Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 40 anos demonstra intensa preocupação muitas semanas antes de uma viagem de avião programada. No entanto, o seu trabalho exige que ele viaje várias vezes ao ano. Ele desenvolveu o medo há 2 anos após um voo extremamente turbulento. Ele tem imagens vívidas e recorrentes dele morrendo em uma colisão aérea com o avião em chamas. Ele fica hiperalerta em relação a qualquer som ou movimento inesperado do avião.
Caso clínico #2
Uma mulher de 25 anos apresenta uma reação fisiológica aumentada ao ser exposta a aranhas e experimenta medo intenso na presença de qualquer coisa que lembre aranhas. Seus sintomas existem desde sempre. Ela raramente vai à garagem ou ao ático, e, antes de dormir, seu marido precisa inspecionar detalhadamente o quarto. Ela admite que nunca foi picada por uma aranha, tem vergonha de suas reações e sabe que nem sempre aranhas são perigosas; porém, acometem-lhe pensamentos de que todas as aranhas são agressivas e ameaçadoras.
Outras apresentações
As fobias podem se desenvolver em relação a quase qualquer objeto ou situação. Uma manifestação comum nos últimos anos é o paciente que hesita em tomar a vacina contra a doença do coronavírus 2019 (COVID-19) devido a medo de agulhas.[2] Os pacientes com diabetes mellitus que têm medo de sangue, agulhas e/ou injeção podem não aderir ao monitoramento da glicemia e evitar coletas de sangue programadas. Eles também podem apresentar tontura, náuseas e/ou desmaios, pois esses sintomas muitas vezes estão associados a fobias a sangue e injeções. As outras fobias médicas podem incluir medo de ser sedado ou de ficar preso dentro de um aparelho durante exames de imagem. As fobias menos incomuns incluem medo de engasgos, causando mudanças significativas nos hábitos alimentares; medos irracionais de tocar em plásticos, causando significativa aversão tátil e comportamento de evitação; e medo de vômitos, ocasionando pânico intenso em caso de náuseas ou ao ouvir outros vomitando.
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