Coccidioidomicose
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
pneumonia coccidioidal leve (não gestante)
observação
Para pacientes sem fatores de risco para disseminação, nenhum tratamento é necessário. Frequentemente, no momento em que o diagnóstico é feito os sintomas terão melhorado ou remitido.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [46]Limper AH, Knox KS, Sarosi GA, et al; American Thoracic Society Fungal Working Group. An official American Thoracic Society statement: treatment of fungal infections in adult pulmonary and critical care patients. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jan 1;183(1):96-128. http://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.2008-740ST#.V1WtlOQYG9Y http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21193785?tool=bestpractice.com
O acompanhamento clínico, sorológico e radiográfico rigoroso é indicado, e o tratamento na forma de um antifúngico azólico (por exemplo, fluconazol, itraconazol) deve ser considerado se os sintomas estiverem aumentando com o tempo.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
antifúngico azólico
Após um rigoroso acompanhamento clínico, sorológico e radiográfico, o tratamento na forma de um antifúngico azólico (por exemplo, fluconazol ou itraconazol) deve ser considerado se os sintomas estiverem aumentando com o tempo.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia por 3-6 meses
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia por 3-6 meses
observação ± antifúngico azólico
Os pacientes com fatores de risco para disseminação (afro-americanos, filipinos, imunocomprometidos ou com diabetes mellitus) devem ser rigorosamente monitorados com acompanhamento clínico, sorológico e radiográfico, ou podem ser tratados profilaticamente com fluconazol ou itraconazol.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia por 3-6 meses
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia por 3-6 meses
pneumonia coccidioidal grave ou difusa (não gestante)
antifúngico azólico ou anfotericina B
Os indicadores de infecção grave incluem: sintomas que duram >2 meses; perda de peso >10% do peso corporal; sudorese noturna com duração >3 semanas; infiltrados pulmonares extensos (doença bilateral, adenopatia hilar persistente); incapacidade para trabalhar, idade >55 anos; e título da sorologia >1:16.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
A meta do tratamento é obter o controle da infecção o mais rapidamente possível e, idealmente, evitar o estabelecimento de um foco extrapulmonar de infecção.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com Os riscos de não tratar incluem infecção pulmonar progressiva e extrapulmonar que podem resultar em morbidade grave ou morte.
Os pacientes são tratados diariamente com fluconazol ou itraconazol por 3 a 6 meses.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com Se os sintomas de um paciente não estiverem melhorando com um antifúngico azólico, o tratamento pode ser trocado para anfotericina B.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
A terapia com antifúngico azólico é recomendada para o tratamento de manutenção e, portanto, se a anfotericina B foi usada inicialmente, o tratamento pode ser trocado para fluconazol ou itraconazol após várias semanas ou quando o paciente estiver estável.
Opções primárias
fluconazol: 400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia por 3-6 meses
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia por 3-6 meses
Opções secundárias
complexo lipídico de anfotericina B: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 1-6 meses
ou
anfotericina B lipossomal: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 1-6 meses
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.5 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa administrado uma vez ao dia ou em dias alternados por 1-6 meses
nódulo pulmonar (não gestante)
observação
Um nódulo radiograficamente estável (que não aumenta com o tempo) decorrente de coccidioidomicose (conforme determinado por meios não invasivos ou invasivos, como biópsia por agulha fina ou ressecção de nódulo) em uma pessoa saudável nos demais aspectos (não imunossuprimida) que esteja assintomática, não requer tratamento.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [46]Limper AH, Knox KS, Sarosi GA, et al; American Thoracic Society Fungal Working Group. An official American Thoracic Society statement: treatment of fungal infections in adult pulmonary and critical care patients. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Jan 1;183(1):96-128. http://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.2008-740ST#.V1WtlOQYG9Y http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21193785?tool=bestpractice.com
Se a anormalidade puder ser observada e medida na radiografia torácica, nenhuma imagem adicional é necessária. Se mais precisão for necessária, ou se a anormalidade não puder ser observada à radiografia torácica, a TC é recomendada.
O acompanhamento pode ser a cada 3 a 4 meses no primeiro ano, e depois a cada 6 meses no segundo ano. Se a lesão estiver radiograficamente estável, não exigirá acompanhamento em longo prazo.
antifúngico azólico
Um paciente com um nódulo pulmonar coccidioidal que comece a aumentar deve ser avaliado por sorologia e cultura de escarro para avaliar se a infecção está ativa. Se a infecção estiver ativa, é recomendado o tratamento com fluconazol ou itraconazol.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 400-800 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia, continuar o tratamento até que uma resposta clínica ou sorológica seja observada
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia, continuar o tratamento até que uma resposta clínica ou sorológica seja observada
cavidade pulmonar assintomática (não gestante)
observação
Para uma cavidade coccidioidal assintomática, nenhum tratamento é indicado, mas o acompanhamento periódico deve ser realizado para garantir estabilidade ao longo de um período indefinido.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com Algumas cavidades fecharão ao longo do tempo, sem necessidade de tratamento.
Se a anormalidade puder ser observada e medida na radiografia torácica, nenhuma imagem adicional é necessária. Se mais precisão for necessária, ou se a anormalidade não puder ser observada à radiografia torácica, a TC é recomendada.
O acompanhamento pode ser a cada 3 a 4 meses no primeiro ano, e depois a cada 6 meses no segundo ano. O acompanhamento periódico a partir de então pode ser de 6 a 12 meses. O intervalo é julgado com base em se o paciente está bem e se a cavidade está estável ou menor ao longo do tempo.
Os pacientes podem precisar de um acompanhamento mais cedo em caso de quaisquer sintomas respiratórios novos ou recorrentes.
ressecção cirúrgica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para as cavidades assintomáticas que persistirem >2 anos, forem adjacentes à pleura ou estiverem aumentando, a ressecção pode ser considerada para evitar as complicações associadas com a cavidade, como infecção bacteriana ou fúngica secundária, ou ruptura da cavidade.[41]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. Coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2005 Nov 1;41(9):1217-23. https://academic.oup.com/cid/article-lookup/doi/10.1086/496991 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16206093?tool=bestpractice.com
cavidade pulmonar sintomática (não gestante)
antifúngico azólico
Cavidades sintomáticas podem ser acompanhadas pela dor ou o desconforto local, hemoptise, infecção bacteriana ou fúngica secundária ou ruptura da cavidade.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
Fluconazol ou itraconazol podem aliviar os sintomas, mas não é provável que resultem no fechamento da cavidade e os sintomas podem apresentar recorrência com a interrupção do tratamento.
Opções primárias
fluconazol: 400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia por 3-6 meses ou mais
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia por 3-6 meses ou mais
ressecção cirúrgica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Cavidades sintomáticas podem ser acompanhadas pela dor ou o desconforto local, hemoptise, infecção bacteriana ou fúngica secundária ou ruptura da cavidade.
A ressecção cirúrgica pode ser considerada para aliviar os sintomas.[41]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. Coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2005 Nov 1;41(9):1217-23. https://academic.oup.com/cid/article-lookup/doi/10.1086/496991 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16206093?tool=bestpractice.com
coccidioidomicose fibrocavitária crônica progressiva (não gestante)
antifúngico azólico ou anfotericina B
O tratamento inicial consiste em fluconazol ou itraconazol para aliviar os sintomas e prevenir infecção e fibrose adicionais e a perda da função pulmonar. O tratamento é continuado por 12 meses ou até que uma resposta seja observada.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
Se não houver resposta ao tratamento inicial, as opções incluem aumentar a dose, trocar para um azólico alternativo, como voriconazol ou posaconazol (ambos relatados como tendo eficácia em pacientes selecionados cujo tratamento tradicional falhou) ou trocar para anfotericina B.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [47]Prabhu RM, Bonnell M, Currier BL, et al. Successful treatment of disseminated nonmeningeal coccidioidomycosis with voriconazole. Clin Infect Dis. 2004 Oct 1;39(7):e74-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15472837?tool=bestpractice.com [48]Caraway NP, Fanning CV, Stewart JM, et al. Coccidioidomycosis osteomyelitis masquerading as a bone tumor: a report of 2 cases. Acta Cytol. 2003 Sep-Oct;47(5):777-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14526678?tool=bestpractice.com [49]Stevens DA, Rendon A, Gaona Flores V, et al. Posaconazole therapy for chronic refractory coccidioidomycosis. Chest. 2007 Sep;132(3):952-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17573510?tool=bestpractice.com [50]Catanzaro A, Cloud GA, Stevens DA, et al. Safety, tolerance, and efficacy of posaconazole therapy in patients with nonmeningeal disseminated or chronic pulmonary coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2007 Sep 1;45(5):562-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17682989?tool=bestpractice.com [51]Rachwalski EJ, Wieczorkiewicz JT, Scheetz MH. Posaconazole: an oral triazole with an extended spectrum of activity. Ann Pharmacother. 2008 Oct;42(10):1429-38. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18713852?tool=bestpractice.com [52]Kim MM, Vikram HR, Kusne S, et al. Treatment of refractory coccidioidomycosis with voriconazole or posaconazole. Clin Infect Dis. 2011 Dec;53(11):1060-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22045955?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 400-800 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia por pelo menos 1 ano ou até que uma resposta clínica ou sorológica seja observada
ou
itraconazol: 200-400 mg por via oral duas vezes ao dia por pelo menos 1 ano ou até que uma resposta clínica ou sorológica seja observada
Opções secundárias
voriconazol: 6 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas por 2 doses, seguidos por 4 mg/kg a cada 12 horas
ou
posaconazol: 400 mg por via oral (suspensão) duas vezes ao dia; 300 mg por via oral (comprimido de liberação retardada) duas vezes ao dia por 1 dia, seguidos por 300 mg uma vez ao dia daí em diante
ou
complexo lipídico de anfotericina B: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B lipossomal: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.5 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa administrado uma vez ao dia ou em dias alternados
coccidioidomicose cutânea e dos tecidos moles (não gestante)
antifúngico azólico ou anfotericina B
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, controlar a infecção e limitar a destruição de tecidos e danos à função de órgãos.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com O tratamento de infecções cutâneas e dos tecidos moles é comumente associado a taxas de resposta que variam de 25% a 91%, com recidivas de até 50%.[53]Blair JE. State-of-the-art treatment of coccidioidomycosis: skin and soft-tissue infections. Ann N Y Acad Sci. 2007 Sep;1111:411-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17332079?tool=bestpractice.com
O tratamento inicial deve incluir fluconazol ou itraconazol.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com O tratamento é continuado até que uma resposta seja observada clínica e sorologicamente, o que pode demorar de meses a anos. Depois que o tratamento é descontinuado, é necessário acompanhamento rigoroso para monitorar recidiva.
Se não houver resposta ao tratamento inicial, as opções incluem aumentar a dose, trocar para um azólico alternativo, como voriconazol ou posaconazol (ambos relatados como tendo eficácia em pacientes selecionados cujo tratamento tradicional falhou) ou trocar para anfotericina B.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [47]Prabhu RM, Bonnell M, Currier BL, et al. Successful treatment of disseminated nonmeningeal coccidioidomycosis with voriconazole. Clin Infect Dis. 2004 Oct 1;39(7):e74-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15472837?tool=bestpractice.com [48]Caraway NP, Fanning CV, Stewart JM, et al. Coccidioidomycosis osteomyelitis masquerading as a bone tumor: a report of 2 cases. Acta Cytol. 2003 Sep-Oct;47(5):777-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14526678?tool=bestpractice.com [49]Stevens DA, Rendon A, Gaona Flores V, et al. Posaconazole therapy for chronic refractory coccidioidomycosis. Chest. 2007 Sep;132(3):952-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17573510?tool=bestpractice.com [50]Catanzaro A, Cloud GA, Stevens DA, et al. Safety, tolerance, and efficacy of posaconazole therapy in patients with nonmeningeal disseminated or chronic pulmonary coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2007 Sep 1;45(5):562-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17682989?tool=bestpractice.com [51]Rachwalski EJ, Wieczorkiewicz JT, Scheetz MH. Posaconazole: an oral triazole with an extended spectrum of activity. Ann Pharmacother. 2008 Oct;42(10):1429-38. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18713852?tool=bestpractice.com [52]Kim MM, Vikram HR, Kusne S, et al. Treatment of refractory coccidioidomycosis with voriconazole or posaconazole. Clin Infect Dis. 2011 Dec;53(11):1060-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22045955?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia inicialmente, continuados até que uma resposta clínica ou sorológica seja observada, aumentar para 800 mg/dia de acordo com a resposta
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, continuar o tratamento até que uma resposta clínica ou sorológica seja observada, aumentar para 400 mg duas vezes ao dia de acordo com a resposta
Opções secundárias
voriconazol: 6 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas por 2 doses, seguidos por 4 mg/kg a cada 12 horas
ou
posaconazol: 400 mg por via oral (suspensão) duas vezes ao dia; 300 mg por via oral (comprimido de liberação retardada) duas vezes ao dia por 1 dia, seguidos por 300 mg uma vez ao dia daí em diante
ou
complexo lipídico de anfotericina B: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B lipossomal: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.5 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa administrado uma vez ao dia ou em dias alternados
excisão cirúrgica ou desbridamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Excisão cirúrgica ou desbridamento são frequentemente necessários como medida adjuvante, principalmente se as lesões forem grandes, destrutivas ou causarem o pinçamento de estruturas críticas.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [53]Blair JE. State-of-the-art treatment of coccidioidomycosis: skin and soft-tissue infections. Ann N Y Acad Sci. 2007 Sep;1111:411-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17332079?tool=bestpractice.com Excisão cirúrgica ou desbridamento também podem ser indicados caso as lesões não respondam ao medicamento isoladamente ou se houver recorrência após o término da terapia antifúngica.
coccidioidomicose óssea (não gestante)
antifúngico azólico ou anfotericina B
A coccidioidomicose óssea é uma infecção crônica e progressiva.[54]Blair JE. State-of-the-art treatment of coccidioidomycosis: skeletal infections. Ann N Y Acad Sci. 2007 Sep;1111:422-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17395727?tool=bestpractice.com O tratamento tem como meta limitar a destruição dos ossos comprometidos e das estruturas adjacentes (músculos, articulações, estruturas de suporte) e limitar a perda da função.
Uma comparação entre o fluconazol e o itraconazol no tratamento da coccidioidomicose óssea demonstrou uma leve superioridade do itraconazol.[55]Galgiani JN, Catanzaro A, Cloud GA, et al. Comparison of oral fluconazole and itraconazole for progressive, nonmeningeal coccidioidomycosis. A randomized, double-blind trial. Mycoses Study Group. Ann Intern Med. 2000 Nov 7;133(9):676-86. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11074900?tool=bestpractice.com Portanto, o tratamento inicial deve incluir itraconazol, se o paciente o tolerar. O fluconazol é uma alternativa.
Se não houver resposta ao tratamento inicial, as opções incluem aumentar a dose do medicamento, trocar para um azólico alternativo, como voriconazol ou posaconazol (ambos relatados como tendo eficácia em pacientes selecionados cujo tratamento tradicional tiver falhado), ou trocar para anfotericina B.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [47]Prabhu RM, Bonnell M, Currier BL, et al. Successful treatment of disseminated nonmeningeal coccidioidomycosis with voriconazole. Clin Infect Dis. 2004 Oct 1;39(7):e74-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15472837?tool=bestpractice.com [48]Caraway NP, Fanning CV, Stewart JM, et al. Coccidioidomycosis osteomyelitis masquerading as a bone tumor: a report of 2 cases. Acta Cytol. 2003 Sep-Oct;47(5):777-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14526678?tool=bestpractice.com [49]Stevens DA, Rendon A, Gaona Flores V, et al. Posaconazole therapy for chronic refractory coccidioidomycosis. Chest. 2007 Sep;132(3):952-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17573510?tool=bestpractice.com [50]Catanzaro A, Cloud GA, Stevens DA, et al. Safety, tolerance, and efficacy of posaconazole therapy in patients with nonmeningeal disseminated or chronic pulmonary coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2007 Sep 1;45(5):562-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17682989?tool=bestpractice.com [51]Rachwalski EJ, Wieczorkiewicz JT, Scheetz MH. Posaconazole: an oral triazole with an extended spectrum of activity. Ann Pharmacother. 2008 Oct;42(10):1429-38. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18713852?tool=bestpractice.com [52]Kim MM, Vikram HR, Kusne S, et al. Treatment of refractory coccidioidomycosis with voriconazole or posaconazole. Clin Infect Dis. 2011 Dec;53(11):1060-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22045955?tool=bestpractice.com
Opções primárias
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, continuar o tratamento até que uma resposta clínica ou sorológica seja observada, aumentar para 400 mg duas vezes ao dia de acordo com a resposta
ou
fluconazol: 400-800 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia, continuar o tratamento até que uma resposta clínica seja observada
Opções secundárias
voriconazol: 6 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas por 2 doses, seguidos por 4 mg/kg a cada 12 horas
ou
posaconazol: 400 mg por via oral (suspensão) duas vezes ao dia; 300 mg por via oral (comprimido de liberação retardada) duas vezes ao dia por 1 dia, seguidos por 300 mg uma vez ao dia daí em diante
ou
complexo lipídico de anfotericina B: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B lipossomal: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.5 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa administrado uma vez ao dia ou em dias alternados
excisão cirúrgica ou desbridamento
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Excisão cirúrgica ou desbridamento são frequentemente necessários como medida adjuvante.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [54]Blair JE. State-of-the-art treatment of coccidioidomycosis: skeletal infections. Ann N Y Acad Sci. 2007 Sep;1111:422-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17395727?tool=bestpractice.com O tratamento é continuado até que uma resposta seja observada clínica e sorologicamente, o que pode demorar de meses a anos.
Depois que o tratamento é descontinuado, é necessário acompanhamento rigoroso para monitorar recidiva.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [54]Blair JE. State-of-the-art treatment of coccidioidomycosis: skeletal infections. Ann N Y Acad Sci. 2007 Sep;1111:422-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17395727?tool=bestpractice.com
meningite coccidioidal (não gestante)
antifúngico azólico ou anfotericina B intratecal
O tratamento é necessário para aliviar os sintomas, controlar a infecção, limitar a destruição do tecido e da função neurológica e prevenir a hidrocefalia.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
O fluconazol é o tratamento de escolha, mas o itraconazol também mostrou eficácia.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [56]Goldstein EJ, Johnson RH, Einstein HE. Coccidioidal meningitis. Clin Infect Dis. 2006 Jan 1;42(1):103-7. http://cid.oxfordjournals.org/content/42/1/103.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16323099?tool=bestpractice.com Se o tratamento falhar com um deles, então é recomendado o voriconazol. O tratamento com o azol continua indefinidamente.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
A anfotericina B intratecal (ANBIT) deve ser considerada se o paciente não apresentar resposta ao tratamento com o azol.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com [56]Goldstein EJ, Johnson RH, Einstein HE. Coccidioidal meningitis. Clin Infect Dis. 2006 Jan 1;42(1):103-7. http://cid.oxfordjournals.org/content/42/1/103.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16323099?tool=bestpractice.com A ANBIT pode ser complicada pela neurotoxicidade da anfotericina B desoxicolato e pelas complicações da aplicação do tratamento (como sangramento cisternal ou infecção bacteriana de um reservatório de Ommaya).[56]Goldstein EJ, Johnson RH, Einstein HE. Coccidioidal meningitis. Clin Infect Dis. 2006 Jan 1;42(1):103-7. http://cid.oxfordjournals.org/content/42/1/103.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16323099?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 400-800 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia, continuar o tratamento até que uma resposta clínica seja observada
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções secundárias
voriconazol: 4 mg/kg por via oral/intravenosa a cada 12 horas
Opções terciárias
anfotericina B desoxicolato: consulte um especialista para obter orientação sobre a dosagem intratecal
gestante
observação ou anfotericina B
Gestantes com doença leve ou em remissão podem ser observadas atentamente, sem tratamento. Avaliações seriais são necessárias para reavaliar a decisão de tratar ou não tratar.
O tratamento destina-se a aliviar os sintomas graves, controlar a infecção e prevenir a disseminação extrapulmonar. Desfecho desfavorável é correlacionado ao diagnóstico tardio na gestação.[12]Crum NF, Ballon-Landa G. Coccidioidomycosis in pregnancy: case report and review of the literature. Am J Med. 2006 Nov;119(11):993.e11-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17071170?tool=bestpractice.com
As gestantes apresentam um risco aumentado de infecção disseminada. No entanto, diferentemente do tratamento em todos os outros grupos de pacientes, os azóis não são considerados como primeira linha porque foram descritas anomalias fetais.[12]Crum NF, Ballon-Landa G. Coccidioidomycosis in pregnancy: case report and review of the literature. Am J Med. 2006 Nov;119(11):993.e11-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17071170?tool=bestpractice.com Em vez disso, caso seja decidido que os potenciais benefícios do tratamento da infecção em gestantes superam os riscos, a anfotericina B é administrada como primeira linha.[5]Galgiani JN, Ampel NM, Blair JE, et al. 2016 Infectious Diseases Society of America (IDSA) clinical practice guideline for the treatment of coccidioidomycosis. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):e112-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27470238?tool=bestpractice.com
Após o parto, o tratamento pode ser trocado para fluconazol ou outro azol, combinado a métodos eficazes de controle de natalidade.
Opções primárias
complexo lipídico de anfotericina B: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B lipossomal: 2-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.5 a 1.5 mg/kg/dia por via intravenosa administrado uma vez ao dia ou em dias alternados
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