Abordagem

Ocorre rápida resolução dos sintomas após o tratamento com vitamina C. A terapia oral geralmente é suficiente para a maioria dos pacientes, embora a terapia parenteral possa ser necessária em alguns pacientes. A ingestão diária recomendada varia de acordo com vários fatores do paciente.

Abordagem geral ao tratamento

Com base nas evidências atuais, a ingestão diária recomendada é muito maior que a quantidade mínima necessária para prevenir o escorbuto. Caso um deficit relativo seja identificado, deve-se buscar a abordagem mais custo-efetiva para assegurar uma nutrição adequada, seja através de mudanças alimentares para atender a essas necessidades ou pela suplementação diária com preparações de ascorbato. Dado o risco de agravamento dos sintomas ou eventos com risco de vida, o tratamento de reposição da vitamina C deve começar o mais cedo possível depois que os sinais e sintomas forem identificados. A reposição por via oral deve ser adequada para a maioria dos pacientes. O tratamento parenteral pode ser considerado para pacientes com doença grave, função entérica ou deglutição deficiente ou deficiências de múltiplas vitaminas.[70]

Portanto, a melhor evidência sugere pelo menos 300-500 mg/dia de vitamina C (ácido ascórbico) para os adultos. A dose ideal para as crianças não é determinada, mas deve ser pelo menos a ingestão diária recomendada. As doses máximas diárias para subgrupos são descritas na tabela anexa, com a ingestão diária recomendada para prevenir a deficiência de vitamina C, e são baseadas em riscos adversos reais e teóricos identificados em modelos experimentais e ensaios clínicos em seres humanos com megadoses de vitamina C para várias afecções. Depois de pelo menos 2 semanas de tratamento de reposição de vitamina C, a abordagem geral para a prevenção da deficiência de vitamina C deve ser assumida. A suplementação com vitamina C crônica pode ser indicada em algumas pessoas.

A ingestão diária recomendada de vitamina C varia de acordo com idade, sexo, gestação, lactação e status de tabagismo.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Quantidade diária recomendada de vitamina C para prevenir a deficiência. A ingestão diária recomendada (IDR) apropriada foi debatida em várias análises de grande porte. Essas diretrizes são retiradas do mais recente consenso de grande porte publicado sobre a ingestão adequada, com base em dados de estudos históricos, biológicos, epidemiológicos e intervencionistasDe: Panel on Dietary Antioxidants and Related Compounds, Subcommittees on Upper Reference Levels of Nutrients and Interpretation and Uses of DRIs, Standing Committee on the Scientific Evaluation of Dietary Reference Intakes, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Chapter 5: vitamin C. In: Food and Nutrition Board, Institute of Medicine's Dietary reference intakes for vitamin C, vitamin E, selenium, and carotenoids. Washington DC: National Academy Press; 2000: 95-185 [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@271f5526

Para os pacientes hospitalizados e gravemente doentes, não há consenso aparente na literatura médica sobre a quantidade exata de suplementação de vitamina C para prevenir e tratar a deficiência de vitamina C. No entanto, a European Society for Clinical Nutrition and Metabolism recomenda o seguinte:[62]

  • A dose diária recomendada para adultos que recebem nutrição parenteral é 100-200 mg/dia

  • A dose diária recomendada para adultos com estresse oxidativo crônico é 200-500 mg/dia

  • A dose diária recomendada para adultos durante doença grave ou terapia renal substitutiva contínua é 2-3 g/dia (administrados por via intravenosa).

No entanto, estudos recentes mostraram que a terapia adjuvante com vitamina C não demonstrou melhorar os desfechos e pode até agravar os desfechos em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo ou sepse, respectivamente.[51][71] Portanto, a suplementação de vitamina C não deve ultrapassar a dose diária recomendada em caso de doença grave.

Tratamento presuntivo

Não há contraindicação aparente às doses normais de vitamina C como terapia empírica. Em todos os contextos, mas particularmente em clínicas com recursos limitados, o tratamento empírico pode fornecer um diagnóstico se os recursos de suporte não estiverem imediatamente disponíveis. Em pacientes com escorbuto, a melhora nos sinais e sintomas é frequentemente rápida, inicialmente em até dias, uma vez que os depósitos do corpo alcancem um nível suficiente para atender às necessidades das vias dependentes da vitamina C (tipicamente em uma reserva corporal acima de 300 mg), e pode resultar em informações diagnósticas em um prazo similar.

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