Caso clínico
Caso clínico
Uma mulher solteira de 43 anos começa a descrever sintomas depressivos depois de assistir a um anúncio na televisão. Ela relata o início de uma depressão crônica leve após o divórcio dos seus pais, quando ela tinha 9 anos de idade. Ao ser questionada, ela afirma que teve pelo menos quatro episódios prévios de depressão mais grave; o primeiro episódio ocorreu quando ela tinha 15 anos, e o mais recente ocorreu aos 41 anos; esses episódios mais graves duraram de 2 a 6 meses e foram resolvidos com tratamento medicamentoso, às vezes combinado com psicoterapia. Durante esses episódios, ela tem extrema dificuldade para realizar suas funções habituais, sente desesperança e impotência, com ideias suicidas passivas (não se importaria em morrer, mas não tem planos de se ferir ou de se matar), tem dificuldade para se concentrar no trabalho e se afasta de amigos e familiares. Após a remissão desses episódios mais graves, ela volta ao estado inicial de depressão "leve". Em seu estado basal, ela se sente deprimida na maior parte dos dias, apresenta sintomas de fadiga crônica e raramente sente prazer e satisfação. Ela evita situações sociais de maneira crônica. No momento da avaliação psiquiátrica, ela não atende aos critérios de episódio depressivo maior vigente. Ela tem sido avaliada pelo médico da unidade básica de saúde durante os check-ups anuais, mas nunca apresentou um distúrbio físico significativo. Ela não toma medicamentos no momento, exceto vitaminas, e seu exame pregresso de tireoide está normal. Seu exame físico e seus sinais vitais estão normais.
Outras apresentações
Uma forma comum do transtorno é a depressão leve crônica que preenche os critérios de distimia "pura", em que o paciente aparentemente nunca atendeu totalmente aos critérios de transtorno depressivo maior com distimia antecedente. Nesses casos, os pacientes se sentem deprimidos mais dias do que não, com um ciclo crônico e sintomas que duram mais de dois anos. Em outros casos, pode haver uma forma crônica de transtorno depressivo maior, que dura mais de 2 anos e, às vezes, se prolonga por décadas. Os pacientes também podem ter o início de transtorno depressivo persistente após um episódio inicial de depressão maior, que não remite completamente. Às vezes, os pacientes têm depressão crônica de grau leve (distimia) com episódios intermitentes de depressão maior; a depressão maior vigente pode ou não estar presente no momento da apresentação clínica.
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