Caso clínico
Caso clínico
Uma mulher de 22 anos apresenta-se na 32ª semana de sua primeira gestação sentindo contrações dolorosas regulares há 6 horas. Ela tem índice de massa corporal (IMC) de 17 kg/m², fuma 10 cigarros por dia e tem história de excisão do colo uterino com alça diatérmica realizada após o diagnóstico de neoplasia intraepitelial cervical de grau II. Ela teve infecções recorrentes do trato urinário, incluindo duas culturas positivas durante a gravidez, mas sem episódios de sangramento vaginal. Ela não tem história de uso de drogas recreativas nem de violência doméstica. Não há história familiar de parto prematuro. Uma ultrassonografia prévia revelou anatomias fetal e uterina normais. A urinálise com tira reagente revela leucócitos e nitritos. Um exame especular revela um colo uterino fechado, de <2 cm de comprimento, e um swab de fibronectina fetal à beira do leito positivo.
Outras apresentações
Entre 25% e 30% das gestantes apresentarão ruptura prematura de membranas. Apresentações atípicas podem incluir dor ou desconforto inespecífico na parte inferior do abdome ou nas costas. Febre sistêmica de qualquer etiologia, especialmente malária e listeriose, pode estar associada a trabalho de parto prematuro. Em mulheres que se apresentam sem dor, o corrimento vaginal pode ser decorrente de um transudato das membranas fetais expostas (o que pode mimetizar uma ruptura das membranas fetais). As mulheres podem apresentar hemorragia anteparto, indicando descolamento ou separação da placenta, que pode estar associado a dor, atividade uterina e contrações. Mulheres assintomáticas com risco de trabalho de parto prematuro podem ser identificadas no exame de ultrassonografia de rotina ou durante o rastreamento de casos de alto risco. Comprimentos cervicais inferiores a 1.5 cm estão associados a um aumento considerável do risco de trabalho de parto prematuro. O rastreamento bioquímico (por exemplo, fibronectina fetal) também pode identificar mulheres com risco em casos assintomáticos. O desfecho das gestações múltiplas (multifetais) de ordem superior (isto é, trigêmeos) quase sempre será parto pré-termo.
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