Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
alta

Isto é relativamente comum com reposição volêmica, pois muitos litros de volume podem ser necessários para ressuscitação adequada. A capacidade de se proteger contra edema no interstício é limitada no contexto de hipoalbuminemia de diluição. O surgimento do edema não necessariamente indica que a reposição volêmica é adequada; parâmetros hemodinâmicos ainda precisam ser usados como guia para a reposição.[5][9]

curto prazo
baixa

O edema pulmonar causado por reposição volêmica superagressiva é uma preocupação em determinadas situações. O risco é maior em pacientes com cardiopatia preexistente e em indivíduos com insuficiência renal nos quais o excesso de fluido não pode ser excretado pelos rins com mau funcionamento.[5]

variável
Médias

O desenvolvimento de choque depende muito da causa da depleção de volume. Hemorragia maciça por qualquer motivo pode rapidamente causar choque.

Porém, a gastroenterite autolimitada raramente resulta em choque em um adulto saudável.

A evolução para choque pode ser prevenida se a depleção de volume for reconhecida em tempo útil e a ressuscitação adequada for iniciada imediatamente. A falha de fazê-lo em situações críticas pode ser fatal.

variável
Médias

A hipo ou hipercalemia podem ser um resultado do distúrbio subjacente (por exemplo, hipocalemia na diarreia grave, hipercalemia na insuficiência renal) ou inclusão inadequada de potássio na fluidoterapia.[47]

A hipernatremia pode ser observada na apresentação, quando a perda de água excede a perda de solutos, ou após o uso inadequado de fluidos hipertônicos durante o tratamento.

A hiponatremia pode ocorrer com o excesso de ressuscitação com água sem eletrólitos ou um fluido de reposição que seja hipotônico comparado ao fluido que foi perdido. O risco é maior quando a excreção de água pelo rim é limitada pelo comprometimento da função renal ou pela liberação excessiva de vasopressina.

variável
Médias

A acidose metabólica hiperclorêmica pode resultar da rápida ressuscitação fluídica com soro fisiológico isotônico, principalmente na cetoacidose diabética em que cetoácidos que são equivalentes ao bicarbonato são perdidos na urina.

Em pacientes com doença hepática ou acidose láctica, o lactato na solução de Ringer lactato não é convertido em piruvato e seu acúmulo pode contribuir para acidose láctica.

A alcalose metabólica pode se desenvolver se o bicarbonato de sódio for usado como fluidoterapia.

variável
Médias

A depleção de volume causa má perfusão renal, que inicialmente está associada a um aumento na proporção ureia:creatinina e a uma excreção fracionada de sódio (FENa) baixa, uma condição chamada azotemia pré-renal. Esse distúrbio é reversível com correção dos deficits de volume.

Se a hipoperfusão renal for suficientemente grave e/ou prolongada, poderá ocorrer necrose tubular aguda (NTA). Depois de a NTA se desenvolver, o dano renal não poderá ser revertido simplesmente pela restauração da perfusão normal. Um período mais longo é necessário para recuperação. A NTA é caracterizada pela presença de cilindros granulares e tubulares na urina e uma FENa elevada. Os achados de biópsia são variáveis e inconsistentes; geralmente trata-se de um diagnóstico clínico.

variável
Médias

Este termo amplo refere-se ao dano renal manifestado por um aumento na creatinina, diminuição do débito urinário ou insuficiência renal em resposta a um evento agudo.

Critérios específicos, descritos pelo acrônimo RIFLE (risco, lesão, insuficiência, perda e doença renal em estágio terminal, do inglês Risk, Injury, Failure, Loss and End stage renal disease) são aplicáveis. Essa terminologia para lesão renal foi desenvolvida para fornecer definições padronizadas para classificação e fins de pesquisa e para permitir o diagnóstico em um estágio inicial. Esse último pode possivelmente fornecer uma oportunidade para intervir mais rapidamente, em um momento quando o tratamento pode ser mais eficaz.[36]

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