Epidemiologia

Constipação em crianças é um problema comum no mundo inteiro.[4]​ Uma revisão sistemática da literatura determinou que a prevalência de constipação na infância varia de 0.7% a 26.9%.[5] Foram relatadas altas taxas em estudos baseados em pesquisas em Hong Kong (29%), Brasil (28%), EUA (23%), com taxas levemente mais baixas na Palestina (12%) e na Itália (2.6%).[6][7]​​[8][9]​​ A comparação significativa de dados epidemiológicos entre países e regiões do mundo é limitada pela ausência de uniformidade na classificação da constipação.​​​

Nos EUA, a constipação na infância é responsável por aproximadamente 3% das consultas em uma clínica pediátrica comum e constitui cerca de 30% da carga de trabalho de um gastroenterologista pediátrico.[10] Foi reportado que a prevalência de constipação nos EUA está aumentando. Entre 2006 e 2011, observou-se um aumento de 50.7% nas visitas ao pronto-socorro relacionadas à constipação em crianças com idade entre 1 e 17 anos. Em 2011, esta faixa etária também apresentou o segundo maior índice de visitas ao pronto-socorro relacionadas à constipação.[11] Observou-se constipação em 36.1% de crianças australianas entre 4.8 e 17.5 anos de idade com enurese noturna;[12] ela não está associada à alergia em crianças italianas.[13]​ Um estudo realizado no Sri Lanka encontrou taxas mais altas de constipação em crianças com peso abaixo do normal e naquelas que morem em área urbana versus área rural.[14]

A constipação funcional, em que não há causa orgânica, representa 90% a 95% dos casos de constipação, com idade média de início de 2.3 anos.[1]​​​[15] Não há predominância de sexo.[15]​​​

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal