Prevenção primária
Não existe nenhuma estratégia unificada para a prevenção primária de depleção de volume, pois esse distúrbio ocorre como uma manifestação de uma ampla variedade de doenças agudas que nem sempre podem ser previstas. No entanto, os médicos devem sempre considerar a necessidade da administração adequada de sal e líquidos quando a ingestão pelo paciente é diminuída pela falta de acesso ou incapacidade de ingerir líquidos por via oral ou quando ocorrem perdas de eletrólitos e líquido decorrentes de vômitos, diarreia ou diurese osmótica.[13]
A hemorragia gastrointestinal é imprevisível, mas alguns medicamentos como a aspirina, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e bebidas alcoólicas predispõem a essa forma de sangramento. Portanto, os pacientes podem ser orientados a evitar esses possíveis fatores desencadeadores.
Moradores de instituição asilar, pacientes com comprometimento sensorial, lactentes e crianças podem não ter capacidade para se queixar de sede e/ou podem ter acesso limitado a líquidos. Esses pacientes estão em alto risco para desenvolver depleção de volume e devem ser monitorados rigorosamente quanto a sinais e sintomas (taquicardia, desatenção, fadiga e confusão) e devem ter acesso adequado e assistência para manter a ingestão adequada de líquidos e solutos. Em situações em que os sinais vitais são monitorados, indícios precoces como taquicardia postural ou hipotensão ajudam a alertar o médico para a depleção de volume.
O monitoramento rigoroso da ingestão e da eliminação em pacientes internados permite a detecção precoce do desenvolvimento de deficits de volume e a capacidade de intervir com líquidos mais rapidamente. Ter consciência da frequência da micção é útil nos pacientes que não podem comunicar seus sintomas.
Diuréticos são extremamente desafiadores no seu manejo em muitos pacientes. Geralmente, existe um tênue equilíbrio entre prescrever o suficiente para evitar edema e prescrever muito de modo que ocorra excesso de perda urinária de líquido e depleção de volume. A consciência de alterações de peso, sintomas e sinais vitais pode ajudar a determinar a dose adequada de diuréticos. Estabelecer um objetivo que permita uma quantidade tolerável de edema sem sinais ou sintomas de depleção de volume pode proporcionar garantia adicional de que a volemia adequada será mantida.
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