Abordagem

Todos os pacientes adultos podem precisar de cuidados de suporte com glicose e/ou glucagon enquanto aguardam a terapia definitiva para a doença subjacente, seja cirurgia, por exemplo, para insulinoma e tumor secretor de fator de crescimento semelhante à insulina tipo II (IGF-II); tratamento clínico para insuficiência renal ou hepática; antibióticos e cuidados de suporte para sepse; ou aguardando que um medicamento desencadeante seja eliminado do sistema.​[17][18][46]​ Os pacientes com hipoglicemia reativa geralmente são tratados com sucesso com alterações alimentares.[44]

Exposição a medicamento, toxina ou etanol

A hipoglicemia deve remitir quando a toxina ou medicamento for metabolizado. O paciente pode precisar de monitoramento com internação e infusão de glicose até os efeitos da toxina, medicamento ou insulina/sulfonilureia exógenas diminuírem; o tempo para isso é amplamente variável e pode se prolongar ainda mais se houver disfunção hepática e/ou renal concomitante.

Se houver suspeita de overdose intencional de salicilatos, etanol, insulina ou sulfonilureia, o paciente deve ser rastreado para determinar se é necessário o encaminhamento a um psiquiatra. Se houver probabilidade de suicídio, um internamento involuntário pode ser necessário.

Cirurgia bariátrica, anorexia, desnutrição, ingestão da fruta ackee

Além da correção da deficiência de glicose, o encaminhamento ou consulta com um endocrinologista, especialista em transtornos alimentares, toxicologia ou doença gastrointestinal podem ser necessários para esses pacientes.

Insulinoma

Excisão cirúrgica é indicada para insulinoma.

  • Até a cirurgia, o paciente deve ser instruído a ficar alerta para sintomas hipoglicêmicos. Se sintomas ocorrerem e o paciente não conseguir tolerar a ingestão oral para aumentar os níveis de glicose, ele deve aprender a se autoadministrar injeções de glucagon.

  • Se o paciente continuar a apresentar eventos hipoglicêmicos após a cirurgia, é possível que uma lesão metastática não tenha sido encontrada ou que o tumor primário não tenha sido completamente removido. Uma nova cirurgia deve ser considerada.[7]

  • Embolização ou quimioterapia focalizada pode ser necessária para doença metastática na presença de insulinoma maligno raro.[47]

Insulinoma inoperável

Para pacientes que não são candidatos cirúrgicos ou que não tiveram cirurgia bem-sucedida, a terapia farmacológica pode oferecer um grau de controle sobre a hipoglicemia. Há evidências limitadas que sugerem superioridade de um agente sobre o outro, e cada um tem riscos significativos:[47][48][49][50]

Diazóxido:

  • Pode controlar a hipoglicemia inibindo a secreção de insulina

  • Pode causar edema ou hirsutismo

  • Monitorar a queda da pressão arterial se também estiver recebendo bloqueadores dos canais de cálcio.

Octreotida:

  • Altas doses inibem a secreção de insulina

  • O hormônio estimulante da tireoide, o hormônio do crescimento e o glucagon também são inibidos.

Estreptozocina:

  • Pode destruir o tumor

  • Pode causar hiperglicemia ou diabetes mellitus porque também destrói as ilhotas normais.

Tumor secretor de IGF-II

O paciente com hipersecreção de IGF-II deve ser encaminhado a um cirurgião para excisão da massa desencadeante.

  • Durante o período de espera da cirurgia, talvez seja necessário manter os níveis de glicose com infusão de glicose ou administração de glucagon intermitente.

  • As terapias que reduzem a carga do tumor (por exemplo, quimioterapia, radioterapia) podem ajudar a aliviar os sintomas em alguns casos.[44]

Insuficiência renal, insuficiência hepática, sepse ou outra endocrinopatia

O tratamento deve focar no tratamento da disfunção orgânica subjacente. Suporte com infusão de glicose pode ser necessário até que a doença remita, especialmente se o paciente não tolera ingestão oral.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal