História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores de risco incluem a participação em atividades envolvendo estresse em valgo na articulação do joelho, idade entre 20 e 35 anos (mais provável para a participação de atividades atléticas de risco elevado) e idade entre 55 e 70 anos (mais propenso a lesões no ligamento colateral medial durante quedas).
lesão no joelho por conta de carga repetitiva em valgo excessiva do ligamento colateral medial
Lesões de grau mais baixo do ligamento colateral medial ocorrem frequentemente com lesões em valgo sem contato e rotação externa (por exemplo, lesões por torção durante acidentes de esqui).
Lesões mais graves geralmente estão associadas a um impacto na parte lateral do joelho.
dor no joelho medial
A lesão do ligamento colateral medial está associada à dor no lado medial do joelho ao longo da extensão do ligamento, tanto acima como abaixo da interlinha articular.
Paradoxalmente, lesões do ligamento colateral medial de grau mais elevado geralmente estão associadas a uma dor menos intensa, talvez porque haja pouca ou nenhuma tensão no ligamento lesionado.[15]
derrame articular
Foi mostrado que a localização do derrame articular se correlaciona ao local da lesão no ligamento colateral medial superficial 64% das vezes.[15]
A ausência de derrame articular pode indicar uma ruptura grave: lesões grau III acarretam o rompimento da cápsula articular, permitindo o escape de fluido para os tecidos moles adjacentes.
A rapidez do início do edema fornece pistas para a patologia envolvida. O surgimento de derrame agudo até 2 horas depois da lesão sugere hemartrose. Edema surgindo 12 a 24 horas depois da lesão geralmente indica um derrame sinovial.[18]
Hemartrose, embora incomum, gera suspeita de lesão do ligamento cruzado anterior.
sensibilidade
Geralmente ocorre no tubérculo adutor ou na tíbia proximal. Em 76% dos casos, o local da sensibilidade corresponde ao local da lesão no ligamento colateral medial superficial.[15] A sensibilidade nas rupturas do menisco medial é limitada à interlinha articular.
frouxidão no teste de estresse em valgo
O teste de estresse de abdução (ou seja, aplicar uma carga em valgo ao joelho) com flexão de 30 graus é uma excelente ferramenta diagnóstica.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: O teste de estresse de abdução (valgo)Do acervo de Sanjeev Bhatia, MD; usado com permissão [Citation ends]. Dor e frouxidão desproporcionais implicam alongamento ou ruptura do ligamento colateral medial.
Dor e frouxidão com estresse em valgo em um joelho totalmente estendido sugerem ruptura coexistente do ligamento cruzado anterior.[18]
Outros fatores diagnósticos
comuns
equimose
Ocorre frequentemente equimose ao longo do ligamento colateral medial 1 a 3 dias após a lesão.
Incomuns
estalo audível ou sensação de rasgo no momento da lesão
Sugere lesão grau III do ligamento colateral medial ou do ligamento cruzado.
dificuldade de andar
A maioria dos pacientes consegue continuar a andar depois de uma lesão aguda. Em um estudo, foi mostrado que, mesmo em lesões grau III do ligamento colateral medial, 76% dos pacientes conseguiam andar antes da cirurgia, sem auxílio de apoio externo.[15]
sintomas de instabilidade do joelho
A maioria das lesões do ligamento colateral medial não está associada a sintomas de instabilidade ("enfraquecimento"). A rara exceção é a lesão na porção oblíqua posterior do ligamento colateral medial profundo, que pode ocasionar instabilidade anteromedial.
Se a instabilidade for um fator proeminente, é provável que ocorra lesão no ligamento cruzado anterior ou posterior.
sintomas mecânicos do joelho
Sintomas, como travamento, bloqueio, enfraquecimento e estalidos, geralmente não estão associados a lesões do ligamento colateral medial. Deve-se suspeitar de ruptura de menisco ou de lesão do ligamento cruzado concomitante.
deformidade do joelho
Pode significar subluxação ou luxação patelar.
teste de gaveta anterior positivo
O teste é realizado com o pé em rotação externa e o joelho flexionado em 90 graus.
Qualquer instabilidade anteromedial evidente durante o teste [Figure caption and citation for the preceding image starts]: O teste de gaveta anteriorDo acervo de Sanjeev Bhatia, MD; usado com permissão [Citation ends]. sugere que o ligamento colateral medial profundo possa estar lesionado, especificamente a porção oblíqua posterior.
teste de gaveta posterior positivo
O teste é realizado da mesma forma que o teste de gaveta anterior, mas com uma tração na tíbia.
Qualquer frouxidão indica lesão no ligamento cruzado posterior.
teste de Lachman positivo
O melhor teste diagnóstico para lesão do ligamento cruzado anterior (LCA).[Figure caption and citation for the preceding image starts]: O teste de LachmanDo acervo de Sanjeev Bhatia, MD; usado com permissão [Citation ends].
O joelho do paciente é colocado em flexão de 20 a 30 graus. Uma das mãos é colocada na coxa do paciente e a outra por trás da tíbia (com o polegar na tuberosidade tibial). A tíbia é puxada anteriormente.
Observou-se que a incidência de ruptura no LCA é de 20% quando não existe frouxidão em valgo no exame clínico, 53% com frouxidão em valgo com 30 graus de flexão e 78% com frouxidão em valgo na extensão total do joelho.[5]
teste do ressalto (pivot shift) positivo
Usado juntamente com o teste de Lachman para diagnóstico de lesão do ligamento cruzado anterior (LCA).
Aplica-se uma rotação interna e um estresse em valgo no joelho, enquanto ele é submetido a uma flexão de 20 a 40 graus. Em um joelho com deficiência no LCA, a tíbia sofrerá uma subluxação anterolateral na fase inicial da flexão e, em seguida, reduzirá com flexão adicional.
sensibilidade na interlinha articular
Embora não seja o sinal mais sensível ou específico para lesão no menisco,[26] a sensibilidade na interlinha articular pode indicar possível patologia do menisco.
dor crônica
Saber quando o paciente lesionou o joelho ajuda a distinguir lesões agudas do ligamento colateral medial de lesões crônicas. Uma lesão crônica do ligamento colateral medial é aquela que ocorreu há ≥3 meses.[4]
Fatores de risco
Fortes
participação em atividades que envolvem estresse em valgo na articulação do joelho
Cargas em valgo - ocorrem por meio de contato, sem contato ou por mecanismos de uso excessivo - são necessárias para distender o ligamento colateral medial. Normalmente, uma carga em valgo pode ocorrer na forma de um impacto lateral à parte inferior da coxa ou rotação externa da tíbia com relação ao fêmur. Indivíduos frequentemente submetidos a esses estresses no joelho (por exemplo, praticantes de futebol americano, rúgbi, hóquei e esqui) apresentam risco mais elevado.[5][16][17][18]
idade entre 20 e 35 anos
idade entre 55 e 70 anos
Adultos mais velhos e menos ativos são propensos a lesões do ligamento colateral medial durante quedas.[18]
Fracos
músculos fracos que cruzam a região medial do joelho
Possuir musculatura fraca na região posterior do joelho - bursa anserina principalmente, mas também a semimembranosa - pode diminuir a estabilidade dinâmica da articulação do joelho.[18] Não há fortes evidências de que isso aumente a probabilidade de lesão no ligamento colateral medial.
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