Abordagem
O diagnóstico é baseado principalmente no quadro clínico e em uma história sugestiva. Geralmente não são necessárias investigações adicionais.
Anamnese e exame físico
Histórico de viagens recentes e contexto social são essenciais para determinar o risco de exposição à infestação. Fatores de risco conhecidos incluem dormir em um ambiente de muita movimentação (por exemplo, hotéis, dormitórios ou abrigos para desabrigados), viagens recentes e a presença de móveis e/ou colchões usados.[4][9][10][20] Qualquer visualização de percevejos de cama no ambiente do paciente (por exemplo, fendas em colchões, bases e cabeceiras de camas e atrás de rodapés) deve ser registrada. Ocasionalmente, pacientes podem relatar manchas de sangue ou fezes nos lençóis ou no colchão. Os pacientes também podem relatar um odor doce e mofado, emitido por percevejos e característico de infestação.[2] Manchas semelhantes a pontos de tinta nas cabeceiras e colchões ou manchas de sangue nos lençóis também são indícios de infestações de percevejos no quarto.[25] Entretanto, quando questionados, geralmente eles irão negar qualquer ocorrência de picada de insetos. Os pacientes geralmente relatam novas lesões pela manhã e podem descrever um prurido intenso. Embora as lesões geralmente não sejam dolorosas, os pacientes podem relatar dor ou uma sensação de queimação.
Os pacientes apresentam com maior frequência pápulas eritematosas, de 1 a 5 mm de tamanho, dispostas em um padrão curvo ou linear, na pele exposta durante o sono (por exemplo, face, pescoço, braços, pernas e ombros).[7] Pode-se observar um pequeno orifício hemorrágico central.[3][12] As lesões podem ocorrer de horas a dias após a picada.[7] O intervalo entre a picada e a reação pode diminuir à medida que o hospedeiro é repetidamente exposto.[8] Outros quadros clínicos menos comuns incluem urticária papular ou urticária difusa, lesões bolhosas e, raramente, anafilaxia.[3][7][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Cimex lectularius, coletado em um hotel na área urbana de GeórgiaCortesia do CDC [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Cimex lectulariusCortesia do CDC [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Picadas de percevejos de cama mostrando várias pápulas eritematosasDo acervo didático dos colaboradores (Julian J. Trevino, David R. Carr, Suzanne L. Dundon); usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Distribuição linear das pápulasDo acervo didático dos colaboradores (Julian J. Trevino, David R. Carr, Suzanne L. Dundon); usado com permissão [Citation ends].
Investigações laboratoriais
O diagnóstico é baseado em exame clínico e raramente necessita de investigações adicionais. Uma raspagem cutânea da lesão (com preparação em óleo mineral) pode ser útil para excluir a escabiose como um diagnóstico alternativo. Não existe nenhum teste cutâneo baseado em alérgeno específico para os percevejos de cama, ou teste de hipersensibilidade imediata por punção cutânea ("prick test"), para confirmar os percevejos de cama como uma causa etiológica da urticária.[3] Raramente, uma biópsia de pele pode ser realizada, embora os achados histopatológicos geralmente sejam inespecíficos e consistentes com uma reação à picada de artrópode. Reações bolhosas a picadas de percevejos de cama, no entanto, refletem uma vasculite cutânea local com histologia que se assemelha à histologia da síndrome de Churg-Strauss.[26] Quando as infestações por percevejos de cama são grandes, a anemia também pode ser observada na avaliação laboratorial, mas a investigação laboratorial não faz parte da investigação de rotina para percevejos.[11][27][28]
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