Transtorno depressivo persistente
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
monoterapia com antidepressivos
A farmacoterapia é a terapia de primeira linha. As metanálises sugerem que a farmacoterapia antidepressiva pode ser mais eficaz que a psicoterapia para o tratamento de pacientes com transtorno depressivo persistente.[42]Cuijpers P, Sijbrandij M, Koole SL, et al. The efficacy of psychotherapy and pharmacotherapy in treating depressive and anxiety disorders: a meta-analysis of direct comparisons. World Psychiatry. 2013 Jun;12(2):137-48. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3683266 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23737423?tool=bestpractice.com [89]Cuijpers P, van Straten A, Schuurmans J, et al. Psychotherapy for chronic major depression and dysthymia: a meta-analysis. Clin Psychol Rev. 2010 Feb;30(1):51-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19781837?tool=bestpractice.com [90]Cuijpers P, Dekker J, Hollon SD, et al. Adding psychotherapy to pharmacotherapy in the treatment of depressive disorders in adults: a meta-analysis. J Clin Psychiatry. 2009 Sep;70(9):1219-29. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19818243?tool=bestpractice.com [91]Cuijpers P, van Sraten A, van Oppen P, et al. Are psychological and pharmacologic interventions equally effective in the treatment of adult depressive disorders? A meta-analysis of comparative studies. J Clin Psychiatry. 2008 Nov;69(11):1675-85 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18945396?tool=bestpractice.com A farmacoterapia não se mostrou mais eficaz que o placebo em indivíduos com doenças físicas que agravem o estado depressivo.[92]Rayner L, Price A, Evans A, et al. Antidepressants for depression in physically ill people. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(3):CD007503. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007503.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20238354?tool=bestpractice.com
A escolha do antidepressivo é a mesma para as formas mais agudas de depressão; o médico pode ser mais bem orientado pelas características do paciente, iniciando com os ISRSs, geralmente mais seguros, sempre que possível. Não há evidências suficientes para recomendar um antidepressivo de segunda geração em vez de outro.[93]Gartlehner G, Gaynes BN, Hansen RA, et al. Comparative benefits and harms of second-generation antidepressants: background paper for the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2008 Nov 18;149(10):734-50. http://www.annals.org/content/149/10/734.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19017592?tool=bestpractice.com [94]Bauer M, Severus E, Köhler S, et al; World Federation of Societies of Biological Psychiatry Task Force on Unipolar Depressive Disorders. World Federation of Societies of Biological Psychiatry (WFSBP) guidelines for biological treatment of unipolar depressive disorders, part 2: maintenance treatment of major depressive disorder - update 2015. World J Biol Psychiatry. 2015 Feb;16(2):76-95. http://www.wfsbp.org/fileadmin/user_upload/Treatment_Guidelines/Bauer_et_al_2015.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25677972?tool=bestpractice.com As doses normais para adultos podem ser usadas para o tratamento de pacientes com transtorno depressivo persistente, com incrementos graduais de dose até os níveis de dose mais altos tolerados.[94]Bauer M, Severus E, Köhler S, et al; World Federation of Societies of Biological Psychiatry Task Force on Unipolar Depressive Disorders. World Federation of Societies of Biological Psychiatry (WFSBP) guidelines for biological treatment of unipolar depressive disorders, part 2: maintenance treatment of major depressive disorder - update 2015. World J Biol Psychiatry. 2015 Feb;16(2):76-95. http://www.wfsbp.org/fileadmin/user_upload/Treatment_Guidelines/Bauer_et_al_2015.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25677972?tool=bestpractice.com
Em geral, um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) é iniciado e, se o primeiro medicamento não for tolerado nem eficaz, talvez seja melhor passar para um antidepressivo de outra classe, como bupropiona (liberação sustentada ou prolongada)[68]Hellerstein DJ, Batchelder S, Kreditor D, et al. Bupropion sustained-release for the treatment of dysthymic disorder: an open-label study. J Clin Psychopharmacol. 2001 Jun;21(3):325-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11386496?tool=bestpractice.com ou um inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN). As opções subsequentes incluem a farmacoterapia combinada. O tratamento medicamentoso combinado deve ser feito com atenção a possíveis interações medicamentosas (por exemplo, risco de síndrome serotoninérgica com ISRS associado a IMAO).
A chave para o tratamento é administrar doses adequadas para tratar os sintomas de TDP, por períodos relativamente longos (em comparação com o tratamento de formas agudas de depressão).
Há dados limitados sobre o tratamento de crianças, mas os adolescentes deprimidos devem ser examinados periodicamente e avaliados para risco de suicídio e devem receber encaminhamento para o tratamento adequado com base em evidências, se disponível.[38]Zuckerbrot RA, Cheung A, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part I. Practice preparation, identification, assessment, and initial management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4081
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483200?tool=bestpractice.com
[54]Cheung AH, Zuckerbrot RA, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part II. Treatment and ongoing management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4082
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483201?tool=bestpractice.com
As advertências comuns sobre antidepressivos e o aumento do pensamento suicida em pacientes jovens devem ser acompanhados.[82]Bridge JA, Iyengar S, Salary CB, et al. Clinical response and risk for reported suicidal ideation and suicide attempts in pediatric antidepressant treatment: a meta-analysis of randomized controlled trials. JAMA. 2007 Apr 18;297(15):1683-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17440145?tool=bestpractice.com
[83]Hammad TA, Laughren T, Racoosin J. Suicidality in pediatric patients treated with antidepressant drugs. Arch Gen Psychiatry. 2006 Mar;63(3):332-9.
http://archpsyc.ama-assn.org/cgi/content/full/63/3/332
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16520440?tool=bestpractice.com
Uma revisão sobre a continuidade do tratamento com antidepressivos em crianças e adolescentes com depressão maior ou distimia mostrou taxas mais baixas de recidiva com tratamento medicamentoso ativo em comparação ao placebo, embora o número e a qualidade dos estudos sejam limitados.[98]Cox GR, Fisher CA, De Silva S, et al. Interventions for preventing relapse and recurrence of a depressive disorder in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(11):CD007504.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007504.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23152246?tool=bestpractice.com
Os pacientes jovens devem ser monitorados rigorosamente quanto a mudanças de comportamento e/ou ao surgimento do pensamento suicida. Os membros da família devem saber que tais mudanças podem ocorrer durante o tratamento e devem entrar em contato com o médico se necessário. A fluoxetina é aprovada em alguns países para uso em crianças com depressão (para crianças com mais de 8 anos).
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What are the effects of newer generation antidepressants in children and adolescents with depressive disorders?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.448/fullMostre-me a resposta
Consulte Depressão em crianças.
Em pacientes gestantes, os médicos devem discutir cuidadosamente os riscos de continuar com o tratamento antidepressivo durante a gestação, em comparação com o risco de interromper ou evitar antidepressivos e expor o feto aos efeitos deletérios da depressão.
Consulte Depressão em adultos.
Opções primárias
sertralina: adultos: 50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia
ou
citalopram: adultos: 20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia
ou
fluoxetina: crianças com 8-17 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia; adultos: 20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia
ou
escitalopram: crianças ≥12 anos de idade e adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia; doses mais altas têm sido usadas para essa indicação, consulte um especialista para obter orientação
ou
bupropiona: adultos: 150 mg por via oral (liberação sustentada ou prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 400 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas
ou
duloxetina: adultos: 30 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 120 mg/dia
ou
venlafaxina: adultos: 37.5 mg/dia por via oral (liberação sustentada) uma vez ao dia, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 375 mg/dia
ou
desvenlafaxina: adultos: 50 mg por via oral uma vez ao dia, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 100 mg/dia
ou
vortioxetina: adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia
ou
vilazodona: adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia
ou
levomilnaciprana: adultos: 20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 120 mg/dia
Opções secundárias
imipramina: adultos: 25-75 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia
ou
mirtazapina: adultos: 15 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia
ou
paroxetina: adultos: 10 mg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia; 12.5 mg por via oral (liberação controlada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 75 mg/dia
tratamento das comorbidades clínicas associadas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A maioria dos pacientes com transtorno depressivo persistente apresenta comorbidades psiquiátricas, como transtornos de ansiedade e uso indevido de substâncias. Se o paciente apresentar abuso de álcool significativo, os antidepressivos que ISRSs (inibidores seletivos de recaptação de serotonina), como antidepressivos tricíclicos (ADTs), poderão ser mais eficazes que os antidepressivos ISRS.[84]Iovieno N, Tedeschini E, Bentley KH, et al. Antidepressants for major depressive disorder and dysthymic disorder in patients with comorbid alcohol use disorders: a meta-analysis of placebo-controlled randomized trials. J Clin Psychiatry. 2011 Aug;72(8):1144-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21536001?tool=bestpractice.com
Se o paciente tiver insônia significativa, o uso de um antidepressivo sedativo poderá ser uma escolha melhor que um antidepressivo que causa mais insônia.
Alguns pacientes com transtorno depressivo persistente têm transtorno de deficit da atenção comórbido e podem se beneficiar de um medicamento estimulante adjuvante.
Muitos pacientes com transtorno depressivo persistente apresentam comorbidades clínicas, como doença cardiovascular. A mortalidade cardíaca foi estudada com resultados mistos quanto ao impacto do tratamento com antidepressivos combinado com psicoterapia em cuidado colaborativo.[55]Berkman LF, Blumenthal J, Burg M, et al. Effects of treating depression and low perceived social support on clinical events after myocardial infarction: the Enhancing Recovery in Coronary Heart Disease Patients (ENRICHD) randomized trial. JAMA. 2003 Jun 18;289(23):3106-16. http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=196763 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12813116?tool=bestpractice.com [56]Davidson KW, Rieckmann N, Clemow L, et al. Enhanced depression care for patients with acute coronary syndrome and persistent depressive symptoms: coronary psychosocial evaluation studies randomized controlled trial. Arch Intern Med. 2010 Apr 12;170(7):600-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2882253 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20386003?tool=bestpractice.com [57]van Melle JP, de Jonge P, Honig A, et al. Effects of antidepressant treatment following myocardial infarction. Br J Psychiatry. 2007 Jun;190:460-6. http://bjp.rcpsych.org/content/190/6/460.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17541103?tool=bestpractice.com Um estudo realizado na atenção primária com pacientes depressivos de 60 anos de idade ou mais (87% dos quais sofriam de depressão crônica) sugere efeitos de proteção cardíaca antes do início clínico de doença cardiovascular, com menos eventos cardiovasculares significativos durante o acompanhamento de 8 anos.[58]Stewart JC, Perkins AJ, Callahan CM. Effect of collaborative care for depression on risk of cardiovascular events: data from the IMPACT randomized controlled trial. Psychosom Med. 2014 Jan;76(1):29-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24367124?tool=bestpractice.com
Entre usuários de maconha com transtorno depressivo maior ou distimia, a venlafaxina foi associada ao aumento do uso de maconha e não houve melhora nos sintomas depressivos em comparação com placebo.[86]Levin FR, Mariani J, Brooks DJ, et al. A randomized double-blind, placebo-controlled trial of venlafaxine-extended release for co-occurring cannabis dependence and depressive disorders. Addiction. 2013 Jun;108(6):1084-94. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23297841?tool=bestpractice.com Entre usuários de cocaína com depressão maior ou distimia, o tratamento com venlafaxina não melhorou os desfechos de humor ou uso de cocaína.[87]Raby WN, Rubin EA, Garawi F, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of venlafaxine for the treatment of depressed cocaine-dependent patients. Am J Addict. 2014 Jan-Feb;23(1):68-75. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24313244?tool=bestpractice.com
Entre pacientes com produtividade comprometida, intervenções direcionadas ao trabalho, como terapia cognitivo-comportamental, manejo de cuidados e auxílio estruturado por telefone, podem oferecer um benefício adicional às ausências no trabalho.[107]Nieuwenhuijsen K, Verbeek JH, Neumeyer-Gromen A, et al. Interventions to improve return to work in depressed people. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Oct 13;10(10):CD006237. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006237.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33052607?tool=bestpractice.com
Entre os pacientes com fibromialgia comórbida, a pregabalina pode oferecer benefício para dor, assim como para os sintomas de humor e ansiedade.[88]Arnold LM, Sarzi-Puttini P, Arsenault P, et al. Efficacy and safety of pregabalin in patients with fibromyalgia and comorbid depression taking concurrent antidepressant medication: a randomized, placebo-controlled study. J Rheumatol. 2015 Jul;42(7):1237-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26034150?tool=bestpractice.com
intervenções de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O exercício tem sido estudado como um tratamento para depressão, embora não especificamente para transtorno depressivo persistente, e os resultados sugerem benefícios em alguns pacientes comparáveis ao medicamento.[105]Smith CA, Armour M, Lee MS, et al. Acupuncture for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 4;3:CD004046.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004046.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29502347?tool=bestpractice.com
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What are the effects of exercise for improving symptoms in adults with depression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.355/fullMostre-me a resposta Em um estudo, exercícios regulares produziram remissão sustentada frequente no acompanhamento de 1 ano.[100]Hoffman BM, Babyak MA, Craighead E, et al. Exercise and pharmacotherapy in patients with major depression: one-year follow-up of the SMILE study. Psychosom Med. 2011 Feb-Mar;73(2):127-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21148807?tool=bestpractice.com
A prática de exercícios pode ter efeitos benéficos sobre fatores neurotróficos, como fator neurotrófico derivado do cérebro, nos indivíduos diagnosticados com depressão.[101]Szuhany KL, Bugatti M, Otto MW. A meta-analytic review of the effects of exercise on brain-derived neurotrophic factor. J Psychiatr Res. 2015 Jan;60:56-64.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4314337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25455510?tool=bestpractice.com
Um estudo pequeno demonstrou que psicoterapia corporal em pacientes com depressão crônica, incluindo exercícios, estratégias de movimento e procedimentos de percepção sensorial, ocasionou melhora nos sintomas depressivos em comparação com o controle da lista de espera.[102]Röhricht F, Papadopoulos N, Priebe S. An exploratory randomized controlled trial of body psychotherapy for patients with chronic depression. J Affect Disord. 2013 Oct;151(1):85-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23769289?tool=bestpractice.com
Dados sobre alterações no estilo de vida, incluindo a adoção de uma dieta mediterrânea e aumento da atividade física, mostraram benefícios para sintomas e transtornos depressivos.[103]Köhler-Forsberg O, Cusin C, Nierenberg AA. Evolving Issues in the Treatment of Depression. JAMA. 2019 Jun 25;321(24):2401-2.
https://www.doi.org/10.1001/jama.2019.4990
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31125042?tool=bestpractice.com
Um estudo sugeriu que a ioga pode ser eficaz em alguns pacientes com depressão, embora os autores tenham declarado que novos estudos eram necessários.[104]da Silva TLR. Yoga in the treatment of mood and anxiety disorders: a review. Asian J Psychiatr. 2009;2:6-16.
Evidências de baixa qualidade sugerem que a acupuntura pode reduzir a gravidade da depressão, comparada a nenhum tratamento, lista de espera, tratamento comum ou acupuntura de controle; no entanto, não há evidências claras sobre o risco de eventos adversos ou comparações com outros tratamentos, como medicamentos ou psicoterapia.[105]Smith CA, Armour M, Lee MS, et al. Acupuncture for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 4;3:CD004046.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004046.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29502347?tool=bestpractice.com
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How does acupuncture compare with no treatment or sham acupuncture for people with depression?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2179/fullMostre-me a resposta
Ficou comprovado que as terapias baseadas na internet são eficazes para o tratamento da depressão, inclusive alguns estudos que incluem indivíduos com transtorno depressivo persistente.[109]Josephine K, Josefine L, Philipp D, et al. Internet- and mobile-based depression interventions for people with diagnosed depression: A systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2017 Dec 1;223:28-40. https://www.doi.org/10.1016/j.jad.2017.07.021 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28715726?tool=bestpractice.com
psicoterapia isoladamente (por exemplo, terapia cognitivo-comportamental ou terapia interpessoal)
Terapia cognitivo-comportamental (TCC), psicoterapia interpessoal (PTI) e sistema de psicoterapia de análise cognitivo-comportamental (SPACC) têm sido estudados e se mostrado eficazes no tratamento de pacientes com transtorno depressivo persistente. Outras psicoterapias podem ou não oferecer benefícios, mas não foram estudadas especificamente em pacientes com transtorno depressivo persistente.
Uma revisão de revisões sistemáticas que analisaram diversos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos para a depressão maior descobriu que, das opções de tratamento não farmacológico, a TCC tem a melhor força de evidência comparável à dos antidepressivos de segunda geração (por exemplo, inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina-noradrenalina).[59]Gartlehner G, Wagner G, Matyas N, et al. Pharmacological and non-pharmacological treatments for major depressive disorder: review of systematic reviews. BMJ Open. 2017 Jun 14;7(6):e014912. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28615268?tool=bestpractice.com Embora esta revisão tenha excluído pacientes com distimia, é provável que alguns dos estudos incluídos na revisão tenham incluído pacientes com depressão dupla. Portanto, é razoável concluir que das opções não farmacológicas para o transtorno depressivo persistente, a TCC pode ser útil em pacientes com transtorno depressivo persistente como primeira opção quando os medicamentos são ineficazes ou não tolerados.[93]Gartlehner G, Gaynes BN, Hansen RA, et al. Comparative benefits and harms of second-generation antidepressants: background paper for the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2008 Nov 18;149(10):734-50. http://www.annals.org/content/149/10/734.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19017592?tool=bestpractice.com
O tratamento de pacientes com transtorno depressivo persistente com TCC requer mais sessões de tratamento que o tratamento de pacientes com formas agudas de depressão. A TCC foi menos eficaz que a fluoxetina em um estudo.[60]Dunner DL, Schmaling KB, Hendrickson HE, et al. Cognitive therapy versus fluoxetine in the treatment of dysthymic disorder. Depression. 1996;4(1):34-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9160652?tool=bestpractice.com
Um estudo pequeno demonstrou que psicoterapia corporal em pacientes com depressão crônica, incluindo exercícios, estratégias de movimento e procedimentos de percepção sensorial, ocasionou melhora nos sintomas depressivos em comparação com o controle da lista de espera.[102]Röhricht F, Papadopoulos N, Priebe S. An exploratory randomized controlled trial of body psychotherapy for patients with chronic depression. J Affect Disord. 2013 Oct;151(1):85-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23769289?tool=bestpractice.com
A terapia cognitivo-comportamental e a terapia interpessoal são opções recomendadas a serem consideradas para crianças e adolescentes com transtorno depressivo persistente, de acordo com as diretrizes práticas da American Academy of Child and Adolescent Psychiatry.[40]Walter HJ, Abright AR, Bukstein OG, et al. Clinical practice guideline for the assessment and treatment of children and adolescents with major and persistent depressive disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2022 Oct 21[Epub ahead of print]. https://www.doi.org/10.1016/j.jaac.2022.10.001 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273673?tool=bestpractice.com
tratamento das comorbidades clínicas associadas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A maioria dos pacientes com transtorno depressivo persistente apresenta comorbidades psiquiátricas, como transtornos de ansiedade e uso indevido de substâncias. Isso pode afetar o ciclo e a gravidade da depressão e deve ser levado em consideração ao determinar a modalidade de tratamento e sua duração.
Entre pacientes com transtorno de ansiedade comórbido, a terapia cognitivo-comportamental pode ser útil tanto para a ansiedade como para a depressão.
Entre pacientes com transtornos de abuso de bebidas alcoólicas ou outras substâncias, o tratamento desses transtornos em grupos de autoajuda pode ser essencial para que a psicoterapia voltada para a depressão seja eficaz.
Entre pacientes com produtividade comprometida, intervenções direcionadas ao trabalho, como terapia cognitivo-comportamental, manejo de cuidados e auxílio estruturado por telefone, podem oferecer um benefício adicional às ausências no trabalho.[107]Nieuwenhuijsen K, Verbeek JH, Neumeyer-Gromen A, et al. Interventions to improve return to work in depressed people. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Oct 13;10(10):CD006237. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006237.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33052607?tool=bestpractice.com
intervenções de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O exercício tem sido estudado como um tratamento para depressão, embora não especificamente para transtorno depressivo persistente, e os resultados sugerem benefícios em alguns pacientes comparáveis ao medicamento.[105]Smith CA, Armour M, Lee MS, et al. Acupuncture for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 4;3:CD004046.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004046.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29502347?tool=bestpractice.com
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What are the effects of exercise for improving symptoms in adults with depression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.355/fullMostre-me a resposta Em um estudo, exercícios regulares produziram remissão sustentada frequente no acompanhamento de 1 ano.[100]Hoffman BM, Babyak MA, Craighead E, et al. Exercise and pharmacotherapy in patients with major depression: one-year follow-up of the SMILE study. Psychosom Med. 2011 Feb-Mar;73(2):127-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21148807?tool=bestpractice.com
A prática de exercícios pode ter efeitos benéficos sobre fatores neurotróficos, como fator neurotrófico derivado do cérebro, nos indivíduos diagnosticados com depressão.[101]Szuhany KL, Bugatti M, Otto MW. A meta-analytic review of the effects of exercise on brain-derived neurotrophic factor. J Psychiatr Res. 2015 Jan;60:56-64.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4314337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25455510?tool=bestpractice.com
Um estudo pequeno demonstrou que psicoterapia corporal em pacientes com depressão crônica, incluindo exercícios, estratégias de movimento e procedimentos de percepção sensorial, ocasionou melhora nos sintomas depressivos em comparação com o controle da lista de espera.[102]Röhricht F, Papadopoulos N, Priebe S. An exploratory randomized controlled trial of body psychotherapy for patients with chronic depression. J Affect Disord. 2013 Oct;151(1):85-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23769289?tool=bestpractice.com
Dados sobre alterações no estilo de vida, incluindo a adoção de uma dieta mediterrânea e aumento da atividade física, mostraram benefícios para sintomas e transtornos depressivos.[103]Köhler-Forsberg O, Cusin C, Nierenberg AA. Evolving Issues in the Treatment of Depression. JAMA. 2019 Jun 25;321(24):2401-2.
https://www.doi.org/10.1001/jama.2019.4990
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31125042?tool=bestpractice.com
Ficou comprovado que as terapias baseadas na internet são eficazes para o tratamento da depressão, inclusive alguns estudos que incluem indivíduos com transtorno depressivo persistente.[109]Josephine K, Josefine L, Philipp D, et al. Internet- and mobile-based depression interventions for people with diagnosed depression: A systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2017 Dec 1;223:28-40. https://www.doi.org/10.1016/j.jad.2017.07.021 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28715726?tool=bestpractice.com
Um estudo sugeriu que a ioga pode ser eficaz em alguns pacientes com depressão, embora os autores tenham declarado que novos estudos eram necessários.[104]da Silva TLR. Yoga in the treatment of mood and anxiety disorders: a review. Asian J Psychiatr. 2009;2:6-16. Evidências de baixa qualidade sugerem que a acupuntura pode reduzir a gravidade da depressão, comparada a nenhum tratamento, lista de espera, tratamento comum ou acupuntura de controle; no entanto, não há evidências claras sobre o risco de eventos adversos ou comparações com outros tratamentos, como medicamentos ou psicoterapia.[105]Smith CA, Armour M, Lee MS, et al. Acupuncture for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 4;3:CD004046.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004046.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29502347?tool=bestpractice.com
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How does acupuncture compare with no treatment or sham acupuncture for people with depression?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2179/fullMostre-me a resposta
combinação de farmacoterapia e psicoterapia
A combinação de farmacoterapia e psicoterapia é uma terapia de primeira linha alternativa.
Os pacientes com formas crônicas de depressão precisam de um período de tratamento maior, mais sessões de psicoterapia e/ou doses mais altas de medicamentos antidepressivos que os pacientes com formas agudas de depressão.[41]Keller MB, McCullough JP, Klein DN, et al. A comparison of nefazodone, the cognitive behavioral-analysis system of psychotherapy, and their combination for the treatment of chronic depression. N Engl J Med. 2000;342:1462-70 [Erratum in: N Engl J Med. 2001;345:232]. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005183422001#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10816183?tool=bestpractice.com
Somente um estudo demonstrou o efeito da combinação de farmacoterapia e psicoterapia. Ele foi realizado em pacientes com transtorno depressivo maior crônico. O estudo mostrou que a psicoterapia combinada (sistema de psicoterapia de análise cognitivo-comportamental [SPACC]) e um antidepressivo tiveram um desfecho agudo (12 semanas) melhor que a psicoterapia ou monoterapia medicamentosa.[41]Keller MB, McCullough JP, Klein DN, et al. A comparison of nefazodone, the cognitive behavioral-analysis system of psychotherapy, and their combination for the treatment of chronic depression. N Engl J Med. 2000;342:1462-70 [Erratum in: N Engl J Med. 2001;345:232]. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005183422001#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10816183?tool=bestpractice.com
A escolha do antidepressivo é a mesma para outras formas de depressão. As doses normais para adultos podem ser usadas para o tratamento de pacientes com transtorno depressivo persistente, com incrementos graduais de dose até os níveis de dose mais altos tolerados.
Há dados limitados sobre o tratamento de crianças, mas os adolescentes deprimidos devem ser examinados periodicamente e avaliados para risco de suicídio e devem receber encaminhamento para o tratamento adequado com base em evidências, se disponível.[38]Zuckerbrot RA, Cheung A, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part I. Practice preparation, identification, assessment, and initial management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4081
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483200?tool=bestpractice.com
[54]Cheung AH, Zuckerbrot RA, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part II. Treatment and ongoing management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4082
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483201?tool=bestpractice.com
As advertências comuns sobre antidepressivos e o aumento do pensamento suicida nos pacientes jovens devem ser acompanhados.[82]Bridge JA, Iyengar S, Salary CB, et al. Clinical response and risk for reported suicidal ideation and suicide attempts in pediatric antidepressant treatment: a meta-analysis of randomized controlled trials. JAMA. 2007 Apr 18;297(15):1683-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17440145?tool=bestpractice.com
[83]Hammad TA, Laughren T, Racoosin J. Suicidality in pediatric patients treated with antidepressant drugs. Arch Gen Psychiatry. 2006 Mar;63(3):332-9.
http://archpsyc.ama-assn.org/cgi/content/full/63/3/332
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16520440?tool=bestpractice.com
Uma revisão sobre a continuidade do tratamento com antidepressivos em crianças e adolescentes com depressão maior ou distimia mostrou taxas mais baixas de recidiva com o tratamento medicamentoso ativo em comparação com o placebo, embora o número e a qualidade dos estudos sejam limitados.[98]Cox GR, Fisher CA, De Silva S, et al. Interventions for preventing relapse and recurrence of a depressive disorder in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(11):CD007504.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007504.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23152246?tool=bestpractice.com
Os pacientes jovens devem ser monitorados rigorosamente quanto a mudanças de comportamento e/ou ao surgimento do pensamento suicida. Os membros da família devem saber que tais mudanças podem ocorrer durante o tratamento e devem entrar em contato com o médico se necessário. A fluoxetina é aprovada em alguns países para uso em crianças com depressão (para crianças com mais de 8 anos).
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What are the effects of newer generation antidepressants in children and adolescents with depressive disorders?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.448/fullMostre-me a resposta A terapia cognitivo-comportamental e a terapia interpessoal são opções recomendadas a serem consideradas para crianças e adolescentes com transtorno depressivo persistente, de acordo com as diretrizes práticas da American Academy of Child and Adolescent Psychiatry.[40]Walter HJ, Abright AR, Bukstein OG, et al. Clinical practice guideline for the assessment and treatment of children and adolescents with major and persistent depressive disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2022 Oct 21[Epub ahead of print].
https://www.doi.org/10.1016/j.jaac.2022.10.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273673?tool=bestpractice.com
Consulte Depressão em crianças.
Um estudo pequeno demonstrou que psicoterapia corporal em pacientes com depressão crônica, incluindo exercícios, estratégias de movimento e procedimentos de percepção sensorial, ocasionou melhora nos sintomas depressivos em comparação com o controle da lista de espera.[102]Röhricht F, Papadopoulos N, Priebe S. An exploratory randomized controlled trial of body psychotherapy for patients with chronic depression. J Affect Disord. 2013 Oct;151(1):85-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23769289?tool=bestpractice.com
Em pacientes gestantes, os médicos devem discutir cuidadosamente os riscos de continuar com o tratamento antidepressivo durante a gestação, em comparação com o risco de interromper ou evitar antidepressivos e expor o feto aos efeitos deletérios da depressão.
Consulte Depressão em adultos.
Opções primárias
sertralina: adultos: 50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia
ou
citalopram: adultos: 20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia
ou
fluoxetina: crianças com 8-17 anos de idade: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia; adultos: 20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia
ou
escitalopram: crianças ≥12 anos de idade e adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia; doses mais altas têm sido usadas para essa indicação, consulte um especialista para obter orientação
ou
bupropiona: adultos: 150 mg por via oral (liberação sustentada ou prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 400 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas
ou
duloxetina: adultos: 30 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 120 mg/dia
ou
venlafaxina: adultos: 37.5 mg/dia por via oral (liberação sustentada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 375 mg/dia
ou
desvenlafaxina: adultos: 50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 100 mg/dia
ou
vortioxetina: adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia
ou
vilazodona: adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia
ou
levomilnaciprana: adultos: 20 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 120 mg/dia
--E--
psicoterapia
Opções secundárias
imipramina: adultos: 25-75 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia
ou
mirtazapina: adultos: 15 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia
ou
paroxetina: adultos: 10 mg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia; 12.5 mg por via oral (liberação controlada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 75 mg/dia
--E--
psicoterapia
tratamento das comorbidades clínicas associadas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A maioria dos pacientes com transtorno depressivo persistente apresenta comorbidades psiquiátricas, como transtornos de ansiedade e uso indevido de substâncias. Se o paciente apresentar abuso de álcool significativo, os antidepressivos que ISRSs (inibidores seletivos de recaptação de serotonina), como antidepressivos tricíclicos (ADTs), poderão ser mais eficazes que os antidepressivos ISRS.[84]Iovieno N, Tedeschini E, Bentley KH, et al. Antidepressants for major depressive disorder and dysthymic disorder in patients with comorbid alcohol use disorders: a meta-analysis of placebo-controlled randomized trials. J Clin Psychiatry. 2011 Aug;72(8):1144-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21536001?tool=bestpractice.com
Se o paciente tiver insônia significativa, o uso de um antidepressivo sedativo poderá ser uma escolha melhor que um antidepressivo que causa mais insônia.
Alguns pacientes com transtorno depressivo persistente têm transtorno de deficit da atenção comórbido e podem se beneficiar de um medicamento estimulante adjuvante.
Muitos pacientes com transtorno depressivo persistente apresentam comorbidades clínicas, como doença cardiovascular. A mortalidade cardíaca foi estudada com resultados mistos quanto ao impacto do tratamento com antidepressivos combinado com psicoterapia em cuidado colaborativo.[55]Berkman LF, Blumenthal J, Burg M, et al. Effects of treating depression and low perceived social support on clinical events after myocardial infarction: the Enhancing Recovery in Coronary Heart Disease Patients (ENRICHD) randomized trial. JAMA. 2003 Jun 18;289(23):3106-16. http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=196763 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12813116?tool=bestpractice.com [56]Davidson KW, Rieckmann N, Clemow L, et al. Enhanced depression care for patients with acute coronary syndrome and persistent depressive symptoms: coronary psychosocial evaluation studies randomized controlled trial. Arch Intern Med. 2010 Apr 12;170(7):600-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2882253 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20386003?tool=bestpractice.com [57]van Melle JP, de Jonge P, Honig A, et al. Effects of antidepressant treatment following myocardial infarction. Br J Psychiatry. 2007 Jun;190:460-6. http://bjp.rcpsych.org/content/190/6/460.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17541103?tool=bestpractice.com Um estudo realizado na atenção primária com pacientes depressivos de 60 anos de idade ou mais (87% dos quais sofriam de depressão crônica) sugere efeitos de proteção cardíaca antes do início clínico de doença cardiovascular, com menos eventos cardiovasculares significativos durante o acompanhamento de 8 anos.[58]Stewart JC, Perkins AJ, Callahan CM. Effect of collaborative care for depression on risk of cardiovascular events: data from the IMPACT randomized controlled trial. Psychosom Med. 2014 Jan;76(1):29-37. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24367124?tool=bestpractice.com
Entre usuários de maconha com transtorno depressivo maior ou distimia, a venlafaxina foi associada ao aumento do uso de maconha e não houve melhora nos sintomas depressivos em comparação com placebo.[86]Levin FR, Mariani J, Brooks DJ, et al. A randomized double-blind, placebo-controlled trial of venlafaxine-extended release for co-occurring cannabis dependence and depressive disorders. Addiction. 2013 Jun;108(6):1084-94. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23297841?tool=bestpractice.com Entre usuários de cocaína com depressão maior ou distimia, o tratamento com venlafaxina não melhorou os desfechos de humor ou uso de cocaína.[87]Raby WN, Rubin EA, Garawi F, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of venlafaxine for the treatment of depressed cocaine-dependent patients. Am J Addict. 2014 Jan-Feb;23(1):68-75. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24313244?tool=bestpractice.com
Entre pacientes com produtividade comprometida, intervenções direcionadas ao trabalho, como terapia cognitivo-comportamental, manejo de cuidados e auxílio estruturado por telefone, podem oferecer um benefício adicional às ausências no trabalho.[107]Nieuwenhuijsen K, Verbeek JH, Neumeyer-Gromen A, et al. Interventions to improve return to work in depressed people. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Oct 13;10(10):CD006237. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006237.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33052607?tool=bestpractice.com
Entre os pacientes com fibromialgia comórbida, a pregabalina pode oferecer benefício para dor, assim como para os sintomas de humor e ansiedade.[88]Arnold LM, Sarzi-Puttini P, Arsenault P, et al. Efficacy and safety of pregabalin in patients with fibromyalgia and comorbid depression taking concurrent antidepressant medication: a randomized, placebo-controlled study. J Rheumatol. 2015 Jul;42(7):1237-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26034150?tool=bestpractice.com
intervenções de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O exercício tem sido estudado como um tratamento para depressão, embora não especificamente para transtorno depressivo persistente, e os resultados sugerem benefícios em alguns pacientes comparáveis ao medicamento.[105]Smith CA, Armour M, Lee MS, et al. Acupuncture for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 4;3:CD004046.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004046.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29502347?tool=bestpractice.com
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What are the effects of exercise for improving symptoms in adults with depression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.355/fullMostre-me a resposta Em um estudo, exercícios regulares produziram remissão sustentada frequente no acompanhamento de 1 ano.[100]Hoffman BM, Babyak MA, Craighead E, et al. Exercise and pharmacotherapy in patients with major depression: one-year follow-up of the SMILE study. Psychosom Med. 2011 Feb-Mar;73(2):127-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21148807?tool=bestpractice.com
A prática de exercícios pode ter efeitos benéficos sobre fatores neurotróficos, como fator neurotrófico derivado do cérebro, nos indivíduos diagnosticados com depressão.[101]Szuhany KL, Bugatti M, Otto MW. A meta-analytic review of the effects of exercise on brain-derived neurotrophic factor. J Psychiatr Res. 2015 Jan;60:56-64.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4314337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25455510?tool=bestpractice.com
Um estudo pequeno demonstrou que psicoterapia corporal em pacientes com depressão crônica, incluindo exercícios, estratégias de movimento e procedimentos de percepção sensorial, ocasionou melhora nos sintomas depressivos em comparação com o controle da lista de espera.[102]Röhricht F, Papadopoulos N, Priebe S. An exploratory randomized controlled trial of body psychotherapy for patients with chronic depression. J Affect Disord. 2013 Oct;151(1):85-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23769289?tool=bestpractice.com
Dados sobre alterações no estilo de vida, incluindo a adoção de uma dieta mediterrânea e aumento da atividade física, mostraram benefícios para sintomas e transtornos depressivos.[103]Köhler-Forsberg O, Cusin C, Nierenberg AA. Evolving Issues in the Treatment of Depression. JAMA. 2019 Jun 25;321(24):2401-2.
https://www.doi.org/10.1001/jama.2019.4990
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31125042?tool=bestpractice.com
Ficou comprovado que as terapias baseadas na internet são eficazes para o tratamento da depressão, inclusive alguns estudos que incluem indivíduos com transtorno depressivo persistente.[109]Josephine K, Josefine L, Philipp D, et al. Internet- and mobile-based depression interventions for people with diagnosed depression: A systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2017 Dec 1;223:28-40. https://www.doi.org/10.1016/j.jad.2017.07.021 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28715726?tool=bestpractice.com
Um estudo sugeriu que a ioga pode ser eficaz em alguns pacientes com depressão, embora os autores tenham declarado que novos estudos eram necessários.[104]da Silva TLR. Yoga in the treatment of mood and anxiety disorders: a review. Asian J Psychiatr. 2009;2:6-16. Evidências de baixa qualidade sugerem que a acupuntura pode reduzir a gravidade da depressão, comparada a nenhum tratamento, lista de espera, tratamento comum ou acupuntura de controle; no entanto, não há evidências claras sobre o risco de eventos adversos ou comparações com outros tratamentos, como medicamentos ou psicoterapia.[105]Smith CA, Armour M, Lee MS, et al. Acupuncture for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 4;3:CD004046.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004046.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29502347?tool=bestpractice.com
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How does acupuncture compare with no treatment or sham acupuncture for people with depression?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2179/fullMostre-me a resposta
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