Etiologia

Alguns medicamentos e agentes externos (por exemplo, sílica, bleomicina e, possivelmente, cloreto de vinila) podem desencadear esclerose sistêmica, mas os precipitadores não são totalmente conhecidos.[14] Existem algumas semelhanças com a doença do enxerto contra o hospedeiro e foi proposta uma teoria de células maternas (ou fetais) retidas, mas esta não é totalmente aceita. Pode existir uma predisposição genética, pois uma história familiar de fenômeno de Raynaud e outras doenças do tecido conjuntivo estão associadas à síndrome.[2][8][15]

Fisiopatologia

Lesão vascular, especialmente das arteríolas, antecede as manifestações clínicas. As células endoteliais são rompidas e ocorrem infiltrados mononucleares. Os fatores de crescimento endotelial vascular se elevam em decorrência de hipóxia, o que causa uma proliferação de vasos sanguíneos. A presença de autoanticorpos anticentrômero aumenta a probabilidade de envolvimento de órgãos sistêmicos. Existe uma up-regulation policlonal de fibrose começando na derme inferior e no tecido subcutâneo com depósito de fibrilina, inicialmente, e de colágeno tipo 1, posteriormente. A superexpressão do fator de transformação de crescimento beta pelos fibroblastos causa mais fibrose. O receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas se eleva, e os pericitos (que podem se diferenciar em células vasculares de músculos lisos, fibroblastos e miofibroblastos) aumentam, o que causa o aumento da espessura da parede vascular e perda de células endoteliais.[16][17]

Classificação

Classificação clínica: esclerodermia

  • Não sistêmica

  • Sistêmica

    • Esclerose sistêmica cutânea limitada

    • Esclerose sistêmica cutânea difusa

    • Esclerose sistêmica sine esclerodermia

  • Subgrupo indeterminado

  • Síndromes de sobreposição com outras doenças do tecido conjuntivo

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