Rastreamento
O rastreamento de bradicardia não é realizado normalmente porque o tratamento costuma ser administrado somente para pacientes sintomáticos.
Pacientes podem apresentar condições que potencialmente predisponham à bradicardia durante consultas clínicas de rotina e possam ser identificadas com facilidade com base na análise da história médica do paciente (por exemplo, hipotireoidismo, medicamentos e história de infarto do miocárdio). O tratamento não é oferecido, a não ser que os sinais vitais (hipotensão e bradicardia) sugiram que o paciente corre ou pode correr risco de tontura, síncope ou outras complicações.
O rastreamento com monitoramento por meio de ECG e Holter pode ser considerado para populações de pacientes especiais, como aquelas com distrofias musculares (por exemplo, distrofia miotônica tipo 1, síndrome de Kearns-Sayre, distrofia muscular peroneal ou distrofia muscular das cinturas escapular e pélvica), que afetam especificamente o sistema de condução do coração. Os pacientes com doenças neuromusculares associadas a distúrbios de condução, inclusive distrofia miotônica tipo 1 ou síndrome de Kearns-Sayre, que apresentam evidências de bloqueio atrioventricular (AV) de segundo grau, bloqueio AV de terceiro grau ou estudo eletrofisiológico anormal (intervalo H-V de ≥70 ms) devem ser encaminhados para a implantação de marca-passo (ou cardioversor-desfibrilador implantável [CDI] se houver disfunção sistólica concomitante) independentemente dos sintomas, se houver possibilidade de sobrevida significativa de mais de 1 ano.[11]
O rastreamento genético para pacientes com bradicardia não é recomendado rotineiramente. As mutações genéticas que afetam a condução de AV (por exemplo, SCN5A) ou função do nó sinusal (por exemplo, HCN4) representam uma pequena proporção de pacientes que apresentam bradicardia. O aconselhamento genético, seguido de um teste genético direcionado, além do monitoramento clínico rigoroso para o desenvolvimento de uma disfunção do nó sinusal ou anormalidades na condução de AV, podem ser considerados para parentes de primeiro grau assintomáticos do indivíduo com mutação genética comprovadamente associada à bradicardia (caso índice).[11][41]
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