Monitoramento

O nível de monitoramento necessário depende da causa da depleção de volume e de sua gravidade. A hemorragia aguda, decorrente de trauma ou sangramento gastrointestinal, geralmente requer tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI) até que o paciente seja ressuscitado adequadamente e a origem do sangramento seja identificada e tratada. O choque hemodinâmico decorrente de qualquer causa também requer tratamento na UTI.

O manejo da depleção de volume menos grave tem base na avaliação do profissional. Alguns pacientes podem precisar de ressuscitação fluídica intravenosa que necessita de uma permanência prolongada em pronto-socorro ou internação hospitalar. Indivíduos nos quais os fluidos de reposição oral são adequados geralmente não requerem internação.

O monitoramento adequado dos parâmetros hemodinâmicos (pressão arterial e frequência cardíaca) e do débito urinário é essencial para ajustar a fluidoterapia. O monitoramento hemodinâmico invasivo (pressão venosa central, oxigenação venosa mista) pode ser adequado para pacientes criticamente doentes e aqueles com volemia lábil.

Um estudo de coorte sugere que o índice de choque (frequência cardíaca dividida pela pressão arterial diastólica) pode ser uma ferramenta útil para monitorar o prognóstico de deteriorização em pacientes com risco de colapso circulatório.[48] O índice de choque estava independentemente associado com mortalidade de 30 dias em uma ampla população de pacientes em pronto-socorro. Idade avançada, hipertensão e betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio enfraqueceram esta associação. No entanto, um índice de choque maior ou igual a 1 sugeriu significativo risco de mortalidade de 30 dias em todos os pacientes no pronto-socorro.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal