Caso clínico
Caso clínico #1
Um bebê do sexo masculino de 5 meses de idade apresenta dificuldade e atraso na passagem de fezes duras. Sua mãe relata que ele se contorce por muitas horas e pode mesmo ficar um dia sem evacuar, até que a passagem das fezes ocorra com gritos e manchas ocasionais de sangue fresco nas fezes ou nas fraldas. Recentemente, ele foi submetido à troca do aleitamento materno para a fórmula do leite de vaca, que, inicialmente, ele foi relutante em aceitar. A criança está crescendo e agora se alimenta normalmente. Não houve qualquer retardo neonatal na defecação e qualquer história de distensão abdominal ou vômitos excessivos.
Caso clínico #2
Uma garota de 14 anos de idade, preocupada com sua imagem corporal, alterou sua dieta e diminuiu sua ingestão oral na esperança de perder peso. Além disso, ela evitou banheiros na escola devido à falta de limpeza do lugar. Ela se apresentou a seu pediatra com a queixa de dor abdominal, distensão, distensão abdominal e defecação difícil e dolorosa.
Outras apresentações
Em 90% a 95% das crianças com constipação, o problema é funcional.[1] Entretanto, causas orgânicas devem ser consideradas no estabelecimento do diagnóstico. Constipação crônica pode se apresentar após qualquer causa de defecação dolorosa, como fissura anal, infecção perianal por estreptococos, intolerância alimentar (particularmente alergia ao leite de vaca), líquen escleroso e abuso sexual infantil com penetração. A recusa em defecar pode ser também uma apresentação de problemas psicológicos complexos, como distúrbios de comunicação que estejam dentro do espectro autista ou crianças com transtorno de deficit da atenção.[2][3] Pode ocorrer incontinência fecal no final da infância depois de resposta comportamental ou sensorial insuficiente à carga fecal do reto secundária a megarreto de longa duração. Causas mais raras de constipação incluem aquelas que se apresentam nas primeiras semanas de vida, como doença de Hirschsprung ou anomalias anorretais. Na adolescência, dietas anormais assim como transtornos alimentares podem levar à constipação.
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