Complicações
A perda do fator intrínseco como resultado da gastrite atrófica, dos anticorpos anticélulas parietais e/ou dos anticorpos antifator intrínseco resulta em má absorção da cobalamina alimentar.[24][30][31][35][36][37][38][78][79] A deficiência de cobalamina, que leva muitos anos para se desenvolver devido a grandes reservas corporais, pode ser rastreada pelo monitoramento do hemograma completo, bem como dos níveis da cobalamina sérica. A medição da concentração sérica de ácido metilmalônico, um intermediário metabólico, pode ser mais sensível para o diagnóstico que os níveis séricos da vitamina. O ácido metilmalônico é elevado na deficiência de cobalamina devido à diminuição da taxa do metabolismo. A cobalamina parenteral previne e trata a deficiência.
Vários estudos epidemiológicos sugeriram uma associação entre o uso de inibidores da bomba de prótons e o aumento do risco de fratura de quadril relacionada à osteoporose.[17][18][19]
No entanto, um grande ensaio clínico randomizado e controlado não relatou nenhuma diferença estatisticamente significativa no risco de fratura entre os grupos de pantoprazol e placebo durante um período de 3 anos.[16]
Níveis elevados de gastrina, agindo via receptores da colecistoquinina-2 (CCK-2) nas células semelhantes às células enterocromafins (ECL) gástricas, induzem essas células a se tornarem hiperplásicas e algumas, após muitos anos, tornam-se displásicas e transformam-se em tumores carcinoides.[1][66]
Entre 70% e 80% dos tumores carcinoides gástricos surgem em pacientes com gastrite atrófica, principalmente naqueles com anemia perniciosa. Considera-se que as células ECL, sob estimulação da gastrina, evoluem para hiperplasia, displasia e, por fim, neoplasia. Esses tumores carcinoides geralmente são pequenos, polipoides, multicêntricos e bem diferenciados.[66] Embora geralmente assintomáticos, os carcinoides gástricos podem, raramente, apresentar dor abdominal e sangramento.
O ácido facilita a absorção de ferro alimentar liberando ferro hemínico de sua apoproteína e convertendo o ferro não hemínico, que está em grande parte na forma de hidróxido férrico (Fe3+), para a forma ferrosa mais facilmente absorvida (Fe2+).[68][69] A anemia ferropriva pode ser rastreada pelo monitoramento do hemograma completo, bem como dos níveis de ferro sérico. A administração de ferro por via oral em combinação com ácido ascórbico (vitamina C) pode prevenir e tratar esta complicação.
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