As metas principais do tratamento são controlar os sintomas e evitar as complicações. A base do tratamento é a supressão do ácido.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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A maior parte dos pacientes com DRGE precisa de farmacoterapia prolongada com supressores de ácido. Inibidores da bomba de prótons (IBPs) são os medicamentos mais eficazes nessa categoria e são a terapia de base para DRGE.[63]Wang WH, Huang JQ, Zheng GF, et al. Head-to-head comparison of H2-receptor antagonists and proton pump inhibitors in the treatment of erosive esophagitis: a meta-analysis. World J Gastroenterol. 2005 Jul 14;11(26):4067-77.
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Vários estudos destacaram riscos associados ao uso em longo prazo de IBPs; portanto, sempre devem ser realizadas tentativas para interromper ou reduzir a dose até o mínimo necessário para manter o controle sintomático.[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
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[65]Shiraev TP, Bullen A. Proton pump inhibitors and cardiovascular events: a systematic review. Heart Lung Circ. 2017 Apr;27(4):443-50.
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[Evidência C]c74b94ab-b390-4cd3-bff1-4bb81df9988cguidelineCQuais são os riscos associados ao uso em longo prazo de inibidores da bomba de prótons (IBPs), comparado ao não uso dos IBPs, nos indivíduos com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)?[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
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As medidas diagnósticas como a endoscopia ajudam a determinar o tratamento apropriado. Por outro lado, o tratamento com IBPs normalmente também é diagnóstico.
Tratamento de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) leve e típica
Pessoas com casos leves ou pouco frequentes de DRGE buscam ajuda após o autotratamento com antiácido, antagonista H2, IBP sem receita médica (se disponível) ou mudanças de estilo de vida.
Mudanças de estilo de vida
Recomendada para todos os pacientes.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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As medidas incluem: perda de peso para as pessoas com sobrepeso; abandono do hábito de fumar para fumantes de tabaco; elevação da cabeceira do leito; e evitar comer muito tarde se estiverem presentes sintomas noturnos.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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Os pacientes devem evitar comer 3 horas antes de deitar e dormir do lado direito.[5]Fass R. Gastroesophageal reflux disease. N Engl J Med. 2022 Sep 29;387(13):1207-16.
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Quatro a cinco refeições pequenas são preferíveis a duas ou três refeições grandes.[5]Fass R. Gastroesophageal reflux disease. N Engl J Med. 2022 Sep 29;387(13):1207-16.
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A eliminação de alimentos específicos (por exemplo, chocolate, cafeína, álcool, alimentos ácidos e/ou condimentados) não é necessária, a não ser que as mudanças seletivas ofereçam benefício individual.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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Um ensaio clínico randomizado e controlado constatou que a redução da ingestão de açúcares simples melhorou os desfechos de monitoramento do pH e os sintomas de DRGE.[68]Gu C, Olszewski T, King KL, et al. The effects of modifying amount and type of dietary carbohydrate on esophageal acid exposure time and esophageal reflux symptoms: a randomized controlled trial. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10):1655-67.
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Tratamento inicial com IBP
Para os pacientes que se apresentam com pirose típica, regular e nenhum sintoma de alarme, o tratamento deve ser iniciado com IBPs em dose padrão por cerca de 8 semanas em combinação com mudanças no estilo de vida.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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[37]Yadlapati R, Gyawali CP, Pandolfino JE, et al. AGA clinical practice update on the personalized approach to the evaluation and management of GERD: expert review. Clin Gastroenterol Hepatol. 2022 May;20(5):984-94.e1.
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No Reino Unido, o National Institute for Health and Care Excellence recomenda o tratamento inicial com IBP durante 4 ou 8 semanas.[36]National Institute for Health and Care Excellence. Gastro-oesophageal reflux disease and dyspepsia in adults: investigation and management. Oct 2019 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/cg184
Recomenda-se iniciar o tratamento com a menor dose eficaz de IBP.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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Após se alcançar um controle adequado dos sintomas, o IBP deve ser suspenso gradualmente até a menor dose efetiva.[37]Yadlapati R, Gyawali CP, Pandolfino JE, et al. AGA clinical practice update on the personalized approach to the evaluation and management of GERD: expert review. Clin Gastroenterol Hepatol. 2022 May;20(5):984-94.e1.
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A maioria dos pacientes precisará da terapia continuada.
Os IBPs reduzem o pH gástrico mais efetivamente quando tomados de 30-60 minutos antes das refeições.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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Resposta inadequada à terapia inicial
Se houver resposta inadequada ou ausente, o tratamento pode passar para um IBP em alta dose.[63]Wang WH, Huang JQ, Zheng GF, et al. Head-to-head comparison of H2-receptor antagonists and proton pump inhibitors in the treatment of erosive esophagitis: a meta-analysis. World J Gastroenterol. 2005 Jul 14;11(26):4067-77.
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Se não for possível usar um IBP em alta dose, alguns pacientes respondem à troca do IBP. Não é recomendada mais de uma troca de IBP.[63]Wang WH, Huang JQ, Zheng GF, et al. Head-to-head comparison of H2-receptor antagonists and proton pump inhibitors in the treatment of erosive esophagitis: a meta-analysis. World J Gastroenterol. 2005 Jul 14;11(26):4067-77.
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A endoscopia é recomendada para os pacientes que não respondem à terapia inicial.[63]Wang WH, Huang JQ, Zheng GF, et al. Head-to-head comparison of H2-receptor antagonists and proton pump inhibitors in the treatment of erosive esophagitis: a meta-analysis. World J Gastroenterol. 2005 Jul 14;11(26):4067-77.
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Se a endoscopia não mostrar esofagite erosiva ou esôfago de Barrett, outros testes diagnósticos deverão ser considerados. Os pacientes com DRGE refratária devem ser encaminhados para um gastroenterologista para testes diagnósticos.
Razões para a falta de resposta à terapia devem ser procuradas. Eles podem incluir:
DRGE/hipersensibilidade funcional (o paciente não tem DRGE por definição padrão de pH)
Não adesão ao tratamento
Refluxo não ácido
Controle de ácido inadequado ou
Síndrome de Zollinger-Ellison ou indivíduos com polimorfismos no citocromo P450 2C19 (CYP2C19), resultando em metabolismo rápido de IBPs.[70]Ichikawa H, Sugimoto M, Sugimoto K, et al. Rapid metabolizer genotype of CYP2C19 is a risk factor of being refractory to proton pump inhibitor therapy for reflux esophagitis. J Gastroenterol Hepatol. 2016 Apr;31(4):716-26.
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O uso adjuvante de um antagonista H2 na hora de dormir pode ser considerado em pessoas com sintomas noturnos ou com evidência de refluxo ´´ácido esofágico de ácido noturno à pH-metria, quando os IBPs não são totalmente eficazes.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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No entanto, pode ocorrer taquifilaxia.
Tratamento de sintomas atípicos e complicados
Os pacientes que apresentam DRGE complicada ou atípica (por exemplo, disfagia ou evidência de sangramento gastrointestinal) geralmente fazem endoscopia imediata.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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Os pacientes com sintomas há >5 anos ou que têm mais de 40 anos geralmente fazem endoscopia.
Pacientes com sintomas atípicos ou complicados são tratados com um IBP, mas não empiricamente.
Os pacientes com características extraesofágicas (por exemplo, laringite, globus (nó na garganta), erosão do esmalte dentário, halitose) com sintomas típicos de DRGE podem realizar uma tentativa inicial de 8 a 12 semanas de terapia com altas doses de IBP antes da endoscopia ou de exames adicionais.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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[6]Chen JW, Vela MF, Peterson KA, et al. AGA clinical practice update on the diagnosis and management of extraesophageal gastroesophageal reflux disease: expert review. Clin Gastroenterol Hepatol. 2023 Jun;21(6):1414-21.e3.
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A terapia empírica com IBP não é recomendada para os pacientes com características extraesofágicas isoladas.[6]Chen JW, Vela MF, Peterson KA, et al. AGA clinical practice update on the diagnosis and management of extraesophageal gastroesophageal reflux disease: expert review. Clin Gastroenterol Hepatol. 2023 Jun;21(6):1414-21.e3.
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Duração da terapia medicamentosa
Os pacientes que respondem à terapia normalmente precisarão de tratamento de manutenção em longo prazo.
A terapia de manutenção com IBP é recomendada para aqueles com:[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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A maioria dos pacientes terá recidiva sem a terapia com IBP. No entanto, sempre devem ser realizadas tentativas para interromper ou reduzir a dose até o mínimo necessário para manter o controle sintomático.[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
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[Evidência C]c74b94ab-b390-4cd3-bff1-4bb81df9988cguidelineCQuais são os riscos associados ao uso em longo prazo de inibidores da bomba de prótons (IBPs), comparado ao não uso dos IBPs, nos indivíduos com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)?[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
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Algumas pessoas com doença do refluxo não erosiva (DRNE) podem usar a terapia com IBP sob demanda ou intermitente.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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What are the benefits and harms associated with de-prescribing long-term proton pump inhibitor therapy in adults?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1754/fullMostre-me a resposta
Alguns especialistas recomendam um teste terapêutico gradual.[71]Haastrup P, Paulsen MS, Begtrup LM, et al. Strategies for discontinuation of proton pump inhibitors: a systematic review. Fam Pract. 2014 Dec;31(6):625-30.
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Cirurgia antirrefluxo
A cirurgia (por exemplo, fundoplicatura aberta, fundoplicatura laparoscópica, reforço com esfíncter magnético) é reservada principalmente para as pessoas que tiverem tido uma boa resposta aos IBPs, mas que não têm boa adesão à terapia ou não desejam fazer tratamento clínico em longo prazo (por exemplo devido a efeitos adversos). Os indivíduos que não apresentam resposta aos IBPs no pré-operatório têm menor probabilidade de responderem à cirurgia.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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Apenas uma pequena porcentagem da população de pacientes com DRGE é submetida a cirurgia antirrefluxo a cada ano.[73]Finks JF, Wei Y, Birkmeyer JD. The rise and fall of antireflux surgery in the United States. Surg Endosc. 2006 Nov;20(11):1698-701.
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Todos os pacientes devem ser envolvidos na decisão de iniciar a cirurgia antirrefluxo. As complicações pós-cirúrgicas ocorrem em até 20% dos pacientes.[75]University of Michigan Health System. Gastroesophageal reflux disease (GERD). May 2012 [internet publication].
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As diretrizes dos EUA e da Europa sugerem que a escolha do procedimento cirúrgico antirrefluxo deve ser informada por experiência cirúrgica e prática regional.[76]Slater BJ, Dirks RC, McKinley SK, et al. SAGES guidelines for the surgical treatment of gastroesophageal reflux (GERD). Surg Endosc. 2021 Sep;35(9):4903-17
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As diretrizes recomendam as seguintes avaliações pré-operatórias para estabelecer a indicação de cirurgia e auxiliar na seleção do paciente:[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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monitoramento ambulatorial do pH, se não houver evidência de esofagite erosiva
manometria, para descartar acalasia ou esôfago com características de esclerodermia.
Cirurgia antirrefluxo em comparação com terapia medicamentosa
Metanálises de ensaios clínicos randomizados e controlados indicam que, em curto prazo, os desfechos de qualidade de vida relacionados à DRGE podem ser superiores após a cirurgia do que o tratamento médico.[79]Garg SK, Gurusamy KS. Laparoscopic fundoplication surgery versus medical management for gastro-oesophageal reflux disease (GORD) in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Nov 5;(11):CD003243.
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A cirurgia laparoscópica pareceu ser mais eficaz do que os IBPs para melhorar a pirose e o refluxo a curto (<1 ano) e médio (1-5 anos) prazo; as taxas de disfagia em curto e médio prazo foram maiores entre as pessoas operadas.[79]Garg SK, Gurusamy KS. Laparoscopic fundoplication surgery versus medical management for gastro-oesophageal reflux disease (GORD) in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Nov 5;(11):CD003243.
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In adults with gastro-esophageal reflux disease, is there randomized controlled trial evidence to support the use of laparoscopic fundoplication surgery instead of medical management?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1188/fullMostre-me a resposta Os estudos incluídos nessas metanálises tiveram limitações metodológicas importantes.[79]Garg SK, Gurusamy KS. Laparoscopic fundoplication surgery versus medical management for gastro-oesophageal reflux disease (GORD) in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Nov 5;(11):CD003243.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD003243.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26544951?tool=bestpractice.com
[80]Rickenbacher N, Kötter T, Kochen MM, et al. Fundoplication versus medical management of gastroesophageal reflux disease: systematic review and meta-analysis. Surg Endosc. 2014 Jan;28(1):143-55.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24018760?tool=bestpractice.com
Cirurgia antirrefluxo laparoscópica em comparação com cirurgia por via aberta
Em uma metanálise de 12 ensaios clínicos randomizados, a cirurgia antirrefluxo laparoscópica foi associada a uma redução significativa no tempo de permanência hospitalar, de retorno à atividade normal e nas taxas de complicações, em comparação com a cirurgia antirrefluxo por via aberta.[81]Peters MJ, Mukhtar A, Yunus RM, et al. Meta-analysis of randomized clinical trials comparing open and laparoscopic anti-reflux surgery. Am J Gastroenterol. 2009 Jun;104(6):1548-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19491872?tool=bestpractice.com
O tempo de operação foi maior e a necessidade de nova cirurgia maior no grupo laparoscópico. Os achados da metanálise são limitados por dados de baixa qualidade, variação entre os ensaios e viés de publicação.
Uma metanálise subsequente relatou resultados semelhantes.[82]Qu H, Liu Y, He QS. Short- and long-term results of laparoscopic versus open anti-reflux surgery: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. J Gastrointest Surg. 2014 Jun;18(6):1077-86.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24627259?tool=bestpractice.com
Eficácia de longo prazo da cirurgia antirrefluxo
A eficácia da cirurgia em longo prazo não está clara; os benefícios devem ser avaliados em relação aos riscos de mortalidade e de outros efeitos adversos.[79]Garg SK, Gurusamy KS. Laparoscopic fundoplication surgery versus medical management for gastro-oesophageal reflux disease (GORD) in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Nov 5;(11):CD003243.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26544951?tool=bestpractice.com
[83]Du X, Hu Z, Yan C, et al. A meta-analysis of long follow-up outcomes of laparoscopic Nissen (total) versus Toupet (270°) fundoplication for gastro-esophageal reflux disease based on randomized controlled trials in adults. BMC Gastroenterol. 2016 Aug 2;16(1):88.
https://bmcgastroenterol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12876-016-0502-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27484006?tool=bestpractice.com
[
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In adults with gastro-esophageal reflux disease, is there randomized controlled trial evidence to support the use of laparoscopic fundoplication surgery instead of medical management?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1188/fullMostre-me a resposta[Evidência C]376b5edb-1f07-4511-a694-ebae6e756115ccaCEm adultos com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), há evidências de ensaios clínicos randomizados e controlados para dar suporte ao uso de cirurgia de fundoplicatura laparoscópica em vez de tratamento clínico?
Em um grande estudo de coorte retrospectivo, no qual 2,655 indivíduos foram acompanhados por uma mediana de 5.6 anos após uma cirurgia laparoscópica antirrefluxo, a recorrência do refluxo (definida como necessidade de supressores de ácido por >6 meses ou repetição da cirurgia antirrefluxo) foi relatada em 17.7% dos indivíduos.[84]Maret-Ouda J, Wahlin K, El-Serag HB, et al. Association between laparoscopic antireflux surgery and recurrence of gastroesophageal reflux. JAMA. 2017 Sep 12;318(10):939-46.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28898377?tool=bestpractice.com
Os fatores de risco para recorrência de refluxo incluem: sexo feminino, idade avançada e presença de comorbidades.[84]Maret-Ouda J, Wahlin K, El-Serag HB, et al. Association between laparoscopic antireflux surgery and recurrence of gastroesophageal reflux. JAMA. 2017 Sep 12;318(10):939-46.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28898377?tool=bestpractice.com
A metanálise de rede de mais de 50 ensaios clínicos randomizados e controlados indica que a fundoplicatura parcial posterior pode ser a abordagem cirúrgica preferencial para o tratamento da DRGE em adultos.[85]Amer MA, Smith MD, Khoo CH, et al. Network meta-analysis of surgical management of gastro-oesophageal reflux disease in adults. Br J Surg. 2018 Oct;105(11):1398-407.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30004114?tool=bestpractice.com
Os achados foram consistentes em todos os pontos de tempo de acompanhamento (incluindo médio [1-5 anos] e longo prazos [≥10 anos]).[85]Amer MA, Smith MD, Khoo CH, et al. Network meta-analysis of surgical management of gastro-oesophageal reflux disease in adults. Br J Surg. 2018 Oct;105(11):1398-407.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30004114?tool=bestpractice.com
Obesidade e cirurgia antirrefluxo
A obesidade está associada a um aumento do risco de recorrência dos sintomas de DRGE em pacientes submetidos à cirurgia laparoscópica antirrefluxo.[86]Bashir Y, Chonchubhair HN, Duggan SN, et al. Systematic review and meta-analysis on the effect of obesity on recurrence after laparoscopic anti-reflux surgery. Surgeon. 2019 Apr;17(2):107-18.
https://www.doi.org/10.1016/j.surge.2018.05.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29887315?tool=bestpractice.com
[87]Abdelrahman T, Latif A, Chan DS, et al. Outcomes after laparoscopic anti-reflux surgery related to obesity: A systematic review and meta-analysis. Int J Surg. 2018 Mar;51:76-82.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29367036?tool=bestpractice.com
Os tempos de operação médios são maiores para pacientes obesos.[86]Bashir Y, Chonchubhair HN, Duggan SN, et al. Systematic review and meta-analysis on the effect of obesity on recurrence after laparoscopic anti-reflux surgery. Surgeon. 2019 Apr;17(2):107-18.
https://www.doi.org/10.1016/j.surge.2018.05.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29887315?tool=bestpractice.com
[88]Tandon A, Rao R, Hotouras A, et al. Safety and effectiveness of antireflux surgery in obese patients. Ann R Coll Surg Engl. 2017 Sep;99(7):515-23.
https://www.doi.org/10.1308/rcsann.2017.0144
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28853597?tool=bestpractice.com
Pacientes obesos que consideram a cirurgia antirrefluxo podem ser candidatos à cirurgia bariátrica.[1]Katz PO, Dunbar KB, Schnoll-Sussman FH, et al. ACG clinical guideline for the diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease. Am J Gastroenterol. 2022 Jan 1;117(1):27-56.
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Terapia endoscópica
A terapia endoscópica antirrefluxo pode ser considerada em pacientes selecionados com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) não complicada após discussão cuidadosa com o paciente quanto a possíveis efeitos adversos, benefícios e outras opções terapêuticas disponíveis.[38]Muthusamy VR, Lightdale JR, Acosta RD, et al; ASGE Standards of Practice Committee. The role of endoscopy in the management of GERD. Gastrointest Endosc. 2015;81(6):1305-10.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25863867?tool=bestpractice.com
A fundoplicatura transoral sem incisão (TIF) é um procedimento totalmente endoscópico para reconstruir a válvula gastroesofágica e ajudar a restaurar uma barreira anatômica ao refluxo. Em uma revisão sistemática e metanálise em rede, a probabilidade de aumento da qualidade de vida em curto prazo foi maior após a TIF do que após a fundoplicatura laparoscópica de Nissen (LNF).[89]Richter JE, Kumar A, Lipka S, et al. Efficacy of Laparoscopic Nissen Fundoplication vs Transoral Incisionless Fundoplication or Proton Pump Inhibitors in Patients With Gastroesophageal Reflux Disease: A Systematic Review and Network Meta-analysis. Gastroenterology. 2018 Apr;154(5):1298-1308.e7.
https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2017.12.021
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29305934?tool=bestpractice.com
No entanto, descobriu-se que a LNF tem a maior capacidade de melhorar os parâmetros fisiológicos da DRGE. A eficácia de longo prazo da TIF ainda precisa ser determinada.[90]Stefanidis G, Viazis N, Kotsikoros N, et al. Long-term benefit of transoral incisionless fundoplication using the esophyx device for the management of gastroesophageal reflux disease responsive to medical therapy. Dis Esophagus. 2017 Feb 1;30(3):1-8.
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[91]McCarty TR, Itidiare M, Njei B, et al. Efficacy of transoral incisionless fundoplication for refractory gastroesophageal reflux disease: a systematic review and meta-analysis. Endoscopy. 2018 Jul;50(7):708-25.
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Os candidatos ao TIF devem ser cuidadosamente selecionados. Em geral, uma hérnia de hiato >2 cm é considerada uma contraindicação, a menos que a TIF seja realizada simultaneamente com a correção de hérnia laparoscópica.
Os novos tratamentos endoscópicos incluem a mucosectomia antirrefluxo e a ablação de mucosa antirrefluxo.[92]Garg R, Mohammed A, Singh A, et al. Anti-reflux mucosectomy for refractory gastroesophageal reflux disease: a systematic review and meta-analysis. Endosc Int Open. 2022 Jun;10(6):E854-64.
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[93]Inoue H, Tanabe M, de Santiago ER, et al. Anti-reflux mucosal ablation (ARMA) as a new treatment for gastroesophageal reflux refractory to proton pump inhibitors: a pilot study. Endosc Int Open. 2020 Feb;8(2):E133-8.
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[94]Chou CK, Chen CC, Chen CC, et al. Positive and negative impact of anti-reflux mucosal intervention on gastroesophageal reflux disease. Surg Endosc. 2023 Feb;37(2):1060-9.
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[95]Sumi K, Inoue H, Ando R, et al. Long-term efficacy of antireflux mucosectomy in patients with refractory gastroesophageal reflux disease. Dig Endosc. 2024 Mar;36(3):305-13.
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Cirurgia bariátrica
Os pacientes com DRGE que são obesos podem se beneficiar de um procedimento bariátrico em vez de um procedimento antirrefluxo.[77]Fuchs KH, Babic B, Breithaupt W, et al. EAES recommendations for the management of gastroesophageal reflux disease. Surg Endosc. 2014;28:1753-73.
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Ainda não se estabeleceram indicações quanto ao IMC e o melhor procedimento a ser usado; o bypass gástrico em Y de Roux parece resultar em melhor controle dos sintomas de refluxo (até 70%) em comparação com procedimentos cirúrgicos bariátricos.[96]Madalosso CA, Gurski RR, Callegari-Jacques SM, et al. The impact of gastric bypass on gastroesophageal reflux disease in patients with morbid obesity: a prospective study based on the Montreal Consensus. Ann Surg. 2010 Feb;251(2):244-8.
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[97]Gu L, Chen B, Du N, et al. Relationship Between Bariatric Surgery and Gastroesophageal Reflux Disease: a Systematic Review and Meta-analysis. Obes Surg. 2019 Dec;29(12):4105-13.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31630324?tool=bestpractice.com
Alguns dados sugerem que a gastrectomia vertical pode agravar ou resultar em DRGE de novo.[98]Ali M, El Chaar M, Ghiassi S, et al. American Society for Metabolic and Bariatric Surgery updated position statement on sleeve gastrectomy as a bariatric procedure. Surg Obes Relat Dis. 2017 Oct;13(10):1652-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29054173?tool=bestpractice.com
Manejo da DRGE na gestação
Mudanças alimentares e no estilo de vida
A modificação da dieta e do estilo de vida é essencial para o tratamento dos sintomas de DRGE na gestação.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36194028?tool=bestpractice.com
[99]Ali RAR, Hassan J, Egan LJ. Review of recent evidence on the management of heartburn in pregnant and breastfeeding women. BMC Gastroenterol. 2022 May 4;22(1):219.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066781
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35508989?tool=bestpractice.com
Os sintomas leves de DRGE geralmente podem ser tratados apenas com mudanças na dieta e no estilo de vida. Recomendam-se refeições menores e mais frequentes. Deve-se evitar fazer refeições noturnas e deitar menos de 3 horas após as refeições. O consumo de carnes, bebidas gaseificadas, alimentos gordurosos e alimentos condimentados deve ser minimizado ou evitado para prevenir o refluxo.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36194028?tool=bestpractice.com
[99]Ali RAR, Hassan J, Egan LJ. Review of recent evidence on the management of heartburn in pregnant and breastfeeding women. BMC Gastroenterol. 2022 May 4;22(1):219.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066781
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35508989?tool=bestpractice.com
Opções de tratamento
Há opções de tratamento seguras e bem estabelecidas para as pacientes nas quais a DRGE não puder ser tratada apenas com mudanças de estilo de vida e na dieta.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36194028?tool=bestpractice.com
As opções de tratamento incluem antiácidos, alginatos, sucralfato, antagonistas H2 e IBPs.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36194028?tool=bestpractice.com
Como algumas mulheres podem continuar apresentando sintomas no período pós-parto, a excreção de medicamentos no leite materno e os possíveis efeitos sobre o lactente devem ser considerados.[99]Ali RAR, Hassan J, Egan LJ. Review of recent evidence on the management of heartburn in pregnant and breastfeeding women. BMC Gastroenterol. 2022 May 4;22(1):219.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066781
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35508989?tool=bestpractice.com
Antiácidos, alginatos e sucralfato são as opções de primeira linha preferidas. Os antiácidos que contêm bicarbonato de sódio podem causar alcalose metabólica materna ou fetal e sobrecarga hídrica, e devem ser evitados.[13]Richter JE. Review article: the management of heartburn in pregnancy. Aliment Pharmacol Ther. 2005 Nov 1;22(9):749-57.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2005.02654.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16225482?tool=bestpractice.com
Os antiácidos que contêm magnésio e cálcio podem ser usados com segurança em mães lactantes, pois os sais de magnésio e cálcio são pouco absorvidos oralmente; como resultado, seus níveis no sangue são insignificantes, e apenas traços são encontrados no leite, o que faz com que sejam uma alternativa segura.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36194028?tool=bestpractice.com
Os antiácidos devem ser evitados até 2 horas após a suplementação de ferro e ácido fólico, pois é necessário ácido gástrico para a absorção desses suplementos.[13]Richter JE. Review article: the management of heartburn in pregnancy. Aliment Pharmacol Ther. 2005 Nov 1;22(9):749-57.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2005.02654.x
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[99]Ali RAR, Hassan J, Egan LJ. Review of recent evidence on the management of heartburn in pregnant and breastfeeding women. BMC Gastroenterol. 2022 May 4;22(1):219.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066781
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35508989?tool=bestpractice.com
Está comprovado que a combinação de alginato e antiácido reduz o refluxo gastroesofágico pós-prandial.[99]Ali RAR, Hassan J, Egan LJ. Review of recent evidence on the management of heartburn in pregnant and breastfeeding women. BMC Gastroenterol. 2022 May 4;22(1):219.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066781
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[100]Rohof WO, Bennink RJ, Smout AJ, et al. An alginate-antacid formulation localizes to the acid pocket to reduce acid reflux in patients with gastroesophageal reflux disease. Clin Gastroenterol Hepatol. 2013 Dec;11(12):1585-e90.
https://www.cghjournal.org/article/S1542-3565(13)00621-6/fulltext
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[101]Hampson FC, Jolliffe IG, Bakhtyari A, et al. Alginate-antacid combinations: raft formation and gastric retention studies. Drug Dev Ind Pharm. 2010 May;36(5):614-23.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19925256?tool=bestpractice.com
Devido à absorção materna limitada, os alginatos geralmente são considerados seguros durante a lactação.[99]Ali RAR, Hassan J, Egan LJ. Review of recent evidence on the management of heartburn in pregnant and breastfeeding women. BMC Gastroenterol. 2022 May 4;22(1):219.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066781
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35508989?tool=bestpractice.com
Sucralfato é usado para tratar úlceras gástricas e oferece proteção à mucosa por meio de um efeito local.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
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Foi comprovado que o sucralfato é efetivo para reduzir os sintomas de pirose e regurgitação. Com base em estudos com animais e seres humanos, ele é considerado uma opção de primeira linha segura para tratar a DRGE durante a gestação.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36194028?tool=bestpractice.com
[13]Richter JE. Review article: the management of heartburn in pregnancy. Aliment Pharmacol Ther. 2005 Nov 1;22(9):749-57.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2005.02654.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16225482?tool=bestpractice.com
Se os sintomas persistirem, os antagonistas H2 são recomendados. A famotidina é o antagonista H2 preferido durante a amamentação, pois foi relatada uma excreção menor no leite. A cimetidina tem a maior excreção no leite, mas não foi relatado nenhum efeito adverso em lactentes.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
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A nizatidina não é recomendada.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
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[102]Thélin CS, Richter JE. Review article: the management of heartburn during pregnancy and lactation. Aliment Pharmacol Ther. 2020 Feb;51(4):421-34.
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Os IBPs são considerados seguros durante a gestação, com base em evidências da vida real.[12]Dunbar K, Yadlapati R, Konda V. Heartburn, nausea, and vomiting during pregnancy. Am J Gastroenterol. 2022 Oct 1;117(10s):10-15.
https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2022/10001/Heartburn,_Nausea,_and_Vomiting_During_Pregnancy.3.aspx
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No entanto, vários estudos ressaltaram os riscos associados com o uso de IBPs em longo prazo.[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
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[65]Shiraev TP, Bullen A. Proton pump inhibitors and cardiovascular events: a systematic review. Heart Lung Circ. 2017 Apr;27(4):443-50.
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[103]Farrell B, Lass E, Moayyedi P, et al. Reduce unnecessary use of proton pump inhibitors. BMJ. 2022 Oct 24;379:e069211.
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[Evidência C]c74b94ab-b390-4cd3-bff1-4bb81df9988cguidelineCQuais são os riscos associados ao uso em longo prazo de inibidores da bomba de prótons (IBPs), comparado ao não uso dos IBPs, nos indivíduos com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)?[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28257716?tool=bestpractice.com
Assim, o uso de IBPs deve restringir-se a mulheres com sintomas não tratáveis ou com doença do refluxo complicada.[13]Richter JE. Review article: the management of heartburn in pregnancy. Aliment Pharmacol Ther. 2005 Nov 1;22(9):749-57.
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[102]Thélin CS, Richter JE. Review article: the management of heartburn during pregnancy and lactation. Aliment Pharmacol Ther. 2020 Feb;51(4):421-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31950535?tool=bestpractice.com
O omeprazol deve ser evitado na gestação e na lactação.[99]Ali RAR, Hassan J, Egan LJ. Review of recent evidence on the management of heartburn in pregnant and breastfeeding women. BMC Gastroenterol. 2022 May 4;22(1):219.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9066781
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35508989?tool=bestpractice.com
Exames adicionais (endoscopia digestiva alta, manometria esofágica e teste de refluxo) podem ser necessários em caso de sintomas persistentes de DRGE.
Riscos potenciais da terapia de longo prazo com inibidor da bomba de prótons (IBP)
Vários estudos destacaram riscos associados ao uso em longo prazo de IBPs; portanto, sempre devem ser realizadas tentativas para interromper ou reduzir a dose até o mínimo necessário para manter o controle sintomático.[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28257716?tool=bestpractice.com
[65]Shiraev TP, Bullen A. Proton pump inhibitors and cardiovascular events: a systematic review. Heart Lung Circ. 2017 Apr;27(4):443-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29233498?tool=bestpractice.com
[103]Farrell B, Lass E, Moayyedi P, et al. Reduce unnecessary use of proton pump inhibitors. BMJ. 2022 Oct 24;379:e069211.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36280250?tool=bestpractice.com
[Evidência C]c74b94ab-b390-4cd3-bff1-4bb81df9988cguidelineCQuais são os riscos associados ao uso em longo prazo de inibidores da bomba de prótons (IBPs), comparado ao não uso dos IBPs, nos indivíduos com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)?[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28257716?tool=bestpractice.com
Um estudo observacional que usou um banco de dados de atenção primária holandês (n=148,926) constatou que a continuação do tratamento com IBPs de maneira inadequada ocorreu em 32% dos pacientes após uma terapia de ciclo curto para dispepsia e em 11% dos pacientes após a profilaxia para úlcera.[104]Koggel LM, Lantinga MA, Büchner FL, et al. Predictors for inappropriate proton pump inhibitor use: observational study in primary care. Br J Gen Pract. 2022 Dec;72(725):e899-906.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9512410
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36127156?tool=bestpractice.com
As sequelas clínicas teóricas da inibição de ácido crônica não são consideradas uma barreira para a terapia em longo prazo.[3]Kahrilas PJ, Shaheen NJ, Vaezi MF, et al. American Gastroenterological Association medical position statement on the management of gastroesophageal reflux disease. Gastroenterology. 2008;135:1383-91.
http://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085%2808%2901606-5/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18789939?tool=bestpractice.com
[64]Freedberg DE, Kim LS, Yang YX. The risks and benefits of long-term use of proton pump inhibitors: expert review and best practice advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28257716?tool=bestpractice.com
[105]Targownik LE, Fisher DA, Saini SD. AGA clinical practice update on de-prescribing of proton pump inhibitors: expert review. Gastroenterology. 2022 Apr;162(4):1334-42.
https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(21)04083-X/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35183361?tool=bestpractice.com
Não existe nenhuma função definida para o rastreamento de possíveis efeitos adversos ou para evitar a supressão de ácido por causa de possíveis efeitos adversos.[3]Kahrilas PJ, Shaheen NJ, Vaezi MF, et al. American Gastroenterological Association medical position statement on the management of gastroesophageal reflux disease. Gastroenterology. 2008;135:1383-91.
http://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085%2808%2901606-5/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18789939?tool=bestpractice.com
[106]Chen J, Yuan YC, Leontiadis GI, et al. Recent safety concerns with proton pump inhibitors. J Clin Gastroenterol. 2012 Feb;46(2):93-114.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22227731?tool=bestpractice.com
Os IBPs devem ser prescritos apenas para as indicações apropriadas e devem ser limitados à duração terapêutica da terapia garantida. Com base nos dados atuais, os benefícios gerais do tratamento com IBPs superam os riscos potenciais na maioria dos pacientes.
A American Gastroenterology Association recomenda:[105]Targownik LE, Fisher DA, Saini SD. AGA clinical practice update on de-prescribing of proton pump inhibitors: expert review. Gastroenterology. 2022 Apr;162(4):1334-42.
https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(21)04083-X/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35183361?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes em uso de um IBP devem passar por uma revisão regular das indicações de uso vigentes, e aqueles sem uma indicação definitiva para uso crônico de IBP devem ser considerados para uma tentativa de suspensão da prescrição.
A suspensão da prescrição do IBP não deve ser considerada nos pacientes com doença do refluxo gastroesofágico complicada (por exemplo, história de esofagite erosiva grave, úlcera esofágica ou estenose péptica), esôfago de Barrett conhecido, esofagite eosinofílica, fibrose pulmonar idiopática ou nos pacientes de alto risco para hemorragia digestiva alta. Ao se suspender a prescrição, pode-se considerar a redução gradual da dose ou a descontinuação abrupta.
Os pacientes com indicação de administração de IBP duas vezes ao dia devem ser considerados para redução para a dosagem de uma vez ao dia.
Os pacientes que descontinuarem a terapia de longo prazo com IBP devem ser avisados de que podem desenvolver sintomas transitórios do trato gastrointestinal superior devido a uma hipersecreção ácida de rebote. Os pacientes devem ser avaliados quanto ao risco de hemorragia digestiva alta usando-se uma estratégia baseada em evidências antes da suspensão da prescrição.
Uma abordagem holística para o manejo dos sintomas em nível individual tem sido sugerida. A prescrição e a suspensão da prescrição de IBP pode ser apoiada pelo aconselhamento, programas educacionais e alívio dos sintomas, enquanto o paciente retorna ao autocuidado.[107]Savarino E, Anastasiou F, Labenz J, et al. Holistic management of symptomatic reflux: rising to the challenge of proton pump inhibitor overuse. Br J Gen Pract. 2022 Nov;72(724):541-4.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9591095
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36302677?tool=bestpractice.com
Análises retrospectivas sugerem uma associação entre o uso de IBP e osteoporose, fratura óssea, pneumonia, demência, hipomagnesemia, diarreia associada a Clostridium difficile, doença renal crônica e AVC.[108]Xie Y, Bowe B, Yan Y, et al. Estimates of all cause mortality and cause specific mortality associated with proton pump inhibitors among US veterans: cohort study. BMJ. 2019 May 29;365:l1580.
www.doi.org/10.1136/bmj.l1580
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[109]Poly TN, Islam MM, Yang HC, et al. Proton pump inhibitors and risk of hip fracture: a meta-analysis of observational studies. Osteoporos Int. 2019 Jan;30(1):103-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30539272?tool=bestpractice.com
[110]Chrysant SG. Proton pump inhibitor-induced hypomagnesemia complicated with serious cardiac arrhythmias. Expert Rev Cardiovasc Ther. 2019 May;17(5):345-51.
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[111]Sheen E, Triadafilopoulos G. Adverse effects of long-term proton pump inhibitor therapy. Dig Dis Sci. 2011 Apr;56(4):931-50.
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[112]Heidelbaugh JJ, Kim AH, Chang R, et al. Overutilization of proton-pump inhibitors: what the clinician needs to know. Therap Adv Gastroenterol. 2012 Jul;5(4):219-32.
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[113]Wilhelm SM, Rjater RG, Kale-Pradhan PB. Perils and pitfalls of long-term effects of proton pump inhibitors. Expert Rev Clin Pharmacol. 2013 Jul;6(4):443-51.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23927671?tool=bestpractice.com
Esses estudos são incapazes de estabelecer uma relação causal.
Os resultados de um grande estudo de coorte de base populacional sugerem que os IBPs estão associados a um aumento de 45% no risco de câncer gástrico, em comparação com os antagonistas H2, e o risco foi proporcional à duração cumulativa da terapia e à dosagem.[114]Abrahami D, McDonald EG, Schnitzer ME, et al. Proton pump inhibitors and risk of gastric cancer: population-based cohort study. Gut. 2022 Jan;71(1):16-24.
https://gut.bmj.com/content/71/1/16.long
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Achados do estudo prospectivo
Em um grande ensaio clínico randomizado e prospectivo para avaliar as preocupações com a segurança do IBP em longo prazo em pacientes com doença cardiovascular estável (n = 17,958), nenhuma diferença significativa nos efeitos adversos foi relatada entre o pantoprazol e o placebo a 3 anos, além de uma possível aumento de infecções entéricas não relacionadas a Clostridium difficile.[115]Moayyedi P, Eikelboom JW, Bosch J, et al. Safety of proton pump inhibitors based on a large, multi-year, randomized trial of patients receiving rivaroxaban or aspirin. Gastroenterology. 2019 Sep;157(3):682-91.e2.
https://www.doi.org/10.1053/j.gastro.2019.05.056
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31152740?tool=bestpractice.com
Os dados deste estudo randomizado sugerem que as associações relatadas em estudos observacionais podem estar relacionadas a confusão ou vieses residuais. Ensaios clínicos randomizados e controlados menores de pacientes com DRGE indicam que o tratamento de longo prazo com um IBP é seguro e eficaz.[116]Kinoshita Y, Kato M, Fujishiro M, et al. Efficacy and safety of twice-daily rabeprazole maintenance therapy for patients with reflux esophagitis refractory to standard once-daily proton pump inhibitor: the Japan-based EXTEND study. J Gastroenterol. 2018 Jul;53(7):834-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29188387?tool=bestpractice.com
[117]Lundell L, Attwood S, Ell C, et al. Comparing laparoscopic antireflux surgery with esomeprazole in the management of patients with chronic gastro-oesophageal reflux disease: a 3-year interim analysis of the LOTUS trial. Gut. 2008 Sep;57(9):1207-13.
https://www.doi.org/10.1136/gut.2008.148833
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18469091?tool=bestpractice.com
[118]Caos A, Breiter J, Perdomo C, et al. Long-term prevention of erosive or ulcerative gastro-oesophageal reflux disease relapse with rabeprazole 10 or 20 mg vs. placebo: results of a 5-year study in the United States. Aliment Pharmacol Ther. 2005 Aug 1;22(3):193-202.
https://www.doi.org/10.1111/j.1365-2036.2005.02555.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16091056?tool=bestpractice.com
[119]Galmiche JP, Hatlebakk J, Attwood S, et al. Laparoscopic antireflux surgery vs esomeprazole treatment for chronic GERD: the LOTUS randomized clinical trial. JAMA. 2011 May 18;305(19):1969-77.
https://www.doi.org/10.1001/jama.2011.626
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21586712?tool=bestpractice.com
Estudos de coorte prospectivos (n=204,689) relataram um aumento do risco de diabetes do tipo 2 em indivíduos que usaram IBPs por >2 anos, em comparação com indivíduos que não os usaram (razão de riscos 1.26, intervalo de confiança [IC] de 95% 1.18 a 1.35).[120]Yuan J, He Q, Nguyen LH, et al. Regular use of proton pump inhibitors and risk of type 2 diabetes: results from three prospective cohort studies. Gut. 2021 Jun;70(6):1070-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32989021?tool=bestpractice.com
Um estudo tipo caso-controle aninhado de base populacional (n=777,420) constatou que o uso de IBPs de maneira regular por períodos mais longos foi associado a um risco mais alto de diabetes.[121]Ciardullo S, Rea F, Savaré L, et al. Prolonged Use of Proton Pump Inhibitors and Risk of Type 2 Diabetes: Results From a Large Population-Based Nested Case-Control Study. J Clin Endocrinol Metab. 2022 Jun 16;107(7):e2671-e2679.
https://www.doi.org/10.1210/clinem/dgac231
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35428888?tool=bestpractice.com
De acordo com o estudo, os pacientes que usaram IBPs por períodos entre 8 semanas e 6 meses, 6 meses e 2 anos e >2 anos tiveram chances 19% (IC de 95%, 15% a 24%), 43% (IC de 95%, 38% a 49%) e 56% (IC de 95%, 49% a 64%) maiores de diabetes, respectivamente, em comparação com aqueles que usaram IBPs por <8 semanas.