Rastreamento
Não há rastreamento para determinar se alguém tem esclerose sistêmica (ES); porém, pacientes com fenômeno de Raynaud (FR) grave/complicado devem ser examinados para identificação de causas secundárias com base na história e exame físico. A presença de capilares dilatados deve ser determinada no leito ungueal, geralmente com ampliação, e um teste de fator antinuclear pode ser solicitado. Pacientes positivos para anticorpo anticentrômero e que apresentam FR têm 30% de chance de desenvolver ES (frequentemente com um subgrupo de ES cutânea limitada) nos próximos 5 anos, e esse valor aumenta se eles tiverem capilares dilatados nas dobras ungueais.[28]
Rastreamento de complicações em pacientes com ES estabelecida
São recomendadas ecocardiografias anuais para o rastreamento de hipertensão arterial pulmonar (HAP) na esclerose sistêmica. O peptídeo natriurético do tipo B (PNB) pode ser usado como rastreamento para a HAP na ES e para acompanhar a evolução da doença. Entretanto, ele não é específico nem diagnóstico e está aumentado, por exemplo, na cardiomiopatia. No entanto, o agravamento do PNB está relacionado ao agravamento da HAP na ES que está associada à HAP.[29]
Alguns especialistas também recomendam testes da função pulmonar anuais, pois uma capacidade de difusão do monóxido de carbono (CDCO) muito baixa pode aumentar a probabilidade de HAP. Caso a CDCO e a capacidade vital forçada estejam igualmente reduzidas, a possibilidade de doença pulmonar intersticial aumenta. Consulte Hipertensão arterial pulmonar idiopática.
A tomografia computadorizada de alta resolução do tórax pode ser realizada para rastrear a doença pulmonar intersticial no diagnóstico e se houver novos sintomas que possam indicar doença pulmonar intersticial, ou se houver um declínio clinicamente significativo na função pulmonar.[18][20][21][22] Anticorpos antitopoisomerase I foram associados a um aumento do risco de doença pulmonar intersticial grave.[23]
O monitoramento da pressão arterial (PA), inclusive em casa, é especialmente importante se o envolvimento cutâneo estiver se agravando ou se estiverem sendo usados corticosteroides (ambos são fatores de risco para crise renal esclerodérmica). Uma PA <135/85 mmHg é desejável. Um hemograma completo deve ser realizado a cada 6 a 12 meses para descartar anemia ferropriva. São recomendadas endoscopias de rotina se houver esôfago de Barrett e aumento do risco de câncer.
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