A abordagem para tratamento de síndromes de dor crônica inclui os tratamentos:
Criados para aliviar ou minimizar dores de longa duração
Para prevenir a ocorrência/recorrência futura de dor
Para aumentos graves no nível da dor.
Esses tratamentos requerem uma abordagem multidisciplinar e uma perspectiva biopsicossocial, que leve em consideração como a dor afeta a qualidade de vida do paciente e como aspectos da sua vida podem afetar a dor que sente. Um plano bem definido de gestão do tratamento deve ser discutido e acordado com o paciente.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
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[50]American Chronic Pain Association; Stanford Medicine. ACPA and Stanford resource guide to chronic pain management: an integrated guide to medical, interventional, behavioral, pharmacologic and rehabilitation therapies. 2021 edition. 2021 [internet publication].
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[51]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic pain (primary and secondary) in over 16s: assessment of all chronic pain and management of chronic primary pain. April 2021 [internet publication].
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[52]World Health Organization. Guidelines on the management of chronic pain in children. December 2020 [internet publication].
https://www.who.int/publications/i/item/9789240017870
O médico da atenção primária deve considerar o encaminhamento para um especialista para os pacientes com:
Dor persistente e incapacitante apesar do tratamento
Dor progressiva
História de abuso de álcool ou drogas
Necessidade de altas doses ou uso prolongado de analgésicos opioides
Pacientes causando divergências entre a equipe
Sintomas de cefaleia preocupantes
Envolvimento ocular com neuralgia pós-herpética.
Geralmente, é necessário fazer ajustes das doses farmacoterapêuticas em pacientes idosos por causa da redução do metabolismo dos medicamentos, da politerapia (com risco associado de interações medicamentosas) e da sensibilidade aos efeitos adversos. As doses iniciais recomendadas para medicamentos comuns para a dor foram publicadas pela American Geriatric Society.[53]American Geriatrics Society. Pharmacological management of persistent pain in older persons. J Am Geriatr Soc. 2009 Aug;57(8):1331-46.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19573219?tool=bestpractice.com
O guia de recursos da American Chronic Pain Association para o tratamento de dor crônica incorpora uma abordagem multimodal baseada em terapias clínicas, intervencionistas, comportamentais, farmacológicas e de reabilitação para tratar a dor crônica.[50]American Chronic Pain Association; Stanford Medicine. ACPA and Stanford resource guide to chronic pain management: an integrated guide to medical, interventional, behavioral, pharmacologic and rehabilitation therapies. 2021 edition. 2021 [internet publication].
https://www.theacpa.org/wp-content/uploads/2021/09/2021-ACPA-Resource-Guide-to-Chronic-Pain-Management-v3.pdf
Terapias não farmacológicas e terapias farmacológicas sem opioides são preferíveis para o controle da dor crônica. A terapia com opioides só deve ser considerada após tentar outras opções, e quando for previsto que os benefícios esperados superem os riscos para o paciente.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
https://www.doi.org/10.15585/mmwr.rr7103a1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36327391?tool=bestpractice.com
Consulte a abordagem de manejo em: Osteoartrite, Artrite reumatoide, Dor musculoesquelética na coluna lombar, Síndrome da dor regional complexa, Neuropatia diabética, Infecção por herpes-zóster, Fibromialgia, Cefaleia enxaquecosa em adultos, Cefaleia em salvas e Cefaleia do tipo tensional.
Terapias não farmacológicas
As terapias não farmacológicas podem ser usadas isoladamente ou em combinação com outros tratamentos para os pacientes com dor crônica.[50]American Chronic Pain Association; Stanford Medicine. ACPA and Stanford resource guide to chronic pain management: an integrated guide to medical, interventional, behavioral, pharmacologic and rehabilitation therapies. 2021 edition. 2021 [internet publication].
https://www.theacpa.org/wp-content/uploads/2021/09/2021-ACPA-Resource-Guide-to-Chronic-Pain-Management-v3.pdf
Fisioterapia e atividade física
As terapias devem ser adaptadas à condição específica (veja abaixo), tais como treinamento postural, exercícios de alongamento, exercícios ativos para a amplitude de movimento (ADM), redução de peso e hidroterapia.
Os programas de exercícios devem ser adaptados à capacidade física e ao estilo de vida do paciente.[50]American Chronic Pain Association; Stanford Medicine. ACPA and Stanford resource guide to chronic pain management: an integrated guide to medical, interventional, behavioral, pharmacologic and rehabilitation therapies. 2021 edition. 2021 [internet publication].
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[51]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic pain (primary and secondary) in over 16s: assessment of all chronic pain and management of chronic primary pain. April 2021 [internet publication].
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Terapia ocupacional
Psicologia de controle da dor
Pacientes com dor crônica podem se beneficiar de terapias psicológicas, como terapia cognitivo-comportamental (TCC; incluindo TCC fornecida pela Internet), terapia de aceitação e comprometimento, terapia comportamental, terapia de relaxamento, gerenciamento do estresse e habilidades de enfrentamento.[50]American Chronic Pain Association; Stanford Medicine. ACPA and Stanford resource guide to chronic pain management: an integrated guide to medical, interventional, behavioral, pharmacologic and rehabilitation therapies. 2021 edition. 2021 [internet publication].
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In adults with chronic pain, how does Internet-delivered cognitive behavioral therapy affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1358/fullMostre-me a resposta
Tratamento da dor miofascial
Todos os pacientes com dor miofascial devem ser tratados principalmente com fisioterapia, com a adição de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), se necessário (particularmente, durante as exacerbações dos sintomas).
Os pacientes provavelmente precisarão ir várias vezes por semana ao fisioterapeuta inicialmente para receber instruções sobre as técnicas (tais como treinamento postural, alongamento e exercícios ativos para ADM), devendo praticá-las em casa entre as sessões. O objetivo da terapia é que o paciente desenvolva um programa doméstico que possa continuar de forma independente duas vezes ao dia em longo prazo.
A terapia ocupacional e a terapia psicológica para o controle da dor devem ser fornecidas a todos os pacientes cuja dor miofascial tenha impacto negativo sobre as atividades diárias ou o humor.
Medicamentos adicionais, como paracetamol, podem ser necessários para pacientes que não obtêm alívio da dor satisfatório com fisioterapia e AINEs. Codeína ou tramadol pode ser usado (na menor dose eficaz) por um período limitado, se for previsto que os benefícios superem os riscos para o paciente.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
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As injeções em pontos-gatilho podem ser usadas como opção para o tratamento da dor miofascial em alguns pacientes; revisões sistemáticas que incluem estudos sobre a dor miofascial indicam que os desfechos são semelhantes, independentemente do tipo de injetável usado.[59]Scott NA, Guo B, Barton PM, et al. Trigger point injections for chronic non-malignant musculoskeletal pain: a systematic review. Pain Med. 2009 Jan;10(1):54-69.
https://academic.oup.com/painmedicine/article/10/1/54/1835487
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[60]Cummings TM, White AR. Needling therapies in the management of myofascial trigger point pain: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2001 Jul;82(7):986-92.
https://www.archives-pmr.org/article/S0003-9993(01)06656-4/fulltext
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Técnicas como acupuntura e agulhamento seco são úteis para a liberação de pontos-gatilho e podem ser usadas no contexto mais amplo de uma abordagem de reabilitação/controle da dor.[61]Tantanatip A, Chang KV. Myofascial pain syndrome. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29763057?tool=bestpractice.com
Os pacientes com dor miofascial intensa que não responderem à fisioterapia poderão se beneficiar do uso adicional de um relaxante muscular, como a tizanidina.[62]Malanga GA, Gwynn MW, Smith R, et al. Tizanidine is effective in the treatment of myofascial pain syndrome. Pain Physician. 2002 Oct;5(4):422-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16886022?tool=bestpractice.com
Tratamento da dor musculoesquelética
A fisioterapia é a base do tratamento da dor mecânica. Todos os pacientes devem ser considerados para o manejo do peso (conforme o caso) e fisioterapia com ou sem adição de hidroterapia, conforme disponíveis. Os pacientes cuja dor afete as atividades da vida diária, profissionais ou sociais devem ser avaliados por um terapeuta ocupacional e um psicólogo da dor. Paracetamol e AINEs, isoladamente ou em combinação, podem ser usados para as exacerbações da dor musculoesquelética.[63]Kolasinski SL, Neogi T, Hochberg MC, et al. 2019 American College of Rheumatology/Arthritis Foundation guideline for the management of osteoarthritis of the hand, hip, and knee. Arthritis Care Res (Hoboken). 2020 Feb;72(2):149-62.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/acr.24131
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31908149?tool=bestpractice.com
Pacientes com osteoartrite com intensificação súbita da dor (consulte Osteoartrite):[63]Kolasinski SL, Neogi T, Hochberg MC, et al. 2019 American College of Rheumatology/Arthritis Foundation guideline for the management of osteoarthritis of the hand, hip, and knee. Arthritis Care Res (Hoboken). 2020 Feb;72(2):149-62.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/acr.24131
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31908149?tool=bestpractice.com
Os medicamentos são fornecidos conforme a necessidade, com analgesia tópica e/ou oral (por exemplo, capsaicina, AINEs, paracetamol)
Injeções intra-articulares de corticosteroides podem ser úteis.
Pacientes com artrite reumatoide (AR) (consulte Artrite reumatoide):[64]Fraenkel L, Bathon JM, England BR, et al. 2021 American College of Rheumatology guideline for the treatment of rheumatoid arthritis. Arthritis Rheumatol. 2021 Jul;73(7):1108-23.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.41752
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34101376?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com AR devem ser avaliados inicialmente por um reumatologista, devendo-se oferecer um tratamento com medicamentos antirreumáticos modificadores de doença (MARMD), a fim de minimizar a destruição da articulação em longo prazo. Os pacientes com doença leve a moderada geralmente iniciam com um único MARMD, a menos que haja contraindicações específicas
Os pacientes que não obtiverem benefício suficiente com MARMDs sintéticos convencionais poderão receber um agente biológico (como um inibidor de TNF-alfa) ou um MARMD sintético direcionado, isolado ou combinado com um MARMD sintético convencional.[64]Fraenkel L, Bathon JM, England BR, et al. 2021 American College of Rheumatology guideline for the treatment of rheumatoid arthritis. Arthritis Rheumatol. 2021 Jul;73(7):1108-23.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34101376?tool=bestpractice.com
Tratamento da dor neuropática
Os medicamentos são usados como tratamento de primeira linha para a dor neuropática, com o objetivo de reduzir os sintomas de desconforto. Anticonvulsivantes estabilizadores da membrana (por exemplo, gabapentina, pregabalina) e antidepressivos tricíclicos (ADTs; por exemplo, amitriptilina) são eficazes.[65]Derry S, Bell RF, Straube S, et al. Pregabalin for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Jan 23;(1):CD007076.
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[66]Wiffen PJ, Derry S, Bell RF, et al. Gabapentin for chronic neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jun 9;(6):CD007938.
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A duloxetina, um inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina (SNRI), pode ser benéfica nos pacientes que não toleram ADTs.
Terapias de segunda linha incluem capsaicina tópica (creme ou adesivo) ou um adesivo de lidocaína.[70]Derry S, Rice AS, Cole P, et al. Topical capsaicin (high concentration) for chronic neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jan 13;(1):CD007393.
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As evidências a favor da capsaicina de dose baixa (ou seja, 0.025% ou 0.075%) são deficientes, mas ela pode ser considerada em alguns casos.[71]Derry S, Moore RA. Topical capsaicin (low concentration) for chronic neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Sep 12;(9):CD010111.
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Todos os pacientes com comprometimento significativo das atividades diárias, trabalho, atividades sociais ou do humor em decorrência de dor neuropática devem ser avaliados por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos. A fisioterapia deve incluir treinamento postural, exercícios de alongamento e exercícios ativos para a ADM.[72]Daly AE, Bialocerkowski AE. Does evidence support physiotherapy management of adult complex regional pain syndrome type one? A systematic review. Eur J Pain. 2009 Apr;13(4):339-53.
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A neuroestimulação invasiva e não invasiva pode ser usada para tratar a dor neuropática crônica. As técnicas com algumas evidências de benefício incluem estimulação da medula espinhal, estimulação do córtex motor epidural, estimulação magnética transcraniana repetitiva e estimulação elétrica transcraniana direta.[73]Cruccu G, Garcia-Larrea L, Hansson P, et al. EAN guidelines on central neurostimulation therapy in chronic pain conditions. Eur J Neurol. 2016 Oct;23(10):1489-99.
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Às vezes, a estimulação elétrica transcutânea do nervo (TENS) é também usada para tratar a dor neuropática, mas não está claro se ela é eficaz, por causa da baixa qualidade das evidências.[77]Gibson W, Wand BM, O'Connell NE. Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Sep 14;(9):CD011976.
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Não há evidências suficientes que respaldem ou refutem o uso da acupuntura no tratamento da dor neuropática.[78]Ju ZY, Wang K, Cui HS, et al. Acupuncture for neuropathic pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Dec 2;(12):CD012057.
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A dor neuropática devida a neuropatia diabética requer o controle da glicose. Consulte Neuropatia diabética.
A neuralgia pós-herpética ocorre em cerca de 30% dos pacientes com herpes-zóster, e o risco pode ser minimizado pelo tratamento precoce com agentes antivirais.[19]Scott FT, Leedham-Green ME, Barrett-Muir WY, et al. A study of shingles and the development of postherpetic neuralgia in East London. J Med Virol. 2003;70 Suppl 1:S24-30.
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Os pacientes com neuralgia pós-herpética e envolvimento ocular devem ser encaminhados para um oftalmologista. Consulte Infecção por herpes-zóster.
A síndrome da dor regional complexa (CRPS) é manejada com fisioterapia agressiva e terapia medicamentosa. Os pacientes com CRPS devem ser prontamente encaminhados para uma clínica da dor. Consulte Síndrome da dor regional complexa.
Tratamento da fibromialgia
Por causa da natureza multissintomática da fibromialgia e da alta incapacidade nesta população, a maioria dos pacientes com fibromialgia recebem tratamento abrangente e multidisciplinar, com o objetivo predominante de melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde.[79]McFarlane GJ, Kronisch C, Dean LE, et al. EULAR revised recommendations for the management of fibromyalgia. Ann Rheum Dis. 2017 Feb;76(2):318-28.
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O encaminhamento para um psicólogo é adequado no diagnóstico inicial.
As terapias não farmacológicas com algumas evidências de benefício incluem terapia com exercícios, hidroterapia, habilidades psicológicas de controle da dor (por exemplo, terapia cognitivo-comportamental) e terapia ocupacional.[79]McFarlane GJ, Kronisch C, Dean LE, et al. EULAR revised recommendations for the management of fibromyalgia. Ann Rheum Dis. 2017 Feb;76(2):318-28.
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[80]Bidonde J, Busch AJ, Schachter CL, et al. Aerobic exercise training for adults with fibromyalgia. Cochrane Database Syst Rev. 2017;(6):CD012700.
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[81]Bidonde J, Busch AJ, Schachter CL, et al. Mixed exercise training for adults with fibromyalgia. Cochrane Database Syst Rev. 2019 May 24;(5):CD013340.
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[82]Busch AJ, Webber SC, Richards RS, et al. Resistance exercise training for fibromyalgia. Cochrane Database Syst Rev. 2013 Dec 20;(12):CD010884.
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[83]Bidonde J, Busch AJ, Webber SC, et al. Aquatic exercise training for fibromyalgia. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Oct 28;(10):CD011336.
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[
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Are psychological interventions for chronic and recurrent non‐headache pain effective in children and adolescents?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2354/fullMostre-me a resposta
As terapias farmacológicas com alguma evidência de benefício incluem os ADTs, inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSNs) e o tramadol. Os AINEs e os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) não demonstraram ser eficazes no tratamento da dor da fibromialgia. Os opioides fortes não devem ser usados por causa do alto risco de efeitos adversos.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
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Consulte Fibromialgia.
Tratamento da cefaleia crônica
O tratamento da cefaleia varia com base no diagnóstico. Ataques agudos e infrequentes ocorrendo até 3 dias por semana são manejados usando terapia aguda com analgésicos orais.
Certifique-se de que o diagnóstico da cefaleia esteja correto antes de iniciar o tratamento.[2]Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS). The international classification of headache disorders, 3rd edition. Cephalalgia. 2018 Jan;38(1):1-211.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29368949?tool=bestpractice.com
A cefaleia pós-traumática (ou seja, cefaleia por trauma ou lesão na cabeça e/ou pescoço) é tratada da mesma forma que a cefaleia do tipo tensional.
Cefaleia em salvas: muitas vezes, é necessário encaminhamento para um especialista, para discutir as opções de tratamento. As cefaleias crônicas em salvas são tratadas principalmente com terapia preventiva (por exemplo, bloqueadores dos canais de cálcio). A terapia de resgate (por exemplo, um triptano subcutâneo ou oxigênio) pode ser tentada durante o episódio de cefaleia em salvas.
Cefaleia enxaquecosa: evitar os gatilhos (por exemplo, álcool, cafeína) é importante; para facilitar, pode-se manter um diário da enxaqueca. O tratamento medicamentoso para alívio dos sintomas (por exemplo, AINEs, paracetamol, triptano) deve ser iniciado assim que o paciente reconhecer que um ataque típico de enxaqueca está começando, mesmo que os sintomas sejam leves. Tratamentos preventivos (por exemplo, anticonvulsivantes, betabloqueadores, antidepressivos, bloqueadores dos canais de cálcio ou antagonistas peptídicos relacionados ao gene da calcitonina) devem ser considerados para as pessoas com ataques de enxaqueca frequentes e incapacitantes, quando os tratamentos agudos forem ineficazes ou contraindicados, ou quando os ataques causarem sequelas neurológicas.
Cefaleia por uso excessivo de medicamentos: tratada com a suspensão do medicamento usado em excesso, com suporte de tratamento sintomático, tratamento preventivo para o distúrbio de cefaleia primário e educação do paciente e da família.
Consulte Cefaleia enxaquecosa em adultos, Cefaleia em salvas, Cefaleia tensional e Cefaleia por uso excessivo de medicamentos.
Opioides
Os opioides (como codeína e tramadol) têm sido comumente usados no controle da dor. No entanto, em muitos casos, o efeito analgésico diminui com o tempo, e o paciente passa a necessitar de doses mais altas de opioides para manter o mesmo nível de alívio da dor. Doses maiores provocam aumento do risco de eventos adversos, incluindo superdosagem, uso indevido, fraturas ocasionadas por quedas, alterações hormonais e maior sensibilidade à dor. Portanto, as terapias sem opioides são preferíveis para tratar a dor crônica.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
https://www.doi.org/10.15585/mmwr.rr7103a1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36327391?tool=bestpractice.com
As evidências sobre a eficácia da terapia com opioides em longo prazo para dor crônica são muito limitadas, mas os dados sugerem aumento do risco de danos graves que parecem ser dose-dependentes.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
https://www.doi.org/10.15585/mmwr.rr7103a1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36327391?tool=bestpractice.com
[84]Chou R, Hartung D, Turner J, et al. Opioid treatments for chronic pain [Internet]. Rockville (MD): Agency for Healthcare Research and Quality (US); 2020 Apr. Report No: 20-EHC011.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK556253
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32338848?tool=bestpractice.com
[85]Chou R, Turner JA, Devine EB, et al. The effectiveness and risks of long-term opioid therapy for chronic pain: a systematic review for a National Institutes of Health Pathways to Prevention Workshop. Ann Intern Med. 2015 Feb 17;162(4):276-86.
http://annals.org/aim/fullarticle/2089370/effectiveness-risks-long-term-opioid-therapy-chronic-pain-systematic-review
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25581257?tool=bestpractice.com
[86]Faculty of Pain Medicine of the Royal College of Anaesthetists. Opioids aware [internet publication].
https://www.fpm.ac.uk/opioids-aware
Os médicos devem considerar não apenas a dose diária prescrita, mas também a duração da ação do opioide (que está relacionada ao risco de lesão por superdosagem não intencional), favorecendo os agentes de curta duração e de liberação imediata sempre que possível, especialmente durante as 2 primeiras semanas de terapia.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
https://www.doi.org/10.15585/mmwr.rr7103a1
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[87]Miller M, Barber CW, Leatherman S, et al. Prescription opioid duration of action and the risk of unintentional overdose among patients receiving opioid therapy. JAMA Intern Med. 2015 Apr;175(4):608-15.
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110997
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25686208?tool=bestpractice.com
A orientação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA para prescrição de opioides em casos de dor crônica aborda as discussões do paciente, o estabelecimento de metas de tratamento, início, seleção e posologia do medicamento, acompanhamento, continuação, avaliação do risco, análise de danos potenciais e a descontinuação. A orientação enfatiza que os opioides não são uma terapia de primeira linha ou de rotina para a dor crônica.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
https://www.doi.org/10.15585/mmwr.rr7103a1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36327391?tool=bestpractice.com
A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency do Reino Unido recomenda que, antes de prescrever opioides, os médicos devem discutir os riscos e as características de tolerância e dependência com os pacientes e acordar, conjuntamente, uma estratégia e um plano de tratamento para o fim do tratamento.[88]Levy N, Lord LJ, Lobo DN. UK recommendations on opioid stewardship. BMJ. 2021 Jan 5;372:m4901.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33402365?tool=bestpractice.com
Se forem prescritos, os opioides deverão ser iniciados com uma dose baixa. A dose deve ser aumentada gradualmente, com monitoramento frequente da eficácia e dos efeitos adversos. Se os eventos adversos forem inaceitáveis ou a eficácia for insuficiente, o tratamento com opioides deverá ser interrompido (com redução gradual, se apropriada).[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
https://www.doi.org/10.15585/mmwr.rr7103a1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36327391?tool=bestpractice.com
[88]Levy N, Lord LJ, Lobo DN. UK recommendations on opioid stewardship. BMJ. 2021 Jan 5;372:m4901.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33402365?tool=bestpractice.com
Os médicos de atenção primária deverão encaminhar para avaliação por um especialista os pacientes que necessitarem de altas doses e/ou terapia prolongada com opioides.
A prescrição concomitante de benzodiazepínicos com opioides deve ser evitada por causa do aumento do risco de morte por superdosagem de medicamentos de forma dependente da dose.[42]Dowell D, Ragan KR, Jones CM, et al. CDC Clinical practice guideline for prescribing opioids for pain - United States, 2022. MMWR Recomm Rep. 2022 Nov 4;71(3):1-95.
https://www.doi.org/10.15585/mmwr.rr7103a1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36327391?tool=bestpractice.com
[89]Park TW, Saitz R, Ganoczy D, et al. Benzodiazepine prescribing patterns and deaths from drug overdose among US veterans receiving opioid analgesics: case-cohort study. BMJ. 2015 Jun 10;350:h2698.
https://www.bmj.com/content/350/bmj.h2698.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26063215?tool=bestpractice.com
Consulte Transtorno relacionado ao uso de opioides
Considerações na gestação
As terapias não farmacológicas são especialmente apropriadas para as mulheres grávidas ou que estiverem tentando engravidar.
Nenhum medicamento é completamente livre de riscos na gravidez, e as decisões devem ser tomadas caso a caso, ponderando o risco da dor crônica como uma ameaça à saúde da mãe e do feto e o risco do tratamento.
O paracetamol é a opção farmacológica preferida para o tratamento da dor durante a gravidez.[90]Bolz M, Körber S, Reimer T, et al. The treatment of illnesses arising in pregnancy. Dtsch Arztebl Int. 2017 Sep 15;114(37):616-26.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/labs/pmc/articles/PMC5629286
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28974300?tool=bestpractice.com
[91]Fox AW, Diamond ML, Spierings EL. Migraine during pregnancy: options for therapy. CNS Drugs. 2005;19(6):465-81.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15962998?tool=bestpractice.com
Medicamentos com valproato são contraindicados durante a gravidez, em razão do risco de malformações congênitas e de problemas de desenvolvimento no lactente/criança.[92]European Medicines Agency. New measures to avoid valproate exposure in pregnancy endorsed. March 2018 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/documents/referral/valproate-article-31-referral-new-measures-avoid-valproate-exposure-pregnancy-endorsed_en.pdf
Tanto nos EUA como na Europa, o valproato e seus análogos não devem ser usados em pacientes do sexo feminino em idade fértil, a menos que exista um programa de prevenção da gravidez e certas condições sejam atendidas.[92]European Medicines Agency. New measures to avoid valproate exposure in pregnancy endorsed. March 2018 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/documents/referral/valproate-article-31-referral-new-measures-avoid-valproate-exposure-pregnancy-endorsed_en.pdf
A segurança de outros medicamentos anticonvulsivantes durante a gravidez foi revisada pela Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency do Reino Unido.[93]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Antiepileptic drugs in pregnancy: updated advice following comprehensive safety review. January 2021 [internet publication].
https://www.gov.uk/drug-safety-update/antiepileptic-drugs-in-pregnancy-updated-advice-following-comprehensive-safety-review
O uso de antidepressivos com efeitos sobre a recaptação da serotonina durante a gravidez para tratar a depressão tem sido associado ao risco de malformações congênitas graves.[94]Bérard A, Zhao JP, Sheehy O. Antidepressant use during pregnancy and the risk of major congenital malformations in a cohort of depressed pregnant women: an updated analysis of the Quebec pregnancy cohort. BMJ Open. 2017 Jan 12;7(1):e013372.
https://bmjopen.bmj.com/content/7/1/e013372.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28082367?tool=bestpractice.com
Medição dos desfechos do tratamento
O desfecho do tratamento pode ser avaliado prontamente pela comparação dos desenhos da localização da dor antes e depois do tratamento e os escores de intensidade da dor. Uma classificação de intensidade da dor de 11 pontos (0 = sem dor, 10 = excruciante) é prontamente entendida pelos pacientes e está correlacionada com as avaliações de melhora global.[95]Farrar JT, Young JP Jr, LaMoreaux L, et al. Clinical importance of changes in chronic pain intensity measured on an 11-point numerical pain rating scale. Pain. 2001 Nov;94(2):149-58.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11690728?tool=bestpractice.com
Uma redução da dor de pelo menos 2 nessa escala significa uma melhora significativa, classificada pelos pacientes como melhora boa ou melhora muito boa.