A diretriz da British Thoracic Society sobre bronquiectasias lista os organismos comuns associados a exacerbações agudas de bronquiectasias, juntamente com os agentes antimicrobianos de primeira e segunda linhas sugeridos. No caso do Streptococcus pneumoniae, a amoxicilina oral é recomendada como opção de primeira linha, enquanto a doxiciclina oral pode ser usada como segunda linha. A amoxicilina oral também é recomendada como primeira linha para o H influenzae que for negativo para beta-lactamase, com a doxiciclina e o ciprofloxacino como opções orais de segunda linha. Para o H influenzae positivo para beta-lactamase, a amoxicilina/ácido clavulânico oral é a opção de primeira linha recomendada, com a doxiciclina e o ciprofloxacino orais como opções de segunda linha. A amoxicilina/ácido clavulânico oral também é recomendada como opção de primeira linha para a Moraxella catarrhalis, com a claritromicina, a doxiciclina e o ciprofloxacino orais como opções de segunda linha. Para o S aureus sensível à meticilina (SASM), as opções incluem a claritromicina, a doxiciclina e amoxicilina/ácido clavulânico orais. Para o S aureus resistente à meticilina (MRSA), as opções orais de primeira linha incluem a doxiciclina, a rifampicina e o sulfametoxazol/trimetoprima, com a linezolida como opção de segunda linha. Para coliformes, como Klebsiella e Enterobacter, o ciprofloxacino oral é a opção de primeira linha recomendada. O ciprofloxacino oral também é a opção de primeira linha recomendada para P aeruginosa.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Para crianças e adolescentes, o antibiótico empírico de escolha é amoxicilina/ácido clavulânico oral, mas, como em adultos, o antibiótico deve ser escolhido de acordo com culturas de vias aéreas e reações de hipersensibilidade anteriores.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Se um paciente já estiver tomando antibióticos de longa duração, mas sofrer uma exacerbação adicional, o autor deste tópico recomenda a continuação do tratamento com o antibiótico de manutenção, a menos que haja interações medicamentosas que impeçam a coadministração ou se houver alterações substanciais na suscetibilidade a antibióticos .
Deve-se observar que os antibióticos do tipo fluoroquinolona, como o ciprofloxacino, estão associados a efeitos adversos graves, incapacitantes e potencialmente irreversíveis quando tomados por via sistêmica ou inalatória. Esses efeitos adversos incluem tendinite, ruptura de tendão, artralgia, neuropatias, dissecção da aorta, hipoglicemia significativa, efeitos adversos de saúde mental e outros efeitos dos sistemas musculoesquelético ou sistema nervoso.[90]European Medicines Agency. Quinolone- and fluoroquinolone-containing medicinal products. Mar 2019 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/quinolone-fluoroquinolone-containing-medicinal-products [91]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication. FDA warns about increased risk of ruptures or tears in the aorta blood vessel with fluoroquinolone antibiotics in certain patients. Dec 2018 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-warns-about-increased-risk-ruptures-or-tears-aorta-blood-vessel-fluoroquinolone-antibiotics [92]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication. FDA reinforces safety information about serious low blood sugar levels and mental health side effects with fluoroquinolone antibiotics; requires label changes. Jul 2018 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-reinforces-safety-information-about-serious-low-blood-sugar-levels-and-mental-health-side
Ciclo de tratamento: 14 dias. Os esquemas mostrados abaixo são exemplos. Sempre que possível, a escolha do antibiótico deve ser baseada na cultura e na sensibilidade das amostras de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Opções primárias
Adultos
amoxicilina: 500-875 mg por via oral duas vezes ao dia, ou 250-500 mg por via oral três vezes ao dia
ou
Adultos
amoxicilina/ácido clavulânico: 500-875 mg por via oral duas vezes ao dia, ou 250-500 mg por via oral três vezes ao dia
Mais amoxicilina/ácido clavulânicoA dose se refere ao componente amoxicilina.
ou
Adultos
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
Adultos
rifampicina: 600 mg por via oral uma vez ao dia
ou
Adultos
claritromicina: 500 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
Adultos
sulfametoxazol/trimetoprima: 800/160 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
Adultos
ciprofloxacino: 500-750 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
Adultos
linezolida: 600 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
Crianças e adolescentes
amoxicilina/ácido clavulânico: crianças <3 meses de idade: 30 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas; crianças ≥3 meses de idade e peso corporal <40 kg: 25-45 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas, ou 20-40 mg/kg/dia por via oral administrados em 3 doses fracionadas; crianças ≥3 meses de idade e peso corporal ≥40 kg e adolescentes: 500-875 mg por via oral duas vezes ao dia, ou 250-500 mg por via oral três vezes ao dia
Mais amoxicilina/ácido clavulânicoA dose se refere ao componente amoxicilina.
aumento da desobstrução das vias aéreas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A desobstrução das vias aéreas para remover o muco, com ou sem broncodilatadores, é importante e deve ter uma frequência maior em pacientes com qualquer gravidade da doença durante o tratamento de exacerbações.
terapia de manutenção continuada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma dieta saudável e exercícios são recomendados para todos os pacientes, incluindo a suplementação de vitamina D.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [71]Chalmers JD, McHugh BJ, Docherty C, et al. Vitamin-D deficiency is associated with chronic bacterial colonisation and disease severity in bronchiectasis. Thorax. 2013 Jan;68(1):39-47. https://thorax.bmj.com/content/68/1/39.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076388?tool=bestpractice.com Um índice de massa corporal maior demonstrou estar relacionado a um desfecho benéfico em adultos.[72]Onen ZP, Gulbay BE, Sen E, et al. Analysis of the factors related to mortality in patients with bronchiectasis. Respir Med. 2007 Jul;101(7):1390-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17374480?tool=bestpractice.com
O exercício é considerado uma forma de desobstrução das vias aéreas. Uma revisão sistemática Cochrane revelou que pacientes adultos com bronquiectasia estável melhoraram a capacidade de exercício e a qualidade de vida imediatamente após o treinamento físico com duração de, pelo menos, 4 semanas, mas encontraram benefícios limitados na qualidade de vida relacionada à tosse e nos sintomas psicológicos.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com Não havia evidências suficientes para mostrar qualquer benefício de longo prazo, embora a frequência das exacerbações em 1 ano tenha sido menor com a prática de exercícios, em um estudo.[74]Lee AL, Hill CJ, McDonald CF, et al. Pulmonary rehabilitation in individuals with non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2017 Apr;98(4):774-82.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27320420?tool=bestpractice.com Os pacientes que praticaram exercícios logo após uma exacerbação não mostraram nenhum benefício.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com O treinamento físico é frequentemente oferecido como parte de um programa de reabilitação pulmonar, combinado com a educação do paciente e treinamento em automanejo, e realizado em regime ambulatorial ou remotamente via telerreabilitação. Em crianças e adolescentes, faltam evidências de programas formais de exercícios, e recomenda-se que o exercício seja incentivado de forma contínua como parte de um estilo de vida ativo.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) recomenda que planos de automanejo sejam considerados em todos os pacientes com bronquiectasia e fornece um modelo de plano de ação que dá aos pacientes informações sobre a terapia de manutenção, monitoramento dos seus sintomas, reconhecimento de exacerbações e quando e como procurar ajuda médica.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Os broncodilatadores nebulizados administrados antes da terapia com agentes mucoativos podem melhorar a tolerabilidade, especialmente nos pacientes com asma ou DPOC concomitantes, embora as evidências para seu uso sejam fracas. O tratamento com broncodilatadores nos pacientes com bronquiectasia e DPOC ou asma coexistentes deve seguir as recomendações das diretrizes para DPOC ou asma.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com Crianças com respostas do tipo asma podem se beneficiar do uso de um broncodilatador de ação curta antes da terapia de desobstrução das vias aéreas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
O uso de agentes hiperosmolares nebulizados, como solução salina hipertônica, promove a remoção do muco induzindo a tosse. A solução salina hipertônica nebulizada demonstrou reduzir mediadores inflamatórios, melhorar a bacteriologia do escarro e os escores de qualidade de vida.[96]Nicolson CH, Stirling RG, Borg BM, et al. The long term effect of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Respir Med. 2012 May;106(5):661-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22349069?tool=bestpractice.com [97]Reeves EP, Williamson M, O'Neill SJ, et al. Nebulized hypertonic saline decreases IL-8 in sputum of patients with cystic fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jun 1;183(11):1517-23. https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201101-0072OC http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21330456?tool=bestpractice.com Ela pode causar constrição torácica e sibilância em alguns pacientes. A adição de ácido hialurônico pode melhorar a tolerabilidade.[98]Herrero-Cortina B, Alcaraz V, Vilaró J, et al. Impact of hypertonic saline solutions on sputum expectoration and their safety profile in patients with bronchiectasis: a randomized crossover trial. J Aerosol Med Pulm Drug Deliv. 2018 Oct;31(5):281-9. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/145863/1/686152.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878856?tool=bestpractice.com Broncodilatadores devem ser usados antes da nebulização com agentes hiperosmolares.
As diretrizes da BTS recomendam considerar o uso de umidificação com água estéril ou soro fisiológico para facilitar a desobstrução das vias aéreas em adultos com bronquiectasias.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes com bronquiectasias, o uso rotineiro de agentes mucoativos não é recomendado. Isso inclui desoxirribonuclease humana recombinante (rhDNase), bromexina, manitol e solução salina hipertônica. Em pacientes selecionados com doença mais grave, manitol por via inalatória ou solução salina hipertônica podem ser considerados, com a primeira dose recebida sob supervisão médica. Se tolerado, o uso de manitol ou solução salina hipertônica pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectoração. Um broncodilatador de ação curta deve ser usado antes da inalação com manitol ou solução salina hipertônica.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
As diretrizes da European Respiratory Society sugerem oferecer tratamento mucoativo de longa duração (≥3 meses) para adultos com bronquiectasias que têm dificuldade em expectorar escarro e baixa qualidade de vida, onde os sintomas não são controlados por técnicas padrão de desobstrução das vias aéreas.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Diretrizes da BTS sugerem considerar um ensaio de tratamento mucoativo em adultos com bronquiectasias que têm dificuldade com expectoração de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com As diretrizes da BTS também sugerem a realização de um teste de desafio de reatividade das vias aéreas quando o tratamento mucoativo inalatório é administrado pela primeira vez, e considerar o pré-tratamento com um broncodilatador antes de tratamentos mucoativos inalados ou nebulizados, particularmente onde a broncoconstrição é provável.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Embora a rhDNase, que é um mucolítico, não seja recomendada em pacientes com bronquiectasias, outros agentes mucolíticos podem ser benéficos em um subgrupo de pacientes adultos. Estes incluem acetilcisteína, erdosteína, carbocisteína e bromexina.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [103]Crasafulli E, Colettu O, Costi S, et al. Effectiveness of erdosteine in elderly patients with bronchiectasis and hypersecretion: a 15-day prospective, parallel, open- label, pilot study. Clin Ther. 2007 Sep;29(9):2001-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18035199?tool=bestpractice.com [104]Wilkinson M, Sugumar K, Milan SJ, et al. Mucolytics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 2;(5):CD001289. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001289.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24789119?tool=bestpractice.com [105]Qi Q, Ailiyaer Y, Liu R, et al. Effect of N-acetylcysteine on exacerbations of bronchiectasis (BENE): a randomized controlled trial. Respir Res. 2019 Apr 11;20(1):73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6458826 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30975143?tool=bestpractice.com
exacerbação aguda: doença subjacente grave ou ausência de resposta/resistente a antibióticos iniciais
terapia de erradicação de antibióticos
Uma exacerbação aguda geralmente se apresenta com agravamento da tosse, mudança na cor do escarro, aumento do volume de escarro, febre e/ou mal-estar. A gravidade da doença subjacente em adultos pode ser classificada usando o Índice de Gravidade da Bronquiectasia (Bronchiectasis Severity Index [BSI]).[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [109]Chalmers JD, Goeminne P, Aliberti S, et al. The bronchiectasis severity index. An international derivation and validation study. Am J Respir Crit Care Med. 2014 Mar 1;189(5):576-85. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3977711 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24328736?tool=bestpractice.com [110]Ellis HC, Cowman S, Fernandes M, et al. Predicting mortality in bronchiectasis using bronchiectasis severity index and FACED scores: a 19-year cohort study. Eur Respir J. 2016 Feb;47(2):482-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26585428?tool=bestpractice.com [111]McDonnell MJ, Aliberti S, Goeminne PC, et al. Multidimensional severity assessment in bronchiectasis: an analysis of seven European cohorts. Thorax. 2016 Dec;71(12):1110-8. http://thorax.bmj.com/content/71/12/1110.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516225?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes, uma exacerbação aguda pode ser definida como sintomas respiratórios aumentados (predominantemente tosse com ou sem aumento do volume de escarro e/ou purulência) por 3 dias ou mais. Para crianças e adolescentes com imunodeficiência é utilizado um período de tempo mais curto. Crianças com dispneia e/ou hipóxia de qualquer duração devem ser consideradas como tendo uma exacerbação grave e necessitam de tratamento imediato.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A European Respiratory Society (ERS) recomenda que todos os pacientes adultos devem receber antibioticoterapia de erradicação na primeira ou em uma nova detecção de P aeruginosa, embora observe que essa recomendação se baseia em evidências de qualidade muito baixa.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) também recomenda a antibioticoterapia de erradicação em pacientes adultos com bronquiectasia associada à deterioração clínica e a um novo crescimento de P aeruginosa. Caso seja detectado um novo crescimento de P aeruginosa no contexto de bronquiectasia estável, as diretrizes da BTS recomendam discutir os riscos e benefícios do tratamento de erradicação com o paciente, em comparação com a observação clínica isolada.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Há evidências de que a inclusão de um antibiótico nebulizado no tratamento de erradicação para P aeruginosa é mais eficaz que o tratamento intravenoso isolado.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
Para pacientes adultos com um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa, a ERS descreve alguns abordagens de tratamento comumente usadas, mas observa que não há evidências claras para apoiar um esquema em detrimento de outro. A ERS sugere três esquemas de erradicação, com duração total de 3 meses: (1) uma fluoroquinolona oral (como ciprofloxacino) por um período inicial de 2 semanas, seguida por antibióticos intravenosos (por exemplo, um betalactâmico associado a um aminoglicosídeo), seguidos por antibióticos por via inalatória (por exemplo, colistimetato, tobramicina ou gentamicina); (2) antibióticos intravenosos (por exemplo, um betalactâmico associado a um aminoglicosídeo) por um período inicial de 2 semanas, seguidos por antibióticos por via inalatória (por exemplo, colistimetato, tobramicina ou gentamicina); ou (3) uma fase inicial de 2 semanas de fluoroquinolona oral ou antibióticos intravenosos, associados a antibióticos por via inalatória (por exemplo, ciprofloxacino associado a colistimetato por via inalatória), seguidos pela continuação do tratamento com antibióticos por via inalatória isolados.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Após cada fase, as diretrizes da ERS recomendam repetir a amostra de escarro e avançar para a próxima etapa apenas se a cultura for positiva para P aeruginosa.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
A cefepima pode ser usada para os pacientes adultos com P aeruginosa resistente a fluoroquinolonas conhecida. As outras opções intravenosas para pacientes adultos com P aeruginosa incluem a ceftazidima, a piperacilina/tazobactam, o aztreonam e o meropeném. A terapia combinada pode ser necessária em certos pacientes com P aeruginosa conhecida, e deve-se procurar aconselhamento de um especialista em doenças infecciosas com relação à seleção de um regime adequado.
As diretrizes da BTS sobre bronquiectasia em adultos recomendam ciprofloxacino oral por 2 semanas como tratamento de primeira linha. Como tratamento de segunda linha, as diretrizes recomendam um antibiótico betalactâmico antipseudomona intravenoso, com ou sem um aminoglicosídeo intravenoso, por 2 semanas, seguido por 3 meses de colistimetato, gentamicina ou tobramicina nebulizados.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Para crianças e adolescentes com confirmação de um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa, a ERS recomenda uma abordagem de tratamento por etapas, dependendo da presença ou ausência de sintomas na criança. Para crianças sintomáticas, o ciprofloxacino por via oral e/ou antibióticos por via inalatória por 2 semanas são recomendados no início, seguidos por antibióticos por via inalatória por 4-12 semanas (por exemplo, colistimetato, tobramicina). Isso deve ser seguido por uma nova amostra das vias aéreas inferiores da criança, se possível. Caso a P aeruginosa ainda esteja presente, ou se a criança se tornar sintomática, ela deve receber o tratamento oferecido a crianças sintomáticas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Para crianças com sintomas intensos desde o início, antibióticos intravenosos são recomendados por 2 semanas (por exemplo, piperacilina/tazobactam ou ceftazidima associada a tobramicina) seguidos de antibióticos inalatórios por 4-12 semanas (por exemplo, colistimetato, tobramicina).[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com A escolha do antibiótico depende de fatores do paciente, do perfil de suscetibilidade a Pseudomonas e da disponibilidade dos antibióticos.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com Os antibióticos por via inalatória devem ser seguidos por uma nova amostra das vias aéreas inferiores da criança, se possível. Caso a P aeruginosa ainda esteja presente, os médicos devem considerar repetir os antibióticos intravenosos, seguidos por pelo menos um ciclo de antibióticos por via inalatória.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Consulte os protocolos locais para obter orientação sobre os esquemas de terapia de erradicação adequados.
aumento da desobstrução das vias aéreas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A desobstrução das vias aéreas para remover o muco, com ou sem broncodilatadores, é importante e deve ter uma frequência maior em pacientes com qualquer gravidade da doença durante o tratamento de exacerbações.
terapia de manutenção continuada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma dieta saudável e exercícios são recomendados para todos os pacientes, incluindo a suplementação de vitamina D.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [71]Chalmers JD, McHugh BJ, Docherty C, et al. Vitamin-D deficiency is associated with chronic bacterial colonisation and disease severity in bronchiectasis. Thorax. 2013 Jan;68(1):39-47. https://thorax.bmj.com/content/68/1/39.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076388?tool=bestpractice.com Um índice de massa corporal maior demonstrou estar relacionado a um desfecho benéfico em adultos.[72]Onen ZP, Gulbay BE, Sen E, et al. Analysis of the factors related to mortality in patients with bronchiectasis. Respir Med. 2007 Jul;101(7):1390-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17374480?tool=bestpractice.com
O exercício é considerado uma forma de desobstrução das vias aéreas. Uma revisão sistemática Cochrane revelou que pacientes adultos com bronquiectasia estável melhoraram a capacidade de exercício e a qualidade de vida imediatamente após o treinamento físico com duração de, pelo menos, 4 semanas, mas encontraram benefícios limitados na qualidade de vida relacionada à tosse e nos sintomas psicológicos.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com Não havia evidências suficientes para mostrar qualquer benefício de longo prazo, embora a frequência das exacerbações em 1 ano tenha sido menor com a prática de exercícios, em um estudo.[74]Lee AL, Hill CJ, McDonald CF, et al. Pulmonary rehabilitation in individuals with non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2017 Apr;98(4):774-82.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27320420?tool=bestpractice.com Os pacientes que praticaram exercícios logo após uma exacerbação não mostraram nenhum benefício.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com O treinamento físico é frequentemente oferecido como parte de um programa de reabilitação pulmonar, combinado com a educação do paciente e treinamento em automanejo, e realizado em regime ambulatorial ou remotamente via telerreabilitação. Em crianças e adolescentes, faltam evidências de programas formais de exercícios, e recomenda-se que o exercício seja incentivado de forma contínua como parte de um estilo de vida ativo.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) recomenda que planos de automanejo sejam considerados em todos os pacientes com bronquiectasia e fornece um modelo de plano de ação que dá aos pacientes informações sobre a terapia de manutenção, monitoramento dos seus sintomas, reconhecimento de exacerbações e quando e como procurar ajuda médica.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Os broncodilatadores nebulizados administrados antes da terapia com agentes mucoativos podem melhorar a tolerabilidade, especialmente nos pacientes com asma ou DPOC concomitantes, embora as evidências para seu uso sejam fracas. O tratamento com broncodilatadores nos pacientes com bronquiectasia e DPOC ou asma coexistentes deve seguir as recomendações das diretrizes para DPOC ou asma.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com Crianças com respostas do tipo asma podem se beneficiar do uso de um broncodilatador de ação curta antes da terapia de desobstrução das vias aéreas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
O uso de agentes hiperosmolares nebulizados, como solução salina hipertônica, promove a remoção do muco induzindo a tosse. A solução salina hipertônica nebulizada demonstrou reduzir mediadores inflamatórios, melhorar a bacteriologia do escarro e os escores de qualidade de vida.[96]Nicolson CH, Stirling RG, Borg BM, et al. The long term effect of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Respir Med. 2012 May;106(5):661-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22349069?tool=bestpractice.com [97]Reeves EP, Williamson M, O'Neill SJ, et al. Nebulized hypertonic saline decreases IL-8 in sputum of patients with cystic fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jun 1;183(11):1517-23. https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201101-0072OC http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21330456?tool=bestpractice.com Ela pode causar constrição torácica e sibilância em alguns pacientes. A adição de ácido hialurônico pode melhorar a tolerabilidade.[98]Herrero-Cortina B, Alcaraz V, Vilaró J, et al. Impact of hypertonic saline solutions on sputum expectoration and their safety profile in patients with bronchiectasis: a randomized crossover trial. J Aerosol Med Pulm Drug Deliv. 2018 Oct;31(5):281-9. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/145863/1/686152.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878856?tool=bestpractice.com Broncodilatadores devem ser usados antes da nebulização com agentes hiperosmolares.
As diretrizes da BTS recomendam considerar o uso de umidificação com água estéril ou soro fisiológico para facilitar a desobstrução das vias aéreas em adultos com bronquiectasias.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes com bronquiectasias, o uso rotineiro de agentes mucoativos não é recomendado. Isso inclui desoxirribonuclease humana recombinante (rhDNase), bromexina, manitol e solução salina hipertônica. Em pacientes selecionados com doença mais grave, manitol por via inalatória ou solução salina hipertônica podem ser considerados, com a primeira dose recebida sob supervisão médica. Se tolerado, o uso de manitol ou solução salina hipertônica pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectoração. Um broncodilatador de ação curta deve ser usado antes da inalação com manitol ou solução salina hipertônica.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
As diretrizes da European Respiratory Society sugerem oferecer tratamento mucoativo de longa duração (≥3 meses) para adultos com bronquiectasias que têm dificuldade em expectorar escarro e baixa qualidade de vida, onde os sintomas não são controlados por técnicas padrão de desobstrução das vias aéreas.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Diretrizes da BTS sugerem considerar um ensaio de tratamento mucoativo em adultos com bronquiectasias que têm dificuldade com expectoração de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com As diretrizes da BTS também sugerem a realização de um teste de desafio de reatividade das vias aéreas quando o tratamento mucoativo inalatório é administrado pela primeira vez, e considerar o pré-tratamento com um broncodilatador antes de tratamentos mucoativos inalados ou nebulizados, particularmente onde a broncoconstrição é provável.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Embora a rhDNase, que é um mucolítico, não seja recomendada em pacientes com bronquiectasias, outros agentes mucolíticos podem ser benéficos em um subgrupo de pacientes adultos. Estes incluem acetilcisteína, erdosteína, carbocisteína e bromexina.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [103]Crasafulli E, Colettu O, Costi S, et al. Effectiveness of erdosteine in elderly patients with bronchiectasis and hypersecretion: a 15-day prospective, parallel, open- label, pilot study. Clin Ther. 2007 Sep;29(9):2001-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18035199?tool=bestpractice.com [104]Wilkinson M, Sugumar K, Milan SJ, et al. Mucolytics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 2;(5):CD001289. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001289.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24789119?tool=bestpractice.com [105]Qi Q, Ailiyaer Y, Liu R, et al. Effect of N-acetylcysteine on exacerbations of bronchiectasis (BENE): a randomized controlled trial. Respir Res. 2019 Apr 11;20(1):73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6458826 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30975143?tool=bestpractice.com
antibiótico intravenoso de curta duração
Uma exacerbação aguda geralmente se apresenta com agravamento da tosse, mudança na cor do escarro, aumento do volume de escarro, febre e/ou mal-estar. A gravidade da doença subjacente em adultos pode ser classificada usando o Índice de Gravidade da Bronquiectasia (Bronchiectasis Severity Index [BSI]).[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [109]Chalmers JD, Goeminne P, Aliberti S, et al. The bronchiectasis severity index. An international derivation and validation study. Am J Respir Crit Care Med. 2014 Mar 1;189(5):576-85. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3977711 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24328736?tool=bestpractice.com [110]Ellis HC, Cowman S, Fernandes M, et al. Predicting mortality in bronchiectasis using bronchiectasis severity index and FACED scores: a 19-year cohort study. Eur Respir J. 2016 Feb;47(2):482-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26585428?tool=bestpractice.com [111]McDonnell MJ, Aliberti S, Goeminne PC, et al. Multidimensional severity assessment in bronchiectasis: an analysis of seven European cohorts. Thorax. 2016 Dec;71(12):1110-8. http://thorax.bmj.com/content/71/12/1110.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516225?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes, uma exacerbação aguda pode ser definida como sintomas respiratórios aumentados (predominantemente tosse com ou sem aumento do volume de escarro e/ou purulência) por 3 dias ou mais. Para crianças e adolescentes com imunodeficiência é utilizado um período de tempo mais curto. Crianças com dispneia e/ou hipóxia de qualquer duração devem ser consideradas como tendo uma exacerbação grave e necessitam de tratamento imediato.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Os antibióticos são a base do tratamento e devem ser selecionados por sua ação contra os prováveis patógenos. Exemplos de regimes potencialmente adequados estão listados acima.
Os pacientes com doença grave ou um organismo resistente (geralmente Pseudomonas) tendem a exigir antibióticos intravenosos (IV) durante as exacerbações agudas. No contexto da P aeruginosa, isso deve ocorrer em um paciente cronicamente infectado com P aeruginosa; um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa justificaria a terapia de erradicação imediata. Os antibióticos intravenosos também devem ser considerados quando os pacientes estiverem particularmente enfermos ou falharem em responder à terapia oral, o que é mais provável nos pacientes com P aeruginosa.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Uma escolha inicial apropriada deve ser um antibiótico com cobertura contra os resultados das culturas prévias.
A cefepima pode ser usada para os pacientes adultos com P aeruginosa resistente a fluoroquinolonas conhecida. As outras opções intravenosas para pacientes adultos com P aeruginosa incluem a ceftazidima, a piperacilina/tazobactam, o aztreonam e o meropeném. A terapia combinada pode ser necessária em certos pacientes com P aeruginosa conhecida, e deve-se procurar aconselhamento de um especialista em doenças infecciosas com relação à seleção de um regime adequado.
A vancomicina e a linezolida são apropriadas para pacientes adultos com Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA). A gentamicina, se usada, deverá ser administrada cuidadosamente com monitoramento rigoroso da função renal e dos níveis séricos. A vancomicina também requer o monitoramento dos níveis séricos.
A ceftriaxona intravenosa é um tratamento de segunda linha apropriado para pacientes adultos com Haemophilus influenzae e pacientes com coliformes, como Klebsiella e Enterobacter.
Crianças e adolescentes com exacerbação grave e/ou que não respondem aos antibióticos orais provavelmente necessitarão de antibióticos intravenosos.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com Assim como em adultos, o antibiótico deve ser escolhido de acordo com culturas de vias aéreas e reações de hipersensibilidade anteriores.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com Ceftriaxona ou cefotaxima podem ser opções adequadas.
Se um paciente já estiver tomando antibióticos de longa duração, mas sofrer uma exacerbação adicional, o autor deste tópico recomenda a continuação do tratamento com o antibiótico de manutenção, a menos que haja interações medicamentosas que impeçam a coadministração ou se houver alterações substanciais na suscetibilidade a antibióticos .
Ciclo de tratamento: 14 dias.
Opções primárias
Adultos
cefepima: 2 g por via intravenosa a cada 12 horas
ou
Adultos
vancomicina: 1 g por via intravenosa a cada 8-12 horas
ou
Adultos
gentamicina: 3-6 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 8 horas
ou
Adultos
ceftriaxona: 2 g por via intravenosa a cada 24 horas
ou
Adultos
ceftazidima: 2 g por via intravenosa a cada 8 horas
ou
Adultos
piperacilina/tazobactam: 4.5 g por via intravenosa a cada 6-8 horas
Mais piperacilina/tazobactamA dose consiste em 4 g de piperacilina associado a 0.5 g de tazobactam.
ou
Adultos
aztreonam: 2 g por via intravenosa a cada 8 horas
ou
Adultos
meropeném: 2 g por via intravenosa a cada 8 horas
ou
Adultos
linezolida: 600 mg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
Crianças
ceftriaxona: 50-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12-24 horas, máximo de 4 g/dia
ou
Crianças
cefotaxima: 75-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas, máximo de 12 g/dia
aumento da desobstrução das vias aéreas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A desobstrução das vias aéreas para remover o muco, com ou sem broncodilatadores, é importante e deve ter uma frequência maior em pacientes com qualquer gravidade da doença durante o tratamento de exacerbações.
terapia de manutenção continuada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma dieta saudável e exercícios são recomendados para todos os pacientes, incluindo a suplementação de vitamina D.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [71]Chalmers JD, McHugh BJ, Docherty C, et al. Vitamin-D deficiency is associated with chronic bacterial colonisation and disease severity in bronchiectasis. Thorax. 2013 Jan;68(1):39-47. https://thorax.bmj.com/content/68/1/39.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076388?tool=bestpractice.com Um índice de massa corporal maior demonstrou estar relacionado a um desfecho benéfico em adultos.[72]Onen ZP, Gulbay BE, Sen E, et al. Analysis of the factors related to mortality in patients with bronchiectasis. Respir Med. 2007 Jul;101(7):1390-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17374480?tool=bestpractice.com
O exercício é considerado uma forma de desobstrução das vias aéreas. Uma revisão sistemática Cochrane revelou que pacientes adultos com bronquiectasia estável melhoraram a capacidade de exercício e a qualidade de vida imediatamente após o treinamento físico com duração de, pelo menos, 4 semanas, mas encontraram benefícios limitados na qualidade de vida relacionada à tosse e nos sintomas psicológicos.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com Não havia evidências suficientes para mostrar qualquer benefício de longo prazo, embora a frequência das exacerbações em 1 ano tenha sido menor com a prática de exercícios, em um estudo.[74]Lee AL, Hill CJ, McDonald CF, et al. Pulmonary rehabilitation in individuals with non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2017 Apr;98(4):774-82.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27320420?tool=bestpractice.com Os pacientes que praticaram exercícios logo após uma exacerbação não mostraram nenhum benefício.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com O treinamento físico é frequentemente oferecido como parte de um programa de reabilitação pulmonar, combinado com a educação do paciente e treinamento em automanejo, e realizado em regime ambulatorial ou remotamente via telerreabilitação. Em crianças e adolescentes, faltam evidências de programas formais de exercícios, e recomenda-se que o exercício seja incentivado de forma contínua como parte de um estilo de vida ativo.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) recomenda que planos de automanejo sejam considerados em todos os pacientes com bronquiectasia e fornece um modelo de plano de ação que dá aos pacientes informações sobre a terapia de manutenção, monitoramento dos seus sintomas, reconhecimento de exacerbações e quando e como procurar ajuda médica.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Os broncodilatadores nebulizados administrados antes da terapia com agentes mucoativos podem melhorar a tolerabilidade, especialmente nos pacientes com asma ou DPOC concomitantes, embora as evidências para seu uso sejam fracas. O tratamento com broncodilatadores nos pacientes com bronquiectasia e DPOC ou asma coexistentes deve seguir as recomendações das diretrizes para DPOC ou asma.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com Crianças com respostas do tipo asma podem se beneficiar do uso de um broncodilatador de ação curta antes da terapia de desobstrução das vias aéreas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
O uso de agentes hiperosmolares nebulizados, como solução salina hipertônica, promove a remoção do muco induzindo a tosse. A solução salina hipertônica nebulizada demonstrou reduzir mediadores inflamatórios, melhorar a bacteriologia do escarro e os escores de qualidade de vida.[96]Nicolson CH, Stirling RG, Borg BM, et al. The long term effect of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Respir Med. 2012 May;106(5):661-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22349069?tool=bestpractice.com [97]Reeves EP, Williamson M, O'Neill SJ, et al. Nebulized hypertonic saline decreases IL-8 in sputum of patients with cystic fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jun 1;183(11):1517-23. https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201101-0072OC http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21330456?tool=bestpractice.com Ela pode causar constrição torácica e sibilância em alguns pacientes. A adição de ácido hialurônico pode melhorar a tolerabilidade.[98]Herrero-Cortina B, Alcaraz V, Vilaró J, et al. Impact of hypertonic saline solutions on sputum expectoration and their safety profile in patients with bronchiectasis: a randomized crossover trial. J Aerosol Med Pulm Drug Deliv. 2018 Oct;31(5):281-9. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/145863/1/686152.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878856?tool=bestpractice.com Broncodilatadores devem ser usados antes da nebulização com agentes hiperosmolares.
As diretrizes da BTS recomendam considerar o uso de umidificação com água estéril ou soro fisiológico para facilitar a desobstrução das vias aéreas em adultos com bronquiectasias.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes com bronquiectasias, o uso rotineiro de agentes mucoativos não é recomendado. Isso inclui desoxirribonuclease humana recombinante (rhDNase), bromexina, manitol e solução salina hipertônica. Em pacientes selecionados com doença mais grave, manitol por via inalatória ou solução salina hipertônica podem ser considerados, com a primeira dose recebida sob supervisão médica. Se tolerado, o uso de manitol ou solução salina hipertônica pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectoração. Um broncodilatador de ação curta deve ser usado antes da inalação com manitol ou solução salina hipertônica.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
As diretrizes da European Respiratory Society sugerem oferecer tratamento mucoativo de longa duração (≥3 meses) para adultos com bronquiectasias que têm dificuldade em expectorar escarro e baixa qualidade de vida, onde os sintomas não são controlados por técnicas padrão de desobstrução das vias aéreas.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Diretrizes da BTS sugerem considerar um ensaio de tratamento mucoativo em adultos com bronquiectasias que têm dificuldade com expectoração de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com As diretrizes da BTS também sugerem a realização de um teste de desafio de reatividade das vias aéreas quando o tratamento mucoativo inalatório é administrado pela primeira vez, e considerar o pré-tratamento com um broncodilatador antes de tratamentos mucoativos inalados ou nebulizados, particularmente onde a broncoconstrição é provável.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Embora a rhDNase, que é um mucolítico, não seja recomendada em pacientes com bronquiectasias, outros agentes mucolíticos podem ser benéficos em um subgrupo de pacientes adultos. Estes incluem acetilcisteína, erdosteína, carbocisteína e bromexina.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [103]Crasafulli E, Colettu O, Costi S, et al. Effectiveness of erdosteine in elderly patients with bronchiectasis and hypersecretion: a 15-day prospective, parallel, open- label, pilot study. Clin Ther. 2007 Sep;29(9):2001-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18035199?tool=bestpractice.com [104]Wilkinson M, Sugumar K, Milan SJ, et al. Mucolytics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 2;(5):CD001289. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001289.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24789119?tool=bestpractice.com [105]Qi Q, Ailiyaer Y, Liu R, et al. Effect of N-acetylcysteine on exacerbations of bronchiectasis (BENE): a randomized controlled trial. Respir Res. 2019 Apr 11;20(1):73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6458826 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30975143?tool=bestpractice.com
3 ou mais exacerbações por ano, apesar da terapia de manutenção
reavaliar fisioterapia ± tratamento mucoativo
As diretrizes da British Thoracic Society (BTS) incluem recomendações sobre o tratamento gradual das bronquiectasias em adultos. Se o paciente apresentar 3 ou mais exacerbações por ano, apesar do tratamento de manutenção (por exemplo, tratamento de qualquer causa subjacente, técnicas de desobstrução das vias aéreas, reabilitação pulmonar, vacinação), o paciente deve ter sua fisioterapia reavaliada e o tratamento mucoativo deve ser considerado. O tratamento mucoativo pode consistir em umidificação com água estéril ou soro fisiológico para facilitar a desobstrução das vias aéreas.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes com bronquiectasias, o uso rotineiro de agentes mucoativos não é recomendado. Isso inclui desoxirribonuclease humana recombinante (rhDNase), bromexina, manitol e solução salina hipertônica. Em pacientes selecionados com doença mais grave, manitol por via inalatória ou solução salina hipertônica podem ser considerados, com a primeira dose recebida sob supervisão médica. Se tolerado, o uso de manitol ou solução salina hipertônica pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectoração. Um broncodilatador de ação curta deve ser usado antes da inalação com manitol ou solução salina hipertônica.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
As diretrizes da European Respiratory Society sugerem oferecer tratamento mucoativo de longa duração (≥3 meses) para adultos com bronquiectasias que têm dificuldade em expectorar escarro e baixa qualidade de vida, onde os sintomas não são controlados por técnicas padrão de desobstrução das vias aéreas.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Diretrizes da BTS sugerem considerar um ensaio de tratamento mucoativo em adultos com bronquiectasias que têm dificuldade com expectoração de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com As diretrizes da BTS também sugerem a realização de um teste de desafio de reatividade das vias aéreas quando o tratamento mucoativo inalatório é administrado pela primeira vez, e considerar o pré-tratamento com um broncodilatador antes de tratamentos mucoativos inalados ou nebulizados, particularmente onde a broncoconstrição é provável.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Embora a rhDNase, que é um mucolítico, não seja recomendada em pacientes com bronquiectasias, outros agentes mucolíticos podem ser benéficos em um subgrupo de pacientes adultos. Estes incluem acetilcisteína, erdosteína, carbocisteína e bromexina.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [103]Crasafulli E, Colettu O, Costi S, et al. Effectiveness of erdosteine in elderly patients with bronchiectasis and hypersecretion: a 15-day prospective, parallel, open- label, pilot study. Clin Ther. 2007 Sep;29(9):2001-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18035199?tool=bestpractice.com [104]Wilkinson M, Sugumar K, Milan SJ, et al. Mucolytics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 2;(5):CD001289. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001289.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24789119?tool=bestpractice.com [105]Qi Q, Ailiyaer Y, Liu R, et al. Effect of N-acetylcysteine on exacerbations of bronchiectasis (BENE): a randomized controlled trial. Respir Res. 2019 Apr 11;20(1):73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6458826 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30975143?tool=bestpractice.com
terapia de manutenção continuada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma dieta saudável e exercícios são recomendados para todos os pacientes, incluindo a suplementação de vitamina D.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [71]Chalmers JD, McHugh BJ, Docherty C, et al. Vitamin-D deficiency is associated with chronic bacterial colonisation and disease severity in bronchiectasis. Thorax. 2013 Jan;68(1):39-47. https://thorax.bmj.com/content/68/1/39.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076388?tool=bestpractice.com Um índice de massa corporal maior demonstrou estar relacionado a um desfecho benéfico em adultos.[72]Onen ZP, Gulbay BE, Sen E, et al. Analysis of the factors related to mortality in patients with bronchiectasis. Respir Med. 2007 Jul;101(7):1390-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17374480?tool=bestpractice.com
O exercício é considerado uma forma de desobstrução das vias aéreas. Uma revisão sistemática Cochrane revelou que pacientes adultos com bronquiectasia estável melhoraram a capacidade de exercício e a qualidade de vida imediatamente após o treinamento físico com duração de, pelo menos, 4 semanas, mas encontraram benefícios limitados na qualidade de vida relacionada à tosse e nos sintomas psicológicos.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com Não havia evidências suficientes para mostrar qualquer benefício de longo prazo, embora a frequência das exacerbações em 1 ano tenha sido menor com a prática de exercícios, em um estudo.[74]Lee AL, Hill CJ, McDonald CF, et al. Pulmonary rehabilitation in individuals with non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2017 Apr;98(4):774-82.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27320420?tool=bestpractice.com Os pacientes que praticaram exercícios logo após uma exacerbação não mostraram nenhum benefício.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com O treinamento físico é frequentemente oferecido como parte de um programa de reabilitação pulmonar, combinado com a educação do paciente e treinamento em automanejo, e realizado em regime ambulatorial ou remotamente via telerreabilitação. Em crianças e adolescentes, faltam evidências de programas formais de exercícios, e recomenda-se que o exercício seja incentivado de forma contínua como parte de um estilo de vida ativo.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society recomenda que planos de automanejo sejam considerados em todos os pacientes com bronquiectasia e fornece um modelo de plano de ação que dá aos pacientes informações sobre a terapia de manutenção, monitoramento dos seus sintomas, reconhecimento de exacerbações e quando e como procurar ajuda médica.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Os broncodilatadores nebulizados administrados antes da terapia com agentes mucoativos podem melhorar a tolerabilidade, especialmente nos pacientes com asma ou DPOC concomitantes, embora as evidências para seu uso sejam fracas. O tratamento com broncodilatadores nos pacientes com bronquiectasia e DPOC ou asma coexistentes deve seguir as recomendações das diretrizes para DPOC ou asma.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com Crianças com respostas do tipo asma podem se beneficiar do uso de um broncodilatador de ação curta antes da terapia de desobstrução das vias aéreas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
antibiótico de longa duração
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As diretrizes para bronquiectasias da British Thoracic Society (BTS) incluem recomendações sobre o uso de antibióticos inalatórios e de longa duração em adultos. Caso o paciente apresente 3 ou mais exacerbações ao ano, apesar de um tratamento de manutenção (por exemplo, tratamento da causa subjacente, técnicas de desobstrução das vias aéreas, reabilitação pulmonar, vacinação), e apesar da reavaliação da fisioterapia, com ou sem tratamento mucoativo, as diretrizes da BTS recomendam o seguinte: (1) se houver infecção por P aeruginosa, recomenda-se um antibiótico antipseudomonas por via inalatória em longo prazo ou um macrolídeo em longo prazo; caso haja presença de outros micro-organismos potencialmente patogênicos, recomenda-se um macrolídeo em longo prazo ou antibiótico direcionado por via inalatória ou oral em longo prazo; caso não haja nenhum patógeno isolado, recomenda-se um macrolídeo em longo prazo; consulte um especialista em doenças infecciosas para obter orientações sobre a escolha e a dosagem do antibiótico direcionado; (2) caso o paciente ainda apresente 3 ou mais exacerbações ao ano, apesar do tratamento acima, as diretrizes sobre bronquiectasia da BTS recomendam um macrolídeo em longo prazo associado a antibiótico por via inalatória em longo prazo; (3) caso o paciente ainda apresente 5 ou mais exacerbações ao ano, apesar do tratamento com macrolídeo em longo prazo associado a antibiótico por via inalatória em longo prazo, as diretrizes da BTS recomendam considerar antibióticos intravenosos regulares a cada 2 ou 3 meses; consulte um especialista em doenças infecciosas para obter orientações sobre a escolha e dosagem dos antibióticos intravenosos.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
A diretriz da BTS para macrolídeos de longa duração em adultos recomenda que os pacientes que receberam macrolídeos para reduzir as taxas de exacerbação devem ter seu tratamento mantido por um período mínimo de 6 meses. Os macrolídeos também podem ser considerados para melhorar a qualidade de vida, mas podem requerer um ciclo longo (por exemplo, 1 ano) antes que uma resposta clínica significativa seja observada.[82]Smith D, Du Rand I, Addy CL, et al. British Thoracic Society guideline for the use of long-term macrolides in adults with respiratory disease. Thorax. 2020 May;75(5):370-404. https://thorax.bmj.com/content/75/5/370.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32303621?tool=bestpractice.com
A European Respiratory Society (ERS) faz recomendações semelhantes sobre a oferta de tratamento antibiótico de longa duração (≥3 meses) em adultos com bronquiectasias. No entanto, não faz uma recomendação sobre antibióticos intravenosos regulares.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
Para crianças e adolescentes, a ERS recomenda pelo menos 6 meses de antibióticos macrolídeos para bronquiectasias não relacionadas à fibrose cística e exacerbações recorrentes (>1 hospitalização ou ≥3 exacerbações sem hospitalização nos 12 meses anteriores). Os pacientes devem ser monitorados para garantir que os antibióticos permaneçam clinicamente benéficos.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com Um ECG não é necessário em todas as crianças/adolescentes, mas uma história cardíaca detalhada deve ser colhida antes do início da terapia. Os macrolídeos não devem ser usados em crianças/adolescentes com contraindicações aos macrolídeos (por exemplo, ECG anormal, testes da função hepática anormais, hipersensibilidade à azitromicina).[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Existem preocupações em relação ao aumento do risco de resistência emergente aos antibióticos prolongados.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990.
https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
[80]Hnin K, Nguyen C, Carson KV, et al. Prolonged antibiotics for non-cystic fibrosis bronchiectasis in children and adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Aug 13;(8):CD001392.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD001392.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26270620?tool=bestpractice.com
[81]Abu Dabrh AM, Hill AT, Dobler CC, et al. Prevention of exacerbations in patients with stable non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review and meta-analysis of pharmacological and non-pharmacological therapies. BMJ Evid Based Med. 2018 Jun;23(3):96-103.
https://ebm.bmj.com/content/23/3/96.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29678900?tool=bestpractice.com
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Is there randomized controlled trial evidence to support the use of prolonged antibiotics in people with non-cystic fibrosis bronchiectasis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.950/fullMostre-me a resposta Uma opção para reduzir o risco de desenvolver resistência é interromper os macrolídeos de longo prazo por um período de tempo a cada ano, como durante o verão.[82]Smith D, Du Rand I, Addy CL, et al. British Thoracic Society guideline for the use of long-term macrolides in adults with respiratory disease. Thorax. 2020 May;75(5):370-404.
https://thorax.bmj.com/content/75/5/370.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32303621?tool=bestpractice.com
A presença de micobactérias no escarro precisa de descontinuação imediata da monoterapia com macrolídeos para minimizar o risco de desenvolvimento de resistência. Os macrolídeos estão associados ao aumento do risco de morte cardiovascular e outros eventos adversos graves em pessoas que não apresentam bronquiectasia, e os dados disponíveis não podem descartar um risco semelhante em pacientes com bronquiectasia.[83]Kelly C, Chalmers JD, Crossingham I, et al. Macrolide antibiotics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 15;3:CD012406. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012406.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29543980?tool=bestpractice.com Tenha cuidado ao prescrever macrolídeos para pacientes com história de doença cardíaca ou outras condições que possam aumentar o risco de prolongamento do intervalo QT (isso inclui pacientes que recebem outros medicamentos que prolongam o intervalo QT ou causam desequilíbrios eletrolíticos). A diretriz da BTS para macrolídeos de longa duração em adultos recomenda um ECG para avaliar o intervalo QTc antes de iniciar a terapia e novamente após 1 mês.[82]Smith D, Du Rand I, Addy CL, et al. British Thoracic Society guideline for the use of long-term macrolides in adults with respiratory disease. Thorax. 2020 May;75(5):370-404. https://thorax.bmj.com/content/75/5/370.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32303621?tool=bestpractice.com Os adultos também devem realizar testes da função hepática de linha basal, 1 mês após o início dos macrolídeos e, posteriormente, a cada 6 meses durante a terapia.[82]Smith D, Du Rand I, Addy CL, et al. British Thoracic Society guideline for the use of long-term macrolides in adults with respiratory disease. Thorax. 2020 May;75(5):370-404. https://thorax.bmj.com/content/75/5/370.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32303621?tool=bestpractice.com A dose, o macrolídeo específico e a duração da terapia (meses ou indefinidamente) não foram completamente estabelecidos. A doxiciclina pode ser considerada uma alternativa se os pacientes forem intolerantes aos macrolídeos ou se eles forem ineficazes.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com A amoxicilina e amoxicilina/ácido clavulânico também são opções alternativas.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
O uso em longo prazo de fluoroquinolonas no tratamento de infecções respiratórias em pacientes com bronquiectasia pode mascarar uma tuberculose pulmonar ativa. A vigilância micobacteriana nessa população de pacientes é importante.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [89]Chang KC, Leung CC, Yew WW, et al. Newer fluoroquinolones for treating respiratory infection: do they mask tuberculosis? Eur Respir J. 2010 Mar;35(3):606-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19717477?tool=bestpractice.com
Em novembro de 2018, a European Medicines Agency (EMA) concluiu uma revisão dos efeitos adversos graves, incapacitantes e potencialmente irreversíveis associados aos antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos e por via inalatória. Entre os efeitos adversos estão tendinite, ruptura de tendão, artralgia, neuropatias e outros efeitos sobre os sistemas musculoesquelético ou nervoso. Em consequência dessa revisão, a EMA agora recomenda restringir o uso dos antibióticos fluoroquinolonas somente a casos de infecção bacteriana grave e com risco de vida.[90]European Medicines Agency. Quinolone- and fluoroquinolone-containing medicinal products. Mar 2019 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/quinolone-fluoroquinolone-containing-medicinal-products A Food and Drug Administration dos EUA também emitiu avisos sobre o aumento do risco de dissecção da aorta, hipoglicemia significativa e efeitos adversos para a saúde mental nos pacientes que tomam fluoroquinolonas.[91]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication. FDA warns about increased risk of ruptures or tears in the aorta blood vessel with fluoroquinolone antibiotics in certain patients. Dec 2018 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-warns-about-increased-risk-ruptures-or-tears-aorta-blood-vessel-fluoroquinolone-antibiotics [92]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication. FDA reinforces safety information about serious low blood sugar levels and mental health side effects with fluoroquinolone antibiotics; requires label changes. Jul 2018 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-reinforces-safety-information-about-serious-low-blood-sugar-levels-and-mental-health-side
Antibióticos por via inalatória (por exemplo, gentamicina, tobramicina, colistimetato) por pelo menos 1 mês são bem tolerados e podem reduzir significativamente a carga bacteriana e diminuir a frequência de exacerbações em pacientes adultos com bronquiectasias. Eles estão associados ao surgimento de resistência bacteriana.[93]O'Donnell AE. Bronchiectasis: which antibiotics to use and when? Curr Opin Pulm Med. 2015 May;21(3):272-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25764019?tool=bestpractice.com [94]Paredes Aller S, Quittner AL, Salathe MA, et al. Assessing effects of inhaled antibiotics in adults with non-cystic fibrosis bronchiectasis--experiences from recent clinical trials. Expert Rev Respir Med. 2018 Sep;12(9):769-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30025482?tool=bestpractice.com [95]Laska IF, Crichton ML, Shoemark A, et al. The efficacy and safety of inhaled antibiotics for the treatment of bronchiectasis in adults: a systematic review and meta-analysis. Lancet Respir Med. 2019 Oct;7(10):855-69. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31405826?tool=bestpractice.com
A sensibilidade deve ser confirmada antes do início da antibioterapia por via inalatória. Broncodilatadores devem ser usados antes da administração de antibióticos por via inalatória.
Opções primárias
Crianças e adultos
azitromicina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 250-500 mg por via oral três vezes por semana, ou 250 mg por via oral uma vez ao dia
ou
Crianças e adultos
eritromicina base: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
Adultos
tobramicina por via inalatória: adultos: 300 mg por via inalatória com nebulizador duas vezes ao dia; administrar em ciclos de 28 dias de uso e 28 dias de pausa
ou
Adultos
gentamicina: adultos: 80 mg por via inalatória com nebulizador duas vezes ao dia
ou
Adultos
colistimetato sódico: adultos: 75 mg por via inalatória com nebulizador a cada 12 horas
Mais colistimetato sódicoA dose refere-se à atividade colistina base. As doses variam e doses mais altas podem ser usadas na prática.
ou
Adultos
doxiciclina: 100 mg por via oral uma vez ao dia
ou
Adultos
amoxicilina: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
Adultos
amoxicilina/ácido clavulânico: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
Mais amoxicilina/ácido clavulânicoA dose se refere ao componente amoxicilina.
Opções secundárias
Adultos
tobramicina por via inalatória: 300 mg por via inalatória com nebulizador duas vezes ao dia; administrar em ciclos de 28 dias de uso e 28 dias de pausa
ou
gentamicina: 80 mg por via inalatória com nebulizador duas vezes ao dia
ou
colistimetato sódico: 75 mg por via inalatória com nebulizador a cada 12 horas
Mais colistimetato sódicoA dose refere-se à atividade colistina base. As doses variam e doses mais altas podem ser usadas na prática.
--E--
azitromicina: 250 mg por via oral três vezes por semana
ou
eritromicina base: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A ressecção cirúrgica é considerada em pacientes com doença localizada cujos sintomas não são controlados pelo tratamento médico ideal.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Ela é apropriada para pacientes com doença grave focal em um ou nos dois lobos de um pulmão e com sucesso limitado com antibioticoterapia. A ressecção completa da área bronquiectásica está associada aos melhores resultados. Idade avançada e insuficiência renal estão associadas ao aumento de complicações pós-operatórias.[112]Zhang P, Jiang G, Ding J, et al. Surgical treatment of bronchiectasis: a retrospective analysis of 790 patients. Ann Thorac Surg. 2010 Jul;90(1):246-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20609785?tool=bestpractice.com [113]Bagheri R, Haghi SZ, Fattahi Massoum SH, et al. Surgical management of bronchiectasis: analysis of 277 patients. Thorac Cardiovasc Surg. 2010 Aug;58(5):291-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20680906?tool=bestpractice.com
A cirurgia pode ser indicada para hemoptise maciça e, possivelmente, no tratamento de micobactérias não tuberculosas (MNT) ou espécies de Aspergillus.
O encaminhamento para transplante de pulmão deve ser considerado em pacientes com bronquiectasia com 65 anos ou mais novos, se o volume expiratório forçado no primeiro segundo de expiração (VEF₁) for <30% e tiverem instabilidade clínica significativa ou se tiverem uma deterioração respiratória rapidamente progressiva, apesar do tratamento médico ideal.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
O encaminhamento anterior ao transplante deve ser considerado em pacientes com bronquiectasia com função pulmonar insatisfatória e os seguintes fatores adicionais: hemoptise maciça, hipertensão pulmonar secundária grave, internações em terapia intensiva ou insuficiência respiratória (principalmente se for necessária ventilação não invasiva).[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
A cirurgia raramente é realizada em crianças/adolescentes com bronquiectasias e só é considerada quando a terapia medicamentosa máxima falhou e a qualidade de vida do paciente está gravemente comprometida.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com Tal como acontece com os adultos, os benefícios são maiores quando a doença é localizada e não devido a uma patologia com probabilidade de recorrência (por exemplo, imunodeficiência).
tratamento de insuficiência respiratória
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A evidência relacionada à administração de ventilação não invasiva é de baixa qualidade, mas pode contribuir para reduzir o número de internações hospitalares em pacientes com insuficiência ventilatória grave. A ventilação não invasiva domiciliar com umidificação deve ser considerada em pacientes com bronquiectasia e insuficiência respiratória associada a hipercapnia, principalmente quando associada a sintomas ou hospitalização recorrente. A oxigenoterapia de longa duração deve ser considerada em pacientes com bronquiectasia e insuficiência respiratória, usando os mesmos critérios de elegibilidade da DPOC.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com A saturação de oxigênio deve ser cuidadosamente monitorada para evitar a insuficiência respiratória hipercápnica.
primeiro ou novo isolamento de Pseudomonas aeruginosa na revisão ambulatorial
terapia de erradicação de antibióticos
A European Respiratory Society (ERS) recomenda que todos os pacientes adultos devem receber antibioticoterapia de erradicação na primeira ou nova detecção de P aeruginosa, embora observe que essa recomendação se baseia em evidências de qualidade muito baixa.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) também recomenda a antibioticoterapia de erradicação nos pacientes adultos com bronquiectasia associada a deterioração clínica e a um novo crescimento de P aeruginosa. Caso seja detectado um novo crescimento de P aeruginosa no contexto de bronquiectasia estável, as diretrizes da BTS recomendam discutir os riscos e benefícios do tratamento de erradicação com o paciente, em comparação com a observação clínica isoladamente.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Há evidências de que a inclusão de um antibiótico nebulizado no tratamento de erradicação para P aeruginosa é mais eficaz que o tratamento intravenoso isolado.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
Para pacientes adultos com um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa, a ERS descreve alguns abordagens de tratamento comumente usadas, mas observa que não há evidências claras para apoiar um esquema em detrimento de outro. A ERS sugere três esquemas de erradicação, com duração total de 3 meses: (1) uma fluoroquinolona oral (como ciprofloxacino) por um período inicial de 2 semanas, seguida por antibióticos intravenosos (por exemplo, um betalactâmico associado a um aminoglicosídeo), seguidos por antibióticos por via inalatória (por exemplo, colistimetato, tobramicina ou gentamicina); (2) antibióticos intravenosos (por exemplo, um betalactâmico associado a um aminoglicosídeo) por um período inicial de 2 semanas, seguidos por antibióticos por via inalatória (por exemplo, colistimetato, tobramicina ou gentamicina); ou (3) uma fase inicial de 2 semanas de fluoroquinolona oral ou antibióticos intravenosos, associados a antibióticos por via inalatória (por exemplo, ciprofloxacino associado a colistimetato por via inalatória), seguidos pela continuação do tratamento com antibióticos por via inalatória isolados.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Após cada fase, as diretrizes da ERS recomendam repetir a amostra de escarro e avançar para a próxima etapa apenas se a cultura for positiva para P aeruginosa.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com
A cefepima pode ser usada para os pacientes adultos com P aeruginosa resistente a fluoroquinolonas conhecida. As outras opções intravenosas para pacientes adultos com P aeruginosa incluem a ceftazidima, a piperacilina/tazobactam, o aztreonam e o meropeném. A terapia combinada pode ser necessária em certos pacientes com P aeruginosa conhecida, e deve-se procurar aconselhamento de um especialista em doenças infecciosas com relação à seleção de um regime adequado.
As diretrizes da BTS sobre bronquiectasia em adultos recomendam ciprofloxacino oral por 2 semanas como tratamento de primeira linha. Como tratamento de segunda linha, as diretrizes recomendam um antibiótico betalactâmico antipseudomona intravenoso, com ou sem um aminoglicosídeo intravenoso, por 2 semanas, seguido por 3 meses de colistimetato, gentamicina ou tobramicina nebulizados.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Para crianças e adolescentes com confirmação de um primeiro ou novo isolamento de P aeruginosa, a ERS recomenda uma abordagem de tratamento por etapas, dependendo da presença ou ausência de sintomas na criança. Para crianças sintomáticas, o ciprofloxacino por via oral e/ou antibióticos por via inalatória por 2 semanas são recomendados no início, seguidos por antibióticos por via inalatória por 4-12 semanas (por exemplo, colistimetato, tobramicina). Isso deve ser seguido por uma nova amostra das vias aéreas inferiores da criança, se possível. Caso a P aeruginosa ainda esteja presente, ou se a criança se tornar sintomática, ela deve receber o tratamento oferecido a crianças sintomáticas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Para crianças com sintomas intensos desde o início, antibióticos intravenosos são recomendados por 2 semanas (por exemplo, piperacilina/tazobactam ou ceftazidima associada a tobramicina) seguidos de antibióticos inalatórios por 4-12 semanas (por exemplo, colistimetato, tobramicina).[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com A escolha do antibiótico depende de fatores do paciente, do perfil de suscetibilidade a Pseudomonas e da disponibilidade dos antibióticos.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com Os antibióticos por via inalatória devem ser seguidos por uma nova amostra das vias aéreas inferiores da criança, se possível. Caso a P aeruginosa ainda esteja presente, os médicos devem considerar repetir os antibióticos intravenosos, seguidos por pelo menos um ciclo de antibióticos por via inalatória.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
Consulte os protocolos locais para obter orientação sobre os esquemas de terapia de erradicação adequados.
terapia de manutenção continuada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma dieta saudável e exercícios são recomendados para todos os pacientes, incluindo a suplementação de vitamina D.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [71]Chalmers JD, McHugh BJ, Docherty C, et al. Vitamin-D deficiency is associated with chronic bacterial colonisation and disease severity in bronchiectasis. Thorax. 2013 Jan;68(1):39-47. https://thorax.bmj.com/content/68/1/39.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076388?tool=bestpractice.com Um índice de massa corporal maior demonstrou estar relacionado a um desfecho benéfico em adultos.[72]Onen ZP, Gulbay BE, Sen E, et al. Analysis of the factors related to mortality in patients with bronchiectasis. Respir Med. 2007 Jul;101(7):1390-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17374480?tool=bestpractice.com
O exercício é considerado uma forma de desobstrução das vias aéreas. Uma revisão sistemática Cochrane revelou que pacientes adultos com bronquiectasia estável melhoraram a capacidade de exercício e a qualidade de vida imediatamente após o treinamento físico com duração de, pelo menos, 4 semanas, mas encontraram benefícios limitados na qualidade de vida relacionada à tosse e nos sintomas psicológicos.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com Não havia evidências suficientes para mostrar qualquer benefício de longo prazo, embora a frequência das exacerbações em 1 ano tenha sido menor com a prática de exercícios, em um estudo.[74]Lee AL, Hill CJ, McDonald CF, et al. Pulmonary rehabilitation in individuals with non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2017 Apr;98(4):774-82.e1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27320420?tool=bestpractice.com Os pacientes que praticaram exercícios logo após uma exacerbação não mostraram nenhum benefício.[73]Lee AL, Gordon CS, Osadnik CR. Exercise training for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Apr 6;4(4):CD013110. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013110.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33822364?tool=bestpractice.com O treinamento físico é frequentemente oferecido como parte de um programa de reabilitação pulmonar, combinado com a educação do paciente e treinamento em automanejo, e realizado em regime ambulatorial ou remotamente via telerreabilitação. Em crianças e adolescentes, faltam evidências de programas formais de exercícios, e recomenda-se que o exercício seja incentivado de forma contínua como parte de um estilo de vida ativo.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
A British Thoracic Society (BTS) recomenda que planos de automanejo sejam considerados em todos os pacientes com bronquiectasia e fornece um modelo de plano de ação que dá aos pacientes informações sobre a terapia de manutenção, monitoramento dos seus sintomas, reconhecimento de exacerbações e quando e como procurar ajuda médica.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Os broncodilatadores nebulizados administrados antes da terapia com agentes mucoativos podem melhorar a tolerabilidade, especialmente nos pacientes com asma ou DPOC concomitantes, embora as evidências para seu uso sejam fracas. O tratamento com broncodilatadores nos pacientes com bronquiectasia e DPOC ou asma coexistentes deve seguir as recomendações das diretrizes para DPOC ou asma.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com [46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com Crianças com respostas do tipo asma podem se beneficiar do uso de um broncodilatador de ação curta antes da terapia de desobstrução das vias aéreas.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
O uso de agentes hiperosmolares nebulizados, como solução salina hipertônica, promove a remoção do muco induzindo a tosse. A solução salina hipertônica nebulizada demonstrou reduzir mediadores inflamatórios, melhorar a bacteriologia do escarro e os escores de qualidade de vida.[96]Nicolson CH, Stirling RG, Borg BM, et al. The long term effect of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Respir Med. 2012 May;106(5):661-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22349069?tool=bestpractice.com [97]Reeves EP, Williamson M, O'Neill SJ, et al. Nebulized hypertonic saline decreases IL-8 in sputum of patients with cystic fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jun 1;183(11):1517-23. https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201101-0072OC http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21330456?tool=bestpractice.com Ela pode causar constrição torácica e sibilância em alguns pacientes. A adição de ácido hialurônico pode melhorar a tolerabilidade.[98]Herrero-Cortina B, Alcaraz V, Vilaró J, et al. Impact of hypertonic saline solutions on sputum expectoration and their safety profile in patients with bronchiectasis: a randomized crossover trial. J Aerosol Med Pulm Drug Deliv. 2018 Oct;31(5):281-9. http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/145863/1/686152.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878856?tool=bestpractice.com Broncodilatadores devem ser usados antes da nebulização com agentes hiperosmolares.
As diretrizes da BTS recomendam considerar o uso de umidificação com água estéril ou soro fisiológico para facilitar a desobstrução das vias aéreas em adultos com bronquiectasias.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Em crianças e adolescentes com bronquiectasias, o uso rotineiro de agentes mucoativos não é recomendado. Isso inclui desoxirribonuclease humana recombinante (rhDNase), bromexina, manitol e solução salina hipertônica. Em pacientes selecionados com doença mais grave, manitol por via inalatória ou solução salina hipertônica podem ser considerados, com a primeira dose recebida sob supervisão médica. Se tolerado, o uso de manitol ou solução salina hipertônica pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectoração. Um broncodilatador de ação curta deve ser usado antes da inalação com manitol ou solução salina hipertônica.[10]Chang AB, Fortescue R, Grimwood K, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of children and adolescents with bronchiectasis. Eur Respir J. 2021 Aug;58(2):2002990. https://erj.ersjournals.com/content/58/2/2002990.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33542057?tool=bestpractice.com
As diretrizes da European Respiratory Society sugerem oferecer tratamento mucoativo de longa duração (≥3 meses) para adultos com bronquiectasias que têm dificuldade em expectorar escarro e baixa qualidade de vida, onde os sintomas não são controlados por técnicas padrão de desobstrução das vias aéreas.[79]Polverino E, Goeminne PC, McDonnell MJ, et al. European Respiratory Society guidelines for the management of adult bronchiectasis. Eur Respir J. 2017 Sep 9;50(3):1700629. https://erj.ersjournals.com/content/50/3/1700629.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28889110?tool=bestpractice.com Diretrizes da BTS sugerem considerar um ensaio de tratamento mucoativo em adultos com bronquiectasias que têm dificuldade com expectoração de escarro.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com As diretrizes da BTS também sugerem a realização de um teste de desafio de reatividade das vias aéreas quando o tratamento mucoativo inalatório é administrado pela primeira vez, e considerar o pré-tratamento com um broncodilatador antes de tratamentos mucoativos inalados ou nebulizados, particularmente onde a broncoconstrição é provável.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com
Embora a rhDNase, que é um mucolítico, não seja recomendada em pacientes com bronquiectasias, outros agentes mucolíticos podem ser benéficos em um subgrupo de pacientes adultos. Estes incluem acetilcisteína, erdosteína, carbocisteína e bromexina.[46]Hill AT, Sullivan AL, Chalmers JD, et al. British Thoracic Society guideline for bronchiectasis in adults. Thorax. 2019 Jan;74(suppl 1):1-69. https://thorax.bmj.com/content/74/Suppl_1/1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30545985?tool=bestpractice.com [103]Crasafulli E, Colettu O, Costi S, et al. Effectiveness of erdosteine in elderly patients with bronchiectasis and hypersecretion: a 15-day prospective, parallel, open- label, pilot study. Clin Ther. 2007 Sep;29(9):2001-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18035199?tool=bestpractice.com [104]Wilkinson M, Sugumar K, Milan SJ, et al. Mucolytics for bronchiectasis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 May 2;(5):CD001289. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001289.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24789119?tool=bestpractice.com [105]Qi Q, Ailiyaer Y, Liu R, et al. Effect of N-acetylcysteine on exacerbations of bronchiectasis (BENE): a randomized controlled trial. Respir Res. 2019 Apr 11;20(1):73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6458826 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30975143?tool=bestpractice.com
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