Larva migrans cutânea
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
adultos não gestantes e crianças
anti-helmíntico oral
Geralmente a larva migrans cutânea (LMC) é autolimitada e, consequentemente, remite por completo sem deixar sequelas, mesmo se nenhum tratamento específico for utilizado (normalmente, dentro de 2-8 semanas). Entretanto, a administração de um medicamento anti-helmíntico resulta em remissão rápida dos sintomas, geralmente dentro de 1 semana, e reduz o risco de superinfecção bacteriana.[2]Centers for Disease Control and Prevention. CDC Yellow Book 2024: health Information for international travel. Section 5: travel-associated infections & diseases - cutaneous larva migrans. May 2023 [internet publication]. https://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2024/infections-diseases/cutaneous-larva-migrans
O tratamento de primeira escolha é uma dose única de ivermectina oral, geralmente curativa.[22]Blackwell V, Vega-Lopez F. Cutaneous larva migrans: clinical features and management of 44 cases presenting in the returning traveller. Br J Dermatol. 2001 Sep;145(3):434-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11531833?tool=bestpractice.com [30]Bouchaud O, Houzé S, Schiemann R, et al. Cutaneous larva migrans in travelers: a prospective study, with assessment of therapy with ivermectin. Clin Infect Dis. 2000 Aug;31(2):493-8. [Erratum in: Clin Infect Dis. 2001 Feb 1;32(3):523.] https://academic.oup.com/cid/article/31/2/493/296786 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10987711?tool=bestpractice.com As taxas de resposta são menores nos casos de LMC associada à foliculite, e podem ser necessárias repetições dos ciclos.[46]Vanhaecke C, Perignon A, Monsel G, et al. The efficacy of single dose ivermectin in the treatment of hookworm related cutaneous larva migrans varies depending on the clinical presentation. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2014 May;28(5):655-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23368818?tool=bestpractice.com Ivermectina não está aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA para o tratamento de LMC; assim, os pacientes devem ser aconselhados sobre o uso off-label.[2]Centers for Disease Control and Prevention. CDC Yellow Book 2024: health Information for international travel. Section 5: travel-associated infections & diseases - cutaneous larva migrans. May 2023 [internet publication]. https://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2024/infections-diseases/cutaneous-larva-migrans Ela deve ser evitada nas crianças que pesam <15 kg, devido à experiência clínica limitada.
O albendazol oral é uma alternativa aceitável à ivermectina, apesar do tratamento de dose única resultar em taxas de cura menores.[30]Bouchaud O, Houzé S, Schiemann R, et al. Cutaneous larva migrans in travelers: a prospective study, with assessment of therapy with ivermectin. Clin Infect Dis. 2000 Aug;31(2):493-8. [Erratum in: Clin Infect Dis. 2001 Feb 1;32(3):523.] https://academic.oup.com/cid/article/31/2/493/296786 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10987711?tool=bestpractice.com [47]Caumes E, Carrière J, Guermonprez G, et al. Dermatoses associated with travel to tropical countries: a prospective study of the diagnosis and management of 269 patients presenting to a tropical disease unit. Clin Infect Dis. 1995 Mar;20(3):542-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7756473?tool=bestpractice.com [48]Van den Enden E, Stevens A, Van Gompel A. Treatment of cutaneous larva migrans. N Engl J Med. 1998 Oct 22;339(17):1246-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9786758?tool=bestpractice.com [49]Caumes E, Carrière J, Datry A, et al. A randomized trial of ivermectin versus albendazole for the treatment of cutaneous larva migrans. Am J Trop Med Hyg. 1993 Nov;49(5):641-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8250105?tool=bestpractice.com As taxas de cura para 3 a 5 dias de tratamento são iguais às da ivermectina, e variam de 77% a 100%.[4]Davies HD, Sakuls P, Keystone JS. Creeping eruption. A review of clinical presentation and management of 60 cases presenting to a tropical disease unit. Arch Dermatol. 1993 May;129(5):588-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8481019?tool=bestpractice.com [22]Blackwell V, Vega-Lopez F. Cutaneous larva migrans: clinical features and management of 44 cases presenting in the returning traveller. Br J Dermatol. 2001 Sep;145(3):434-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11531833?tool=bestpractice.com [50]Jones SK, Reynolds NJ, Oliwiecki S, et al. Oral albendazole for the treatment of cutaneous larva migrans. Br J Dermatol. 1990 Jan;122(1):99-101. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2297509?tool=bestpractice.com O albendazol deve ser evitado em crianças <1 ano de idade, devido à experiência clínica limitada.
Devido à resposta rápida à terapia anti-helmíntica, os corticosteroides tópicos e os anti-histamínicos não são tratamentos recomendados para LMC. Ademais, o prurido não aparenta estar relacionado à histamina.
Opções primárias
ivermectina: crianças com ≥15 kg e adultos: 200 microgramas/kg por via oral em dose única
Opções secundárias
albendazol: crianças com 1-2 anos de idade: 200 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 3 dias; crianças ≥2 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia por 3 dias
gestante
protelar o anti-helmíntico oral para depois da gestação ou consultar um especialista em medicina tropical
Não há dados suficientes sobre a ivermectina e o albendazol na gravidez mas, para ambos os medicamentos, estudos em animais apresentaram evidências de teratogenicidade. Portanto, o tratamento deve ser protelado para depois da gestação (se os sintomas não remitirem de forma espontânea) ou ser supervisionado por um especialista em medicina tropical.
sem resposta ao tratamento inicial ou recidiva dos sintomas
repetir anti-helmíntico oral
Se não houver resposta ao tratamento inicial após 1 a 2 semanas (nenhuma redução no prurido ou na erupção serpiginosa), o tratamento pode ser repetido utilizando o mesmo medicamento e dose.[30]Bouchaud O, Houzé S, Schiemann R, et al. Cutaneous larva migrans in travelers: a prospective study, with assessment of therapy with ivermectin. Clin Infect Dis. 2000 Aug;31(2):493-8. [Erratum in: Clin Infect Dis. 2001 Feb 1;32(3):523.] https://academic.oup.com/cid/article/31/2/493/296786 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10987711?tool=bestpractice.com Em uma pequena minoria dos casos, um terceiro ciclo de tratamento pode ser necessário (por exemplo, se a foliculite estiver presente).[5]Caumes E, Ly F, Bricaire F. Cutaneous larva migrans with folliculitis: report of seven cases and review of the literature. Br J Dermatol. 2002 Feb;146(2):314-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11903247?tool=bestpractice.com Entretanto, se os sintomas e sinais não remitirem após 2 ciclos de tratamento, o encaminhamento a um especialista em medicina tropical e/ou investigação de diagnósticos alternativos devem ser considerados.
Os sintomas e achados cutâneos podem voltar após uma resposta inicial positiva ao tratamento, provavelmente porque a larva do ancilostomídeo foi fragilizada, mas não completamente morta. Geralmente a recidiva ocorre dentro de algumas semanas após a manifestação inicial e responde, na maioria dos casos, a um ciclo repetido do tratamento.[3]Tremblay A, MacLean JD, Gyorkos T, et al. Outbreak of cutaneous larva migrans in a group of travellers. Trop Med Int Health. 2000 May;5(5):330-34. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1365-3156.2000.00557.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10886795?tool=bestpractice.com [22]Blackwell V, Vega-Lopez F. Cutaneous larva migrans: clinical features and management of 44 cases presenting in the returning traveller. Br J Dermatol. 2001 Sep;145(3):434-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11531833?tool=bestpractice.com [30]Bouchaud O, Houzé S, Schiemann R, et al. Cutaneous larva migrans in travelers: a prospective study, with assessment of therapy with ivermectin. Clin Infect Dis. 2000 Aug;31(2):493-8. [Erratum in: Clin Infect Dis. 2001 Feb 1;32(3):523.] https://academic.oup.com/cid/article/31/2/493/296786 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10987711?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ivermectina: crianças com ≥15 kg e adultos: 200 microgramas/kg por via oral em dose única
Opções secundárias
albendazol: crianças com 1-2 anos de idade: 200 mg/kg por via oral uma vez ao dia por 3 dias; crianças ≥2 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia por 3 dias
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