Prevenção primária

A prevenção primária começa com o alcance do pico de massa óssea adequada. Posteriormente, a prevenção primária depende da minimização da perda de massa óssea e manutenção da microarquitetura esquelética, como espessura cortical e trabéculas.[3]

Educação

Evidências de revisões sistemáticas sugerem que a educação do paciente pode ser uma maneira efetiva de aumentar o conhecimento e melhorar as atitudes em relação à osteoporose, além de melhorar comportamentos relativos à saúde óssea, como a ingestão suficiente de cálcio de laticínios e a \função física, mas não foi observado nenhum aumento em pacientes que implementaram um programa de exercícios regular.[36][37]​​

Exercício físico

O American College of Obstetrics and Gynecology recomenda exercícios aeróbicos e com carga de rotina para manter a saúde óssea e prevenir a perda óssea.[24]

Uma revisão sistemática concluiu que a atividade física desempenha um papel na prevenção da osteoporose em indivíduos com 65 anos ou mais, melhorando a densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar e, em menor grau, do quadril. Foi constatado que as atividades que envolvem múltiplos exercícios e exercícios de resistência são mais eficazes.[38]

Suplementos alimentares

A suplementação da dieta com cálcio e vitamina D é uma medida preventiva com o objetivo de prevenir a osteoporose e reduzir a incidência de fraturas.[24]​ A diretriz da US Preventive Services Task Force e evidências de ensaios clínicos randomizados e controlados relatam que não há evidências suficientes para avaliar o equilíbrio entre os benefícios e os malefícios dos suplementos de vitamina D e cálcio, isoladamente ou em combinação, para a prevenção primária de fraturas em homens assintomáticos, mulheres na pré-menopausa ou mulheres menopausadas que não moram em uma instituição asilar ou em outro ambiente de assistência institucional.[39][40]​​​ A suplementação de vitamina D mostrou ser ineficaz na redução do risco de fratura na população saudável de meia-idade ou idosa, em comparação com placebo.[41] No entanto, a Bone Health and Osteoporosis Foundation (BHOF) recomenda uma dieta que inclua quantidades adequadas de cálcio (1000 mg/dia para homens de 50 a 70 anos; 1200 mg/dia para mulheres de 51 anos ou mais e homens com 71 anos ou mais) e vitamina D (800-1000 unidades internacionais/dia para homens e mulheres com mais de 50 anos), incorporando suplementos alimentares se a ingestão alimentar for insuficiente.[42] ​ A BHOF sugere que podem ser necessárias doses mais altas em alguns adultos, como aqueles com má absorção.[42]  Há evidências que demonstram que os produtos lácteos podem aumentar a DMO em mulheres menopausadas saudáveis.[43]

Raloxifeno

O raloxifeno está associado com um aumento na DMO em mulheres menopausadas com osteopenia cujos T-scores da densidade mineral óssea estão entre -2.5 e -2.0, em comparação com placebo.[44] As decisões sobre o uso do raloxifeno como prevenção primária em mulheres individuais devem levar em conta os riscos de trombose venosa e acidente vascular cerebral (AVC) contra potenciais benefícios da redução do risco de fratura vertebral e câncer de mama positivo para receptor estrogênico.

Osteoporose induzida por glicocorticoides

A fratura óssea ocorre em 30% a 50% dos pacientes que recebem tratamento crônico com corticosteroides.[45] A osteoporose induzida por glicocorticoide é um distúrbio complexo que envolve aumento da reabsorção óssea e formação óssea defeituosa. Os bifosfonatos ácido alendrônico e risedronato demonstraram reduzir efetivamente as fraturas ósseas nesta população. [ Cochrane Clinical Answers logo ] [Evidência A]​​ Seu uso deve ser considerado para todos os pacientes em tratamento contínuo com corticosteroides por mais de 3 meses, que recebem de 2.5 a ≥7.5 mg de prednisolona por dia, e naqueles com história prévia de fratura.[46][47]

Além disso, as quantidades adequadas de cálcio e vitamina D devem ser administradas para melhorar a absorção intestinal de cálcio.[46]

Prevenção secundária

Pacientes com osteoporose, independente de história de fratura prévia, devem ser avaliados quanto aos riscos de queda antes da alta e aconselhados a fazer intervenções para reduzir os seus riscos específicos de queda.

Protetores de quadril não foram considerados úteis na prevenção de quedas em pacientes nas unidades de cuidados de longa permanência.[172]

A fisioterapia e a terapia ocupacional podem ser prescritas se houver a presença de fraqueza ou marcha deficiente.

Exercícios que promovem o equilíbrio e suportam peso são recomendados.

Manter a suplementação de cálcio e vitamina D é recomendado. NIH: calcium and vitamin D - important at every age Opens in new window

Aconselhamento e tratamento para abandono do hábito de fumar e do uso excessivo de bebidas alcoólicas são fornecidos.

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